Stefan

Lexi corria pelo quintão descalça jogando uma bola de tênis para que Marley o pega-se, Josh foi correndo na direção oposta, pegando a bola arremessando-a para Lexi novamente. Assim que me vira correram para mim me dando um abraço. Dei um beijo em Lexi antes de entrar e arremessei a bola a Josh. Entrei em casa, pendurando o paletó no cabideiro. Caminhei até o quarto chamando por Elena, mas não a encontrei em lugar algum.

— Elena — chamei, mais não ouve resposta. Sai para fora para perguntar aos meus filhos, mas eles também haviam desaparecido

— Lexi, Josh — gritei começando a me desesperar corri pela casa inteira.

Peguei a chave do carro, pronto para procurá-los em outro lugar, mas meus olhos se fixaram no porta-retratos. Não haviam fotos, apenas porta-retratos vazios. Todas as fotos com Elena haviam sumido.

Sai correndo porta fora. Ouvi risadas vindo da casa ao lado. Me dei conta que a casa era então a minha. Elena estava com Lexi no colo sorrindo, caminhei aliviado até eles. Elena encontrou com meu olhar com sorriso no rosto, automaticamente sorri.

— Stefan — Ela disse ainda sorrindo

— Tio Stefan — Lexi soltou-se dos braços de Elena correndo até mim. Não consegui mover-me para poder pegá-la.

— Josh o tio Stefan … Correu chamando o irmão. Que saiu da casa seguido de Damon…

— Irmão, achei que não viria mais

Ele colocou o braço em volta da Elena da cintura de Elena depositando um beijo em sua têmpora com sorriso estampado no rosto. E de repente tudo parecia girar, meu estômago se contraiu com dor. Voltei meus olhos para Lexi, que agora tinha os olhos azuis, e cabelos escuros como os de Damon. Ele franziu a testa me encarando veio em minha direção me abraçando.

— Está tudo bem?

Meus olhos ficaram presos aos de Elena que me olhou confusa, alternando o olhar para Damon, ela veio em minha direção tocou levemente meu ombro

— Está se sentindo mau Stefan? — Dei passos automaticamente para trás. A garotinha que minutos antes era minha filha correu até mim

— Tio, trouxe meu presente?

— Agora não Annie — Damon a reprendeu

— Vocês estão juntos? — murmurei incrédulo essa pergunta idiota mais para mim mesmo do que para ele, qualquer cego poderia obter a reposta para aquela pergunta olhando as duas crianças que eram cópias fiéis de seus pais. Damon e Elena se entreolharam confusos

— Claro, há oito anos — Elena respondeu — Você foi nosso padrinho de casamento Stefan, não se lembra? Manei a cabeça incrédulo, sentindo uma dor no peito ameaçando me sufocar, Elena se aproximou tocando meu rosto. — Stefan você não parece bem.

Sai correndo o mais longe que podia, durante o percuso para lugar nenhuma, todas as lembranças de Elena surgindo novamente o primeiro encontro, primeiro beijo, primeira noite de amor e nascimento de Lexi, tudo era uma ilusão. Não conseguia acreditar, aquilo não era real, não podia ser mentira. Corri tanto que nem me dei conta de onde estava. Quando foquei minha mente, para reconhecer o lugar, estava no cemitério. Entrei na cripta da minha família me ajoelhei no chão desesperado, não conseguia me mover, minhas forças pareciam ter sido sugadas de mim. Aquilo não era real, era um pesadelo. Eu estava com Elena, nos tínhamos dois filhos, ela me amava.... Não podia ter sido apenas uma ilusão.

— Na verdade pode sim — me virei reconhecendo a dona daquela voz

— Lexi?

— Olá estranho — ela sorriu docemente — Quando é que vai me deixar descansar em paz? Ela colocou as mão na cintura maneando a cabeça ao ver meu estado ela se aproximou tocando gentilmente em meu ombro.

— Me diz por favor que foi um pesadelo Lexi, isso tudo não pode ser verdade. Não pode ter sido uma ilusão, era real.

Ela suspirou, olhando-me com pesar seus olhos se fixaram na parede, parecendo pensar se dizia ou não, por fim ela franziu os lábios e voltou seus olhos para mim. Mesmo antes de ela abrir a boca para explicar-me tudo eu já sabia a resposta.

— Nada aqui é real Stefan. Nenhuma das suas fantasias com Elena foi real, nada em relação a ela foi real ou verdadeiro. Atração entre vocês era inevitável pelo feitiço de Silas, o amor entre vocês foi apenas o reflexo de um amor que fora interrompido.

— Chega! Não minta para mim. Eu e ela nos amamos, sempre foi real. — teimei angustiado.

Lexi suspirou antes de ir até saída me estendendo a mão, peguei mesmo relutante quando passamos pela saída da cripta um flash de luz me forçou a fechar os olhos e quando reabri o lugar a minha volta tinha mudado, estávamos em frente a ponte de Mystic Falls estava de noite e um carro bateu contra ponte com violência. Reconheci o carro imediatamente e meu primeiro impulso foi correr até lá e salvá-la. Mas Lexi me impediu

— Ela vai morrer…

— Não, não vai — ela apontou para um carro que parou em frente. Reconheci o carro imediatamente, Damon saiu correndo do carro pulando no rio, salvando Elena.

— Isso não está certo fui eu que a salvei.

— Você escutou alguma palavra do que eu disse? — ela inquiriu indignada, depois de um suspiro impaciente

— Porque está me mostrando tudo isso Lexi? Eu sei muito bem que isso é apenas um sonho ou melhor um pesadelo.

— Ouch — ela colocou a mão sobre o coração fingindo ter sido atingida — Isso doeu, quer dizer que rever sua melhor amiga morta é um pesadelo? — revirei os olhos impaciente.

— Você entendeu muito bem o que eu quis dizer

Lexi riu batendo seu ombro com meu. E revirou os olhos quando não bati de volta como sempre fazia. Ela bufou aborrecida cruzando os braços antes de se inclinar sobre a ponte observando Damon tentando tirar Elena do carro sem ao menos se importar com pais de Elena.

— Isso e apena uma das outras dimensões. Cada escolha que fazemos tem uma consequência, essa realidade que está vendo agora e consequência da sua escolha de não voltar para Mystic Falls, quando você se negou a ceder a curiosidade quando descobriu sobre uma garota idêntica a Katherine. O que eu desejei que fizesse desde do incio, afinal quem é que se apaixona por uma garota que exatamente igual à sua ex vadia psicopata? — ela riu, mas ficou seria quando a fuzilei com os olhos

— Okay, senso de humor mandou lembranças — ela zombou

— Será que dá pra me explicar tudo de uma vez sem ficar zoado com a minha cara? — Ela deu ombros ficando seria novamente olhando para baixo.

— Okay vamos continuar… Onde foi que eu parei? — foi minha vez de bufar irritado, ela riu novamente — Lembrei, como pode ver seu irmão ao contrário de você conheceu Elena dias antes e começou a segui-la, observá-la todo o tempo, por esse motivo ele está salvando-a agora.

Damon trouxe Elena nos braços para beira do rio, verificando eu pulso antes de trazer os lábios nós dela para tentar reanimá-la implorando para que não fosse tarde, desviei meus olhos não suportando ver a cena. Lexi deu um sorriso simpático pegando minha mão, outro clarão de luz surgiu e agora estávamos numa festa de fogueira com centenas de pessoas em volta, tive um vislumbre de uma garota loira com uma blusa azul da universidade de Whitmore, que jurei ser Caroline. Mas eu não queria mais ver nada, puxei Lexi pela mão,

— Me explica o que está acontecendo de uma vez.

— Stefan — ela pousou as duas mãos em meu ombro, fazendo-me olhá-la — Já se perguntou como seria sua vida se não tivesse cruzado com Elena Gilbert? Já imaginou como sua vida seria mais simples, sem dor? Em nem um momento sentiu algo entranho nesse sentimento entre vocês dois. Uma força quase sobrenatural, os mantendo juntos, puxando você para Mystic Falls, mesmo quando todos seus instintos lhe avisava para manter-se longe desse lugar?

— O que quer dizer? — gritei confuso

— Ah qual é, pensei que fosse mais inteligente do que isso — zombou — Você sabe, no fundo você sempre pensou isso. Que não era normal. E quando a mesma morreu todo amor, que ela um dia jurou sentir por você. Simplesmente acabou?

— Foi o sire-bloond, foi a ligação com Damon — rebati aturdido

— Sim pode ser, mas isso não a mudaria completamente. Vinculo pai não a faria esquecer o grande amor que ela jurou a sentir por você. Quando ela beijou Damon pela primeira vez ela era humana. Acha mesmo que em todo esse tempo, Elena não estava dívida entre você e seu irmão? Acha mesmo que se o amor que ela sentia por você fosse tão forte quanto o que sente por ela, ela não teria quebrado esse vínculo.

— Está dizendo que tudo isso não passa de um maldito feitiço, que tudo que passei com ela não foi real? Que tudo pelo que passei para tê-la, protegê-la tudo? Não passa de uma mentira, um feitiço?

Lexi assentiu com pesar. puxou-me pela mão, já não estávamos em Mystic Falls. Estávamos em outro país, em outro tempo. Olhei para mim e Katherine juntos…

— Não é você ali Stefan. O nome dele é Harry e ela – Ela pontou para quem julguei ser Katherine — Se chama Emily. Foram uma das duplicatas de vocês. Elas se apaixonaram instantaneamente.

— Eles ficaram juntos?

— Quer mesmo saber a resposta? — ela arqueou sobrancelha em descrença. Eu realmente não queria saber mas cedi a curiosidade assenti com cabeça

— Não eles não ficaram. Aconteceu uma tragédia, Emma tinha um noivo, ele matou Harry num duelo estúpido e Emma adoeceu mas se curou tempos depois e se apaixonou por seu médico… Eles sim foram felizes para sempre.

Ela me estendeu a mão, mas eu recusei

— Não precisa me mostrar mais nada, não quero ver.

Voltamos para o cemitério, eu caminhei devagar para longe dali. Com todas aquelas revelações e a constatação de algo que eu tentei negar para mim mesmo assim que voltei para Mystic Falls e coloquei meus olhos sobre Elena. Lexi tinha razão parte de mim sempre duvidou do grande amor que tínhamos. Assim que Elena colocou os olhos sobre Damon, eu sabia que estória se repetiria. Estávamos fadados a repetir a mesma estória com resultados diferentes sim, mas a mesma história. Eu confesso que o que me levou de volta aquela cidade foi curiosidade de saber se era Katherine ali, mas observando Elena eu me apaixonei instantaneamente e sabia que todo bom senso de não me apaixonar por uma cópia de Katherine saltou pela janela naquele dia. Sentei no banco, naquela cripta fria e escura, Lexi me seguiu sentando-se ao meu lado.

— Então eles se amam?

— Sim, se amam. E você os apoiou a ficarei junto pelo menos nesse universo. Você estava feliz por seu irmão, vocês se perdoaram por tudo, ele tomou a cura escolhendo uma vida humana ao lado dela, você voltou para cidade no dia do casamento.

— Então, tudo isso… Tudo que vive com Elena agora…

— Foi uma visão implantada na mente de vocês. Os viajantes os querem juntos Stefan. Por isso os sentimentos de Elena por você estão voltando, por isso ela está repensando a escolha de ficar com seu irmão. Mas acredite em mim, ela não o ama, pelo menos não de verdade. Esse sentimento e novamente fruto de feitiço. E claro que esse é o momento se quiser tê-la de volta. Você pode escolher lutar por ela e tornar parte das visões reais.

— Mas se eu a escolher… Não vai ser real, ela não me ama… De verdade, não mais.

— Sim não ama. Mas você pode fazer diferente, lutar contra o destino e qualquer que seja o feitiço agora. Você não é o Silas e ela não Amara, vocês não tem que viver o amor por eles, você pode escolher um outro futuro um longe de tantas tristezas Stefan.

Ela se levantou sorridente estendeu-me a mão. Aceitei, mesmo que relutante. Voltamos para aquela noite da fogueira ela riu satisfeita vendo o meu outro eu, vestindo a blusa da universidade Whitmore ela explicou animada que decidi voltar para cidade e morar perto de Damon. Escolhi voltar a estudar, cursando medicina. Aquela noite na fogueira eu conheceria minha colega de quarto, minha futura esposa. Meu outro eu estava conversando animado com outro cara quando uma garota esbarrou em mim, quando estava prestes a saber quem era outro clarão de luz. E agora estávamos no bosque, estava todo decorado com lírios brancos. Um tapete vermelho com rosas brancas e vermelhas espalhados pelo chão. Com todos meus conhecidos sentados nas fileiras do banco Bonnie, Jeremy, Matt, Alaric, Jenna, Liz, Damon e Elena estavam no altar.

— Quem está se casando? — Inquiri curioso Lexi me deu um sorriso, e olhou para mim

— Veja você mesmo gênio — ela respondeu se afastando rindo sentando-se na fileira da frente pedindo espaço para Bonnie e Jeremy.

De repente minha roupa tinha mudado. Estava agora vestido um terno com uma rosa branca na lapela. Caminhei automaticamente para o altar mesmo sem entender nada, sabia que aquele era meu lugar, eu era o noivo. Olhei para o lado Elena sorriu docemente para mim. Fiquei com olhar preso aos dela desci meu olhar para o anel em seu dedo. Me sentindo, tonto e entorpecido por não estar louco de ciúme.

De repente a música começou não era uma marcha nupcial. Uma cantora estava no fundo também olhando para entrada. A noiva entrou, era a mulher mais linda que já tinha visto. Era estranho mais meu coração tamborilou a cada passo que ela dava mesmo sem ver seu rosto pelo véu que o cobria. Mesmo sem ver o rosto, sentia uma sensação de alegria e calma estranha me invadindo.

Ela parou em frente a mim, entregou o buque a Bonnie. Minhas mão tremiam quando as estiquei para retirar o véu que ocutava seu rosto. E quando tirei, olhos azuis acinzentados me fitavam, um sorriso enfeitando seu rosto. Nunca senti nada parecido, com aquele sentimento. Quando olhei em seus olhos, o mundo a minha volta parecia ter parado, só existindo eu e ela.

— Stefan Salvatore, você aceita Caroline Forbes, como sua esposa, na alegria e na tristeza. Na saúde e na doença até que a morte os separe? Perguntou o padre, automaticamente a resposta escapou por meus lábios

— Sim, eu aceito.

xXx

Depois de contar a minha pequena fantasia eu sai, deixando Stefan adormecido na poltrona. Estava começando a me preocupar com excesso de sono que ele tinha ganhado depois que quase fritaram seu cérebro de novo. Caminhei para fora, mas encontrei e Elena e Damon numa conversa aquecida ou melhor eles estavam quase se devorando. Sai atordoada com a cena, sem fazer ruido.

— Eles são amigos com bônus — Bonnie disse atrás de mim, vendo minha expressão chocada.

—Hummm — manei a cabeça incrédula — Isso não faz sentido, se ela quer ficar longe de toda essa… Essa coisa que os dois têm. Por que está dando bônus para ele? — Bonnie deu ombros

— Isso importa? Afinal eu pensei que você tivesse no time do Damon agora — franzi a testa incrédula

— Eu? Time do Damon? Esta louca não é?

— Eu escutei vocês dois conversando, eu estava na sua frente esqueceu. Você ligou para ele e contou que Stefan e Elena estavam tendo visões juntos

— Eu.... Contei porquê ele precisava saber.

— E por que, ele precisava saber? — Bonnie maneou a cabeça — Caroline, não minta para mim, você está feliz por ver Elena com Damon agora, eu sei bem o motivo.

— Não, não sabe… Pelo menos não e nada disso que você está pensando. Bonnie eu quero vê-los felizes. Se quer saber, se eu tivesse certeza que Elena voltou a amar Stefan, que não sente mais nada por Damon. Eu seria a primeira a torcer pelos dois novamente. Mas aquilo — apontei para fora — Prova que estou certa, que não quero ter que ver o meu melhor amigo, sofrendo tudo aquilo de novo. E apenas isso Bonnie.

Bonnie abaixou a cabeça sem dizer mais nada, mau podia olhá-la a raiva pela sua acusação fervia em mim. Voltei para o salão, tinha uma ou duas pessoas por ali. Me sentei em frente a Stefan que ainda dormia. Me recordei de vê-lo sofrer, chorar e se descontrolar por Elena. Era isso queria impedir quando liguei para Damon, quando contei aquilo. Ele precisava saber, precisa tirar aquilo da mente e do coração de Elena. Não era egoismo, querer evitar tudo aquilo, querer proteger meu melhor amigo.

Olhei para o rosto sereno Stefan, perdido em seus sonhos que rezei por serem bons sonhos, longe de toda aquela confusão que se abatia sobre nossas cabeças. Olhando tão tranquilo, suas feições tão relaxadas lembrei-me de quando dormi ao seu lado, sentido seu perfume e calor do seu corpo contra o meu. Tive que resistir ao impulso de estender minha mão e tocá-lo, senti-lo de novo. Me amaldiçoei por isso novamente, todo meu autocontrole que tando me orgulhava estava descendo ladeira a baixo, quando se tratava de Stefan. Me levantei querendo correr dali e ignorar aqueles sentimentos borbulhando querendo sair pela borda e me dominar, então ele começou a se debater. Me aproximei cautelosa até ele e toquei em seu rosto, tentando acordá-lo gentilmente.

— Stefan

Ele não acordava, de repente ele parou. Suas feições ficaram tranquilas. Mesmo assim mantive minha mão em seu rosto. Acariciando seu rosto, olhando-o. Querendo poder entrar em sua mente e descobrir o que ele sonhava. Provavelmente era com Elena, por isso aquela expressão de paz. Senti um incomodo no peito, ia tirar minha mão quando ele murmurou algo. Me aproximei mais tentando ouvir…

— Stefan — ele murmurou algo novamente. Ia me afastar tirando minha mão de seu rosto, quando ele acordou segurando minha mão.

— Caroline — ele me fitou surpreso.

— Desculpa, Stefan… Eu não queria ter te acordado – Ele piscou parecendo confuso — Mas você estava parecendo estar num pesadelo. Você está bem?

— Sim — ele apertou minha mão.

— Estava tendo um pesadelo ou uma visão? — ele demorou a responder, seus olhos me miravam tão intensamente que causou um arrepio. Eu podia jurar que se ainda fosse humana estaria vermelha feito pimentão. Tentei me soltar da sua mão, sentindo meu estômago doer de ansiedade.

— Foram as duas coisas, um pesadelo e uma visão. Sonhei com a Lexi.

Me levantei conseguindo me sentar a sua frente. Stefan levantou, passando as mãos pelo cabelo, direcionando seus olhos para lareira. Curiosa por saber o que ele sonhou ao mesmo tempo que não queria de jeito algum vê-lo descrever seus sonhos com Elena, por fim perguntei mesmo temendo a resposta talvez ele precisasse desabafar.

— Como assim as duas coisas? — Stefan riu passando a mão no rosto — Não precisa dizer…

Stefan veio até mim, olhando-me daquele mesmo jeito. Senti aquele arrepio novamente. Ele me estendeu a mão, parecia um pouco sem controle do meu próprio corpo. Pois minha mente lutava dizendo para não pegar sua mão. Mas me dei conta de estar em pé em frente a ele. Ele apertou afetuosamente, minha mão foi subindo devagar por meu braço fazendo os pelos do meu corpo se ouriçarei em resposta.

Uma onda de calor, foi irradiando a cada toque, ele subiu outra mão colocando em meu rosto, descendo por meu pescoço. Não conseguia ter reação alguma, pisquei uma dez vezes temendo ter sonhado acordada. Quando dei por mim estava segurando sua mão fechando os olhos, extasiada com o toque. Mesmo com os olhos fechados sentia seu rosto se aproximar, sentia seu hálito em meus lábios, roçando seu nariz levemente no meu antes de trazer sua testa na minha.

— Eu sonhei com você — sibilou, com voz rouca – Nos estávamos.... Nós casando.

Abri os olhos aturdida, ele não se afastou permaneceu com atesta colada a minha com olhos fechados com respiração ofegante. Acabei rindo numa tentativa de cortar aquela tensão.

— Foi por causa da minha fantasia estúpida — me desprendi de seus braços. Fiquei de costa sem consegui sustentar seu olhar. Ele se aproximou tocando meu braço por trás, descendo entrelaçando sua mão a minha, ele se aproximou do meu ouvido e sussurrou

— Foi exatamente como você descreveu…

— Que bom — me afastei novamente, ele me deteve segurando-me, quando voltei a encará-lo ele estava sorrindo — Foi apenas um sonho…

— Sim, mas foi o mais real que já tive. Mas do que qualquer visão que tenha tido com Elena, mas que qualquer sonho que já tive. Ele tomou meu rosto nas mãos

— Stefan você não está bem — me afastei de novo — Deve ser sede, eu vou buscar uma bolsa pra você. Me apresei, mas quando cheguei na porta ele correu até mim me prendendo contra a porta.

— Sim é um tipo de sede, uma que nunca tive antes — ele se aproximou do meu rosto seu nariz novamente roçando no meu, seu hálito quente dançando contra meus lábios. Eu sabia que era errado, ele deveria estar mal pelas visões, em plena confusão eu não deveria me aproveitar de seu estado, mas quando suas mão se colocaram em ambos os lados da minha cabeça e seus olhos verdes se encontraram com os meus, minha força de vontade se esvaiu fechei os olhos fraca.

— Stefan — Ele apertou meu queixo

— Abra os olhos Caroline — ele ordenou com voz rouca num sussurro que amoleceu meu corpo por inteiro. Obedeci relutante, prendendo a respiração quando notei o sorriso em seu rosto, seus olhos fixos em meus lábios e quando ele estava prestes a quebrar a distância mínima entre nós ele fechou os olhos gruindo de dor com as mãos na cabeça.

— Stefan.

Abaixei a auxiliando-o, ele gritava de dor caiu no meu colo, me desesperei sem saber o que fazer. Bonnie surgiu logo em seguida.

— Care a Elena ela.... Está acontecendo com ele também...

— O que Bonnie, o que está acontecendo — gritei impaciente com Stefan ficando inconsciente em meus braços

— Eu não faço ideia — ela respondeu — mas tenho certeza que são os viajantes, eles estão vindo atrás deles.