O Infinito de Joseph Weeks escrita por Vitor Matheus


Capítulo 1
Prólogo, por Joseph Weeks


Notas iniciais do capítulo

Oi, gente! Eu já havia postado essa história, mas resolvi exclui-la para mudar algumas coisas e editar outras, então cá estou eu repostando-a. Para os leitores novos, espero que gostem da fic, faço ela com muito carinho.
Se vocês quiserem umas fotos de como eu imagino o elenco, basta pedir pelos comentários.

Boa leitura ;)



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Olá, meu nome é Joseph Weeks e minha vida é maravilhosa, a melhor que eu poderia ter.

Se houvesse um detector de mentiras ao meu lado, já teria sido descoberto na parte do “minha vida”. Eu praticamente não tenho vida. Tudo o que faço é ficar andando pelos quatro cantos da terra (lê-se casa enorme de quatro paredes) esperando que a Alison traga alguma notícia para mim.

Antes que isso aqui fique mais confuso do que já é, deixe-me corrigir a primeira frase: Olá, meu nome é Joseph Weeks, mas pode me chamar apenas de Joe. Minha vida NÃO é uma maravilha pelo simples fato de que eu vivo num orfanato, esperando que algum ser humano adulto tenha a responsabilidade de querer me adotar. Moro aqui desde o meu nascimento, quando fui abandonado por um jovem garoto irresponsável que não queria olhar para a minha cara nem por um segundo e já foi me deixando na porta do lugar. Desde então eu sou órfão, e isso não é legal. Já tenho quinze anos, e a situação já está muito complicada para mim, pois os adultos com rugas na cara preferem crianças muitos anos mais novas do que eu; pelo simples fato de que poderão educá-las do seu próprio jeito, sem ter de entrar em choque com os meus costumes. Sou um preguiçoso assumido com orgulho, e só saio da minha cama para quatro coisas: comer; tomar banho; ir até o quarto do meu (único) melhor amigo Darren Thomas para jogar conversa fora E participar da Feira Anual de Gastronomia do orfanato, que é um dos únicos momentos onde eu esqueço tudo o que passo diariamente.

Alison Knight é a coordenadora geral do orfanato. Muitos pensam que é o proprietário quem manda, mas neste caso, Alison é a chefe. Mesmo sendo uma pessoa irredutível quanto aos assuntos de adoção, ela é mais agradável de se conversar quando convive 24 horas por dia, 7 dias por semana, 30 dias por mês – nem me pergunte o que ela faz nos meses em que existe um 31º dia. Ninguém jamais descobriu sobre isso. Modéstia à parte, é por meio da Ali que consigo as minhas regalias por aqui.

Darren Thomas é um caso à parte. Assim como eu, ele também já está um pouco velho demais para ser adotado; seus 14 anos estão bem nítidos nas espinhas estampadas na sua cara de pilantra, junto com seus cabelos pretos, desarrumados e desgrenhados de sempre. Todos os dias, depois que fazemos as refeições, eu vou até o seu quarto e fico batendo sua bola vai-volta no chão enquanto faço minhas confissões do dia. Darren é como um psicólogo particular (e grátis, diga-se de passagem) desde que eu descobri o que realmente acontece com quem não é adotado até os 18 anos: são deixados à própria sorte nas ruas, sem direito a faculdade, trabalho, nem nada. Lembro-me do meu visível pânico quando descobri sobre o meu possível futuro; mas nada como sessões de terapia com o Thomas para relaxar e esquecer disso.

E o porquê de eu estar contando tudo isso? Simples: Alison inventou esse novo método onde eu não preciso contar todos os detalhes da minha vida pessoalmente, devido aos altos índices de melancolia que posso transparecer na entrevista. Daí eu escrevo minha situação numa folha de caderno, entrego aos entrevistados e só então eles podem perguntar algo sobre mim que não esteja escrito. Até gostei; pelo menos economiza um bom tempo nas entrevistas e ainda posso ganhar uma sessão extra com o Darren por isso.

Hoje até poderia ser mais um dia normal. Estava indo tomar meu café da manhã (nem tão) reforçado com meu amigo e algumas das crianças órfãs quando Ali disse que queria conversar seriamente comigo depois da refeição. E pela cara dela, imaginei duas coisas: ou eu tinha feito algo de errado e ela iria me repreender por cinco minutos antes de me dar um lanche no McDonald's outra vez… ou havia aparecido alguém com interesse em me adotar.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Tem alguma sugestão para o futuro? Deem suas opiniões, gosto de ver comentários. Não mordo, só pra avisar :P

P.S.: A fic já está escrita até o capítulo 15, mas não tenham medo de sugerir algo quando eu postar o primeiro capítulo ainda hoje.