POV Maxon

Ouvimos o barulho da porta bater. Alguém avia entrado na pequena casa. O meu coração começou a ficar desesperado, apesar de eu não aparentar isso. America apertou a minha mão mais forte e me disse bem baixo, mais baixo que um sussuro.

– Eu te amo, não importa o que aconteça. - As lágrimas começaram a correr em seu rosto. Acho que toda aquela agitação avia deixado ela mais frágil do que quando a conheci, mas mesmo assim eu a protegeria até se ela se tornasse de porcelana.

– Eu também te amo. - Percebi que eu também estava a chorar.

Derrubaram o porta do nosso quarto nos fazendo pular para trás. Havia três sujeitos corpulentos com cassetetes na mãe de cada um. Só pude ver o risinho que um deles deu ao mirar em America e bater nela, que automaticamente desmaiou. Ela nem gritou, nem um único burburinho pedindo ajuda. Ela poderia estar morta? Por favor, não... Antes que eu pudesse me aproximar dela, levei uma surra e também apaguei.

POV America

Depois de ser atingida, eu acreditava estar morta. Pelo menos poderia ver meu pai e a antiga rainha no céu e, infelizmente, o antigo rei também. Senti uma dor, uma única pancada certeira, bem no meu estômago, me tirou todo o ar. Se estivesse acordada, provavelmente estaria vomitando neste exato instante. Só me lembro de ter um sonho um tanto incomum.

–( sonhando )-

Eu estava no castelo, feliz, sorrindo. Maxon estava ao meu lado e junto com ele estavam Marlee e Elise. As duas olhavam para mim e sorriam também, eu só não intendia o porque. Então eu o vi. Estava em meus braços, como um pequeno pacotinho. Eu abri parte da manta que parecia o engolir e pude ver seu rosto. Um bebê. Ele tinha os olhos da mesma cor que os meus, uma espécie de azul cintilante, e aparentava ter pequenos fios de cabelos loiros. Ele estava dormindo, mas na hora que olhei para ele, ele acordou e sorriu. Me virei para Maxon, sem acreditar no que via. E ele apenas disse, tomando o bebê de mim, com muito carinho.

– Nosso pequeno Ethan. - disse, sorrindo.

Voltei a olhar para Marlee e Elise, e pude perceber que havia outro bebê envolto em uma manta rosa nos braços de Marlee. Então eu a perguntei.

– Como se chama seu bebê, Marlee? - Eu realmente estava feliz com o momento. Nós duas tivemos bebês na mesma época! Isso não era maravilhoso?

Ela riu um pouco, e pude ver que Maxon e Elise a seguiam nas risadas.

– Que pergunta America. Essa é sua filha, Katrina. - Eu a olhava embasbacada. Minha filha? Eu tive gêmeos?

Corri até onde ela estava, e tomei a menina aos meus braços. Ela era como o irmão, carregavam fortemente os traços da mãe e do pai, porém, ela era mais puxada para mim, ela possuía alguns fios de cabelo ruivos e olhos azuis, mas possuía as feições de Maxon. Eu estava muito feliz! Eu teria duas crianças maravilhosas correndo pelo castelo. Mal pudia esperar pelo momento até ensinarmos as coisas da vida a eles. Seria completamente maravilhoso...

–( fim do sonho )-

Acordei com uma batida forte na minha cabeça. Algo pesada havia caído em mim. Com muito esforço, consegui abrir um pouco os olhos. Eu estava em um local com paredes esbranquiçadas, havia algumas pessoas em volta de mim, ao meu lado, havia uma mesinha com alguns frascos que não consegui identificar de primeira. Eram frascos de remédio. Quem capturaria alguém e a ajudaria a se recuperar depois? Gelei instantaneamente. Fui capturada pelos sulistas novamente? Não queria nem pensar no castigo que teria dessa vez. Eu abri mais um pouco os olhos, e finalmente pude perceber aonde eu estava. Eu estava na enfermaria do palácio.

POV Maxon

Acordei em uma cama baixa, com lençóis finos. Nas mesas de cabeceira, haviam frutas, mas uma em especial me chamou muito a atenção, uvas. Uvas só eram produzidas na...França. Porque raios eu estava na França? Quem havia me capturado dessa vez? Tentei me levantar para descobrir mais, mas o meu corpo não me permitiu. Me encostei novamente na cabeceira da cama, e pensei sobre a situação. Aonde estaria America? Será que ela estava em um outro quarto? Será que ela realmente estava bem?

Fui interrompido de meus devaneios pelo abrir da porta. Dois homens, provavelmente guardas, abriram a porta e entraram dentro do quarto.

– O senhor vem conosco. Nossa rainha deseja vê-lo. - disse um deles.

– Rainha? Aonde estou? - eu ainda estava muito confuso em relação a isso.

– O senhor está na França, Vossa Majestade. - disse o outro.

Espere, se eu estou na França, e a rainha de França deseja me ver, essa só pode ser...Daphne.