Fazia 10 dias que ele não via Felicity, seu coração se ressentia por isso. Mas ele sabia que era melhor assim. Quanto mais perto dela ele ficasse mais difícil seria se afastar. E ele precisava mantê-la a salvo.

Talvez ele a visse essa noite,havia sido convidado para a festa na casa dos Weidmann...era provável que Sarah, Ray e Felicity também tivessem sido.

Ele estava nervoso. Ao mesmo tempo em que queria vê-la...ele não podia.

Oliver se vestiu e saiu em direção ao baile. Chegando lá ficou num canto do salão e observou os convidados.

Avistou John entrando e logo depois Sarah e Ray, não a viu. Será que ela não tinha vindo?

Logo depois ela entra acompanhada de uma garota que ele não sabia quem era. Sem perceber soltou um suspiro...

Ela vestia um dos seus vestidos mais lindos, com detalhes dourados e tinha os cabelos presos numa traça lateral. De onde estava ele a podia observar com cuidado. Tinha saudade ela, do seu riso e de sua conversa, de seu apoio silencioso e dos seus beijos. Deus! Como ele a queria!

– Pelo jeito você continua com a idéia de que ela vai correr perigo do seu lado? - Ray tinha a expressão seria - ela esta sofrendo por você.

Saber disso doeu, não era assim que ele queria que fosse.

– Ela esta melhor sem mim.

– Certo, você deve saber o que faz. - e saiu, deixando o amigo com seus pensamentos.

Oliver permaneceu ali por um tempo e depois foi andar pelo salão Num determinado momento encontrou Laurel. Não a havia visto desde que chegou.

– Oliver! Como 'e bom vê-lo.

– Sra. Gordon!

– Ah! Pare com isso, pode me chamar de Laurel...

Ela era a respeitada viúva de um general do exercito. Haviam se casado durante a guerra e ele faleceu em batalha. Ela tinha uma boa ida e era respeitada por todos. Estava com a sobrinha que fazia seu debut.

Eles conversavam animadamente, claro que ela ainda achava Oliver um bom partido. E ela era jovem...podia se casar novamente.

Felicity andava em direção a mesa das bebidas quando os viu. Depois de dez dias sem vê-lo ele e sem noticias ela o viu conversando com Laurel Gordon, sua ex pretensa noiva!

Ela parou chocada e quando viu que ele tocava o braço da mulher com carinho ela não agüentou e saiu correndo para o jardim, precisava de ar!

Oliver nem percebeu, mas John sim. Ele gostava muito da loirinha e achava o amigo um grande idiota por mantê-la longe. E agora ela tinha visto a cena com aquela mulher que ele nem sabia quem era. Decidiu ir atrás de Felicity.

Felicty andou um tempo sem direção ate sentar num banco meio escondido por arbustos.

De repente ela ouve uma discussão e presta atenção. Aquela voz...era conhecida,o tom rouco e maligno. Wilson Slade. Ela tentou ver com quem ele conversava.

Viu um homem que ela nunca tinha isto, com jeito afetado e que estava visivelmente tenso.

– Temos que agir rápido, eles estão chegando perto. Não posso me manter fora das vistas deles pra sempre.

– Não se preocupe, o dia esta chegando. Logo teremos nossa vingança contra quem nos prejudicou...Oliver Queen vai me pagar, assim como aquele negro e o engomadinho o Ray Lance...

Ela colocou as mãos na boca para evitar seu arquejo de susto quando ouviu os nomes de seus amigos e de Oliver. Mas não tinha sido rápida o bastante...foi descoberta...

Slade vinha na sua direção, ela deu um passo para trás e de repente foi puxada para o lado...quis gritar mas foi impedida por uma mão em sua boca. Acalmou-se quando reconheceu quem estava ali, John Diggle.

Eles viram Slade olhar onde ela estava segundo antes e dizer para Blood que deveria ter sido o vento. Logo depois eles saíram em direção ao salão.

– Você esta bem? - Ele pediu.

– Sim...

– Não esta parecendo, vem vamos entrar e conversar.

Ele a levou para onde estava Sarah, Ray e Oliver. Eles estavam mesmo se questionando onde ela estava.

– Oliver, pegue ma bebida para Felicity - Diggle falou

– O que houve?

–Já vamos explicar...

Oliver a olhou com expressão preocupada saiu para pegar a bebida.

Ela já havia feito um resumo do que tinha ouvido para John e este decidiu que era melhor que todos fossem para casa.

Aguardaram ela beber o ponche e também para despistar se por acaso Slade estivesse por perto vigiando.

Assim que chegaram na casa do Ray, foram direto para o escritorio.

– Felicity, conte tudo o que ouviu - Diggle pediu

Ela assentiu e relatou com calma tudo o que Slade falou sobre vingança.

Oliver endureceu o olhar e Ray olhou para ele preocupado.

– Ele esta mesmo planejando algo, temos que agir depressa - Ray falou.

– Eu sei - Oliver se virou e encarou Feliicity que estava sentada numa poltrona - o que você foi fazer sozinha no jardim? Você queria ser atacada por alguém bêbado ou coisa pior? Não tens senso de perigo? - sua voz demonstrava raiva e medo - porque não pediu para alguém te acompanhar? O que deu em você?

Felicity reagiu de forma que deixou todos atônitos:

– O que deu em mim? Muito engraçado você se importar comigo agora! Você me conta toda a sua vida, eu te consolo, você me beija como se dependesse de mim depois some por dez dias e quando te vejo de novo você esta conversando animadamente com tua ex noiva....- ela bufa e continua - o que você queria que eu fizesse? Que fosse feliz cumprimentar os dois?

Oliver fez menção de se aproximar, ela levantou a mão em advertência:

– Não! Vá procurar a Sra. Gordan para te consolar da próxima vez!!!

E saiu do escritorio batendo a porta, deixando um Oliver completamente sem reação!

Diggle, Ray e Sarah se olharam e sorriram um para o outro. Oliver estava perdido!

Ele pediu licença e fio embora dizendo que no dia seguinte conversaram sobre o plano para impedir Wilson.

No seu quarto Felicity havia se jogado na cama chorava muito. Estava se sentindo traída. Ele a havia beijado, ela pode sentir que era sincero no seu beijo e que gostava dela.

Mas depois ele sumiu, não deu explicação...nem um bilhete. Ela não entendia... Num momento ele parecia apaixonado e no outro parecia que ela não significava nada.

Ela ouviu Sarah bater na porta, mas não atendeu. Chorou ate dormir.

Oliver estava chocado com a reação dela. Ele sabia que no momento que a beijou seu coração estava perdido, mas não imaginava que ela sentia o mesmo. Mas ele deveria saber, ela não era daquelas mulheres que se deixavam beijar sem sentir nada. Ela era uma mulher de respeito e ele a tinha tratado mal. Agora ele sabia que não teria volta, ela devia odiá-lo.