A Twist of Life escrita por Dih Rohling


Capítulo 14
13º cap - Fila de Inimigas.


Notas iniciais do capítulo

Hahahahahahaha
Décimo terceiro capitulo
Escrito & Revisado

MAIOR DE TODOS ATÉ AGORA.



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Logo após o banho, me visto com uma calça jeans preta de alguns rasgos nas coxas, um all-star preto. Também de uma regata preta, pois o dia estava quente e uma camisa xadrez preta e cinza de manga comprida para esconder as tatuagens dos braços.

Passei rímel, destacando bem meus olhos azuis, pego minha mochila preta e saio do apartamento.

Vou até a porta do apartamento de Jonathan e bato três vezes. Ele não atende.

Bato novamente.

Ele deve estar com uma vadia ou já deve ter ido.

Então pego o elevador e desço até o térreo, já conhecendo o caminho para o refeitório, que é ao lado da escola.

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Depois de uma volta ao redor do refeitório. Descubro.

A escola não é exatamente ao lado dele, e sim atrás dele.

Um grande prédio branco, com grandes janelas do estilo século XVIII, brancas. A estrutura era tal como a casa branca, mas, muito maior e com mais pedestais e ornamentos góticos. O portão de entrada estava aberto.

A frente, um grande espaço de grama, com muitas rosas vermelhas, rodeado por arvores, e, no centro, um grande lago azul celeste, com uma ponte ornamentada preta e branca do estilo gótico.

Caminhei calmamente até o portão, o local já estava com muitos alunos aqui e ali. Alguns até sentados nas cercas da ponte e outros aos amassos sob as arvores. Algumas pessoas já entravam pelo portão, outras, pareciam querer matar aula.

Passando pelos grupos e grupos de alunos, algumas garotas me encaravam, senti olhares de reconhecimento, que subitamente mudavam para ódio.

Mas nada disso me importunou, sem as encarar, simplesmente as ignorando, entrei no colégio.

O local era ENORME. Se eu digo isso, eu não estou brincando. Por dentro o local era de piso preto e paredes lisas e brancas, o teto abobadado, com uma pátio central, com fileiras e portas de sala ao redor, mas no meio dele, um balcão de atendimento.

Estava cheio de alunos caminhando para lá e para cá, conversando e ouvindo musicas com os amigos. Alguns apenas me ignoravam, mas não pude deixar de sentir os olhares invejosos e odiosos que me atingiam. Sempre foi assim... Bom, até descobrirem que Jonathan é meu irmão.

Chegando ao local, uma moça de olhos verdes e cabelos castanhos claros, pele bronzeada, óculos quadrados, terno risca de giz branco estava sentada na cadeira. Concluir ser a secretária da escola.

Limpei a garganta, chamando sua atenção.

– Ola – Ela cumprimentou, notando minha presença – Como posso ajudá-la?

– Cheguei aqui ontem – Escolhi cuidadosamente minhas palavras, já que faltei no dia passado – Não pude vir por causa do cansaço da viagem e quero saber a minha sala.

– Qual seu nome?

– Luce Fellys – Sussurrei, não queria chamar atenção, muito menos denunciar que sou irmã de Jonathan Fellys e estragar toda a diversão.

Ela teclou alguma coisa no computador dela, e depois de alguns segundos olhou para mim, franzindo o cenho. Acredito que ali esteja a minha ficha criminal, para ela estar surpresa assim. Quem acreditaria que uma menina com aparência tão inocente faria tais coisas?

– Sala 202 – A secretaria disse calmamente, parecendo me analisar – Ultima sala do corredor a direita.

– Obrigada – Assenti e fui em direção a informação.

Depois de um minuto ou dois de caminhada, encontro a sala, uma porta preta ornamentada em estilo gótico (como todo colégio), com uma placa prata, escrita “202”.

Por curiosidade, quis abrir a porta. Mas, por instintos, que eu sei que devo seguir por experiência própria, bati três vezes antes. Depois abri.

Surpreendi-me ao encontrar a sala toda cheia, com o professor dando aula.

– Hnn... Desculpe – Murmurei envergonhada. Todos estavam encarando-me.

– Ah, entre – Falou o professor, sua voz era gentil. Ele era de altura média, pele morena clara, usava um grande jaleco branco e calças jeans, com cabelos longos amarrados e barba por fazer. – Nova?

– Cheguei ontem de madrugada – Dei um risinho tímido – Mas o cansaço me pegou.

– Entendo – Acenou o professor – Qual seu nome?

Oh merda, quero me divertir mais um pouco...

– Luce – Respondi calmamente, encarando a turma. Agora com mais atenção, percebo cinco pessoas conhecidas, meu irmão estava no fundo da sala, olhando para mim com um sorriso no rosto, Ethan estava na cadeira em frente a ele, no melhor sentido poker face, e os outros três garotos tatuados que encontrei ontem estavam em frente a Ethan, só que apenas me encarando, menos o de cabelo azul, que alem de me encarar, sorria tarado. Completando toda a fileira. Resolvi mudar de assunto – Não esta na hora de aula ainda...

– Esta turma entra um pouco antes – Explicou o professor – Ela não é a mais comportada, como você pode imaginar.

– Muitos “problemáticos”? – Perguntei irônica. E, como pensei. O professor assentiu, sarcástico.

– Bom, senhorita Luce – Falou o professor a todos da sala – O único local...

Eu já sabia o que ele falaria, e o único lugar, pelo que eu notei em um olhar dinâmico, era ao lado de meu irmão. Isso mesmo, a ultima cadeira da fileira á direita de Jonathan. Um lugar privilegiado. Caminhei até lá antes de ele terminar de falar.

Notei algumas garotas lançarem olhares odiosos e colocarem o pé discretamente na frente do meu caminho, e esses, desviei facilmente. Deixando-as mais furiosas.

Calmamente sentei-me na mesa.

– Oi Joh – Sussurrei para Jonathan, podia notar os olhares que as garotas lançavam para mim. E alguns de garotos...

– Oi Luh – Ele respondeu. É engraçado como ele entende as minhas brincadeiras.

– Onde você estava quando eu bati na porta do seu quarto? – Perguntei um pouco alto de mais, e a sala escutou. Mas, foi de propósito, estava tudo muito engraçado.

– Sai bem cedo hoje – Ele pareceu refletir, falando auto o bastante também – Algum problema?

– Nada – Encolhi os ombros inocentemente – Em que aula estamos?

– Educação Problemática – Respondeu o professor antes que Jonathan pudesse falar. Meu irmão odeia quando o fazem isso, e foi exatamente esse o motivo dele enviar um olhar, que eu sabia muito bem, ser mortal, direcionado ao professor. Que apenas sorrio de volta – Desculpe não me apresentar, querida Luce. Sou o professor Edward, regente da turma, e dou aula de Educação Problemática.

– Qual é a do Educação Problemática? – Exclamei franzindo as sobrancelhas. Nunca havia ouvido nada parecido.

– É meio que educação física. Vocês fazem alguns exercícios... Bem, pesados. – Professor Edward sorrio, cínico – Como punição quando fazem algo muito das características da turma.

– E esses exercícios são...? – Perguntei. Era uma duvida bastante presente.

– Vai de abdominais, Box, lutas com um outro aluno – O professor sorria irônico – As lutas vão até ficar desacordado. E pode sangrar.

Ao contrario que todo mundo esperava, menos eu e meu irmão, sorri.

– Divertido – Não pude esconder minha ironia e felicidade – Jura que é um tipo de punição?

– É divertido até ser punida – murmurou uma garota, não notei exatamente quem, apenas ouvi a voz amarga.

O professor rio. E olhou o relógio.

– Bom, meus queridos alunos – Falou Richard – Já esta na minha hora.

Poucos segundos depois a sineta tocou. E começou as aulas clássicas e entediantes.

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Três aulas depois.

Finalmente o ultimo sinal. Céus! Já estava enjoada de tanta aula.

Caminhei discretamente para o refeitório, passando pelo lado do colégio, notei a presença de três vadias.

Uma caminhava a minha direita, outra a minha esquerda e uma, atrás de mim. Pelo canto do olho, notei que vestiam peças mínimas, saias pretas, top e saltos enormes. Todas loiras oxigenadas. Mas, mesmo de preto, sem perder o ar Barbie puta.

– Hey novata – Chamou a de trás, e eu como não sou burra nem nada, atendi. Adorava quando elas se sentiam superiores.

– Sim? – Respondi o mais inocentemente que pude, virando-me para trás. Para elas.

– Quero ter um papinho amigável com você. – Franzi a testa. Há! Amigável!

– Sobre? – Perguntei, fingindo não entender nada.

– Não se faça de sonsa – Disse a loira oxigenada da direita.

– Suelley – Avisou a de trás para a do meu lado direito, percebi que ela é a líder. – Nós vamos ter uma conversa civilizada certo?

Eu notei que foi uma ameaça. Estava ficando interessante.

– Bom, e sobre o que vocês querem conversar comigo? – Exigi, demonstrando impaciência de propósito.

– É simples, querida – Falou a Líder. – Quero que se afastes do nosso amado Jonathan.

O modo como ela falou, foi tão engraçado... Não pude deixar de rir. Ri tanto, que elas pareciam prestes a me socar. Eu queria isso.

– Não ria, sua vadia – Avisou a da esquerda – Queremos que se afaste dele. Ou pode ser pior para você.

– Olha, olha, olha – Falei ironicamente – Mas, infelizmente não posso me afastar dele, queridas. O conheço a muito mais tempo do que vocês, e temos algo que nenhuma de suas vadias podem substituir.

A líder vadia oxigenada aproximou-se de mim, irritada. Eu estava gostando dos resultados.

– Afaste-se dele – Avisou ela – Ou vou fazer da sua vida um inferno.

– Entre na fila – Falei em deboche – E quando chegar a sua vez, tente.

Ela começou a se aproximar mais, e ia me dar um soco, diretamente no rosto, se eu não tivesse desviado e proferido uma canelada em seu estômago, é claro. Ela caiu para trás, tossindo sangue.

– Qual seu nome? – Perguntei, olhando-a.

– Kelly – Ela respondeu ofegante, mas lançava um olhar mortal para mim. – Isso não termina aqui.

– Ok – Dei de ombros – Mal posso esperar.

Virei ás costas e continuei rumo ao refeitório.

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Chegando, logo noto uma aglomeração de adolescentes.

Eu, curiosa como sou, resolvo dar uma olhada.

Estava acontecendo uma briga. Uma briga de garotas.

Não posso dizer que era uma briga justa, estava uma menina contra outras quatro.

Ela era aproximadamente da minha altura, um pouco mais alta, talvez medindo 1,68, de cabelos vermelhos lisos, pele clara e olhos verdes esmeraldas. Suas roupas, um all-star cano alto, calça skinny e blusa de mangas curtas pretas. Bem, simples.

O cabelo dela era interessante, de um vermelho escarlate e liso. Lembrando-me Erza, uma personagem de um dos meus animes preferidos, Fairy Tail.

A menina desviava de socos e chutes, fui mais a frente, para assistir melhor a briga.

Estava totalmente injusto, as quatro garotas jogavam limpo, e segurava a adversária enquanto outros desferiam golpes. Eu tentava me segurar, sentia que devia fazer alguma coisa.

RAIVA. ÓDIO.

Esses sentimentos me dominaram. Preciso manter a calma...

Uma morena falsificada foi em direção a menina dos cabelos escarlates, proferindo um soco no rosto da garota, e uma loira veio por trás, dando-lhe um chute. Mas a garota dos cabelos escarlates recupera-se rápido e dar-lhe um soco no estomago e um chute na morena. Derrubando-as. Outras duas garotas de cabelos escuros e peles morenas, parecendo gêmeas vão até ela, puxando o cabelo da menina, mal sabendo brigar... Pareciam ganhar tempo.

Foi quando vi. Uma loira oxigenada, olhos cor de mel, aproximar-se da garota por traz. Ela estava com um canivete na mão. Nesse instante, eu já sabia o que iria acontecer.

Eu não me segurei.

Atravessei as poucas pessoas que estavam na minha frente. E entrei.

A loira oxigenada direcionava o punhal diretamente a nuca da menina de cabelos escarlates, que estava sendo segurada os dois braços pelas morenas. Foi quando eu segurei-lhe o pulso, e esta. Olhou-me assustada, e todos a volta encararam-me.

– Não se meta em assuntos que não são da sua conta – Sibilou a loira oxigenada.

– Sim, não é da minha conta. – Acenei positivamente, mas apertei com mais força o pulso da vadia. Ela vestia-se como todas as vadias Barbies que notei até agora.

– Então largue-me e saia daqui – Ela pareceu ordenar.

– Não – Simplesmente disse.

– Como ousas... – Ela começou a dizer, furiosa.

– Eu que pergunto – Sibilei – Covarde. Apunhala pelas costas.

Ela riu.

– Eu? – Perguntou inocentemente. Puxei o braço da vadia, mostrando a todos o canivete escondido. Ela arregalou os olhos– Largue-me.

– Você é fraquinha – Eu simplesmente disse, e a soltei – E covarde.

As vadias morenas que seguravam a menina de cabelos escarlates soltaram-na e foram até a loira oxigenada.

– Incrível! – Gritou a vadia loira – Então você se acha a heroína?

– Não sei – Meneei a cabeça, fingindo ponderar a ideia – Mas, ao contrario de certas vadias, não ataco pelas costas, muito menos, mando outros segurarem a vitima para que possa atacar livremente.

– Sua vadia – Elas sibilaram – Quem você pensa que é?

– Alguém melhor que você – Simplesmente respondi, encarando-as de cima para baixo, descaradamente – Que são vadias em todos os sentidos da palavra.

– Você vai se arrepender, cretina! – Falou uma das morenas. Elas eram gêmeas.

– São poucas as coisas que me arrependo – Encolhi os ombros.

– Você vai pagar por isso – Sibilou a outra morena.

– Legal. – Falei ironicamente – Eu tenho um karma muito bom.

– Estais prometida – Disse a vadia loira Barbie oxigenada líder em tom de ameaça – Lembre-se disso.

– Ok, ok – Falei despreocupadamente, abanando a mão – Vou até anotar.

Elas fizeram caretas. E saíram zangadas.

A multidão começou a se dispersar e eu fui até a garota de cabelos Escarlates, ela estava caída. Apenas assistindo.

Dei-lhe a mão, e esta a segurou.

– Qual seu nome? – Perguntei suavemente. Ela tinha olhos bem mais bonitos frente a frente.

– Isabelly – A garota simplesmente disse, encarando o chão – Não precisava se meter.

Eu ri. Ela é muito fofa.

– Relaxa – Encolhi os ombros.

– Como assim relaxar? – Ela quase gritou, indignada – Agora você esta cheia de inimigas.

– Bom. É divertido – Sorri sarcástica para ela – Não é como se eu quisesse ter amizades com vadias covardes.

Ela riu.

– Qual seu nome? – Perguntou mais divertida.

– Luce – Sussurrei em seu ouvido. Mas, ao chegar mais perto, notei um corte considerável em seu ombro esquerdo. Estava sangrando. Ela notou meu olhar e tentou esconder o ferimento.

– Não é nada – Ela sussurrou.

– Onde é a enfermaria? – Perguntei, já preocupada. O corte não parava de sangras, e parecia piorar.

– Fica fechada durante esse horário – Ela encolheu os ombros.

– Então... – Pensei, onde poderíamos cuidar do ferimento. – Em que prédio você dorme?

Ela meio que congelou. E olhou em meus olhos.

– Se eu falar... – Isabelly parecia indecisa.

– Fale Izy – Incentivei-a, e ela fez uma careta.

– Izy? Por favor... – Ela reclamou, mas eu cortei-a. O sangramento só piorava

– Qual seu prédio? – Exigi. Estava ficando impaciente.

Ela suspirou.

– Terceiro prédio – Izy praticamente bufou essas palavras. E ficou tensa, parecendo medir minha reação.

– Ótimo – Simplesmente respondi. Ela parecia surpresa – Qual andar?

– Sexto – Izy olhou para seus próprios pés.

Ergui uma sobrancelha.

– Você deve ter aprontado bastante – Não consegui esconder um sorriso sarcástico.

– Você nem imagina. – Ela riu. – E você?

– Somos vizinhas – Respondi com aquele sorriso, e ela pareceu sobressaltar-se – De prédio. Fico em outro andar.

– Não deve ser pior que o meu – Izy bufou – Provavelmente quase nada, você não tem cara de quem apronta.

Dei-lhe um sorriso cínico.

– As aparências enganam – Sussurei em seu ouvido – Uma das minhas experiências de vida.

Ela olhou-me sem parecer entender.

– Sétimo andar – Encolhi os ombros, seus olhos esmeraldas encaravam-me incrédulos – Aconteceram muitas coisas, entende?

Ela assentiu, muda.

– Relaxa – Passei um braço por seus ombros, apoiando-a. Ela estava fraca. – Não sou um mostro.

Ela bufou.

– Notei... É só... – Parecia estar escolhendo suas palavras.

– Difícil de acreditar? – Chutei. E seu olhar culpado comprovava que acertei na mosca.

Não pude deixar de rir.

– Legal – Acenei – Vamos.

Seguimos rumo ao terceiro prédio.


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Notas finais do capítulo

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