Os dias passavam muito rápido, os treinos de quadribol iam bem, Gina não conversou mais com Draco, porém quando se viam, sempre cruzavam olhares.

O resto da semana que faltava para ir para Hogsmeade passou voando e no sábado todos acordaram cedo para aproveitar o dia no povoado. Draco foi o primeiro a acordar no dormitório, se vestiu bem e foi tomar café. O Salão já estava cheio de gente ansiosa para ir pra vila, principalmente os alunos dos terceiros anos que seria a primeira visita.

Pouco a pouco os alunos foram chegando e enchendo mais o salão. Quando deu o horário todos os alunos foram encaminhando-se para a saída para Filch ver se o nome constava na lista.

Draco estava com Crabbe, Goyle, Blásio e Pansy. Eles resolveram ir para a Dedos de Mel comprar alguns doces e depois ir à Zonko’s.

– Nossa! Olha isso aqui! – disse Pansy mostrando aos meninos, era um caderno mágico em que tudo o que se escrevia nele sumia depois de alguns minutos. – Que tal se dermos para a Granger? Ela ficaria louca sem as anotações dela!

Todos riram, até porque não era uma má ideia ver a sabe-tudo não saber o porquê estavam sumindo suas anotações. Draco olhou em seu relógio de pulso, já era quase meio-dia.

– O que vocês acham de irmos para o Três Vassouras? – perguntou ele.

– Por mim tudo bem. É até melhor, porque depois fica muito cheio – respondeu Pansy.

Aquele pub é sempre cheio, se quer arranjar um jeito de puxar saco está no caminho errado. Pensou Draco divertido. Então eles foram para lá, caminhando normalmente, pois o pub não ficava muito longe dali. Chegando lá eles pegaram uma mesa livre e sentaram-se.

– O que vai ser? – era a Madame Rosmerta.

– Cinco cervejas amanteigadas, por favor – respondeu a garota.

Todos estavam conversando mas Draco estava muito inquieto. Então resolveu que o que tinha que fazer teria que ser logo.

– Eu já volto. – disse ele.

Então se levantou e foi em direção ao banheiro. Quando passou por lá viu em uma mesa Gina e um menino com ela. Draco não sabia qual era o primeiro nome dele, mais sabia que seu sobrenome era Thomas. Será que ela está saindo com ele? perguntou a ele mesmo AH! Mas o que eu tenho a ver com a vida de Weasley? Francamente. Assim ele foi fazer sua tarefa.

Dez minutos depois Draco saiu do banheiro, resolveu passar pelo mesmo lugar de onde viera para ver se Gina ainda estava com ele. Antes não o tivesse feito: quando chegou perto, Draco os viu se beijando e ele não sabia o porquê, mas não gostou nem um pouco da cena. Draco, o que você tem a ver com ela! Para com isso! Então ele passou mais rápido por aquele lado. Onde está o irmão dela? Será que ele está aqui, vendo isso e não vai fazer nada?! pensou ele.

Então, Draco viu em uma mesa Harry, Rony e Hermione. Rony estava com uma cara horrível de desagrado, Harry estava com o rosto apreensivo e olhava para Hermione, que por sua vez cochichava algo para Rony. Ele resolveu passar por perto para escutar o que diziam.

– ... mas você não pode mandar nela! E ele é seu amigo Rony! Para de ciúmes.

– Mas eles estão se beijando Hermione! Eu vou arrebentar a cara dele! – e Rony cerrou os pulsos na mesa.

Então vai lá Weasley, o que ainda está fazendo ai? Draco continuou andando, mas com vontade de ir ele mesmo e socar aquele menino. Ele chegou na mesa que estava antes e se sentou.

– Onde esteve? – perguntou Pansy.

– Eu fui no banheiro – respondeu ele.

Draco olhou em direção à mesa onde Gina estava e, percebeu que eles não estavam mais se beijando, ele sentiu-se aliviado. Não sabia porque mais ele não gostou de vê-la com outro menino, ele sentiu vontade de ir lá e tirá-lo de lá à força se fosse preciso. Ele tirou da cabeça esses pensamentos e voltou a escutar o que os outros estavam falando. E assim passou a tarde deles, conversando e passeando por Hogsmeade. Quando deu o horário de voltar, todos foram em grupos voltando para o castelo. Estava um pouco frio e a noite vinha chegando. Quando Draco chegou ao castelo a Prof.ª McGonagall veio ao seu encontro.

– Sr. Malfoy, eu preciso que faça uma ronda hoje no castelo, às nove horas. Era para ser outro monitor, mas ele se encontra doente na ala hospitalar, então eu gostaria que fizesse por ele.

– Claro professora. O que tenho que fazer? – perguntou ele.

– Só precisa andar pelos corredores do quinto andar para cima pra ver se não tem nada de errado. – respondeu a professora.

– Tá bom, às nove estarei fazendo isso – disse ele.

– Obrigada Sr. Malfoy, agora se me der licença. – então ela desapareceu na multidão de alunos.

– Então o Sr. Monitor vai ter que fazer ronda é? – zombou Blásio.

– Não enche, Blas. – retrucou ele indiferente.

Draco estava voltando para a sala comunal da Sonserina quando viu Gina passar correndo e, parecia que estava chorando. O que aconteceu será? perguntou-se ele. Mas sua linha de pensamento foi interrompida por Pansy.

– Anda Draco! O que tá fazendo parado aí? – ela o puxou e foram para a sala comunal.

~*~*~

Gina e Dino resolveram se encontrar perto do almoço no Três Vassouras e passar o resto da tarde juntos. No sábado ela acordou se arrumou, foi tomar café e logo os alunos já estavam saindo para o povoado.

Ela, Neville e Luna ficaram andando por Hogsmeade, foram à Dedos de Mel, na Zonko’s e também foram olhar como estava a Casa dos Gritos. Eles se divertiram bastante juntos, mas quando era quase meio dia ela foi sozinha para o pub lotado.

Chegando lá ela viu que Dino já havia chegado. Ela foi até ele e sentou-se.

– Oi Dino.

– Oi Gina – disse ele dando um beijo no rosto dela. – Você viu quem está ai?

– Não – respondeu ela olhando para os lados, então viu Harry, Rony e Hermione. Droga pensou ela Não queria que eles me vissem saindo com alguém, não tão cedo. Então ela olhou para ele e deu um sorriso forçado.

Eles estavam se dando muito bem, conversando sobre quadribol e outras coisas. Depois de uns vinte minutos que Gina tinha chegado, chega ao pub Draco, Crabbe, Goyle, Blásio e Pansy. Gina notou que eles sentaram-se a uma mesa e também conversavam muito. Dino não percebeu quem ela estava observando, mas não pode deixar de perceber que ela não estava prestando muita atenção nele.

– Tem alguma coisa te incomodando? – perguntou ele.

– Não, está tudo certo – respondeu ela sorrindo.

– Que bom – disse ele voltando ao assunto.

Depois de uns cinco minutos que Draco e os outros haviam chegado, Draco se levanta e vai em direção à ela.

Merlim, será que ele está vindo para cá? pensou ela. Mas não, ele passou reto e foi em direção ao banheiro. Então ela voltou prestar atenção em Dino, enquanto eles estavam conversando parecia que ele se aproximava cada vez mais dela. Passaram-se uns dez minutos desde que Draco havia ido no banheiro. Gina já havia esquecido dele. Agora ele só estava prestando atenção em Dino, talvez porque ele estava chegando cada vez mais perto dela, dando a ideia de quem quer beijá-la. Parecia que não era só ideia. Ele chegou bem perto dela e sussurrou:

– Gina, me desculpe, mais eu preciso fazer isso – e a beijou. Ela não recuou nem negou o beijo. Era um beijo bom, suave e quente. Eles ficaram ali pelo que pareceu uns três minutos, até ela se afastar e dizer:

– Me desculpe, mais é muito feio ficar assim, se beijando em lugares tão cheios – disse ela corando.

– Tudo bem – disse ele. – Se quiser podemos ir a algum lugar mais reservado.

– Não! Está ótimo aqui! Você vê algum problema? – perguntou ela já nervosa.

– Não, aqui tá bom. – respondeu ele com aparente desagrado.

Depois do ocorrido, ficou um aparente clima de desagrado entre os dois. Gina notou que Draco e os outro saíram do pub. Ela começara a pensar nele quando Dino falou com ela:

– Seu irmão não para de olhar pra cá – disse ele que parecia irritado.

– Deve ser porque ele é protetor demais e não gosta de me ver com outros meninos – respondeu ela com um leve tom de ironia na voz.

– Eu já te chamei para ir pra outro lugar mais reservado, mas você não aceita – disse ele dando de ombros.

– E você pensa que eu sou o que? Qualquer uma? Que logo no primeiro encontro você já vai chegar e fazer tudo o que quiser comigo? – ela disse todas as palavras com uma falsa calma, para que quem olhasse, pensasse quem os dois estavam apenas conversando.

– Não é isso, Gina. Me desculpa, mais se acalma ai – disse ele.

– Vamos dar uma volta por aí – sugeriu ela.

– Demorou – ele se levantou e olhou para ela com um olhar que dizia: agora você faz o mesmo.

Então eles saíram de lá e deram várias voltas pelo povoado, pararam na Dedos de Mel duas vezes. Pelo que Gina notou, Dino era mais viciado em doces do que ele mesma. Depois eles foram na loja de esportes e ficaram olhando as vassouras e outras coisas de quabribol.

Durante a tarde Gina pode perceber que Dino talvez estivesse levemente desagradado. Talvez não foi isso que ele imaginou ser nosso encontro. Pensou ela Mas que grosseria, o que ele pensa que eu sou? Gina não se agradou pensando dessa forma.

E então deu o horário dos alunos voltarem para a escola. Pouco a pouco todos iam voltando. Quando Gina e Dino chegaram lá, Rony a chamou em um canto.

– O que você pensa que tá fazendo? – perguntou ele.

– Como assim Rony? – disse ela confusa.

– Não se faça de desentendida, você sabe do que eu estou falando – e apontou com a cabeça na direção de Dino. – Porque está saindo com ele?

– Ah! Faz favor Rony! Você não manda em mim pra dizer com quem eu devo ou não sair – retrucou ela nervosa.

– Mas eu sou seu irmão! Tenho o direito de saber – disse ele nervoso.

– Não tem não – respondeu ela no mesmo tom.

– Eu não quero que você saia mais com ele, ouviu? – falou ele rígido.

– Você não manda em mim e, eu saio com quem eu quiser, tá legal? – e assim ela saiu batendo o pé e chorando.

Rony ficou ali olhando-a por um tempo até chegar Hermione.

– Por que fez isso com ela Rony? – perguntou a amiga incrédula.

– Porque ela é muito nova pra ficar saindo com outros caras! – disse ele irônico.

– Você deveria ficar feliz porque pelo menos ele é seu amigo, da mesma casa que você e é alguém bom – disse ela.

– Eu não me interesso quem ele seja – respondeu ele e saiu.

– Deixa o Rony, Hermione. Você sabe que ele morre de ciúmes da Gina – disse Harry. – Vem, vamos pra Torre.