O Verdadeiro Romance Entre Nós escrita por A Veggie Dreammer


Capítulo 60
Capítulo 60 - Segredos Revelados - Especial 6


Notas iniciais do capítulo

Hoiii! Desculpe postar tão tarde, mas eu tinha alguns trabalhos da escola para fazer. Bem, POV Katrina! Espero que gostem!



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POV Katrina

Eu já estava desabando em lágrimas. Enquanto Ethan andava enraivecido em direção ao escritório de meu pai, eu puxava-o pelo braço e Adelaide barrava-o o segurando na cintura. Harry tentava me acalmar, mas eu só me acalmaria assim que Ethan parasse e desse meia volta. Eu não conseguia pensar em nenhum raciocínio lógico no momento, meu único objetivo era pará-lo. E sem que eu percebesse, ele já havia chegado à porta do escritório. Ele abriu a porta bruscamente e assustou nossos pais. Vendo a confusão minha mãe em eu pai se levantaram rapidamente.

– O que está havendo aqui? Perguntou meu pai.

– Ele estava...beijando-a! – gritou Ethan, apontando para Harry. Meu pai mudou sua expressão de passivo para enraivecido.

– Explique-se! – gritou meu pai.

– Vossa Majestade...- começou Harry.

– Você não! Ela! – disse ele apontado para mim.

– Pai, nós...nós nos amamos! Você não pode proibir algo assim! Por favor. – eu disse com a voz embargada por causa do choro.

– A senhorita tem uma Seleção a frente! Eu não me permiti amar até ela e você fará o mesmo!

– Se o senhor não teve a capacidade de amar o problema não é meu! – gritei. Nesse momento, meu pai começou a olhar abismado a mim e senti que minha mãe temia por suas palavras.

– Já chega. Eu tentei ser bom, eu tentei dá-la a liberdade que eu não tive, mas você a jogou e o meu bom censo no lixo! A partir de hoje, você só sairá de seu quarto para as refeições e algumas caminhadas, acompanhada de suas ajudantes e dois de meus mais confiáveis guardas! – ele disse e eu comecei a chorar novamente.

– Não é justo! – gritei.

– E pode me dizer o porquê dessa injustiça? – disse ele em um tom de zombaria.

– Não é juto eu ser punida e Ethan não. – gritei novamente, mas me arrependi no momento seguinte.

– Como? – perguntou ele, dirigindo-se agora a Ethan.

– Querido...- tentou minha mãe, mas ele a afastou com um gesto de mão.

– Pai, eu estou apaixonado. O senhor não pode impedir isso! Não há como questionar as escolhas do coração.

– E posso saber quem é essa jovem que lhe roubou o coração? – disse meu pai, no mesmo tom zombador. Neste momento, senti uma mão firme apertando a minha. Tanto Harry quanto eu sabíamos o que viria pela frente. Adelaide deu um passo à frente e entrelaçou seus dedos com os de Ethan.

– Sou eu, Vossa Majestade. – disse ela, em um tom encorajador. Meu pai riu sem humor.

– Vocês só podem ter enlouquecido. Você está noiva! E você tem uma Seleção pela frente! Se seu noivo descobrir...

– Ele não irá descobrir. Não pretendo contá-lo e creio que ninguém desta sala pretende. Ou não. – disse Adelaide lançando um olhar desafiador ao meu pai.

– Pois bem, a corte austríaca chegará amanhã. Até a sua chegada não quero ver nenhum de vocês dando meio passo para fora de seus quartos. Os quatro! E soldado Woodwork, o senhor está dispensado de seus serviços até a chegada da família real austríaca. – disse meu pai duramente. Harry assentiu de cabeça baixa. – Agora quero todos vocês foram do meu escritório já! Direto para os quartos! – gritou meu pai, apontando para a porta. Todos assentimos e nos retiramos.

– É tudo culpa sua! – gritou Ethan apontado para Harry.

– Minha? Você que foi contar ao seu pai! – rebateu Harry.

– Mas se você não tivesse beijado minha irmã nada disso teria acontecido!

– Parem! Os dois! Por favor, não agüento mais vê-los brigar! – eu disse, voltando a chorar. Enterrei meu rosto no peito de Harry e ele acariciou meus cabelos.

– Vamos logo todos aos nossos quartos. Antes que o rei saia do escritório e nos puna mais severamente. – disse Adelaide com a voz baixa. Ouvi alguns passos para longe e quando levantei minha cabeça eles haviam partido.

– Desculpe tê-lo feito passar por isso. – eu disse a Harry.

– Não há o que desculpar. Eu te amo, e faria tudo que pudesse para ficar com você. Mesmo que por apenas alguns minutos. – disse ele, passando a costa de sua mão em meu rosto. Eu assenti com a cabeça e toquei em sua mão. Ele se aproximou e me beijou calmamente. Eu estava assustada, cansada e triste. Mas naquele momento, nada mais importava. Aquele poderia ser o nosso último momento juntos.

Andamos de mãos dadas até o meu quarto. Em frente a minha porta, nós nos despedimos e ele beijou minha testa. Despedimos-nos uma última vez e eu finalmente entrei em meu quarto. Desabei imediatamente e encostei-me à porta. Escorrei com minhas costas até o chão e continuei a chorar. Eu sabia que provavelmente Lily, Úrsula e Beatrice estavam me observando agora, mas não me importei. Chorei até sentir-me desidratada. Como previ, lá estavam minhas três doces ajudantes, que sempre me animavam e me ajudavam. Elas me ajudaram a levantar-me e me abraçaram. Perguntaram-me o que havia acontecido e eu lhes contei toda a história. No final, todas elas estavam com os olhos lacrimejando por causa de minha triste história de amor.

– Perdão, senhorita. Desejaríamos que fosse diferente, mas infelizmente não podemos desobedecer as ordens do rei. – disse Beatrice.

– Não Tris, tudo bem. Eu nunca as pediria para desacatarem uma ordem de meu pai. – eu disse, abaixando minha cabeça.

Estavam sem fome quando a hora do jantar chegou. Eu passara o dia todo lendo, tentando distrair minha mente, mas o tempo todo ela voltava a ele. Seus cabelos cacheados amarronzados, seus profundos olhos azuis, seu peitoral esculpido, seus lábios macios. Eu achava que estava a ponto de enlouquecer. Minhas ajudantes se aproximaram e começaram a preparar o meu banho para o jantar. Tomei um banho extremamente relaxante de banheira, mas nem mesmo ele me fez esquecer-me de meus problemas. Quando elas estavam escolhendo o meu vestido, eu pedi para que parassem e me trouxessem minha camisola, pois não estava com fome e estava sonolenta. Elas assentiram e alguns minutos depois eu já estava deitada em minha cama, tentando dormir. Era quase impossível, eu ficava imaginado como estariam meu irmão, Adelaide e Harry neste momento. Até que finalmente fui vencida pelo cansaço e adormeci.

Fui acordada no dia seguinte pelos raios de sol que adentravam meu quarto. Havia sonhado com Harry, com nós bem longe do palácio, em uma clareira na floresta, nos beijando e nos abraçando. Suspirei ao saber que este sonho nunca viraria realidade. Levantei-me preguiçosamente da cama e enfim a notei. Ela estava com um olhar sereno no rosto, olhando calmamente para mim. Corri até ela e a abracei. Ela retribuiu meu abra co e afagou um pouco meus cabelos emaranhados.

– Mamãe. – eu sussurrei.

– Estou aqui, querida. – disse ela docemente.

– O rei permitiu-lhe visitar-me? – perguntei surpresa, nos afastando.

– Não. Mas estou disposta a correr o risco. – disse ela, lançando-me com um olhar fraco. – Mas não estamos aqui para falar de mim. Conte-me, como você está? – perguntou, puxando-me até um sofá ao nosso lado.

– Triste. E com raiva. Então me lembro de Harry e me sinto sozinho. Então me lembro de Ethan e me vem o desgosto.

– Não fique com raiva de seu irmão, por favor. Ele fez errado, mas foi impulsionado pelo ciúme.

– Mas isso não explica o que ele fez! Estávamos todos felizes e agora ele conseguiu estragar tudo! - eu disse, levantando-me.

– Eu sei, querida. Apenas...apenas não o culpe, está bem? Assim que puderem, tentem conversar.

– E como está Adelaide? – eu lhe perguntei.

– Segundo suas arrumadeiras, péssima. Pior do que você, eu temo. Ao enraivecer-se, ela jogou um jarro de flores no chão. Alguns cacos voaram até sua perna e agora ela está em repouso, dentro de seu quarto. Ela está destruída por dentro e por fora. – concluiu minha mãe.

– E a Áustria? – lhe perguntei, sem humor. Ela abriu sua boca para falar, mas foi interrompida por sons de sinos.

– Bem, eles parecem ter acabado de chegar. – disse ela, com um sorriso fraco. – Faça sua higiene matinal e se vista. Estarei esperando-a aqui. – assenti e comecei a marchar em direção ao banheiro.

Em pouco tempo eu estava pronta. Não queria estar muito bonita os sofisticada, então escolhi um vestido negro que ia até meu joelho, bem simples. Minha mãe me conduziu até o hall principal, onde meu pai estava a cumprimentar um homem, que supus ser o rei da Áustria. Ao seu lado estava uma mulher com um sorriso simpático na face e ao lado da mulher, ele. O moreno que ousou pedir a mão de Adelaide. Mozart. Ele me notou e lançou-me um sorriso. Não o devolvi. Aproximei-me de meu pai e toquei seu ombro. Ele virou em minha direção e apresentou-me aos convidados. Sorri o máximo que pude para o rei e a rainha, mas lancei um olhar de desprezo ao príncipe e não lhe dei um sorriso. Logo em seguida meu irmão chegou. Ele estava com o cabelo um pouco bagunçado, algumas olheiras em baixo dos olhos, e seu sem brilho matinal dos últimos tempos. Ele cumprimentou educadamente os reis e lançou o mesmo olhar ao príncipe. Notei que ele estava se segurando para não atacá-lo, então me aproximei mais e apertei sua mão.

– Onde está minha noiva? – perguntou Mozart animadamente.

– Aqui. – disse Adelaide, atrás de nós. Ela estava sentada em uma cadeira de rodas, com sua perna esquerda enfaixada. Ao se aproximar mais de nós ela lançou um olhar triste a Ethan e um encorajador a mim. E finalmente eu notei o olhar abismado dos reis austríacos.

– Minha jovem, a senhorita está bem? – perguntou o rei.

– Em parte. Fora minha perna e meu coração estarem completamente destruídos, sim eu estou bem. Sabe, eu tenho certa propícia de sofrer acidentes. Desde pequena. – disse ela, sorrindo falsamente para ambos.

– Bem, eu...

– Não há necessidade de desculpar-se, rei Maxon. Como primogênita dos reis da Itália, eu estou representando minha família aqui. Eu assumo os meus próprios erros, e suas conseqüências também. – disse ela corajosamente. Os austríacos estavam boquiabertos e meu pai também. Apenas nós três e minha mãe sorríamos.

– Bem, nós...nós viemos aqui para entrarmos em um acordo. Sobre o que seria? – disse o rei.

– Sobre a minha curta liberdade. – disse Adelaide antes de meu pai.

– Como, senhorita? – perguntou o rei, desacreditando eu suas palavras.

– Caro rei, eu desejo permanecer em Illéa até o fim da guerra em meu país. Após ela, eu e meus irmãos voltaríamos para os braços de nossos pais. Apenas aos dezenove anos eu me casaria com seu filho e me instalaria permanentemente na Áustria. Esse seria o acordo. Vocês me dão um pouco mais de tempo e eu prometo não sair de seu país após o casamento. Sem fugas, sem problemas. – disse ela por fim.

– Creio que a senhorita iria gostar muito de nosso palácio. – garantiu a rainha.

– Talvez. Mas desejo saber disso apenas daqui quatro anos.

– E a senhorita tem o apoio de quem, exatamente? – perguntou o rei, sem humor e paciência.

– Minha. – eu disse.

– Minha. – disse Ethan.

– E minha. – disse minha mãe, por fim.

– America? – perguntou abismado meu pai.

– Sou completa e totalmente a favor de que os filhos da Itália permaneçam em nosso país até o fim da guerra. Não vejo problemas de esperarem mais alguns anos, Majestades. – disse minha mãe, com um pequeno sorriso nos lábios.

– Nós três nos conhecemos desde pequenos e somos grandes amigos. Raramente veremos Adelaide após seu casamento, então pedimos que nos dêem um pouco mais de tempo. – disse, surpreendendo meu pai por me declarar.

– Como é de vontade de minha futura esposa, eu os concedo o acordo. – disse o príncipe, com um sorriso bobo no olhar. Comemorei mentalmente por termos conseguido a estadia de Adelaide.

– Nossa visita era muito breve. Viemos apenas acertar o acordo. Se meu filho concorda, não vejo porque não segui-lo. – disse o rei.

– Obrigado. – agradeceu Adelaide, com um pequeno sorriso nos lábios.

Todos nos despedimos da família real. Quando chegou a vez de Mozart despedir-se de Adelaide, ele beijou-lhe a costa da mão. Adelaide revirou os olhos e eu me segurei muito para não gargalhar. O príncipe notou o desprezo dela e sorriu.

– Prevejo futuros problemas entre nós. Será uma grande batalha domá-la. – disse ele.

– Caro príncipe, eu não sou mulher que deva ser domada. Não nasci para isso. Minha alma é tão livre quanto um tigre de bengala, você pode até se aproximar, mas eu sempre estarei oculta nas sombras. – disse ela, sorrindo friamente.

– Se continuar assim, terão que me internar por paixonite aguda. – disse ele, piscando para ela.

– Poupe-me de suas cantadas. Até daqui a quatro anos! – cantarolou ela a última parte alegremente.

– Contarei os segundos até lá. – disse ele. Adelaide não teve tempo de rebater, pois ele já havia se virado e corrido para acompanhar os pais.

– Os três, quarto, imediatamente. Contatarei Nicoletta e ela decidirá o que fazer com você, Adelaide. E quanto a vocês dois, apenas o tempo dirá sua verdadeira punição. – disse meu pai severamente. Assentimos e voltamos felizes aos nossos quartos.

Finalmente, eles estavam juntos. Até certo tempo, mas creio que tempo suficiente para as punições serem menores e talvez até esquecidas. Espero que meu pai melhore. Espero poder reencontrar Harry. Espero poder amá-lo novamente.


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Notas finais do capítulo

E aí? Tenso, não? Espero que tenham gostado! Até amanhã! Bjs



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