Ao amanhecer do outro dia, acordei contra minha vontade por causa do maldito despertador. Apitava estéricamente... E então, com o resto de força que me faltava, levantei meu braço lenta e dormentemente, deixando o peso dele próprio cair sobre o botão que faria parar com o som chato. Olhei para o relógio, eram exatamente 7h00min, e então voltei a olhar o teto do quarto, pensando um pouco... Espera um pouco... Sete horas... Trabalho as oito... Processando a informação... Arregalei meus olhos e saltei da cama. Precisava me trocar.

Antes de tudo, fui ao banheiro, relaxar os nervos, tinha tempo de sobra, creio eu. Abri o chuveiro e então deixei a água morna cair sobre minhas costas, relaxando.

Depois do banho, fui escolher minha roupa. Coloquei um Keds vermelho no pé, uma calça jeans com rasgos (Ela já é assim ta?). Minha blusa regata com uma de manga comprida xadrez, também vermelha, por cima.

Eu contei pra vocês que eu tenho um carro agora? Pois é, e ele é lindo. Mas não sei se ele estaria no estacionamento do apartamento, pelo que eu saiba estava ainda na casa dos meus pais. Caminhei até a cozinha e peguei uma maçã, olhei para o chaveiro e peguei a minha chave da casa (Havia mais, fazer o que, morar com tanta gente...). Então avistei uma chave desconhecida, nela havia grudado um bilhete. Peguei a chave e abri o tal bilhete, nele dizia:

“Filha, eu sei que você iria precisar uma hora ou outra do seu carro de volta. Então eu fiz o favor de deixar ele no estacionamento do seu prédio. Eu sei, não precisa agradecer. Eu sou o melhor pai do mundo, eu sei... eu sei. Como eu sempre disse a você, cuide bem dele, não foi barato não, dinheiro não nasce em arvore... Bom, se eu continuar a escrever meus sermões e avisos isso iria dar um pergaminho. Então, aproveite o carro, ligue quando puder. Nós te amamos

                                                                                Beijos, Papai.”

Dobrei o bilhete e dei pulinhos discretos de alegria, Logan estava de volta! (Nome do meu carro). Apertei mais as chaves em minhas mãos, certificando de que elas estavam ali, e fui ao estacionamento do prédio.

Procurei por Logan e logo avistei meu Camaro conversível. Ele era laranja com listras pretas. Eu sei que é meio chamativo, mas de um jeito tão lindo. Fui em direção ao carro e joguei minha maçã já comida no lixo. E logo estava eu em direção ao prédio onde iria trabalhar com as fotos, no meu Camaro, ouvindo um pouco de Travie Mccoy – Need You. Coloquei meus óculos escuros por causa do sol que já saíra. Deixando meus cabelos esvoaçarem ao vento, em uma sensação boa e relaxante... Quando um pensamento me veio à cabeça como uma pedrada... Eu iria ver o Blink 182.

No mesmo instante que esse pensamento invadiu minha cabeça comecei a passar mal de nervoso, batia estéricamente minhas mãos no volante, repetindo na minha cabeça “vai ficar tudo bem, vai ficar tudo bem”. Com esse pensamento, fui me acalmando aos poucos.

Chegando ao prédio onde iria começar a trabalhar, estacionei meu carro um pouco perto da entrada. Saltitei dele e fui para o andar onde iria começar com as sessões de foto. Não precisava levar minha máquina, lá já tinha uma posicionada e pronta para ser usada. Olhei para o relógio, eram 7h55min, o Blink iria chegar daqui a pouco.

Cumprimentei as pessoas que estavam lá e fui conversar com Frank, o empresário da banda.