O final de semana passou e a segunda semana de aula iniciou-se. Os dias e as aulas passaram tranquilos e sem nenhum movimento incomum. Como era normal os professores passaram algumas tarefas, mas não muito complicadas.

Draco estava muito tranquilo, claro continuava a mexer com os calouros e fazer suas brincadeiras de sempre.

Ele também havia passado bastante tempo da semana pensando no sábado passado. Ele gostou muito de falar com Gina, ele havia se sentido diferente com ela, mais solto. Ele agora já tinha mudado um pouco sua opinião sobre ela. Além de ser bonita, tem um sorriso lindo e é simpática. Pena que é uma Weasley, pensou ele tristonho.

Draco nos últimos dias havia se afastado um pouco das pessoas e agia estranhamente com todos, sempre sumia e nunca dizia onde esteve, levantado duvidas em todos.

~*~*~

A semana de Gina estava passando bastante rápida. Ela não via a hora dos testes de Quadribol e espera ainda mais pela volta dos treinos. Na quarta-feira depois do jantar, Gina foi para a Torre da Grifinória, pois tinha que terminar um trabalho e uma tarefa. Chagando no dormitório a garota deparou com uma carta em cima da cama. De quem será?, pensou ela. Então ela pegou a carta e viu que estava endereçada a ela, mas que não tinha o nome de quem a enviou. Ela resolveu abrir e ler.

Cara Gina,

Desde o começo desde ano letivo venho observando você. Sei que nunca conversamos realmente, mas eu gostaria de ter essa oportunidade. É por isso que estou te mandando essa carta, na verdade é um pedido. Gostaria de sair comigo sábado? De irmos juntos para Hogsmeade? O que acha?

Sei que meu nome não está escrito aí, mais me encontre amanhã no almoço, em frente ao lago para conversarmos.

Vou te esperar. Sei que seu irmão pode não gostar da ideia, mais vale a pena o risco.

Estarei esperando por resposta.

Gina terminou de ler a carta incrédula. De quem seria? Por que não disse quem era? Será que é de Malfoy? pensou ela Não, ele não se daria esse trabalho. Não comigo. Pensou ela guardando a carta Bom, amanhã eu descobrirei quem é. E dependendo de quem seja, eu vou aceitar. Não tenho nada a perder. Já me conformei em não ter Harry, então o que vir é lucro.

Enfim ela foi fazer os deveres, mal podendo esperar pelo horário de almoço do outro dia e tentando descobrir quem poderia ser. Quando ela terminou suas coisas resolveu ir dormir, não era cedo nem tarde, mas sentia-se cansada. Antes de dormir, ela releu a carta tentando lembrar se conhecia a caligrafia, porém não conhecia.

A manhã passou que Gina nem viu, quando chegou a hora do almoço ela comeu muito rápido e saiu pro lago. Ela achou que todos estavam ocupados demais comendo, pois ninguém percebeu que ela havia saído.

Quando ela chegou lá fora, tinha alguns alunos voltando das aulas, outros andando, mas não tinha ninguém perto do lado. Então ela decidiu esperar, pensando que a pessoa ainda estava almoçando.

Já fazia uns vinte minutos que ela estava ali, já estava a ponto de desistir. Quando ela resolveu sair dali alguém a chama.

– Te fiz esperar, Gina?

– Na verdade fez um pouco – disse ela virando para ver quem era.

Dino Thomas.

– Foi você que mandou a carta? – perguntou ela.

– Sim. Pensei que não viria – respondeu ele olhando-a.

– Eu que pensei que não viria. Já estava indo embora – disse ela corando.

– Bom, é que me atrasei. E também fiquei nervoso, porque não sabia se você iria vir ou não – falou ele abaixando a cabeça.

– Eu vim ué, e você também – disse ela.

– E ai, pensou no meu convite?

– Bom, na verdade, eu estava meia em dúvida porque não sabia de quem era a carta. Por que não colocou seu nome? – preguntou Gina olhando para ele.

– Por que eu estava com medo que o seu irmão visse – disse ele sem graça.

– O que acha que ele poderia fazer?

– Não sei...

– Então, seria a mesma coisa: ou ele iria ver seu nome na carta ou iria nos ver juntos – falou ela rindo.

– Mais então você já se decidiu? – perguntou ele esperançoso.

– Tá, tudo bem. Eu saio com você sim – disse ela sorrindo.

– Ah! Que bom, obrigada Gina – então ele chegou perto dela e deu um beijo em seu rosto, ela corou e baixou a cabeça. – Bom, eu vou ir andando... ainda temos aula.

Assim ele saiu e deixou Gina ali, sozinha. Ela ficou mais um tempo olhando o lago, depois resolveu entrar e se preparar para as próximas aulas. Quando entrou no castelo ela cruzou com Draco Malfoy. Este acenou com a cabeça e ela fez o mesmo.

Engraçado, ele diz que esses caras são uns babacas e falsos mas não desgruda deles. Pensou Gina. Então o sinal bateu e todos os alunos foram para suas aulas.

~*~*~

Draco havia acordado cedo na quarta-feira, foi o primeiro a levantar, então se vestiu e foi tomar café. Não tinha muitos alunos no salão principal, então ele aproveitou a calma e o sossego para tomar café tranquilamente. Depois o salão foi se enchendo cada vez mais e finalmente tocou o sinal para as aulas.

As aulas da manhã passaram bastante rápidas, quando Draco viu já era hora do almoço. Quando ele estava almoçando ele percebeu Gina chegar a mesa, almoçar correndo e logo sair, em direção aos jardins do castelo.

O que será que ela vai fazer? perguntou para si mesmo. Depois que almoçou ele ficou cuidando para ver se a via voltar mas nada, então ele sugeriu que fossem ficar em algum lugar mais arejado porque ele estava com calor. Todos aceitaram então eles foram para perto da porta.

Draco viu que Gina estava sozinha, sentiu vontade de ir lá falar com ela, largar todos que estavam ali só para conversar com ela. Mas nada fez, ficaram ali por algum tempo conversando quando ele a viu vindo em direção ao castelo. Ela estava com o olhar sério, tinha uma expressão decidida no rosto. Seus olhares então se cruzaram e Draco não resistiu, teve que pelo menos acenar pra ela e ela o retribuiu.

Merlim, como é linda essa Weasley...

– e... DRACO! Você tá me escutando? – perguntou Blásio Zabine, seu amigo.

– Estou cara! Mais que coisa! – vociferou Draco.

– Parece mais que está olhando para outra pessoa, Draco – disse Pansy.

– Claro que não! Agora, anda! Vamos pra aula – disse ele.

– Você anda muito diferente ultimamente, Draco – falou Blásio.

– São coisas minhas cara, vocês não entendem- respondeu ele nervoso.

– Acho melhor irmos pra aula – disse Goyle.

– Foi a melhor coisa que disse até agora – falou Draco indiferente.

Então todos foram para as aulas. Era verdade, Draco andava muito diferente ultimamente, mas ele tinha motivos para isso. E não podia os revelar pra ninguém. Era isso que mais o deixava sufocado, ter que guardar tudo pra si. Não ter em quem confiar.