Brincando com Fogo escrita por Dreamy Girl


Capítulo 1
Capítulo 1




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Hinata apagou as luzes do salão de baile e ficou parada no meio da pista do Dancing Lights, rodeada por paredes de espelhos e pelo ambiente elegante que ela insistira em ter quando projetara seus estúdios. Sorriu ao ouvir a voz de Elton John, que vinha dos alto-falantes. A canção, Can You Feel the Love Tonight, trazia-lhe lembranças vivas, e Hinata fechou os olhos lentamente, movendo os quadris, acompanhando o ritmo e a letra poética.

— Você pode sentir o amor? — Naruto lhe perguntara, no dia em que se casaram, referindo-se ao título da canção de Elton John.

Naruto havia levado a mão dela aos lábios e mordiscado, seus olhos azul-claros penetrando os dela. Hinata sentira um arrepio de excitação com aquele pequeno gesto. Ela havia sentido o amor dele, com cada olhar de parar o coração, com cada toque afetuoso e cada beijo provocante.

— Sim, eu sinto, querido — ela respondera. Ele lhe beijara os lábios, sussurrando:

— Esta é a nossa canção, meu amor.

Eles apertaram um ao outro nos braços e cantaram a letra junto com a voz suave de Elton John, movendo-se com o ritmo da me­lodia, enquanto as famílias e os amigos observavam. Ela pensara que estava se casando com o Príncipe Encantado, seu namorado da escola, que a fazia rir em um momento e tremer de paixão no instante seguinte.

O coração de Hinata se apertou quando pensou no dia de seu ca­samento, ela nos braços de Naruto prometendo amá-lo com toda a sua alma e esperando pela mesma vida conjugai feliz que desejara a tantos de seus alunos de dança durante anos.

Ela tivera tantos sonhos.

— Por que, Naruto-kun? — Hinata sussurrou, no silêncio do salão de baile.

O lindo Naruto Uzumaki, com seus olhos azuis penetrantes e seus cabelos loiros e curtos, era constantemente confundido com David Beckham. Ela e Naruto tinham uma piada particular sobre isso, já que com seus cabelos loiros e olhos de um azul ce­leste, ela não se parecia em nada com Vitória Beckham.

Hinata sorriu brevemente com a lembrança. Eles haviam tido tantos bons momentos no começo, até que Naruto decidira que construir seu império imobiliário era mais importante que in­vestir no casamento deles. Ele tinha se tornado um viciado em trabalho, negligenciando as necessidades dela e favorecen­do seus próximos grandes contratos. Ele partira o coração de Hinata... E ouvir aquela canção novamente trazia tudo de volta. A felicidade pela qual ela esperara junto a Naruto lhes havia escapado. Hinata ainda sentia a dor na boca do estômago. Ela seguira em frente, deixando Tokio para começar uma nova vida em Konoha, mas não escapara da profunda dor e da angústia que Naruto lhe causara.

Ela abriu os olhos e olhou para as sombras no espelho. Sua silhueta refletia a nova e confiante mulher que se tornara. Ela era uma mulher de negócios agora, proprietária de uma rede de estú­dios de dança, além de coreógrafa e professora. Não parecia mais aquela garota otimista e cheia de esperança que um dia quisera uma vida e filhos com Naruto; e já passara da hora de Hinata dar um jeito em sua situação.

Ela desligou o aparelho de som e foi até o telefone, para ligar para o homem com quem não falava fazia mais de quatro anos. Já adiara aquele assunto tempo demais. Era hora de se divorciar de seu marido.

Naruto Uzumaki passou giz na ponta do taco de sinuca com gestos lentos e deliberados, planejando seu próximo lance. Ele era um dos melhores jogadores do Clube dos Milionários, mas seu amigo Gaara no Sabaku o estava fazendo suar pela vitória.

— Você sabe muito bem que Sasori é responsável por co­meçar o incêndio.

Naruto se inclinou sobre a antiga mesa de sinuca, de carvalho entalhado, e deu uma tacada certeira, fazendo com que a bola alaranjada fosse direto para a caçapa. Ele sabia muito bem que Gaara não acreditava que Sasori fosse responsável pelo incêndio devastador que acontecera na Petrolífera Uzumaki. Mas ele não via problema algum em usar uma distração para con­seguir uma vitória.

— Não tenho certeza disso, Naruto. O incêndio foi definitivamen­te um ato criminoso, mas não vou apontar o dedo para ninguém ainda.

— Sasori sempre foi um grande incômodo.

Naruto errou a tacada seguinte, e Gaara levantou o taco, obser­vando a mesa de sinuca.

— Isso é verdade, mas um atentado? Esta é uma acusação que não estou preparado para fazer. Parece ter sido um trabalho pro­fissional, e se este for o caso, teria de descartá-lo.

— Em minha opinião, ele é o culpado — Sasuke Uchiha, outro dos antigos colegas de fraternidade de Naruto da Universidade de Tokio, se intrometeu na conversa.

Os quatro melhores amigos de Naruto eram todos membros do Clube dos Milionàrios, no condado de Maverick. Eles assistiam à disputa, bebendo e contando piadas; no salão de jogos do clube.

— Estou com Sasuke — disse Shikamaru, concordando com o amigo. — Sasori está bem encrencado.

Chouji assentiu, tomando um gole generoso de cerveja.

— Também acho que Sasori é culpado. Ele tem problemas com Sasuke. Sempre teve.

Sasuke deu uma risadinha irônica.

Eu é que tenho problemas com ele.

A rivalidade entre os dois vinha desde os tempos da escola. Gaara olhou para a bola azul e branca e deu uma tacada. A bola rolou diretamente para a caçapa, e Naruto contraiu o rosto.

— Bom tiro. Gaara riu.

— Você sofreu quando disse isso, não foi?

— Foi como uma facada no meu coração. Gaara sacudiu a cabeça.

— Vocêéum péssimo perdedor, Naruto.

— Eu não perdi ainda.

E, quando Gaara errou a tacada seguinte, Naruto atacou com toda a força, sem ceder um milímetro. Sua natureza competitiva não permitiria uma derrota. Ele acertou as quatro bolas seguintes, e por fim a bola oito, vencendo o jogo.

Satisfeito, Naruto apertou a mão do amigo.

— Você me deu trabalho desta vez.

Gaara colocou uma nota de vinte dólares na mão de Naruto.

— Vou pegar você, da próxima vez. — Ele baixou o tom de voz, guardando o taco de sinuca na caixa: — Então você realmen­te acha que Sasori provocou o incêndio?

— Acho que sim. E também acho que ele está por trás do blo­queio do meu projeto no centro de Tokio. Ele tem uma mania de perseguição contra nós. Não foi por coincidência que a área que eu havia escolhido para um grande projeto foi declarada patrimônio histórico. Ele tem de ser a mente por trás do zoneamento. Tudo é muito suspeito.

Sasuke se aproximou e colocou os braços sobre os ombros dos amigos.

— Vamos lá, vocês dois. Vamos nos esquecer de Sasori por um minuto. Precisamos marcar a data da festa do meu ca­samento. Sakura merece mais do que fugir para Las Vegas, afinal de contas.

Naruto sorriu.

—É, você realmente sabe como impressionar uma garota. Chouji completou:

— Sasuke seguiu mesmo o manual, desta vez.

— Vocês são muito engraçadinhos. — Sasuke franziu a testa, mas Naruto sabia que ele não se importava com as brincadeiras.

Sasuke encontrara sua alma gêmea em Sakura, e queria lhe pro­porcionar uma linda festa.

Quando o telefone da sala de jogos tocou, Sasuke se aproximou para atender.

— Hinata? É você realmente? É bom ouvir sua voz.

Naruto ficou paralisado. Todas as cabeças se voltaram em sua direção, e ele encontrou quatro pares de olhos curiosos. A emoção percorreu todo o seu corpo. Um tremor no queixo era a única coisa que denunciava sua perturbação, enquanto ele esperava, rígido.

— Certo, vou chamá-lo. Ele está bem aqui. — Sasuke acenou com a cabeça na direção de Naruto, segurando-o telefone. —É... Hinata. Ela quer falar com você.

Naruto atravessou o salão para apanhar o telefone. Antes de fa­lar, ele se virou para olhar para os amigos, e com um gesto rápido mandou-os continuar a jogar e dar o fora.

Os rapazes se afastaram, e Naruto atendeu a ligação.

— Hinata?

— Olá, Naruto. Tão formal.

Deus, ele não ouvira a voz dela em quatro anos. Nem uma única vez. Não desde que ela o deixara e construíra uma vida nova em Konoha. Ele havia se informado sobre ela através de amigos e pelo pouco que lera nos jornais a respeito do sucesso de seus estúdios de dança.

Ela parecia a mesma... Petulante, ainda que um pouco fria. Houve um momento estranho de silêncio.

— Eu acho que já está na hora de colocarmos um fim nisso — disse ela.

Imagens de Hinata se casando de novo lhe vieram à cabeça ime­diatamente. Depois de quatro anos, por que outra razão ela tele­fonaria? Teria se apaixonado por outro homem? Naruto não sabia como se sentia a respeito disso. Ela o abandonara, e abandonara o casamento deles. Hinata havia tentado pedir o divórcio, mas Naruto enviara os documentos de volta para ela. Ele lhe dera um ultimato. Se ela quisesse se divorciar, teria de voltar e enfrentá-lo.

— Estou indo para Tokio. Gostaria de marcar um encontro com você, para discutir... nosso divórcio.

— Certo. — Os lábios de Naruto se contraíram.

— São só negócios, Naruto. Você deveria entender isso. Preciso de um empréstimo para expandir os meus estúdios, e o banco recomendou... Bem, vamos enfrentar os fatos. Nós dois precisamos seguir em frente com nossas vidas.

São só negócios.

Quantas vezes ele tinha dito aquilo a ela, quando não chegava em casa a tempo para o jantar? Quando chegava tão tarde que só con­seguia cair na cama ao lado dela, e a abraçava com força até que os dois adormecessem? Ela quisera filhos, e Naruto lhe pedira paciên­cia. Os negócios vinham em primeiro lugar, mas só porque ele que­ria proporcionar uma boa vida para ela. Ele havia ganhado milhões, mas Hinata jamais entendera que ele fizera tudo por ela. E como sua mulher lhe demonstrara seu amor eterno? Fazendo as malas no meio da noite e partindo. Fácil assim. Depois de cinco anos de casamento.

— Eu sou bom nisso — disse ele. — Quando você vem?

— Amanhã?

Naruto se virou e viu que seus quatro amigos o observavam silenciosamente.

— Amanhã está bem. Encontre-me no escritório, às cinco horas.

Naruto desligou o telefone e pensou em seu próximo movi­mento. Hinata não iria simplesmente voltar à sua vida por um dia e conseguir o divórcio. Não, ele não tornaria as coisas tão fáceis assim para ela.

Um plano começou a ser formulado em sua cabeça, e seus lá­bios se curvaram num sorriso.

—Hinata está vindo para a cidade amanhã. Ela quer finalizar o divórcio.

— Já vi essa expressão no seu rosto antes — disse Gaara. — Por que você está com uma cara tão satisfeita?

— Por nada — respondeu ele inocentemente.

— Como o nada que quase nos fez ser expulsos da universi­dade? Lembra-se de quando roubamos o busto de Shakespeare da sala do professor Asuma? — perguntou Sasuke, estreitando os olhos. — Esse tipo de nada? Naruto sacudiu os ombros.

— Não estou gostando disso — Sasuke comentou. — Você pa­recia precisar de uma camisa de força quando ela ligou, e agora se parece com um gato gordo que acabou de tomar uma tigela de leite.

Naruto apenas sorriu e terminou de beber sua cerveja.

— Acho que é melhor eu ir.

— Já estou com pena de Hinata. A pobre garota jamais saberá o que a atingiu. — Gaara meneou a cabeça.

Naruto caminhou até a porta do salão de jogos, dando de ombros.

— Aquela garota é minha esposa. E ela merece tudo o que vai acontecer.

Gaara dirigiu a ele um olhar de alerta.

— Eu sempre gostei de Hinata.

—É— disse Naruto, respirando fundo, antes de sair do salão. — Eu também.

Quando a porta do elevador se fechou para levar Hinata ao escri­tório de Naruto, ela viu seu reflexo na superfície espelhada. Ela devia ter se olhado no espelho uma dúzia de vezes antes de sair do quarto do hotel em Tokio, certificando-se de que parecia bem para seu encontro com Naruto. Em um dia comum, ela usava os cabelos negros e lisos presos com uma fivela, mas naquela ocasião deixara eles lhe caírem sobre os ombros livremente, passara uma camada suave de brilho de framboesa nos lábios, e escolhera um vestido leve, cor de safira, que acentuava suas for­mas e seus olhos perolados.

Porque aquele não era um dia comum. Naquele dia, ela ve­ria seu marido pela primeira vez em quatro anos. E uma pequena parte dela queria que ele visse o que havia jogado fora. Ela não definhara como uma flor delicada quando eles se separaram. Ele não a traíra da forma usual, mas havia quebrado seus votos quan­do negligenciara seu amor.

Naruto amadurecera com a experiência. Através da dor, ela con­seguira construir um negócio bem-sucedido, em uma área que amava. Ela tinha ido até ali pela Dancing Lights e pelo emprésti­mo para a expansão que precisava obter no banco, mas também por razões pessoais.

Ela respirou fundo ao sair do elevador, olhando em volta, para o novo espaço que o escritório de Naruto ocupava. Ele certamente havia subido na vida, da pequena sala no subúrbio de Tokio até aquele espaço impressionante no décimo andar de um arranha-céu no centro da cidade.

Ela se aproximou da mesa da recepção.

— Posso ajudá-la? — perguntou a recepcionista.

— Sim, eu sou a sra. Uzumaki. Tenho um horário marcado... com meu marido.

As sobrancelhas da jovem se ergueram, a surpresa evidente em seu rosto. Naruto havia substituído muitas coisas desde que Hinata partira, e aparentemente a doce e já idosa Chyo, sua leal secretária, não combinara com a nova decoração.

— Ele está me esperando. — Os nervos de Hinata estavam à flor da pele, e isso era perceptível em seu tom de voz. Ela queria acabar logo com aquilo.

— Sim, sra. Uzumaki. — A recepcionista desistiu de procurar pelo nome dela na agenda, e apontou para as portas duplas. — Por ali.

Hinata assentiu e olhou fixamente para as portas por um segun­do. E então, com sua pasta executiva debaixo do braço, entrou no escritório.

Naruto estava de pé, de costas para ela. O físico dele não havia sofrido com o passar dos anos. Quando ele se virou para ela, seu perfil e as linhas fortes e angulosas de seu rosto a impressionaram novamente, e ele deu um meio sorriso.

— Hinata.

Foi um choque vê-lo de novo. Ela não podia, de jeito nenhum, ter previsto esse momento e como reagiria ao tornar a vê-lo. Ela o imaginara mil vezes, mas nada se comparava à realidade. Vê-lo lhe trazia lembranças ao mesmo tempo doces e amargas de tudo o que eles haviam compartilhado e perdido, que a invadiram em uma questão de segundos. Ela conseguiu se controlar, e sorriu fracamente.

— Oi, Naruto.

Os olhos de Naruto a percorreram da cabeça aos pés, do modo como ele costumava olhar quando queria fazer amor com ela. O calor lhe subiu ao corpo e a invadiu, um lampejo do que eles ti­nham vivido um dia voltando à vida. De repente, Hinata entendeu a enormidade de sua missão. Ela colocaria um ponto final no último capítulo de seu casamento.

— Você está... bem. Naruto provocou-a:

— Você está linda.

— Obrigada.

— Sente-se, Hinata.

O olhar de Kevin caiu sobre as coxas dela, onde o tecido do vestido se esticava. Ela se recusou a mover-se sob sua observação atenta, mas desejava que ele se sentasse.

— Você vai se casar de novo?

A pergunta abrupta dele a surpreendeu. Ela balançou a cabeça.

— Não.

Ele assentiu, cruzando os braços.

— Já está na hora, Naruto. Precisamos seguir em frente. Estou planejando expandir meus negócios, e preciso de um grande em­préstimo bancário.

— E você não quer o meu nome em nenhum documento legal, não é?

— Vocêé um homem de negócios, sabe como as coisas fun­cionam.

— Sim, eu sei como as coisas funcionam. — Seu tom cortante e sarcástico tornou o momento ainda mais pesado.

Naruto finalmente sentou-se na poltrona atrás de sua escrivani­nha. Ele apoiou os cotovelos nos braços da poltrona e entrelaçou os dedos.

— Você não acha que é estranho que estejamos sentados no meu escritório, discutindo formalidades?

— Estranho?

Os cantos da boca de Naruto se ergueram em um sorrisinho cínico.

— Sim, estranho. Considerando o modo como tudo começou entre nós. Quente e apaixonado, desde o momento em que nos vimos.

Hinata se lembrou da festa de aniversário de sua colega de frater­nidade, com balões, música alta e álcool à vontade. Ela olhara uma única vez para Naruto, e se apaixonara instantaneamente. Eles ha­viam passado a noite inteira flertando descaradamente. Hinata nunca tivera tanta consciência de sua sensualidade até aquele dia. Ela e Naruto haviam escapado da festa, e feito sua própria festa naquela noite. O rubor lhe subiu ao pescoço com a lembrança erótica.

— Isso é passado, Naruto.

Ele ignorou o comentário dela. Recostou-se na poltrona e olhou nos olhos de Hinata.

— Eu sei que os seus estúdios de dança estão indo muito bem.

O coração de Hinata disparou ao ouvir a insinuação. Ela se endi­reitou na poltrona e se inclinou um pouco para a frente.

— Não estou aqui por causa do seu dinheiro, Naruto. Embora eu possa ver que você se tornou um grande sucesso. Isso sempre foi mais importante para você. Só estou aqui por causa da sua assinatura.

— E você a terá.

Nossa, aquilo fora fácil, Hinata pensou, suspirando silenciosa­mente de alívio.

— Sob uma condição. Eu quero algo de você, Hinata.

— Estou disposta a fazer qualquer coisa, dentro do razoável.

— Considerando que você abandonou a mim e o nosso casa­mento, acho que meu pedido é bem razoável.

— Você me obrigou, Naruto. Eu me agarrei ao nosso casamento durante anos, esperando. Mas você não me deu escolha...

— E não estou lhe dando escolha agora. Se você quiser o seu precioso divórcio, vai ter de concordar com os meus termos.


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