O Caso do Slender Man escrita por Hunter Pri Rosen


Capítulo 11
Tem algo diferente em você


Notas iniciais do capítulo

Oi, meu povo e minha pova!

Tô chegando com um capítulo muito especial, feito com muito Sazón para vocês!

Depois de capítulos tão tensos, acho que vocês vão se divertir com este aqui. Eu até já falei dele em algumas notas aí, mas eu ia postar no fim de tudo, como um capítulo especial.

Mas, porém, no entanto, todavia, doravante e aproveitando o desaparecimento da Isabel no capítulo anterior, achei que ficaria legal colocar este flashback agora, mostrando um momento Miastiel muito fofo, engraçado, que eu amei escrever e que tem tudo a ver com a Isabel kkkkkkkkkkkkk

Mas o capítulo não é só o flashback, depois vocês verão o povo no presente e a repercussão do que aconteceu com a Isabelzinha no capítulo anterior, ok?

Well, espero que gostem!

PRE-PA-RA!



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Sete anos atrás

Mia estava deitada na cama que ficava no seu quarto no bunker, tentando a todo custo pegar no sono.

Era madrugada, chovia forte e relâmpagos iluminavam o recinto, que estava iluminado apenas pela luz fraca de um abajur sobre o criado-mudo.

Mia tinha caçado um metamorfo no Colorado há alguns dias e depois pegou a estrada de volta para casa. Havia chegado há algumas horas, tomado um banho demorado, vestido um pijama confortável e se deitado ali.

Durante aquela caçada, e também no caminho até o bunker, Mia havia se sentido um pouco mal. A princípio, ela pensou que talvez tivesse comido alguma coisa estragada na estrada. No entanto, o mal estar persistia e Mia estava começando a ficar preocupada com a sua saúde.

Era impossível não se lembrar da época em que o sangue de demônio no seu corpo lhe trouxe inúmeras implicações. Ou então da época em que ela virou vampira e o seu corpo rejeitou a transformação.

Mia queria acreditar que estava imaginando coisas, sendo paranóica, mas uma parte dela continuava lhe dizendo que tinha alguma coisa errada. Alguma coisa diferente que ela precisava descobrir o que era.

Preocupada com tudo isso, durante o banho, a caçadora havia rezado para Castiel e pedido para ele aparecer. Mas até aquele momento, não havia qualquer sinal do anjo.

Sentindo uma forte sensação de enjoo, Mia levantou da cama às pressas, saiu do quarto e correu pelo corredor em direção ao banheiro. Entrou rapidamente, levantou o assento do vaso sanitário, ao mesmo tempo em que se ajoelhava, e se entregou de vez àquele mal estar.

Minutos depois, e um tanto zonza, ela levantou do chão e foi até a pia. Se olhou no espelho por alguns instantes. Estava suada, pálida e um pouco descabelada.

Resolveu então lavar o rosto e escovar os dentes. Momentos depois, saiu do banheiro arrumando os longos cabelos com as mãos e seguiu pelo corredor praticamente se arrastando e planejando voltar para o quarto. Mas mudou de ideia quando ouviu o seu estômago roncar de fome.

Algum tempo depois, Mia estava na cozinha, abrindo a porta da geladeira. Ela olhou os alimentos em seu interior, mas nenhum deles a agradou.

Então ela fechou a porta, olhou para um balcão perto da pia e observou uma máquina de café que havia sobre ele.

Mia sorriu levemente ao ter uma ideia e, algum tempo depois, ela terminou de fazer uma xícara de café.

Ela pegou a xícara e caminhou até uma mesa que ficava no centro da cozinha. Puxou uma cadeira e se sentou. Mas, quando ela ia dar o primeiro gole na sua bebida favorita, aquele inexplicável enjoo voltou com tudo e a impediu de sequer provar o café.

Rapidamente, Mia colocou a xícara sobre a mesa, a afastou e levou a mão à boca. Fechou os olhos e respirou fundo esperando aquele mal estar passar.

Mas um barulho de asas, que ecoou pela cozinha, a fez abrir os olhos automaticamente e olhar para a frente.

— Eu ouvi você me chamando. — disse Castiel, que tinha aparecido diante da mesa e olhava para Mia atentamente.

Ela afastou a mão da boca, encostou as costas na cadeira e resmungou um tanto ressentida:

— Ouviu, é? Da próxima vez, eu vou pedir para o Dean te chamar no meu lugar. Aposto que você vai aparecer na mesma hora.

— Isso não é justo. — protestou o anjo estreitando o olhar na direção de Mia. — Você sabe que se eu pudesse vir antes, eu teria vindo. Se eu pudesse ficar o tempo todo na Terra, com você, eu também ficaria. Mas eu não posso. Eu também preciso ajudar os meus irmãos, Mia. Eles também precisam de mim. Olha... Me desculpe.

Mia pensou um pouco, respirou fundo e recomeçou:

— Não, eu que te peço desculpas. Eu entendo que depois do que aconteceu, você virou um líder para os outros anjos e que, no fim das contas, você é um anjo também e tem que agir como tal. Eu não posso te querer só pra mim. Você tem razão, não é justo. Você tem as suas obrigações com o Céu também. Eu nem devia ter te chamado.

— Do que você precisa? — indagou Castiel gentilmente.

— Ah... De nada. — respondeu a caçadora sem perceber, fazendo o anjo dar um meio sorriso. Rapidamente, ela se corrigiu: — Não de nada. Eu quero dizer, de nada também, mas não agora. Eu não estou no clima, sabe? Na verdade, eu só estava com medo de ficar aqui sozinha.

— Você com medo? — surpreendeu-se o anjo.

— É que eu passei mal. É horrível ficar sozinha nessas horas. — contou Mia por fim.

Visivelmente preocupado, Castiel deu um passo a frente e questionou:

— Passou mal? Como assim? O que você está sentindo? — e empurrando a xícara na direção de Mia, completou: — Foi por isso que você não tocou no café?

A caçadora levantou rapidamente, levou a mão ao nariz para não sentir o cheiro daquela bebida e pediu:

— Pelo escudo do Capitão América, afasta esta coisa de mim!

Castiel tirou a mão da xícara e encarou Mia intrigado antes de responder:

— Você deve estar doente mesmo. E eu sinto muito, Mia, mas se for este o caso, infelizmente não há muito o que eu possa fazer. Você é imune aos meus poderes, lembra?

— Eu sei, e não foi para isso que eu te chamei aqui. Como eu disse, eu só não queria ficar sozinha. Eu estou meio carente e sensível também, só queria um pouco de companhia. — explicou Mia.

— Onde estão os outros? — perguntou Castiel referindo-se à Sam, Dean, Claire e Natalie.

— Foram caçar. — respondeu Mia.

— E os bebês? — indagou o anjo, referindo-se à Rachel e Henry.

— Ficaram com o Bobby, no ferro velho. Pelo o que eu sei, ele chamou a Jody para ajudar com as fraldas. — relatou a caçadora. — Ele é um ótimo avô, mas tem pânico de trocar aquelas coisas. E quer saber? Não dá para julgá-lo. — e depois de uma breve pausa refletindo, Mia questionou: — Por que os bebês não podem usar o banheiro como todo mundo? Honestamente, eu não entendo como eles funcionam.

— O que você está sentindo? — indagou Castiel novamente, retomando o assunto.

Mia ia responder, mas desistiu em seguida. Pensou um pouco e começou a se sentir meio idiota por ter chamado o anjo ali.

Castiel tinha coisas mais importantes para se preocupar naquele momento e Mia não queria atrapalhá-lo. Não queria ser uma distração na vida dele, um estorvo.

Depois que os dois finalmente conseguiram se casar há poucos anos, eles combinaram que seriam compreensivos em relação ao outro. Castiel era um anjo e Mia era humana e caçadora. Um casal atípico que teria que se esforçar muito para que aquela relação desse certo.

Pensando em tudo isso, Mia disse:

— Quer saber? Eu já estou melhor. Bem melhor. Mesmo. Aliás, eu nem passei tão mal assim... Eu só preciso voltar para o quarto e descansar um pouco. Então... Obrigada por ter vindo, anjo, mas você pode ir agora. Eu vou ficar bem. Eu te amo. Até mais.

Então a caçadora começou a se afastar, pensando em sair da cozinha, mas parou no meio do caminho quando Castiel surgiu bem na sua frente, seguido pelo barulho de asas, e começou a dizer:

— Mia...

— Sabe, às vezes eu sinto falta da época em que você não tinha asas. — confessou ela, o interrompendo.

— Pare. — pediu o anjo.

Mia franziu o cenho e se fez de desentendida:

— O que foi que eu fiz?

— Pare de agir como se você estivesse me atrapalhando. Você não me atrapalha. — esclareceu o anjo. — Quantas vezes eu vou ter que te dizer isso?

Mia suspirou profundamente e cruzou os braços antes de olhar para o chão e reforçar:

— Eu estou bem.

Castiel a observou por alguns instantes, sem acreditar que ela estava sendo sincera. Em seguida, colocou um dedo no queixo de Mia, a obrigando a erguer o rosto em sua direção. E só então disse:

— Não é por que eu sou um anjo e por que tenho que agir como tal, que eu não posso passar um tempo com a mulher que faz eu me sentir humano e feliz. Além disso, eu já passei um bom tempo no Céu esses dias. Acho que posso me dar ao luxo de ficar um tempo com você agora. — ao perceber que a caçadora ia retrucar, Castiel afirmou a olhando profundamente: — Eu quero ficar. Não importa o que você diga para tentar me convencer a ir embora, eu não vou. Eu quero ficar com a mulher que eu amo. Ponto final.

Ao ouvir aquilo, Mia saiu da defensiva e suspirou profundamente, enquanto encarava Castiel com um certo brilho no olhar.

Então ela mordeu o lábio inferior por um instante, se aproximou do anjo, passou os braços em volta do seu pescoço e falou de uma forma insinuante:

— Sabe... Eu sei que eu disse que não estava no clima, mas eu acho que acabei de mudar de ideia.

Castiel sorriu levemente, colocou as mãos na cintura de Mia e rebateu:

— Parece que alguém está se sentindo melhor mesmo.

— Estou sim... Então, por que você não aproveita, me leva voando para o nosso quarto e me mostra a sua graça de uma vez, hein, anjo? — propôs a caçadora antes de aproximar o rosto e envolver os lábios de Castiel com um beijo suave.

Ele correspondeu instintivamente e logo o beijo se tornou mais intenso e envolvente. Momentos depois, ele interrompeu o beijo e segurou Mia no colo enquanto dizia:

— Eu vou te mostrar.

Mia segurou o rosto de Castiel entre as mãos e o beijou mais uma vez. Ao ouvir o bater de asas, ela abriu os olhos e viu que os dois já estavam no quarto.

Com cuidado, Castiel colocou a caçadora sobre a cama e retirou o sobretudo. Jogou a peça no chão momentos depois e começou a se posicionar sobre Mia. Mas parou com as mãos apoiadas no colchão, em volta do corpo dela, e franziu o cenho enquanto a observava intrigado.

— O que foi? — estranhou Mia.

— Só agora eu reparei. Tem algo diferente em você. — relatou Castiel.

— Como assim? — quis entender ela.

O anjo a observou mais um pouco e respondeu:

— É a sua aura. Ela está mais radiante.

— Ok, esquece a minha aura e se concentra no meu corpo. — pediu Mia puxando Castiel para junto de si e o beijando de novo.

Mesmo intrigado, o anjo deixou-se levar por aquele momento, correspondeu ao beijo de uma forma carinhosa e deixou que suas mãos percorressem o corpo de Mia por cima do pijama que ela vestia.

Mas então, ele percebeu outra coisa, se afastou de repente e disse:

— Tem algo diferente no seu corpo também.

Mia respirou fundo, um tanto irritada com a interrupção, levou as mãos à cabeça e perguntou:

— O quê?

— Você está mais bonita. — respondeu Castiel fazendo Mia sorrir e ouví-lo com mais interesse. Enquanto passava os dedos por um dos braços dela, ele completou: — Sua pele está mais sedosa. E... Eu acho que você engordou um pouco.

Mia desmanchou o sorriso, se virou, ficando por cima de Castiel, sentada sobre sua cintura, e disse:

— Para o seu próprio bem, eu vou esquecer esta parte, ok? — e quando o anjo ia abrir a boca, ela colocou um dedo sobre os seus lábios e ordenou: — Agora, chega de falar.

Antes que Castiel pensasse em argumentar, Mia se curvou sobre ele e lhe deu um beijo de tirar o fôlego. Então ele esqueceu aquele assunto e a envolveu fortemente entre os seus braços.

Mas isso não durou muito tempo, já que como anjo, Castiel podia ver e sentir certas coisas que as pessoas normais não percebiam. E definitivamente havia algo diferente em Mia. Muito diferente.

Então, ele a afastou um pouco e insistiu:

— Mia, é sério. Eu estou preocupado. Você disse que passou mal e... Eu não sei, mas isso deve significar alguma coisa.

— Você acha que eu posso estar mesmo doente? Que é grave? — questionou ela, finalmente ficando preocupada também e se afastando mais um pouco do anjo.

Castiel sentou na cama, levando Mia junto com ele. Passou as mãos pelo rosto dela, afastando algumas mechas de cabelo dali e depois de encará-la por alguns segundos, recomeçou:

— Você não parece doente. Na verdade, é como se você estivesse mais viva do que nunca. É como se... Houvesse mais vida em você.

Mia respirou aliviada e brincou:

— Ótimo, bom saber que eu não sou um zumbi.

Em seguida, ela passou os braços em volta do pescoço de Castiel e se aproximou mais um pouco dele. Com isso, foi praticamente impossível para o anjo não reparar no decote da camiseta branca e apertada do pijama que ela vestia. E foi impossível não reparar nos seios de Mia tão perto dele. E foi impossível não dizer:

— Eles parecem maiores.

Mia olhou para os próprios seios e indagou:

— Você acha? — e depois de pensar um pouco e lembrar de algo, continuou: — Eu acho que sei por que. Eles ficam meio inchados mesmo antes daqueles dias. Por falar nisso... Que dia é hoje mesmo? Eu tenho caçado tanto ultimamente que estou meio perdida no tempo.

— 18. — respondeu Castiel enquanto suas mãos deslizavam pela cintura de Mia, e assim ele percebia que ela realmente tinha engordado um pouco naquela região.

— 18? Engraçado... Eu nunca atraso. — observou ela um tanto pensativa. — Já era para ter vindo. Há dias, aliás. Dias não... Semanas. Que... Engraçado. Se não fosse loucura, eu diria que... — Mia parou de falar e olhou na direção das mãos de Castiel, que repousavam sobre a sua barriga.

O anjo, que até então olhava atentamente para aquela região, ergueu o olhar na direção da caçadora finalmente entendendo o que tinha acontecido. Finalmente entendendo por que ela havia passado mal. Finalmente entendendo o que havia de diferente nela.

Então, um tanto assustado e sério ao mesmo tempo, ele começou a dizer:

— Mia...

— Não. — interrompeu ela já prevendo o que ele diria a seguir.

— Sim. — confirmou o anjo.

— Não pode ser. Nós não fizemos isso. — disse Mia relutando em acreditar e sentindo um desespero crescer dentro de si. — Por favor, me diga que nós não fizemos isso.

— Sinto muito, mas parece que nós fizemos sim. — reafirmou Castiel. — Talvez tenha sido aquela vez... No Mustang, lembra?

Mia se levantou da cama e deu alguns passos para trás, apavorada com a ideia de que aquela descoberta fosse mesmo verdade.

— Olha, quando eu disse para você me mostrar a sua graça, eu não quis dizer que era para você fazer este tipo de brincadeira. — reclamou a caçadora aflita.

— Eu pareço estar brincando? — indagou Castiel seriamente.

— E eu pareço estar grávida? — indagou Mia. — Não responda. — pediu ao perceber que era exatamente o que parecia e o que Castiel se preparava para responder. — Eu não estou grávida. — assegurou tentando convencer a si mesma, enquanto passava as mãos pelos cabelos tentando se acalmar.

Castiel olhou mais uma vez para a barriga da caçadora e depois recomeçou:

— Mia, tem algo crescendo dentro de você. Eu posso sentir.

— Talvez seja um alien. Eu vi isso uma vez em um filme. Rolou uma cesariana em um homem em pleno café da manhã. Foi engraçado. E horrível, muito horrível. E nojento também. — falou ela tentando fugir do assunto, procurando qualquer outra explicação para os sintomas que andava sentindo.

Castiel franziu o cenho e discordou com certa inocência:

— Não é um alien. — e depois de se levantar e se aproximar de Mia, tentou tranquilizá-la: — Olha, eu também estou surpreso e entendo as complicações que isso envolve, mas aconteceu. E sabe de uma coisa? Eu não vou mentir. Eu estou feliz que tenha acontecido. No fundo, eu sempre quis que acontecesse. Você sabe disso.

— Você é louco. — disse Mia ainda mais nervosa e em pânico, dando mais alguns passos para trás.

Castiel a segurou nos ombros, a fazendo parar, a olhou profundamente e recomeçou:

— Mia, você precisa se acalmar e aceitar o que aconteceu. Só assim vai perceber que está feliz também. — e colocando uma das mãos sobre o ventre dela, completou: — Eu sei o que te preocupa. Mas nós dois vamos protegê-la. Nós podemos fazer isso.

— Protegê-la? — repetiu Mia confusa e surpresa ao mesmo tempo. — O que... Então você já sabe até o sexo?! Minha nossa... Um anjo obstetra...

— Eu sinto que é uma menina. — explicou Castiel. — Lembra do nome que nós dois dissemos uma vez? — recordou segundos depois.

— Isabel... — murmurou Mia com a voz fraca sentindo que o quarto estava girando a sua volta.

— Exato. Isabel. — confirmou Castiel e já sem esconder a felicidade que sentia, anunciou satisfeito: — Bem, parece que a Isabel finalmente está chegando. — mas ao notar que Mia estava ficando gelada e com um olhar distante, ele a chamou: — Mia? Está tudo bem? O que foi? Você está sentindo alguma coisa?

— Não é um alien... É Isabel... Isabel está chegando... O que foi que nós fizemos...? Nossa Senhora das Garrafas Térmicas... Eu estou grávida... — balbuciou a caçadora antes de revirar os olhos e desmaiar nos braços de Castiel, que a segurou prontamente.

— Mia? — chamou ele preocupado, mas não teve resposta.

Agora

Mia estava no quarto de Rachel, com os olhos inchados de tanto chorar e segurando o desenho feito por Isabel, antes de desaparecer e deixar todos no bunker atônitos e extremamente preocupados.

A princípio, Mia pensou que Isabel ainda estivesse no banho, mas, estranhando a demora da filha, a caçadora tinha aberto a porta e entrou em pânico ao encontrar o banheiro vazio.

Depois disso, Mia começou a procurar por Isabel em todo o bunker e também do lado de fora da edificação. Logo os Winchester, Natalie, Claire e os outros se juntaram à ela naquela busca. Porém, não havia nenhum sinal da menina.

Então Mia chamou por Castiel, que apareceu prontamente e também ficou atordoado ao saber do ocorrido. Ele desapareceu em seguida, dizendo que procuraria Isabel e voltaria com ela.

Aos poucos, todos começaram a unir os pontos e a entender o que a menina havia feito. A mochila de Rachel havia sumido, bem como algumas roupas, suprimentos e a Colt. Isabel havia saído do bunker de livre e espontânea vontade.

E para ter feito isso, ela devia ter sonhado com muitas coisas naquela manhã e não apenas tido "um sonho muito bonito" como disse para Mia. Havia mais, muito mais do que isso naquela história.

O barulho de asas ecoou pelo quarto e Mia se virou já perguntando ansiosa:

— Você a encontrou?

A caçadora viu o desapontamento na expressão de Castiel e entendeu qual era a resposta. Viu também que ele segurava a mochila de Rachel e em seguida o ouviu explicar:

— Eu achei o último lugar onde a Isabel esteve, e conversei com o pai de um menino que a viu correndo em direção à uma floresta perto daqui. Ele disse tudo o que sabia, o que não era muita coisa. Então eu comecei a procurar a Isabel naquela floresta, mas... Ela não estava mais lá, Mia. Eu procurei por toda a parte... Mas... Ele a levou...

Percebendo o quanto o anjo estava aflito, preocupado e se sentindo culpado por estar no Céu quando tudo aquilo aconteceu, Mia se aproximou dele e o abraçou forte.

Depois de alguns instantes assim, ela falou com a voz embargada:

— Nós falhamos, Cas. Nós dissemos que iríamos protegê-la, mas falhamos...

— É minha culpa, Mia. — assumiu o anjo.

— Não, é nossa. — corrigiu a caçadora. — E ao mesmo tempo... Não é de ninguém. E ao mesmo tempo é da própria Isabel, afinal... O que deu na nossa filha para fazer uma coisa dessas? — Mia se desvencilhou do abraço, se afastou um pouco e continuou indignada: — O Henry e a Rachel foram levados, mas a Isabel... Ela estava segura aqui. Ela resolveu ir para aquela floresta, atrás daquele... Monstro. Eu não sei o que vou fazer quando ela voltar, Cas. Eu não sei se vou abraçá-la até o fim dos tempos ou colocá-la de castigo para sempre.

Castiel ficou em silêncio quando a ideia de que talvez Isabel não voltasse passou pela sua cabeça. Mas em seguida, ele afastou aquele pensamento e disse:

— Eu acho que nós podemos fazer as duas coisas. — ao perceber que Mia tinha voltado a olhar para a mochila que ele segurava, Castiel revelou: — A boa notícia é que a Colt não está aqui. A Isabel deve ter levado com ela.

Mia ficou um tanto tensa ao imaginar algumas possibilidades e expôs:

— A Isabel não sabe usar uma arma, Cas. Até onde eu sei, o Henry e a Rachel também não. Mesmo que eles descubram como fazer isso, há uma chance de não funcionar. Ou se funcionar... Quem sabe o que vai acontecer se o Slender Man for morto? E se as crianças ficarem presas nesta outra dimensão para sempre? E se eles nunca mais voltarem?

Percebendo que Mia estava prestes a chorar, Castiel deixou a mochila no chão e abraçou a caçadora mais uma vez antes de dizer:

— Infelizmente, nós vamos ter que confiar na Isabel e no que ela deve ter visto no sonho que teve.

Mia abraçou Castiel com mais força e fechou os olhos. Desejou que tudo aquilo fosse mais um dos seus pesadelos e que ela acordasse logo, a tempo de impedir que a filha se arriscasse daquele jeito.

Mas ao abrir os olhos, Mia percebeu que aquilo era mesmo verdade. Um pesadelo real e com um final totalmente incerto.

Em algum lugar longe dali...

Rachel, Henry e Emily estavam sentados no chão da caverna, em volta de Isabel, que tinha aparecido ali depois que o Slender Man entrou naquele lugar, expandindo a abertura da parede de uma forma inexplicável.

O lugar tinha sido tomado por uma névoa que deixou as crianças desorientadas por alguns minutos. E quando a névoa se extinguiu, a abertura na parede tinha voltado ao normal, o Slender Man havia sumido e então as crianças viram Isabel desacordada no meio da caverna.

Emily ainda tremia de medo ao imaginar que da próxima vez que o monstro aparecesse ali, seria para levá-la. Mas ela parou de pensar nisso, quando ouviu Henry chamar a garotinha:

— Isabel?

Instantes depois, as pálpebras da menina começaram a se mover lentamente e ela abriu os olhos devagar...


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Notas finais do capítulo

Neste capítulo eu fui da comédia ao drama, né? E o final foi meio tenso...

Gostaram? Odiaram?

Bem, agora é aquele momento em que eu comento minha própria história, então lá vai:

Pelo escudo do Capitão América! Sim, eu estava numa vibe muito Vingadores quando escrevi este capítulo kkkkkkkkkkkk

Nossa Senhora das Garrafas Térmicas! A Isabelzinha foi feita no Mustang! Pode isso, Loki?

Sobre a parte em que a Mia explica a cena de um filme, no qual um homem "dá a luz" um alien, é uma referência a "Alien - O 8 Passageiro."

Aquela cena me marcou kkkkkkkk assim como uma cena semelhante em Prometheus, só que lá era uma mulher parindo um alien mesmo. Muito da hora. Deletem.

E a Mia enjoando a café por causa da gravidez? E o anjo obstetra? E aura da Mia? E os paranauês que o Cas achou que estavam maiores? kkkkkkkkkk

Ufa! Falei tudo? Acho que sim.

Ah! Só mais uma coisinha. Estou quase terminando esta fic. Ela terá 16 capítulos e eu já escrevi até o 14.

Espero que vocês tenham se divertido com este capítulo mais light porque a partir do próximo... A coisa vai ficar tensa, feia e negoçada. Já tô avisando, hein?

Well, well, well, no próximo capítulo continuaremos exatamente deste ponto em que a Isabel acorda do outro lado.

Até sábado que vem! Bjs!

PS: Segunda-feira é o meu aniversário. De presente eu quero bastante reviews, pode ser? Pode ser Pepsi? Oi?



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