Drawing Love escrita por Any the Fox


Capítulo 13
Voltar a ser quem era.


Notas iniciais do capítulo

Oi, pessoal!
Sim, três séculos depois eu dou continuidade a isto^^
Espero que estejam gostando e, mais uma vez, desculpem pela demora em postar^^" Este não é muito cómico, nem ecchi, é mais para o romântico. Oh! E está um pouquinho pequeno também^^"
Enjoy!



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“- Eu tenho de apanhar ar. – Ele disse correndo para fora da tenda em direção a parte nenhuma sem qualquer tipo de finalidade…”

Então o rapaz foi correndo por aquela floresta. O garoto estava pensativo. Porque ele tinha sonhado assim com May? Ok, ele tinha tido muitos sonhos erótico já, mas… Com May nunca tinha tido nenhum… Muito menos um em que ela se despia no seu colo… Ele estava confuso e seu “companheiro” não se acalmava, aquilo o incomodava, não sabia porquê, mas ele não gostava de pensar em May assim… Bem, ele gostava, mas… Aquilo trazia-lhe memórias de quando ela era uma garota… Divertida? Bem, o certo é que ele tinha saudades da May que brincava com ele, mas agora ela não gostava de pervertidos… E quando ele tentou ajudá-la, só fez com que ela o odiasse mais…

– Porquê? Porque estou tão mal com isto?! Eu sou o Drew, imensas garotas gritam por mim quando ouvem o meu nome, porque estou tão mal por causa de uma garota que não dá para mim?! Ela é só uma! Há muitas mais! E que dão para mim! – Drew gritou encostando as suas mãos a uma árvore.

“O rei do harém está apaixonado! Ainda por cima, por uma garota que não lhe dá trela! Ahahah!”

A frase de Gary ecoou na cabeça do esverdeado. Amor era algo que o Drew nunca tivera mesmo sentido, ele era um pervertido, um tarado, o rei de um harém… Amor era algo desconhecido para ele… Mas… O que ele sentia também, era novo. Ele estava arrependido dos seus comportamentos pervertidos, arrependido de ter feito algo que a May não gostasse… Seria então aquilo “amor”? O rei do harém estaria mesmo apaixonado?

– Não… Não é… - Ele queria consciencializar-se de que, não, ele não podia estar apaixonado.

Então, com vontade de se perder, Drew foi andando por entre as árvores daquele bosque, ou pinhal… Bem, era um sítio com árvores. Continuou a andar até chegar num lugar aberto, era um lago, era fundo? Não sei. Mas a lua cheia refletia no espelho de água e as estrelas faziam-lhe companhia. Drew não disse nada, apenas ficou a olhar sem expressão para o lugar, a sua face estava perdida em pensamentos e o seu corpo estava imóvel.

– Você aqui? – Uma voz o acordou do transe.

– May? – Drew se surpreendeu por ver a morena ali.

– O que veio aqui fazer? – Perguntou fria olhando o lago na sua frente.

Drew olhou para May, ela vestia umas calças bem compridas e uma camisola de manga curta, com um casaco por cima, seu cabelo estava atado com dois elásticos e apanhado com um lenço. Ela estava sentada por baixo de uma árvore com uma perna esticada e outra dobrada, abraçava-se ao seu joelho delicadamente e olhava o vazio.

– Eu… Não estava conseguindo dormir… - Drew disse voltando a olhar para o horizonte.

May não respondeu, continuou olhando para o nada, ignorando o garoto de cabelo verde, fingido que ele não estava ali. Aquilo não estava certo! Porquê? Porquê agora?! Logo quando ele estava indeciso sobre os sentimentos acerca da menor, ela lhe aparece à frente! E ainda o ignora e finge que ele não está lá! Um misto de raiva e de tristeza misturaram-se na mente do garoto, causando apenas um meio-termo entre eles, algo como… “Ego ferido”.

– May… Desculpe aqui lo no ônibus… - Drew disse baixinho, fazendo biquinho e não a encarando.

– Hum. – May foi seca, nem olhou para ele, ignorando ao máximo a sua presença.

Com a falta de resposta da menor, Drew se enervou, sentiu alguma raiva pela morena, mas não uma raiva saída de um ódio, uma raiva saída de uma enorme tristeza e falta de compaixão! Drew tinha muitas dúvidas sobre May, porque ela tinha ficado assim? Foi de um dia para o outro, um dia, após as férias acabarem, ela já estava assim! Isso causava odio em Drew… Mas ele não sabia se odiava May, o mundo ou a ele mesmo…

– Porque é que você é assim comigo? – Drew perguntou do nada serrando os dentes e evitando explodir.

– Desculpe? – May virou a sua face fria para ele, agora esboçava alguma dúvida.

Porque você é assim comigo?! May, de um dia para o outro, você deixou de me tratar como melhor amigo para tratar como um animal! May, que deu em você?! – Drew explodiu suas dúvidas.

– N… Não sei do que está falando. – May estremeceu um pouco a voz antes de voltar a olhar o nada, com uma face meio nervosa.

– Ah, sai fora com essa! – Drew berrou colocando-se bem na frente dela.

O rosto de May adotou outra cor no momento, ficou rubro, May já não estava acostumada a tamanha aproximação, muito menos, tamanha aproximação do lado de Drew… Ela manteve os seus olhos fixos nos dele, há muito tempo que eles não estavam juntos assim…

– May, eu sei que aconteceu algo com você! Eu acredito que você esteja chateada com alguém, brava com todo o mundo pervertido, mas então e eu? O que é que eu fiz? Eu apenas queria sua felicidade! Porque você me pôs de lado? Porque você me passou a ignorar? E pior, porque você deixou de brincar comigo?! – Drew berrou com algumas lágrimas nos olhos.

May se sentia um pouco emotiva. Como assim? O que deu em Drew? Ela sempre fora assim… Oh, mas quem ela queria enganar? Ela sabia que nem sempre tinha sido assim! Ela se lembrava muito bem de quando ela brincava com Drew e… Não se importava! Não se importar com nada… Bons tempos, mas, infelizmente, não se importar com nada, levou-a a maus caminhos…

– Vocês, os pervertidos, são todos iguais. – May declarou virando a sua face para o lado, com algum nojo e contragosto.

– O que raio está para aí a dizer, May?! Você me conhece! Eu posso ser o rei do Harém, mas eu nunca fiz mal em você! – Drew pareceu bravo, pensava que a outra o estava a ofender e chamar de agressor.

– Não é você, seu imbecil! – May berrou o empurrando, fazendo-o cair para trás e aterrar de costas.

Drew massageou o local magoado e ficou a olhar com um ar estranho e curioso para a morena que acabara de ter um comportamento agressivo com ele.

– Foi o Verão… Uma curte normal de férias… E ele… Ah, os pervertidos são pessoas desprezíveis! – May disse agarrando o próprio corpo.

– May… O que o garoto lhe fez? – Drew perguntou após engolir em seco.

– Ele… Ele me tocou… Tocou meu corpo contra a minha vontade e… Eu percebi que ser como era só iria chamar gente como ele… Drew, eu… Eu jurei que nunca mais me iria dar com pervertidos! – May mencionou cerrando os olhos, parecia haver saudade na sua voz, mas odio também… Apesar de a própria May não saber quem odiava ao certo.

Drew pareceu compreensivo e penoso, mas… Então ele? Ele era um pervertido, ele sabia que podia ter comportamentos incorretos com muitas garotas, mas NUNCA forçou nenhuma a nada e, muito menos, tivera desrespeitado alguma! Especialmente May… Ele sempre tivera um carinho muito especial por May… Algo que não conseguia explicar, era como se quando lhe tocava, provocava ou brincava com ela se sentisse melhor do que o que fazia com qualquer outra garota… Será que Gary tinha razão?

– May… Porque me meteu no mesmo saco que esse pervertido? Eu alguma vez fiz mal a você?! – Drew resmungou com raiva.

– N-não… - May gaguejou um pouco assustada.

– Então, May?! Você não gostava de quando eramos amigos!? Não gostava de quando brincávamos juntos?! Fique sabendo, May, eu amava esses momentos! Eu amava mexer com você mais do que com qualquer outra garota! E você também mexia comigo, o que nós tínhamos era mais do que uma grande amizade! Nós nos respeitávamos! Mesmo eu sendo um pervertido, May, eu sabia, você era a tal! – Drew disse meio inconscientemente que sempre achara a garota especial.

Um momento de silêncio, Drew baixou a cabeça, começou a chorar… Estava com demasiada vergonha…

– Drew… Você… Você está tentando dizer que você… - May estava baralhada.

– Exato. May, eu estava apaixonado por você, e a minha tristeza e vinda aqui, são devido a saudades desse tempo… E de você se ter esquecido de nós… - Drew confessou olhando bem fundo nos olhos da outra.

May parecia chocada, ela nunca pensou que… Que Drew estivesse apaixonado por ela… Ela lembrava-se de como ela era no passado, ela era bem “inconsciente” e... De como ela gostava de “namorar” todos os garotos da escola… Mas havia um com quem se sentia especialmente à vontade, o conhecido rei do harém, o maravilhoso Drew… Estaria ela apaixonada por ele?

– Desculpe, May, você deve odiar-me, eu vou voltar para a tenda, não a chateio mais. – Drew disse se levantando.

Então, enquanto ele se levantava, foi puxado pelo braço para mais perto da garota, sendo que ela o puxava para um beijo em seus lábios. Um beijo profundo e demorado, um beijo sentido e inesperado… Algo novo entre eles os dois.

– May… - Drew pronunciou quando ambos se separaram.

– Eu é que peço desculpa, Drew… Eu devia saber distinguir um mau pervertido de um bom pervertido… Eu não sabia que estava fazendo você sofrer. Por favor, me perdoe. – May pediu abraçando o rapaz.

– Oh, May… Claro que eu perdoo… Você é minha menininha preferida, não lembra? – Drew a apertou com força.

– Drew… - May chamou um pouco receosa.

– Sim? – Ele perguntou com um ar doce e satisfeito.

– Isto… Isto não vai afetar a sua popularidade como “Rei do harém”? – May perguntou um pouco receosa.

– Isto? Isto o quê? – Drew questionou um pouco confuso.

– Isto de… Bem… Nós. – May esclareceu.

– Ah! – O esverdeado riu – Claro que não, May… Também, não temos de revelar já, não é? Deixe as pessoas descobrirem.

Drew piscou um olho para a outra que sorriu, então ambos se levantaram, estavam um pouco constrangidos. Eles eram namorados? Talvez. Eles não eram muito de mostrarem o seu amor, um por gostar de todas e o outro por não gostar de ninguém… Eles eram um casal estranho, é verdade, mas se amavam, e isso bastava para eles estarem juntos, não precisavam de um título como “namorados” para isso… Mas eles sabiam que o eram.

– Bem, vamos lá andando para as tendas, não tarda está aí a Misty a dizer que você é uma vadia por andar por aí à noite. – Drew disse começando a andar.

– É mesmo! E Gary vai achar que você foi comer “qualquer coisa”… - May mandou uma piada de duplo sentido.

– Ah… Afinal você ainda é marota. – Drew riu de lado.

May devolveu um sorriso matreiro.

É, eles estavam a voltar a ser o que eram antes e aquela cumplicidade deles ainda estava lá… Era impressionante como estava imaculada e intocada… Parecia que eles nunca tinham estado distanciados…

E enquanto estes dois voltavam para as tendas para evitar problemas, já dois seres os procuravam.

– Eu nem acredito que aquela May saiu da tenda a meio da noite! Ela é tão desprezível como esse Drew! – Misty resmungava enquanto apontava uma lanterna para todas as árvores da floresta.

– Ah, Misty, não esteja tão preocupada! Com certeza ela está com Drew e neste momento estão tendo um momento romântico nesta floresta. – Gary disse ajeitando o cabelo.

– É disso que tenho medo! – Misty disse de volta.

– Não stress, ruivinha! Cá para mim eles reconciliaram e estão brincando de verdade ou desafio por aí, não é como se houvesse alguma regra contra isso! – O meio-ruivo apontou a lanterna para a ruiva, como se a tivesse a provocar.

– Não, mas é imoral! Já passou da hora de recolher há muito e eu não posso deixar aquela bipolar da May andar por aí sozinha com o pervertido do Drew à solta! Para além do mais, eu não o trouxe comigo para andar armado em holofote! Aponte essa lanterna para o chão e me ajude a procurar! – Misty disse com a sua voz imponente e sem medo, avançando uns passos mantendo distância do outro.

– Eu gosto de garotas difíceis que nem ela. – O meio-ruivo pronunciou para si mordendo o lábio, acho que ele estava gostando bastante da situação.

Então, estes dois procuravam os desaparecidos pelo meio das árvores, chamando alto os seus nomes, nenhum dos dois sabia que eles estavam bem, juntos e nada perdidos e… Também mal sabiam o que o destino reservava para eles os dois… Eu nem acredito que isto aconteceu tudo enquanto eu dormia em minha tenda!


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Notas finais do capítulo

Oi de novo!
Então, ficou do seu agrado? Deixa um comentário, por favor, nem que seja uma mínima opinião, a Any gosta muito de Pokémon fantasma, mas tem medo de fantasmas de outro tipo :c
Até mais!



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