Traiçoeiro escrita por Roses


Capítulo 46
Epílogo.


Notas iniciais do capítulo

E é isso! Acabamos aqui, peço que se tiverem paciência porque ficou MUITO longa,por favor que leiam a nota final... Espero não ser a única com lágrimas nos olhos e coração apertado, assim como espero que gostem.

Boa leitura amores.



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Eu estava sentada na cama com Killian ao meu lado, que observava com uma fascinação amável o bebê em meu colo. Já fazia algumas horas desde que a parteira autorizara que ele entrasse e então Jones havia congelado na porta, nos observando sem reação, antes que conseguisse se mexer e vir para a cama, beijando-me e murmurando palavras de gratidão, começando a chorar ao segurar na mãozinha de nosso filho. Killian se ajeitara ali, e parecia que nada o tiraria de perto de nós dois tão cedo.

—Eu já a agradeci? – indagou levantando o olhar para o meu.

—Já sim, Jones.

—Bem, quero agradecê-la de novo. Obrigado por ter me dado um filho, por ser minha esposa. –ele beijou meu ombro, descansando a cabeça ali. – Ele é tão calminho, não chorou nenhuma vez.

—Diferente do pai. – brinquei, pousando a bochecha em sua testa, sentindo seu cabelo me fazendo cócegas.

—Fiquei emocionado, não imaginei que um dia iria conhecê-lo. – se defendeu.

—E vai querer segurá-lo quando?

—Quando estiver mais firminho, ainda não tenho jeito com crianças, senhora Jones.

Balancei a cabeça, olhando para o menininho vermelho que olhava para mim com curiosidade, a mãozinha batendo em um dos meus seios.

—Você está com fome, pequeno? – perguntei, levando sua boquinha para o meu seio. Ele o pegou, com um pouco de dificuldade, antes de conseguir sugar, seus olhinhos se fechando de deleite.

Olhei para Jones que continuava com uma expressão admirada no rosto, ao vê-lo se alimentando.

—Menino sortudo. – murmurou. – Queria eu poder fazer isso.

—Fala como se não fizesse. – retruquei. – Mas a partir de agora meus seios são para nossos filhos. – informei.

Ele me olhou cético.

—Continuarei usufruindo deles quando nossos filhos não estiverem usando. Não sou ciumento. Pelo menos com eles.

Dei risada, sentindo-me cansada. Havia ficado mais de dez horas tentando colocar aquela pessoinha tão pequena para fora, tendo que ouvir Jones gritando do lado de fora junto com meu pai palavras de incentivo ou então discutindo sobre nada de interessante por estarem nervosos demais. Já no quarto, fiquei com minha mãe falando o tempo todo “já está saindo, FORÇA!”.

Era bom ter um momento de paz com meu menino e conversar besteiras com Killian.

—Posso perguntar uma coisa, Emma? – quis saber, sério.

Estudei seu rosto com atenção, tentando descobrir o que estava o incomodando.

—Invertemos os papéis... Claro que pode. Pergunte o que quiser, sempre.

Ele ponderou por uns segundos, afagando o pezinho de Charles.

—Hel esteve aqui? – instigou.

Sorri, acariciando seu rosto com minha mão livre.

—Eu não consegui vê-la, mas eu a senti. Hel esteve presente no nascimento do nosso bebê.

—Então ela estava certa. – concluiu.

—Sim, ela estava. Consegui voltar para casa, meu guerreiro e eu nos casamos, e temos nosso bebê. Hel sempre soube que acabaríamos aqui, neste momento.

—E pensar que quase...

—Shhh, meu amor. – o silenciei, beijando seus lábios. – Não pense no quase, felizmente não aconteceu. Estamos juntos começando nossa família. Daqui para frente apenas precisamos nos preocupar em sermos felizes.

Killian capturou meus lábios sem pressa, sua língua brincando preguiçosamente com a minha, fazendo-me sorrir.

—Acho que ele já está cheio. – Jones murmurou olhando para Charles brincando com o bico do seio.

—Não tem nem um dia e já está assim? – o repreendi.

—É meu filho...  – falou como se justificasse. -Quando vamos poder começar a encomendar o próximo? Antes tínhamos que encher uma casa, agora é um palácio.

Killian no inicio não gostou da ideia de morar no palácio. Ele queria ter nossa casa, um canto só nosso, mas expliquei que futuramente, teríamos que nos acostumar à vida do castelo. Que ele teria que governar ao meu lado quando fosse o momento de meus pais saírem.

—Aqui. Segure-o um pouco. Estarei bem ao seu lado para ajuda-lo. – disse suavemente. Jones olhou-me apavorado quando comecei a ajeitar seus braços. – Ele é seu filho, Killy, não precisa ter medo.

—Mas... E se eu machuca-lo?

—Você não irá. – garanti, limpando a boca suja de leite do pequeno, antes de coloca-lo nos braços de Jones.

Charles se contorceu desconfortável, fazendo uma careta e começando a chorar.

—Eu não consigo. Ele não gostou do meu colo. Pegue-o Emma, não quero que nosso pequeno chore.

—Bebês choram o tempo todo, amor. Acalme-o. Converse com ele, ajeite-o em seus braços.

Killian respirou fundo, apertando o braço esquerdo ao redor do pequeno corpinho, deixando-o mais próximo de seu peito.

—Olá Charles, sou eu. Reconhece minha voz? – indagou baixinho e aos poucos o chorinho foi cessando, enquanto seus olhinhos se focavam no rosto do pai, olhando-o atentamente como se quisesse ouvir mais. – Você reconhece! – Jones exclamou feliz. – Sim, eu sou seu papai. Nem consigo acreditar que finalmente estamos nos conhecendo, companheiro... Devo dizer que você deu um belo trabalho para mamãe, eu sei que estava confortável dentro da barriga dela, mas já estava na hora de vir me conhecer. – Charles segurou o indicador de Killian, abrindo a boquinha e ele sorriu, inclinando-se para beijar a testa de nosso filho, respirando fundo em sua bochecha. – Eu o amo brotinho. Irei protegê-lo. Você e sua mamãe, eu prometo, nunca irei deixá-los sozinhos... Eu estou chorando de novo. – constatou, rindo sem graça. – Vocês dois me transformaram em um homem sentimental. – reclamou de brincadeira. – Eu a amo, Emma. Tanto, tanto. – ele olhou para  mim e me estiquei para alcançar seus lábios.

Uma batida leve na porta se fez ouvir e Belle entrou, seguida de Landon, meus pais e Graham.

—Olá, viemos vê-los. – Belle correu para a cama, sentando-se na beirada.

Minha amiga havia sido avisada de tudo que ocorrera e ficara muito brava por só estar tendo consciência de tudo tanto tempo depois. Que havia ficado preocupada quando Killian aparecera em sua porta sem noticias.

Nada como um pedido de desculpas falado do jeitinho certo para que eu fosse perdoada.

Killian se levantou animado, segurando nosso bebê com força.

—Meu filho, Landon! – exclamou orgulhoso. – Eu tenho um filho.

—Eu estou vendo, rapaz. Graças a Deus que Emma é a mãe, não? Estou feliz por você, Killian. – Landon o abraçou forte.

—Isso tudo ainda é meio estranho para mim. Eu cresci com você, Emma. – Graham se aproximou da cama, beijando minha testa.

—E crescemos ouvindo que iriamos nos casar. – completei. – Quer segurá-lo?

—Não, não! – Belle protestou. – Eu primeiro, que história é essa? – ela o tirou com cuidado do meu colo. – Oi pequeno, eu sou a tia Belle. Pode contar comigo para aprontar todas as artes, viu? Estou aqui exatamente para mimá-lo e estragá-lo.

—Tome cuidado, tudo bem? – Killian pediu, voltando a se sentar ao meu lado. – Espero que estejam com as mãos limpas para poder segurá-lo.

—Vou comprar um babador para você, Killian. – minha mãe brincou, abraçada a meu pai que tinha uma expressão azeda no rosto. – Eu imaginei que daria uma melhorada depois que nascesse, mas pelo visto você será um pai coruja.

—Acho que vai precisar de um babador mesmo. – concordei, apertando sua mão.

—Eu acho que vou comprar uma arma, ainda não está perdoado por ter passado a noite com a minha filha antes do casamento. – meu pai reclamou e eu revirei os olhos.

—Dave meu companheiro, eu tinha pedido Emma em casamento, ela que não me aceitou.

—E então eu pedi para ele fazer amor comigo. Se fosse pelo Jones teríamos nos casado no dia seguinte que consumamos...

—Não quero detalhes! – cortou. – Foi errado. Uma dama não deve agir dessa forma.

Minha mãe bateu em seu braço com irritação.

—E o senhor esperou até o casamento? Emma foi encomendada naquela tenda quando estávamos na guerra. E só fomos nos casar de verdade depois que ela nasceu.

—Mãe! – exclamei horrorizada, sentindo meu rosto ficar vermelho de vergonha. Killian ria com vontade ao meu lado. – Não tinha necessidade de eu ficar sabendo desses detalhes.

—Desculpe. É que seu pai querendo ensinar o certo quando nem ele o fez me deixa irritada.

—Eu sei que David me adora, não é mesmo?

—Não. Eu te tolero é diferente. – retrucou.

—Vai ficar guardando mágoas pai? Já nasceu, estamos casados...

—E vamos fazer aquilo de novo, mais vezes. Não é segredo para ninguém. – Jones completou.

—Quanto ao nome? – Belle quis saber, mudando o assunto e passando Charles para os braços de Graham.

Olhei para Killian, pedindo para que anunciasse o nome do nosso bebê.

Ele fitou Landon, que estava no canto.

—Charles. Ele se chamará Charles. Uma vez conheci um menino, muito bom e com um pai incrível. Quero conseguir ser um pai tão bom quanto esse homem foi para seu filho e para mim.

—Para mim também. – disse, olhando para Landon, lembrando-me do quanto me ajudara quando mais precisei quando estava sozinha no Jolly Roger.

Landon piscou surpreso, parecendo constrangido e sorriu.

—Você será Killian. Vou estar aqui para te ajudar como sempre estive.

—Vou precisar Landon. Não sei quase nada sobre crianças... E quanto a você Humbert? Como vai sua senhora?

Graham soltou um suspiro dramático e balançou a cabeça.

—Depois de ter aturado o mau humor de Emma durante a gravidez, agora tenho que aturar o da Sra. Humbert. – lamentou de brincadeira. Lancei um olhar zangado em sua direção e Graham se limitou a sorrir. – Essas mulheres da minha vida que só me dão trabalho.

—Vai valer a pena, Graham. Garanto a você que vai. – Killian disse o rosto todo iluminado, enquanto observava Charles, que agora estava nos braços de minha mãe, com meu pai o mimando.

Eles passaram à tarde no quarto. Killian e meu pai se provocavam como de costume, mas com aquele companheirismo que haviam adquirido. Jones passava os dias com ele, aprendendo tudo que meu pai tinha para ensinar sobre governar um reino. Algo teria que surgir disso, e ouso dizer que David adorava Jones apenas não queria admitir... Ainda.

Killian havia voltado a falar com sua família, entretanto não se sentia pronto para perdoar o pai. Sempre estava trocando correspondências com seu irmão, Liam, que prometera nos visitar o quanto antes quando recebesse a noticia de que o bebê havia nascido.

Jones me contara que enviara a carta que já estava escrita, assim que ouviu o chorinho agudo vindo do quarto.

Observando todos interagindo, e sorrindo, não pude deixar de me sentir sortuda. Eu tinha tudo o que eu sempre sonhei. Uma família que me amava, havia casado por amor, e estava começando a minha própria família ao lado do homem que eu amava.

—Acho melhor irmos e deixar, Emma, descansar um pouco. – Belle sugeriu, penteando meus cabelos.

—De jeito nenhum. – protestei. – Não estou cansada e gosto da companhia de vocês.

Sem falar dos amigos. Todos se davam bem e isso era o mais importante para mim.

Pela primeira vez tudo estava em seus eixos. Eu amava e era amada de volta.

A vida era boa.

E se dependesse de mim, continuaria assim, com reuniões inesperadas, acompanhada de risadas tarde à dentro.

—Imagino que esteja cansada. – Killian comentou, pousando o queixo em meu ombro, seus braços me rodeando, observando Charles ressonando de lado, calmamente no berço.

—Exausta, mas feliz. Mais que feliz.  – respondi deitando a cabeça em seu ombro e beijando seu queixo. – Eu o amo, Killian.

—Também a amo, Emma. Esse é o dia mais feliz que consigo me lembrar... Dá para acreditar que nós o fizemos? Nosso piratinha é lindo.

—O pai é lindo, o filho tinha que ser também.

—E a mãe é uma fada... Hmm, nossa junção é ótima!

Apaguei a vela, cobrindo nosso bebê, ajeitando o navio de pano que ele apertava fortemente com uma das mãozinhas para que não o atrapalhasse dormir, fechando o mosqueteiro.

Virei-me para Jones, observando-o se ajoelhar ao lado da cama, seu rosto visível por conta da única vela acesa ao lado da cama.

Ele me olhou.

—Venha, reze comigo. – pediu. – Temos muito pelo que agradecer no dia de hoje.

Anuí, sem conseguir deixar de sorrir e me ajoelhei ao seu lado. Jones buscou minha mão, entrelaçando nossos dedos, depositando um beijo de leve.

—Não só por hoje. Tenho pelo que agradecer pelo resto dos meus dias. – murmurou. – Por você ter aparecido na minha vida e me mudado. Pela sua família que me aceitou tão bem. Por os amigos que ganhei. Pela nossa família que está começando a se formar.

—Vamos agradecer todos os dias por esses presentes. – falei.

Ele levou meus dedos até seus lábios.

—Eu a amo, a respeito e irei protegê-la.

Ergui sua mão, repetindo seu gesto, lembrando-me da primeira vez que fizera aquilo nele.

—Eu o amo, o respeito e irei protegê-lo.

Killian sorriu e fechou os olhos. Eu fiquei o estudando, vendo seus lábios se movimentando enquanto orava e fechei os meus.

Agradecendo a Deus pelo homem ao meu lado.

Meu marido, amigo, amante, guerreiro e pai do meu filho.

E soube naquele momento que ensinaríamos nossos filhos a rezar.

Foi esse hábito que nos uniu.

Continuaríamos com ele até o fim.


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Notas finais do capítulo

Meus queridos leitores...
Aqui chegamos ao final dessa história e ainda estou com o coração doendo por ter que dizer adeus, ao mesmo, tempo que estou feliz. Feliz por tê-la concluído, por ter convivido com esses personagens, por ter tido vocês aqui, acompanhando. Alguns foram fortes e aguentaram do inicio ao fim. Outros foram chegando, assim como tiveram aqueles que desistiram. Quero dizer muito obrigada, mesmo sabendo que nunca será o suficiente. Vocês me proporcionaram uma experiência única, que nunca esperaria que fosse acontecer. Quando postei o primeiro capítulo, não imaginei que teria leitores, que a história fosse agradar alguém. E que surpresa saber que agradou! Lembro-me até hoje a primeira vez que vi um print de uma parte de um capítulo no twitter e pensei: “Hey! Essa é a minha história!”. E é aqui que digo mais uma vez, MUITO OBRIGADA, Traiçoeiro não teria chegado onde, chegou se não fosse vocês. Muito obrigada por cada um que favoritou, comentou e recomendou por aqui no Nyah. São muitos nomes e acabaria deixando alguém de fora. Muito obrigada a quem indicou para os amigos. Muito obrigada ao @Sacaptainswan por indicar a fic em seu twitter, a Jollymari por ter indicado em seu grupo Captain Swan... Vocês ajudaram a divulgar essa história fora daqui, e apesar de não ser próxima a ninguém, sei ser grata quando alguém faz algo de bom para mim. Muito obrigada a todos que deram uma chance e acharam que essa história merecia ser compartilhada com mais pessoas, por cada palavrinha que me deram quando saía capítulos novos. Muito obrigada por terem sentido comigo e com esses personagens.
Muito obrigada aos meus amigos que sempre me apoiam quando digo que estou escrevendo uma história nova e inclusive me ajudam quando preciso.Bruno por me provocar por eu ser uma eterna romântica, Flávia por já esperar uma história com bastante sofrimento,apenas porque já sabe que EU NÃO AGUENTO MAIS SOFRER. Mari por sempre estar ali dizendo que consigo. Lari que aguenta todos os spoilers que solto. Eu amo vocês demais que não fazem ideia. E um obrigada extra por terem respeitado meu pedido para que não lessem a fic e se leram não deixassem comentários nem nada do gênero. Tive um professor que sempre disse que “agradar amigos é fácil, o difícil é conseguir fazer com que pessoas de fora apreciem o seu trabalho” e sempre tive isso em mente, porque eu queria opiniões que não fosse do meu círculo de amizade. Eles sabem que escrevo, me apoiam, sabem da história, mas não a leem(não que eu saiba). A única exceção é minha lovely mademoiselle Gabriela, mas só porque antes de ser uma das minhas amigas mais próximas, ela foi minha leitora de uma história que escrevi tem uns anos. Assim como também escreve, então ela entende que é necessária uma opinião sincera. Muito obrigada por cada ajuda, por cada explicação sobre mitologia (e por me viciar em Vikings ushaushau), pelos karokês de madrugada, seus surtos quando achava que eles não ficariam juntos, por amar musicais tanto quanto eu, por sua paciência sem fim para os meus momentos em que me encontrava tão cheia de coisas negativas que parava de acreditar em tudo e por ser uma pessoa muito melhor do que eu.
Sempre digo que não escrevo sem um motivo, e como já mencionei para algumas leitoras, esses personagens me acompanham já tem um tempo, porém nunca os consegui entender por completo. A história foi postada em 2014 e passou um tempo “abandonada” por eu ainda não conseguir compreender Killian e Emma. O que me deixava frustrada, pois eu queria muito escrever essa história, contudo esperei. Eles não teriam surgido para mim à toa, se soubessem que eu não pudesse contá-la. E hoje sou grata por eles terem me escolhido. Hoje os compreendo, porque quando voltei a escrever eu estava em um lugar que não desejo que ninguém conheça em que eu pensei em desistir de tudo, que não aguentava mais carregar tanta dor, e ser engolida pelo vazio e pela escuridão. Que chegava ao fim do dia e apenas implorava para que tudo acabasse. São sentimentos que Killian e Emma presenciariam ou conviveram durante toda a fic. Eu estive em um lugar semelhante ao que eles estiveram, e precisei estar lá para entendê-los. Conforme fui escrevendo, fomos nos ajudando, auxiliando-nos a superar. Eles me fizeram perceber que eu precisaria de ajuda se quisesse sair daquele lugar e foi o que eu fiz. Pedi ajuda e depois de perceberem que não era frescura, fui ajudada. Emma e Killian não precisarão mais lutar, eles alcançaram seu final feliz e assim continuarão, mas para mim ainda não acabou e continuarei lutando a cada dia para não voltar para aquele lugar, tendo sempre em mente eles e como superaram tudo. E saibam que vocês tem uma grande participação na minha recuperação, com suas palavras de incentivos. Vocês também ajudaram a me manter aqui. Muito obrigada, mesmo que fizeram isso sem saberem.
Decidi postar esse capítulo antes de sair para viajar, porque estou triste, sempre fico quando concluo uma história e estou chorando horrores enquanto digito essas últimas palavras, pois sentirei falta de vocês. Sendo assim, como eu estarei indo fazer algo que amo, sei que não vou ficar triste por muito tempo. E aproveito aqui para pedir desculpas por qualquer coisa. Se em algum momento vocês se sentiram destratados em minhas respostas, ou sentiram que tinham que escolher as palavras para falar comigo. Nunca foi minha intenção e sempre deixei claro que poderiam falar o que quisesse. Quando houve falha de comunicação ( o que já chegou a acontecer) sempre pedi desculpas. Mas tenham em mente, que apesar do meu jeito sério de responder os comentários, sempre os respondi com um carinho enorme, porque eu sou grata por vocês terem me dado uma oportunidade. Eu não seria nada sem vocês. Traiçoeiro não seria nada sem vocês. Sempre os carregarei comigo, fiquem sabendo que deixaram suas marquinhas em mim.
Vou encerrar por aqui, pois acredito que nem todo mundo aguentou ler, mas eu precisava dizer tudo isso. Essa é a última vez que Lady Whistledown fala com vocês, o que torna tudo ainda mais difícil. Apesar de ter projetos que gostaria de compartilhar, depois de um acontecimento recente, decidi que o melhor é acabar por aqui. O twitter ficará ativo por mais um tempo, e a conta no nyah continuará ativa para que visite Traiçoeiro sempre que sentirem saudades, assim como irei liberar logo um presentinho em agradecimento a todo carinho que vocês me deram. Contudo sem mais histórias para essa contadora.
Muito obrigada por tudo, sentirei saudade de vocês, de cada um em particular por quem nutri um carinho enorme. Acredito que tenhamos criado uma, certa amizade “escritor e leitor” e espero que tenha sido uma experiência boa para vocês, assim como foi para mim.
Foi um prazer contar essa história para vocês, compartilhar cada palavra e sentimentos com leitores tão queridos.
Com muito amor e gratidão,
Lady Whistledown.