Elena

Jeremy tinha seguido o conselho de Damon e saído para ligar para Liv. Ele estava em um canto com Enzo, muito calado o que não era de seu feitio, olhando bem ele parecia preocupado o que me intrigou, desde quanto ele se preocupava com Bonnie? Olhei para o outro lado encontrei uma cena que revirou meu estômago, Stefan estava encostado na mesa de sinuca, abraçando Caroline. Alisando sua costa e cabelo, depositando beijos em sua testa e cabeça, confortando-a, acalmando-a como costumava fazer comigo.

Não pude evitar a onda de amargura e inveja. Inveja de Caroline, sentindo uma saudade esmagadora de estar nos braços de Stefan, de ter aquele olhar de admiração, carinho… Um olhar que somente Stefan era capaz de dar.

Por um momento, ele desviou seus olhos do irmão, se esbarrando com os meus. Pensei que ele sentiria no mínimo, vergonha por estar com minha melhor amiga na minha frente. Mas ele não desviou os olhos nem por um segundo, nenhuma menção si quer de arrependimento ou saudade, ele continuou olhando em minha direção como se não estivesse ali.

E nesses momentos o sentimento de inveja e rancor contra eles cresciam em mim, cresciam desenfreadamente, mesmo que quisesse me controlar e tentar lembrar que a culpa disso era minha. Se Caroline tinha crescido no coração dele, era minha culpa e apenas minha! Afinal eu escolhi o irmão errado.

Jeremy voltou batendo a porta, parecendo estar ainda mais nervoso do que antes, pela sua cara frustrada eu podia imaginar que as coisas não deram certo.

— Então ela vai fazer o feitiço? — Caroline questionou se desprendendo dos braços de Stefan.

— Ela disse que não vai ajudar — ele murmurou, parecendo incrédulo.

— Hummm pelo visto a nova bruxa e vingativa — Damon zombou, me fazendo revirar os olhos impaciente

— É agora o que vamos fazer? Esperar pela polícia — Matt inquiriu, voltei meus olhos pra Caroline, que me deu um sorriso forçado antes de bufar irritada

— Se formos esperar pelo serviço da polícia, não vamos encontrar a Bonnie nunca — Tyler disse, e abaixou a cabeça com olhar mortal de Caroline — Sem ofensa.

— O lobinho está certo, temos que encontrar outro bruxo

— Claro, como se tivessem muitos bruxos em Mystic Falls — Caroline retrucou irritada, mas em seguida seus olhos se voltaram pra Stefan e seu rosto se iluminou — Já sei quem pode nos ajudar…

— Seth — Stefan completou parecendo ler seu pensamento, o que só me fez querer vomitar.

— O namorado do Luke — Jeremy sorriu, constatando a própria estupidez — Como não pensei nisso?

— Ótima ideia linda — Enzo elogiou, sorrindo para Caroline que sorriu de volta, o rosto de Stefan se fechou alternando seu olhar entre ambos.

— Então podemos para de elogiar a inteligência do novo casalzinho 20 — Damon riu parecendo ter dito uma piada, que só ele compreendia — Onde esta esse cara agora?

Franzi a testa analisando Damon, tinha algo estranho com ele, uma impaciência em sua voz que eu conhecia bem.

— Liv me disse que ele mora em Atlanta.

— Ótimo, então vamos — Damon disse surpreendendo até mesmo Jeremy

— Eu acho que nem todos nos precisamos ir, quem sabe Bonnie não aparece — ponderou Matt

— Tem razão — Stefan concordou com a cabeça, e voltou seus olhos para mim e Caroline — É melhor vocês duas ficarei por aqui, caso ela volte e precise de ajuda.

— Como é? — Caroline questionou indignada — Eu não vou ficar aqui!

— Caroline, nos só vamos trazer Seth até aqui, não tem o porquê todos irem — argumentou ele tomando seu rosto, mas ela virou o rosto furiosa

— Não é nenhuma excursão Linda, prometo que não vou levar seu namorado para Vegas — Enzo zombou sorrindo. Caroline suspirou maneando a cabeça irritada se afastando de Stefan

— Então estão esperando o que, vão!

Stefan suspirou, mas acabou sorrindo. Lhe deu um beijo na testa, a mesma virou o rosto, cruzando os braços parecendo chateada. Stefan fez um careta desconcertada quando ela se negou a dar-lhe um beijo de despedida. Ignorei a ordem deles, segundo Stefan, tentando desviar de Caroline.

— Onde você vai Elena? — indagou ela agarrando meu braço e ficando a minha frente

— Estou indo com eles não é obvio? — retruquei impaciente desvincilhando meu braço.

— Não ouviu o que eles disseram?

— Ouvi sim, mas meu irmão precisa de mim, não vou deixá-lo enfrentar tudo sozinho.

— Ah como se você se importasse tanto assim com Jeremy — desdenhou ela.

Não me dei o trabalho de respondê-la sai em seguida. Jeremy tentou me convencer a ficar, mas estava decida a ir com eles. Stefan e Damon se entreolharam por um segundo apreensivos e logo em seguida entraram no carro suspirando. Me sentei ao lado de Stefan, que forçou um sorriso, mas parecia desconfortável com minha presença ali. Ele olhou em direção ao Grill olhando pra Caroline em frente ao bar com uma expressão desgostosa quando Tyler apertou seu ombro levando-a de volta para o Grill.

Caroline

Senti vontade de estrangular o pescoço fino de Elena quando a mesma entrou naquele carro. É com todos os lugares para se sentar, resolveu sentar-se ao lado de Stefan. Tentei não pensar que aquilo era nada mas, nada menos que uma manobra de se aproximar de Stefan. Só em pensar, eu ficara desesperada. Não conseguia deixar de pensar, que agora eles estariam juntos, que ela se aproveitaria de qualquer chance pra reconquistá-lo. Tentei conter minhas inseguranças e confiar em Stefan, mas Elena parecia obstinada em reconquistá-lo, eu não podia evitar o pensamento doloroso e incomodo de que parte dele sempre amaria Elena.

Tyler sorriu me estendendo um copo. Sentou-se ao meu lado e maneou a cabeça quando entornei em um só gole, fazendo careta pelo gosto amargo na boca.

— O que foi? — inquiri intrigada com seu sorriso.

— Nada — ele mentiu, arquei a sobrancelha em descrença — Esta preocupada com Elena não é?

— Eu? — neguei com cabeça — Por que eu estaria preocupada com Elena, eu estou e preocupada com a Bonnie!

— Care, eu conheço você — ele tocou minha testa — Nesse momento deve estar imaginando os dois juntos.

Abaixei a cabeça envergonhada, por ele saber tão bem o que se passava em minha cabeça

— Okay você me pegou — admiti — Eu continuo patética como sempre.

— Você não é patética — ele afirmou — Eu diria, obsessiva, neurótica, mandona… — bati em seu ombro, ele gemeu de dor fazendo uma careta antes de começar a rir alto.

— Hein?

— E brincadeira!

— Sei?!

Fiquei calada pensando nisso. Eu que pensei que tinha mudado. Mas continuava sendo a mesma. Garota insegura, com medo que me esqueçam.

— Você sabe que não tem que se preocupar não é? — apenas assenti com a cabeça, mas não tinha convicção alguma — Ele não vai te trair com ela.

— Eu sei, ele não é do tipo que trai, mas pode perceber que ainda ama ela e…

— Eu duvido.

— Posso saber o porquê?

— Pelo jeito como ele olha pra você — ele disse sorrindo — É por saber que ele não será tão idiota como eu e Matt fomos.

Acabei rindo olhando para Tyler. Nunca pensei que esqueceria aquele homem, que um dia estaria sendo consolada por ele, que seriamos amigos. Mas me dei conta de fazer confissões de minhas inseguranças com Stefan, meu novo namorado. E Tyler ainda era meu ex, era no mínimo estranho.

— Me desculpe Ty.

— Pelo que?

— Por falar com você sobre…

— Stefan — ele completou — Eu admito, ainda é estranho ver você tão feliz ao lado de outro cara que não seja eu — ele confessou.

— Tyler…

— Mas, como eu disse Caroline, eu sempre vou amar você — ele apertou minha mão carinhosamente — É por isso, prefiro ser seu amigo a não ter você na minha vida.

Sorri com olhos lacrimejando, tentei conter a vontade chata de chorar, gratidão a ele e ao universo por ter me permitido continuar amiga de Tyler, ele era e sempre seria uma grande parte da minha vida. Sem cerimonias o abracei, ele riu zombando de mim por ser tão emotiva mas não me importei. Só me desprendi dele quando escutei o Matt pigarreando atrás de nós

— Devo me preparar para um flashback? — inquiriu um Matt confuso. Eu e Tyler nos entreolhamos e rimos

— Não — ele respondeu — Eu estava apenas consolando minha… Amiga.

Matt acenou com cabeça aceitando a resposta de Tyler me dando um breve sorriso, mas se desfez logo em seguida. Ele se sentou em uma mesa fitando o chão por um longo tempo

— Será que ela está bem?

— Bonnie é forte Matt, tenho certeza que ela está bem — encorajou Tyler

Concordei com a cabeça. Me sentindo culpada agora, por mais uma vez desviar minha mente da minha melhor amiga. Torci para que Tyler tivesse mesmo razão, que ela estivesse bem agora, onde quer que ela esteja.

Bonnie

Fiquei na mesma posição por um longo tempo, até sentir meus joelhos doerem. Fiquei olhando para uma pequena posa de aguá que se formava no chão. O barulho da gota caindo sobe a pequena poça estava começando a me enlouquecer e nem fazia tanto tempo que estava ali. Fechei os olhos, mas abri logo em seguida ao sentir aquele arrepio na espinha. Quando me virei minha avó estava ao meu lado. Ela olhou para o prato intocado que meu sequestrador deixou ao meu lado.

— Não vai comer?

— Não estou com fome — respondi desanimada

— Mas precisa se alimentar, você se machucou está fraca. — ela explicou olhando pra mim preocupada, dei ombros em resposta.

Fiquei calada, não disposta a conversar ou escutá-la dizer sobre os meus deveres como ancora, me manter segura e blá, blá, blá.

— Não é nenhum blá, blá, blá Bonnie — ela retrucou ofendida, acabei rindo, me lembrando que espíritos, principalmente minha avó podia entender o que se passava em minha cabeça.

— Ah não? Então não vai me dizer, que eu tenho que ser forte e positiva. Que tenho um grande dever e etc?

— Não desdenhe disso Bonnie – alertou ela cruzando os braços seria me lançando o mesmo olhar que costumava a dirigir quando me portava mau

— Porque esse é o meu destino — completei e bufei irritada — Eu não quero esse destino! Eu queria apenas estar em meu quarto agora, quem sabe lendo ou assistindo TV. Queria estar com Jeremy agora. Não trancafiada aqui, porque um lunático resolveu me usar pra trazer Markos de volta.

— Eu sei o quanto e difícil pra você…

— Não, você não sabe vó, esta morta assim como quase todos que eu amei. Eu nunca deveria ter aceitado voltar, eu quebrei as regras e agora sou uma estúpida ancora que sente a dor de todos quase todo tempo.

— Você não é estúpida Bonnie, tem um propósito.

— Eu não quero esse propósito vó.

Parei de discutir com ela quando escutei a maçaneta se mexendo, ele entrou olhando em volta tentando entender o porquê eu estava falando sozinha.

— Com quem estava falando?

— Com ninguém — respondi nervosa

Ele suspirou exasperadamente mais ainda mantendo um olhar desconfiado em resposta, mas sua expressão mudou assim que notou meu prato ainda intacto — Sabe quando tempo demorei pra fazer isso?

— Não.

— Pois foi muito, e bom que coma a droga da minha comida — esbravejou ele me lançando um olhar furioso que prontamente ignorei.

— Eu estou sem apatite — menti, ele suspirou se aproximando irado agarrando meu queixo, forçando-me a encará-lo podia sentir seu hálito devido à proximidade de seu rosto.

— Você quer do modo difícil? Então vai ser do jeito difícil.

— Bonnie por favor, não o provoque — minha avó suplicou aflita

– Okay me desculpe. Mas eu realmente não estou com fome.

Sua expressão furiosa se suavizou, ele soltou meu queixo que agora doía e coçou a barba rala se encostando na parede. Olhei para minha avó que sorriu satisfeita por ter seguido seu conselho.

— Então, eu ainda não sei seu nome…

— É agora quer saber por que?

— Porque não tenho nada pra fazer — menti

— Joe — ele murmurou enfiando as mão no bolso de sua jaqueta de couro.

— Joe… Okay Joe. Então se não for curiosidade demais, por que está tão obstinado em trazer Markos de volta?

— Porque, queremos parar de fugir. Estou cansado de nunca parar em lugar algum. É essa cidade e nossa por direito.

— Entendo — concordei com cabeça — Deve ter sido difícil pra vocês… Não ter um lar, de verdade.

Joe suspirou e me analisou por um tempo e depois concordou. Fiquei satisfeita por ele parecer tão maleável ou apenas bipolar, tentei parecer o mais relaxa possível, enquanto tentava pensar na próxima pergunta.

— Sim, depois de um tempo faz falta ter um lugar pra ficar.

— É o Markos quer o mesmo que você?

— Sim, entre outras coisas.

— Que tipo coisas?

— Nada demais pra falar a verdade. Quer apenas dominar essa cidade e expulsar todos esses seres sobrenaturais como seus amigos. Aquelas abominações que o idiota do Silas e Tessa criaram. Eles são uma anomalia, é Markos que exterminá-los de uma vez. Isso e todo resto sobrenatural que você conhece — explicou com tom monótono.

— Mas vocês também são seres sobrenaturais, ou não são?

— Nos somos um pouco mas complicados, tiramos nossa magia da terra, sangue e coisas do tipo — ele balançou a cabeça — Não sei por que estou te dizendo isso.

— Porque eu sou a única aqui — rebati ele sorriu concordando

— Pode ser, mas eu sei que vai tentar me impedir, vai dificultar as coisas pra salvar seus amigos vampiros…

— Na verdade não — ele franziu a testa confuso — Eu não vou impedi-lo.

— E por que não? Eles são amigos.

— Amigos? Se fossem realmente meus amigos já teriam me achado, eu não sou mais importante para nenhum deles depois que perdi meus poderes, não tenho serventia alguma para eles agora. Eu era apenas uma ferramenta para eles, apenas isso. Hoje eu sei que bruxas e vampiros não podem coexistir.

— Então quer dizer…

— Que não dou a mínima se seu mestre surgir e acabar com a magia em Mystic Falls, eu não sou mais uma bruxa. E quando ele voltar o outro lado se destrói e eu seguida

— É não tem medo de morrer?

— Não, eu deveria estar morta. Eu me arrependo de ter voltado.

Joe ficou me analisando intrigado. Tentando decidir se confiava em mim ou não.

— Então está dizendo que não se negara a me ajudar?

— Não. Está na hora de existir algo que freie os vampiros.

— Parece estar com raiva deles?

— Raiva não, ódio. Eles destruíram minha família. Por causa dele eu não tenho mais ninguém.

Joe sorriu e se inclinou até mim que recuei com medo.

— Não precisa ter medo Bonnie. Eu vou arrumar uma maneira de mantê-la viva, mesmo com o fim do purgatório sobrenatural. Eu sei como é perder quem amamos.

— Obrigada.

— Eu vou trazer outra coisa pra você comer — assenti e quando o mesmo saiu minha avó apareceu atrás de mim novamente.

— O que está fazendo Bonnie?

— Tentando sair daqui, antes que eu enlouqueça.

— É pretende fazer isso enganando ele? — assenti — Pode ser perigoso Bonnie.

— Sim, mas é muito mais perigoso se esse lunático conseguir trazer o Markos de volta — retruquei tentando arrancar o cano enferrujado da parede — Eu não morri e voltei como uma droga de uma ancora, para morrer e parar no inferno. Eu vou sair daqui!

Damon

Não entendia ao certo o porquê de estar ali naquele carro indo para outra cidade, indo salvar aquela garota que pensava o pior de mim. Que era irritante, mandona e arrogante. E como se a situação já ruim não pudesse piorar, Elena resolvera ir conosco e fez questão de ir ao lado do meu irmão, que parecia mesmo desconfortável com tudo aquilo.

Tentei não olhá-la pelo retrovisor. Tentei ignorar seus olhos fixos em Stefan, mas simplesmente não consegui ignorar as lembranças que aqueles olhos castanhos me traziam. Todas as vezes que sussurrava que me amava. Todos os beijos pela manhã, quando a carregava para o quarto ou banheiro. Agora a ela matinha seus olhos em meu irmão. Era mesmo muito fácil pra ela deixar de me amar, se é mesmo que tinha me amado algum dia.

A viagem foi rápida, mas silenciosa durante todo percusso nem mesmo Enzo abriu à boca para dizer algo inconveniente. Ele parecia mesmo se preocupar com Bonnie o que me incomodou, tratei de ignorar o motivo disso. Enzo estacionou o carro, demorei a perceber que já tínhamos chegado. Jeremy fora o primeiro a descer olhado aflito para casa com a porta vermelha. Ele verificou o número antes estender a mão e tocar a droga da campainha. Uma garota loira e magricela de no mínimo treze anos atendeu a porta sorridente.

Ela nos convidou a entrar assim que Jeremy mencionou Liv e Luke. Ao sermos levados para sala nós deparamos com aquelas músicas irritantes de meditação enquanto uma fumaça espeça cobria lugar o cheiro de vela queimada e incenso invadia a casa. O namorado de Luke estava com as pernas cruzadas com incesso queimado em volta dele.

Ele demorou a abrir os olhos e voltar para realidade piscou algumas vezes, antes de se espreguiçar demoradamente quando focou seus olhos no grupo de pessoas a sua volta, arregalou os olhos assustado.

— Hanna, quantas vezes te falei para nunca convidar estranhos sem me avisar? — gritou ele para irmã que se encolheu e saiu de nossas vistas, ele respirou fundo antes de levantar-se — O que querem aqui?

— Seth, você me deu seu endereço se lembra? — Jeremy explicou.

— Sim lembro. Mas não lembro de ter lhe dito que podia trazer amigos, alias trazer um ninho de vampiros para meu quarto — retrucou indignado

— Chega de conversar inútil, faça um feitiço de localização — ordenei, todos me olharam balançando a cabeça com exceção de Enzo que sorriu parecendo concordar

— Ah claro, quitão um feitiço de petrificação também? Por que acham que ajudaria vocês?

— Seth eu sei que falhei com você, mas por favor, a vida de alguém muito importante pra mim está em risco. Alguém que eu amo muito.

Revirei os olhos irritado, já de saco cheio de toda aquela conversa diplomática e declarações apaixonadas de Jeremy. Fui rápido até Seth o suspendi no ar o segurado pelo pescoço, Elena correu me cesurado. O engraçado que há um tempo atrás ela não me recriminaria por agir assim se fosse pra salvá-la.

— Larga ele, Damon — ordenou segurado meu braço.

— Eu vou soltá-lo sim, quando ele fizer o que estou pedido educadamente, você vai anteder meu pedido?

Ele assentiu já vermelho e quase se ar o soltei no chão, ele se estatelou com as mãos envolta do pescoço.

— Claro que eu vou — disse ele com voz rouca

Levantou a mão direita em minha direção recitado algum feitiço maldito me fazendo urrar de dor na cabeça como se fosse explodir, Elena correu até mim preocupada implorado para que ele para-se. É parecia que eu havia o irritado profundamente porque ele ergueu a outra mão em direção a Elena, que colocou as mãos sobre a cabeça gritado. Jeremy implorou que ele parasse, mas ele o ignorou até que Enzo surgiu na porta trazendo consigo a irmã de Seth com as pressas posta para fora bem próximo do pescoço da menina que chorava apavorada.

— Pode parar com macumba agora, ou mato sua irmãzinha — ameaçou ele, que sorria olhado com desejo para o pescoço pálido da garota.— Tenho certeza que ela é tão doce por dentro quanto é por fora.

— Tudo bem larga ela — ele suplicou — Eu faço feitiço.

Me levantei olhado pra Enzo que sorriu ainda olhado garota.

— Solta ela Enzo — Stefan se aproximou para soltar a garota dos braços de Enzo mas detive meu irmão.

— Não a solte ainda. Não até ele fazer o feitiço — Ordenei recebendo um olhar duro de Stefan e Elena.

xXx

Damon revirou os olhos com demora de Seth em realizar o feitiço mais vezes do que pude contar. Não entedia o porquê de seu nervosismo ele é Bonnie nunca foram próximos e agora ele agia como se tivesse desesperado em encontrá-la. Stefan por outro lado estava próximo a janela ligado para Caroline que não o atendeu o deixado frustrado, sabia disso por seu olhar irritado. Ele meteu o celular no bolso cruzado os braços em frente ao corpo olhado pra o mapa em que Seth realizava o feitiço. Tomei coragem me aproximando dele.

— Está tudo bem? — ele apenas assentiu com a cabeça sem ao menos olhar pra mim — Stefan…

Toquei em seu ombro, sentindo aquela corrente elétrica percorrer meu corpo. Ele voltou sua atenção pra mim parecendo ter saído de um transe.

— Pode contar comigo, me dizer o que esta te preocupando.

Ele franziu a testa e estalou os lábios

— O que está me preocupando e o que você deveria estar preocupada também. Eu estou ótimo Elena, obrigada por se preocupar, mas eu não estou em perigo nem nada do tipo e sim a Bonnie, sua amiga.

Abaixei a cabeça envergonhada meus olhos começaram arder, não conseguia olhar para nada a não ser meus próprios pés. Stefan suspirou

— Me desculpe okay? Não tinha intenção de ser… Grosseiro. Sei que se importa com a Bonnie tanto quanto nos.

Concordei com a cabeça ainda sem conseguir erguer a cabeça, tamanha era minha vergonha. Stefan tinha razão, eu estava me aproveitando de qualquer brecha para me aproximar dele, nem se quer me lembrei que Bonnie estava sozinha em perigo.

Seth disse a localização de Bonnie, ela ainda estava em Mystic Falls. Damon e Enzo saíram apressados e Jeremy ficou para agradecer Seth que o enxotou de lá abraçando sua irmã que ainda chorava me ofereci para hipnotizá-la, mas ele disse gritando que não queria dever favor a um vampiro.

Jeremy estava em frente a casa quando Liv ligou e pela sua cara ele parecia irritado. Damon buzinou novamente nos apressando impaciente

— Vamos ainda hoje ou esta difícil? — ele gritou irritado para Jeremy que desligou o celular entrando no carro.

Bonnie

Demorou muito e exigiu muita força coisa que não tinha muito no momento, mas consegui tirar o cano enferrujado, escondi o cano atrás de mim e esperei que Joe aparecesse, mas ele estava demorando além do normal. Comecei a sentir frio e cada vez mas dor na costela, acho que tinha fraturado uma. Minha avó tentou me convencer, a não fazer nada, ela estava convencida que alguém viria me salvar. Mas eu não ficaria ali plantada pacientemente dando zorte ao azar esperando pela boa vontade de ninguém. Ouvi o barulho estridente da maçaneta, me preparei tentando parecer o mas tranquila e simpática possível.

— Joe, você demorou — ele sorriu, ele colocou a bandeja a minha frente, e tinha que admitir que ele estava mesmo tentando me agradar. Senti minha barriga roncar com cheiro — Hummm parece ótimo Joe, muito obrigada.

Ele voltou sua posição normal, braços cruzados me observando, admito que aquilo me deixava nervosa.

— Não vai comer? — ele franziu a testa me analisando.

— Claro — comecei a comer, mas tinha um gosto estranho. Tentei ignorar pois além de estar realmente faminta, tinha que enganá-lo, mas algo no jeito que Joe sorriu me deixou intrigada.

— Então Joe, o que pretende fazer agora?

— Não se preocupe com isso Bonnie, eu cuido de tudo. Você só precisa ficar ao meu lado.

— Quando terminar com tudo, vai me soltar não vai?

Ele não respondeu, apenas suspirou

— Joe, vai me soltar não vai? — ele se inclinou até mim e acariciou meu rosto, me olhando de um jeito estranho.

— Fique tranquila — ele retrucou com sorriso enigmático

Foi então que me estalou que ele não tinha a menor intenção de me soltar. Ele se virou pronto para ir embora, aproveitei sua distração e tentei golpeá-lo com cano, mas ele foi mas rápido segurando meu braço apertando com muita força me fazendo gemer de dor.

— Me solta!— esbravejei irritada tentando golpeá-lo com a outra mão mas ele segurou-a novamente me sacudindo com força me deixando tonta.

— Eu sabia que não podia confiar em você, mas vai se arrepender muito disso Bonnie. Eu pretendia mesmo salvar você, lhe manter segura. — sussurrou próximo a meu rosto

— Me solta, está me machucando.

— Eu não vou machucar você, preciso de você bem viva. Ele me empurrou contra o chão, bati a cabeça e senti o mundo a minha volta girar. Minha avó se debruçou perguntando se eu estava bem, mas não consegui responder.

— Devia ter se aliado a mim Bonnie. Eu exterminaria, aqueles que mataram sua família. Quer dizer, isso eu vou fazer, mas eu vou garantir que faça companhia a eles.

Damon

Estávamos próximos a cidade, mas já era noite. E não conseguia evitar de ficar irritado com Jeremy e sua ladainha, acho que isso era um mau dos Gilberts, queria abrir a porta e jogá-lo pra fora. E logo em seguida Elena começou a aconselhá-lo, pois o little Gilbert estava indeciso de quem escolher, acabei rindo, não só eu como Enzo, até mesmo Stefan riu um pouco ao escutar Elena aconselhá-lo: “Siga seu coração”

— Do que estão rindo?

— Esse e seu grande conselho para seu irmão? Desde quando você sabe o que quer Elena? "Siga seu coração"— explodi em risos, ela me fuzilou com olhos mais não me importei.

— Eu sei muito bem o que quero Damon.

— Desde de quando? Enquanto estava na minha cama, sonhando com meu irmão, ou quando estava com ele imaginando ser eu?

— Olha aqui Damon eu…

— Chega! — Stefan gritou enfático — Calem a boca. Eu não estou nem um pouco a fim de ouvir mais uma dr de vocês, eu tenho certeza que o Jeremy e o Enzo também não querem — ele ralhou irritado, recebendo um sorriso grato de Jeremy.

— Valeu — ele respondeu aliviado, Elena me fuzilou com os olhos me olhando através do retrovisor.

— Quer um conselho Jeremy — Stefan inquiriu e ele assentiu — Não peça conselhos a ninguém. Você sabe muito bem quem quer. Não precisa que ninguém te diga isso.

Jeremy suspirou pensativo, pode ver Elena sorrir olhando pra Stefan com admiração, revirei os olhos voltando minha atenção para estrada.

Não muito depois finalmente chegamos no local era quase na divisa da cidade, numa casinha velha e abandonada. Stefan e os outros estavam indo, mas segurei Jeremy

— O que quer — ele sussurrou impaciente

— Eu tenho um conselho pra você

— Como seu eu quisesse um conselho seu — retrucou rindo se afastando

— Pois deveria já que se trata dela, da Bonnie — ele parou mas não se virou — Ela está em outra.

— O que disse?

— O que você ouviu, ela te deixou por que gosta de outro.

Jeremy cerrou os punhos irritado

— É quem é esse outro, você? — acabei rindo com a acusação

— Não, eu não — olhei na direção de Enzo, Jeremy me encarou incrédulo. E saiu esbarrando em Enzo que se voltou pra mim sorrindo.

— Então jogou a culpa em mim.

— Ouvindo a conversa alheia Enzo, que feio!

— Por que disse aquilo pra ele, eu a Bonnie nunca…

— Eu sei — respondi seguindo os outros, Enzo riu me analisando com a testa franzida — O que foi?

— Está com ciúme dela!

— Não estou com ciúme — ri da ideia que era absurda demais para si quer si cogitar.

— Então por que disse aquilo? – dei ombros em resposta

— Era o que ela quereria, agora cala boca.

Elena, Jeremy e Stefan foram em direção a casa, eu e Enzo fomos por trás. Ele ia seguir pra casa, quando achei o que parecia ser um porão ou abrigo subterrâneo, estava trancado. Quebrei a tranca com as mãos e entrei chamei por Bonnie mas ninguém respondeu, mesmo assim entrei na sala e a encontrei caída no chão desacordada.

— Bonnie — toquei seu rosto tentei acordá-la mas era inútil. Ela abriu os olhos por um instante chamando por ele, Jeremy. A peguei no colo, indo embora, mas não pode dar nem mais um passo, o maldito lugar tinha uma barreira envolta que me impediu de sair.

Stefan

Era uma situação estranha aquela em que me encontrava. Estava em uma missão pra salvar Bonnie, de alguém que não tínhamos ideia quem era. Tinha dito a Caroline pra ficar e não podia estar mas arrependido. Elena não desgrudava de mim. Parecia não entender, ou simplesmente não queria entender que eu tinha uma namorada, e que não a amava mais. Estávamos em frente a casa do desconhecido quando Elena pegou minha mão, quando se assustou com um barulho. Olhei para sua mão que segurava a minha com força e olhei para ela esperando que ela me soltasse, mas ela não o fez.

— Estão procurando por algo? — um rapaz alto e moreno inquiriu com sorriso muito forçado.

— Sim, eu estou procurando o dono da casa.

— Está falando com ele — retrucou sério — O que querem comigo?

— Minha amiga Bonnie, baixinha, morena a viu por ai ?— Caroline surgiu atrás dele o surpreendendo.

— Infelizmente não — ele respondeu sorrindo

— Ah não sabe? — Caroline se aproximou dele com olhar ameaçador — Vou refrescar sua memória… ele se virou lançando um feitiço contra ela que caiu no chão, sai correndo para acudi-la, ela se levantou com dificuldade.

— Diga onde ela está? — Elena ordenou

— Não importa, não podem pegá-la.

— Por que sequestrou ela, o que ela te fez? — Elena questionou irritada

— Ela, nada. Mas vai fazer, aliais você e ele também.

Elena franziu a testa olhando pra mim

— Do que está falando?

— Eu sabia que viriam atrás dela, eu contava com isso — ele pegou Elena de surpresa segurando seu braço em seguida recitando algo, Elena caiu no chão gruindo de dor

— Deixa ela paz — gritei, ele apenas sorriu erguendo o braço em minha direção recitando o mesmo maldito feitiço

— Por que está fazendo isso?

— Porque eles podem me dar o que eu quero.

— É o que seria? — Caroline se levantou, tentei segurá-la mas ela não me obedeceu

— Trazer Markos de volta — Caroline revirou os olhos

— Ele está morto, como pretende trazê-lo posso saber? Seu grande mestre precisou sacrificar todos os seus zumbis seguidores, e meu caro — ela olhou para os lados — Não estou vendo nenhuns deles por aqui.

Tentei me levantar e proteger Caroline, o homem se aproximou dela sorrindo, tocou seu rosto e me levantei com dificuldade. Caroline por outro lado não parecia apavorada, fez um gesto com as mão para mim para que eu parasse.

— Está duvidando de mim? Sua amiga duvidou e se saiu muito mau — ele apertou o queixo de Caroline sorrindo

— É uma pena, que não vai conseguir — ela fingiu estar chateada

— Ah é? E por que não conseguiria?

— Porque não vai ter tempo pra isso

Caroline o empurrou contra Enzo que o mobilizou e se alimentou dele, que tentava se soltar, mas aos poucos desfaleceu em seus braços, Enzo o jogou contra o chão, limpou o sangue com as costas da mão e sorriu para Caroline, que sorriu de volta. Mas logo veio até mim preocupada me ajudando a levantar

— Você está bem? — assenti ainda com os olhos em Enzo que sorria para ela. Ela tomou meu rosto entre as mãos — Tem certeza que está bem?

— Sim eu estou. Mas o que estava pensando, ele podia ter te matado?

— Mas não matou ué.

— Mas ele podia — ralhei irritado

— Me desculpe okay. Mas eu tinha visto Enzo se aproximando…

— Ah, entendi. É dai resolveu confiar nele?

Enzo se aproximou de Elena que fuzilava Caroline com olhar, ele estendeu a mão para ajudá-la, mas ela recusou. Caroline suspirou

— Sim eu confiei, alias foi ele que me mandou a localização assim que saiu da casa do Seth. Agora o mais importante, cadê a Bonnie?

Jeremy surgiu correndo. Perguntando por ela, e logo em seguida meu irmão surgiu com uma Bonnie desacordada nos braços. Caroline e Elena correram até ela.

— Bonnie, ela está bem.

— Eu não sei Elena, mas olhando bem pra ela… Eu acho que não — Enzo retrucou irônico

Damon sentou e a colocou em seu colo, em seguida mordeu o próprio pulso, Bonnie abriu os olhos confusa, chamando por Jeremy que não moveu um passo em direção ela. Damon ofereceu o pulso ela novamente, que negou veemente o deixando irritado.

— Toma logo de uma vez Bonnie.

— Não — ela teimou com voz rouca, ia se levantar mas não conseguiu.

— Quer o sangue do Enzo ao invés do meu? Tenho certeza que ele não vai se importar.

Caroline suspirou e se agachou sorrindo, mordeu o pulso e estendeu a Bonnie que recusou a deixando confusa

— Não, eu já disse que não obrigada. — ela ralhou — Me levem para o hospital.

Caroline se levantou me olhando confusa. Bonnie se soltou de Damon, que pareceu realmente frustrado por isso e pediu ajuda a Caroline a Elena que juntas a guiaram até o carro. Damon se levantou ficando ao meu lado

— O que ouve com ela? — Enzo questionou olhando para Damon, que alternou o olhar entre mim e ele

— É por que eu saberia, ela só está sendo mais insuportável que o normal. — retrucou ele seguindo para o carro irritado. Entrei no carro vendo Bonnie encostada no ombro de Caroline enquanto Elena segurava sua mão. Enzo lançou outro olhar para Caroline que deu fraco sorriso se voltando para amiga, eu tentei não me irritar com isso mas já era tarde demais.