Quando a Chuva Encontra o Mar: Uma Nova Seleção escrita por Laura Machado


Capítulo 55
Capítulo 55: POV Sebastian Regen




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Meu aniversário de 18 anos tinha sido perfeito no papel. Mas na verdade foi um erro enorme. Não conseguia lembrar de tudo que tinha acontecido, mas sabia de algumas vinte coisas que eu não deveria ter feito. Principalmente de uma. Que foi um erro enorme.
Mas a pior parte nem era ter que lembrar da humilhação que foi ter sido abandonado. E de como pude ter sido idiota o suficiente para ter feito aquilo, para ter pensado por um segundo que era uma boa ideia. Não, a pior parte era que meu estômago ainda estava se recuperando de todo o álcool que teve que ingerir. Eu estava com fome, ao mesmo tempo que enjoado. E o café que tinha bebido não me caiu muito bem.
Decidi que para eu melhorar, só fazendo o máximo de exercício possível. E já sabia bem o que eu queria fazer.
Na praça que meu pai tinha construído para eu andar de skate, tinha uma escada de seis degraus que eu estava louco para conseguir pular. Eu só tinha conseguido pular até cinco degraus e já tinha tentado naquela umas mil vezes e ainda nada. Seria o jeito perfeito de fazer meu corpo voltar ao seu estado mais são e minha cabeça ficar preocupada o suficiente com outras coisas a ponto de eu não me lembrar de nada.
E nem reviver nada.
Tive que forçar o começo, vou admitir. Nada em mim queria fazer aquela quantidade de exercício. Mas coloquei o último CD do Drake para tocar e acabei entrando no clima. E não, não consegui subir as drogas dos degraus.
E eu tentei bem. Por uma boa meia hora, eu fiquei tentando e caindo, e começando de novo. Toda vez que eu caia e sentia o concreto nas minhas costas, parecia que eu estava chegando mais um centímetro perto de finalmente conseguir. Então corria atrás do skate que rolava para longe e tentava de novo. Remava com mais força, mirava melhor. Mas no último milésimo de segundo antes de eu dar um impulso para subir com o skate, me vinha à cabeça a cara da Nina na hora em que eu me inclinei para ela e a beijei. E pronto, completamente distraído, era impossível conseguir fazer a manobra direito. Mas o fato dela ter estragado tudo só me dava mais raiva e mais vontade de tentar de novo.
Claro que todas as vezes, me vinha a mesma coisa à cabeça e eu acabei perdendo a vontade de continuar.
Só mais uma vez, falei para mim mesmo, enquanto andava em direção contrária a dos degraus. Mais galeio, mais raiva, mais vontade. Mais uma vez. Mas quando levantei o rosto, vi uma pessoa sentada do outro lado da praça. Eu esqueci minha raiva por um segundo até o sol bater no cabelo dela e eu perceber que era ela. Logo ela.
Oito bilhões de pessoas no mundo, um milhão de praças de skates, logo ela foi encontrar a minha.
Resolvi me virar de volta para os degraus. Agora sim eu precisava conseguir subi-los. Agora mais do que nunca eu tinha que bloquear cada pensando sobre ela.
Mas não teve porquê tentar de novo. Depois de errar mais algumas vezes, resolvi tentar outras manobras, as que eu já sabia melhor mesmo. Talvez tivesse alguma parte de mim que só queria mesmo mostrar para ela o que eu sabia fazer. Quem saber fazê-la ver alguma coisa de bom em mim.
Era inútil, eu sabia disso. Não entendia porque queria agradá-la. Não sabia porque tinha que ficar me importando com a sua opinião de mim. Eu tinha que lembrar que ela não me queria. Ela não estava ali por mim. Bem o contrário.
Não tinha porque eu continuar tentando ganhar a opinião dela. Sem pensar direito, eu comecei a ir até ela, já desanimado. Seria melhor que a gente já explicasse tudo um para o outro, não? Ela poderia me falar que tinha sido um erro e eu concordaria. E tudo ficaria por isso mesmo.
"Olá," eu disse quando chegai até ela, tirando meus fones de ouvido.
"Olá," ela respondeu com um sorriso meio triste.
Era bom saber que ela estava tão animada com aquela interação quanto eu. Levantei meu skate e me sentei no degrau onde ela estava, mas longe o suficiente para eu não incomodá-la.
Pensei no que falar, mas não sabia direito o que seria aceitável. Não queria começar uma conversa em que a gente acabasse por constatando que nos odiávamos e estávamos melhor fingindo que nada tinha acontecido ontem. Mesmo que isso já estivesse subentendido, não queria ter que ouvir as palavras.
Mas tão pouco queria sair dali, ficar longe dela. Só de saber que ela estava do meu lado já estava bom naquela hora.
"Desculpa por ontem," ela falou do nada.
Senti uma pontada no meu estômago. Não entendia direito porque ela tinha falado aquilo. Queria de verdade acreditar que ela se arrependia de ter me deixado, mas eu não estava na posição de esperar isso dela. Não depois do que eu tinha feito.
"Você acabou se divertindo o resto da noite?" Ela perguntou, ainda tímida.
Isso me deu uma certa raiva. O quê? Ela achava que eu precisava dela? Que eu não conseguiria me divertir depois de ela ter me abandonado? Como se eu fosse o tipo de cara que ficasse abalado com uma coisa dessas. Pelo amor de deus, eu nem lembrava daquilo.
Pelo menos era o que eu queria que ela pesasse.
"Claro," falei já ofendido. "Por que não?"
Ela deu de ombros. "Sei lá," disse, mas eu sabia que tinha muito mais por trás daquilo do que ela estava deixando aparecer.
Pensei mil vezes no que eu poderia lhe falar. Mas eu mal conseguia me deixar pensar em tudo o que queria colocar para fora. Eu ficava me falando que tinha que ir embora. Levantar, deixar ela ali como ela tinha me deixado. Mas eu não queria. Por nada. Mesmo que o clima estivesse estranho demais, uma tensão absurda entre a gente, mesmo que eu estivesse agoniando por dentro com aquele silêncio ensurdecedor, ainda assim eu preferia ficar do lado dela. Não trocaria aquela tensão por nada no mundo, por nenhuma outra pessoa.
Se pelo menos ela entendesse isso.
"Ouvi falar de você com a princesa da França," ela disse e eu bufei com aquilo.
Não foi raiva. Tá, foi. Mas foi raiva de mim, da minha burrice. E não dela.
"E daí?" Perguntei, tentando não mostrar que estava louco para ouvir que ela estava incomodada, que ela se importava.
"Só estou falando," disse. "Fico feliz que você achou alguém que gosta de você, sabe, ao invés de ficar correndo atrás das selecionadas."
Fiquei tão inconformado com ela jogando aquilo na minha cara, que tive que levantar. Dar uma andada na frente dela, tentando me controlar. Não podia acreditar que ela tinha coragem de me falar aquilo. E daquele jeito. Feliz porque eu achei alguém que gostava de mim? Ela só podia estar brincando, né?
Alguém que gostava de mim, pensei, balançando a cabeça. Por quê? Era tão incrível assim? Só porque ela não gostava? Apertei minha mão que segurava o meu skate o mais forte que pude para não estourar de raiva.
"É, eu fico feliz também," disse, sem sabe direito o que falar.
Eu me virei para olhar para ela. Ela estava bem na minha frente. Bem ali, eu podia simplesmente puxá-la para mim. Eu podia simplesmente beijá-la de novo. Mas tinha algo nos seus olhos que parecia distante demais de mim. E me lembrou de como eu me senti quando ela me deixou.
Eu não podia deixá-la fazer aquilo de novo.
"A gente sempre ficou junto, sabe?" Falei, tentando mostrar que não me importava com ela. "Se fosse para eu casar com alguém, teria que ser com ela."
Pronto, pensei. Aguenta essa.
E ela aguentou, claro. Não era como se ela se importasse, mesmo que eu tentasse muito. Ela levantou o rosto para mim, determinada.
"Por que então vocês não se casam?" Falou, se levantando e abrindo os braços. "Se ela é tão incrível assim e o que vocês tem é tão importante e significativo, o que você tá esperando?"
Ela me mirava como se me odiasse e o sentimento era recíproco. Não podia acreditar que ela realmente tinha falado aquilo. Ela queria me testar? Beleza então.
Levantei o rosto de volta, brigando pelo posto mais alto daquela conversa.
"Boa ideia," falei, me torcendo por dentro, mas tentando ao máximo deixar parecer que aquilo não me afetava. "Ótima ideia, na verdade."
Segurei mais firme ainda no meu skate e subi os degraus, deixando a praça para trás.
Ela queria me testar? Podia ir em frente. Eu nunca me daria por vencido. Eu iria até o fim do mundo se precisasse, mas não deixaria ela ganhar assim. Ela podia ser orgulhosa como queria, eu seria mais. Ela achava que seria feliz sem mim? Eu seria mais. Se ela queria competir comigo, era bom ela estar pronta para perder.
Depois de alguns passos duros, me virei de volta para ela, sentindo que ainda precisava dar-lhe uma última chance de me parar.
"O que estou esperando, né?" Perguntei, abrindo meus braços.
Meu skate quase fugiu da minha mão, me dando vontade de jogá-lo longe. Mas me segurei. Não sei o que seria de mim sem ele e a última coisa que eu queria que ela pensasse era que aquilo me incomodava. Mesmo que incomodasse e muito.

Andei o mais rápido que pude até o castelo, largando meu skate no primeiro corredor que pude. Subi correndo as escadas até chegar ao escritório do meu pai.
"Ei," falei, me acalmando quando vi que tudo corria tão bem lá que meu ânimo talvez pudesse ser visto como louco.
"Sebastian? Você já soube?" Ele me perguntou, se levantando da mesa.
Brequei. Olhei em volta, dele para a minha mãe, para o Charles que olhava para fora da janela. Todos ali pareciam saber de alguma coisa que eu não sabia.
"Não," falei, apreensivo. "Soube do quê?"
Meus pais trocaram olhares, como se estivessem se perguntando se deveriam me dizer e, principalmente, como me dizer.
"Sebastian, sente-se," meu pai falou, apontando para a cadeira do lado de minha mãe. Fiz como mandou. "Eu fui informado que você e a Princesa Amélie se..."
"Sim," falei, cortando-o. Não queria lembrar daquilo.
"Bom," ele falou, olhando para baixo. "Pois Daphne e ela vieram até aqui propor uma aliança."
"Que tipo de aliança?"
"O tipo mais antigo que existe," Charles disse, se virando para nós. "Casamento."
Soltei uma risada alta. Se ele ao menos entendessem a ironia. "Tá tirando?" Perguntei, mas ninguém parecia estar se divertindo comigo. "A gente não precisa disso. Nós já temos aliados o suficiente na França."
Eles trocaram outros olhares, me deixando louco para saber o que é que eles não estavam me contando!
"Espera, vocês não aceitaram já, não é?" Perguntei, querendo me levantar da cadeira, mas não tinha certeza de que conseguiria ficar de pé.
"Nossa aliança com a França está em risco, meu filho," minha mãe disse, colocando uma mão em cima da minha. "Ainda mais agora."
"Se você negar esse pedido, pode ser que tudo o que construímos seja arruínado," meu pai disse.
"Não," falei, me levantando e balançando a cabeça sem parar. "Vocês estão loucos, isso é um absurdo!"
"Bastian, ninguém está te forçando a nada," minha mãe falou, se levantando comigo.
"Ah, claro," eu comecei a andar de um lado para o outro. "Não estão me forçando, só estão colocando todo o peso do futuro do nosso país nos meus ombros."
"Não é assim, Sebastian," meu pai falou. "Não vamos culpar você se você não quiser ir em frente com isso."
"Ah, não?"
"Olha, de verdade, achamos que fosse ser uma coisa boa para você," Charles disse, dando de ombros. "Sempre achei que vocês fossem acabar juntos mesmo."
"Hãn? Por que isso?" Perguntei, me apoiando no encosto da cadeira onde tinha estado sentado.
"Vocês eram grudados. Achamos que fosse gostar da ideia," meu pai falou.
"Não, não gostei, nem um pouco," falei, balançando a cabeça. "Tá, ela é okay, mas não, não agora."
"Por que não agora?" Charles perguntou, pensativo.
"Porque não," falei, incomodado.
"Sebastian, aconteceu alguma coisa?" Minha mãe me perguntou, me mirando preocupada.
Tudo, pensei. Aconteceu tudo. Sentia meu coração batendo na minha garganta e toda vez que eu pensava em começar a falar, o medo me impedia.
Depois de abrir a boca uma cinco vezes e não falar nada, meus pais começaram a ficar preocupados de verdade.
"Sebastian, por favor, fala o que aconteceu," minha mãe disse, andando até mim. Ela me segurou pelos ombros e me mirou séria. "O que quer que seja, você pode me contar."
Balancei a cabeça, pensando no que poderia dizer, quanto poderia dizer. O que eu queria tanto colocar para fora. Estava tudo preso na minha garganta, eu só tinha que deixar sair.
Eles continuaram me olhando, sem falar nada. Pareciam ter tanto medo do que eu tinha que contar, que não se arriscavam a insistir.
Eu estava segurando a respiração, mais apreensivo ainda do que poderia acontecer se eu admitisse aquilo, não só para eles, mas para mim mesmo. A única coisa que realmente me fez falar foi pensar que talvez aquela fosse a minha última chance.
"Eu..." comecei, sem conseguir respirar direito, mal conseguindo organizar meus pensamentos. "Eu acho que talvez exista a pequena possibilidade de eu ter começado assim a gostar só um pouco mesmo de uma certa pessoa, mas bem pouco, juro."
Eles me miraram por um segundo sem falar e depois começaram a sorrir. Meu irmão mesmo começou a rir alto.
"Nunca pensei que fosse ver o dia em que você falaria isso," ele disse, quase não conseguindo fazer todas as palavras saírem no meio de sua risada.
"Sério, filho, você nos assustou," meu pai disse, voltando a se sentar.
"Então existe a pequena possibilidade de você ter se apaixonado?" Minha mãe perguntou, também divertida.
Juntei meu indicador e o dedão o mais perto que dava. "Só um pouco," disse, ainda nervoso demais.
Senti minhas pernas fraquejarem um pouco e dei a volta na cadeira para me sentar.
"Espera," meu irmão falou depois de um tempo, se apoiando na janela. "Mas se não é a Amélie, quem é?"
Seus olhos me olhavam como se ele já soubesse a resposta, pelo menos a parte mais importante dela. E o clima todo da sala voltou a ficar pesado quando todos perceberam as únicas meninas possíveis por quem eu poderia ter me interessado recentemente.
Charles começou a balançar a cabeça, completamente atordoado. "Pelo amor de deus, não me diga que-"
"Sebastian, por algum acaso a menina é uma das selecionadas?" Minha mãe me perguntou e eu engoli em seco.
"Mãe.."
"Não," Charles me cortou. "Você tá louco?" Ele andou de um lado para outro, olhou para fora da janela, depois se voltou para mim. "Quem?"
"Ninguém," eu disse, me levantando. "Esquece, eu tava louco. Não tem ninguém. Eu me caso com a Amélie, por que não?"
"Sebastian, quem?" Ele insistiu.
"Ninguém, Charles," levantei minha voz. "Tá? Esquece, já falei. Eu não gosto de ninguém, na verdade, eu a odeio com todas as minhas forças. E eu ficaria muito feliz de me casar com a princesa da França e assegurar nossa aliança com eles."
"Nem tente se livrar agora," ele falou, dando um passo forte em minha direção. Eu ainda tinha a mesa toda do meu pai para me proteger, mas a raiva em seus olhos fazia parecer que ele conseguiria jogá-la inteira para cima de mim se eu falasse o nome errado. "Quem?" Perguntou uma última vez, me encarando com tanta vontade que me senti na obrigação de falar.
E mesmo que não quisesse, seu nome já estava ecoando na minha cabeça.
"Nina," disse e vi todos os músculos de seus ombros relaxarem.
"A Nina?" Ele perguntou, sorrindo. "Você está apaixonado pela Nina?"
"Argh," falei me sentando e depois me levantando de volta, esfregando o rosto umas vinte vezes seguidas.
"Filho, não precisa ficar tão incomodado," minha mãe disse, colocando a mão no meu ombro.
"Como não, mãe?" Falei, assustando-a. A culpa disso me fez pegar na sua mão e olhar bem nos seus olhos. "Eu me odeio, mãe. E pior que isso, ela me odeia. E eu tento não pensar nela, mas não dá! Eu não consigo controlar. E não tem nada que eu possa fazer, ela já deixou bem claro que não me quer. E quanto mais eu penso nisso, mais raiva eu tenho."
"Mas você tem que entender o lado dela," ela disse, compreensiva como sempre tinha sido. "Se ela se sente como você, ela deve estar se odiando agora do mesmo jeito que você está. Ela não vê a possibilidade de isso dar certo e isso deve estar acabando com ela."
"Não, mãe," falei, soltando sua mão. "Não é assim. Ela realmente me odeia. Ela acha que eu sou egocêntrico. E convencido."
"Me pergunto porque," Charles disse e meu pai deu uma risadinha. "Brincadeira, Bastian. Você tem que provar que ela está errada. Faz alguma coisa que prove que você não é convencido ou egocêntrico. Não vai ser fácil, mas mesmo assim."
Olhei para ele por um tempo, até que algo me veio à cabeça.
"Por que você está tão bem com isso?" Perguntei e ele deu de ombros.
"Confesso que gosto dela, mas sei lá," ele disse. "Acho que nós nunca conseguiríamos ser mais do que amigos."
Concordei com a cabeça devagar, pensando naquilo. Ele era louco. Como é que ele podia ter ela ali, do lado dele, vindo para cá só para conquistá-lo e não ter se apaixonado por ela? Ele não via o que eu via.
"Obrigado por tê-la deixado ficar tempo o suficiente para eu..." deixei minha voz sumir.
"É tão difícil assim para você admitir?" Minha mãe perguntou, rindo.
"Admitir o quê?" Perguntei, só para ganhar tempo.
Era mais do que difícil. Era impossível. Eu precisava juntar todas as minhas forças para falar aquelas palavras.
Eles perceberam que eu não estava afim de falar e não insistiram.
"E agora?" Perguntei, me deixando cair na minha cadeira de novo.
Charles se apoiou de novo na janela e cruzou os braços. "Agora pensa em um jeito de provar para ela que você não é egocêntrico."
"E como eu faço isso?" Soltei meus braços na cadeira, derrotado.
Nunca tinha tido que pensar em conquistar ninguém. Nunca tinha tido que me importar com alguém. Era engraçado como aquele sentimento tinha crescido dentro de mim mesmo comigo lutando de todos os jeitos possíveis contra ele.
"Pensa na coisa mais importante do mundo para ela," minha mãe disse e olhou para o meu pai.
Ele retribui o olhar e sorriu. E eu me peguei me perguntando se existia alguma chance no mundo de eu algum dia estar no lugar dele. Deles, na verdade. Se algum dia eu poderia olhar para ela do mesmo jeito que meu pai olhava para a minha mãe. Tanto amor depois de tanto tempo. Eu precisava que ela me desse uma chance.


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