O Garoto dos Sorrisos - HIATUS escrita por Sabrina Azzar


Capítulo 25
Amor, ele chutou


Notas iniciais do capítulo

Postando rapidinho e já saindo... beijos e boa leitura!



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POV – Peeta

Assim que Gale saiu do quarto eu percebi que ele estava chorando, ele passou por mim e disse que a kat era toda minha e que se eu quisesse fazer algo contra ele, eu sabia onde ele morava. Não entendi o porquê disso, mas também não importava, o importante era que minha noiva e meu bebê estavam bem. Fui até o quarto e Kat estava chorando.

— Amor?

— Oi Peeta. – Ela falou secando os olhos com as costas da mão.

— O que houve? – perguntei me aproximando e coloquei uma mecha de seu cabelo atrás da orelha.

— Nós conversamos.

— Quer falar sobre isso?

— Não. – Ela falou simplesmente e nós ficamos em silêncio. – Peeta me abraça? – Ela pediu chorando, e sem dizer nada eu a abracei. Apertei-a com força contra mim e ela chorou ainda mais.

— Não quer mesmo falar sobre isso?

— Não, só quero ir pra casa. – Falou e eu assenti.

...

Duas semanas depois...

— Amor, você não pode ficar sem comer. – Falei pra minha noiva que não queria comer nada há dias. – Você vai acabar pegando uma anemia e o bebê também.

— Estou sem fome. – Ela resmungou ainda deitada no sofá, assistindo Beauty and the Beast.

— Katniss, por favor. – Pedi me sentando ao seu lado. – Eu te amo muito, e sabe que eu faria qualquer coisa por você. Mas não posso deixar que fique sem comer. Isso não é justo.

— Peeta... – Ela pediu.

— Não é justo comigo Kat. – Falei. – Como acha que me sinto em te ver assim? Já parou pra pensar nisso?

— Peeta eu... Eu não... – Ela se levantou do sofá e colocou as mãos no meu rosto.

— Eu to sofrendo em te ver assim amor. – Falei e uma lágrima escorreu no meu rosto.

— Amor desculpa. – Ela falou. – Não queria te magoar nem te deixar preocupado. Muito menos te fazer sofrer.

— Por favor, vem comer. – Pedi colocando minhas mãos sobre as suas.

— Eu vou. – Ela falou sorrindo. – Mas só um pouquinho. Pode ser?

— Já é um começo. – Sorri e dei de ombros.

— Eu amo você meu garoto dos sorrisos. – Ela falou e beijou meus lábios docemente.

Depois que tivemos essa conversa ela voltou a comer, mas eu sabia que ela continuava triste. Ela estava tentando ser forte pra não me magoar, mas não era o que eu queria. Eu queria que ela estivesse feliz, eu queria fazê-la esquecer de tudo. Depois de alguns dias Gale veio falar comigo, disse que estava indo embora pro Canadá. Ele ia morar com um primo e que tinha arrumado um bom serviço por lá. Pediu pra eu não dizer nada a Kat, pelo menos não agora que ela estava tão sensível e grávida. Eu entendia o que Gale esta tentando fazer, ir embora pra tentar esquecer a Kat, afinal tudo aqui lembra o relacionamento dos dois. Tudo bem que distância não muda aquilo que sentimos, ás vezes só piora, mas você acaba se acostumando com a dor, você se acostuma a conviver com ela, e acaba fazendo dela sua aliada e não sua inimiga. Acaba tirando forças dela, forças que ás vezes nem sabia que tinha. E indo embora talvez ele conheça alguém, alguém que o faça esquecer a dor, alguém que o traga de volta a vida. Eu pra dizer a verdade não tenho raiva dele... Ele a ama e apenas tentou lutar pelo amor dela. Eu até aceitaria numa boa se eles voltassem a ser amigos, pelo que a Kat me disse, antes de eles terem algo, eram grandes amigos e que o amor que ela sentia por ele era como o amor que sente pelo Finnick. Desejo realmente que ele encontre alguém que possa fazê-lo esquecer a Katniss, alguém que o ama incondicionalmente, como sei que a Kat me ama. Foi pensando em tudo isso que eu tive uma idéia, que pode dar certo. Eu tenho mesmo algumas semanas pra tirar de férias e sei que Haymitich não me negaria isso. Conversei com Finnick e ele disse que a Kat tem uma pequena quedinha por conhecer Madrid. É a oportunidade perfeita. De ficarmos um tempo juntos antes de o bebê nascer, e aproveitar que ela ainda não está com muitos meses e não tem risco nenhum ela fazer essa viagem. Eu só precisava pensar em uma maneira de fazer essa ser uma surpresa perfeita pra minha noiva. Depois de alguns dias fazendo pesquisas e planejando tudo para contar sobre a viagem – digamos que a idéia não é totalmente minha, e sim de um tal de Augustus Waters de um filme chamado “A Culpa é das Estrelas” que a Kat simplesmente ama de paixão. Fui até um restaurante de comida espanhola e fiz reserva pra hoje á noite, comprei um buque grande de cravos vermelho – que é a flor-símbolo da Espanha - fui até uma loja de roupas e comprei também uma camisa social vermelha, um vestido preto pra Kat e um macacãozinho amarelo de bebê. Seria uma indireta... Ela com certeza irá descobrir.

Cheguei em casa mais cedo do trabalho e deixei o vestido dela em cima da cama, junto com o buque de flores. Em seguida fui buscá-la na agencia.

— Oi amor. – Ela falou assim que me viu.

— Oi minha linda. Tudo bem com você e o bebê?

— Estamos bem. – Ela sorriu.

— Que bom. – Falei e lhe dei um beijo.

— É impressão minha, ou você está ansioso? – Ela perguntou me encarando divertida.

— Estou normal. – Dei de ombros.

— Okay então. – Ela sorriu e eu a ajudei a entrar no carro. Quando chegamos em casa ela foi até o quarto e eu fiquei na sala, esperando qual seria sua reação. – Peeta! – Ela gritou. – Vem aqui, por favor. – Fui até o quarto como se não soubesse de nada.

— O que foi amor?

— O que significa isso? – Ela perguntou colocando as mãos na cintura.

— Iremos jantar hoje. – Falei e sorri.

— Ah é? – Ela me olhou divertida. – E onde nós iremos jantar?

— É uma surpresa.

— Eu tenho que usar isso? – Ela perguntou apontando pro vestido.

— Sim.

— E porque cravos e não rosas? – Ela perguntou pegando o buque nas mãos e cheirando as flores.

— Você vai saber. – Sorri maroto.

— Você está aprontando alguma Mellark...

— Quem sabe. – Dei de ombros. – Agora vá se arrumar. Nossa reserva é para as 20:00h.

— Okay Senhor Mellark. – Ela sorriu e foi até o banheiro.

***

Já passava das 19:30 e a Kat ainda não estava pronta, ela nem se quer viu a minha roupa ainda. Eu já estava pronto. Com a camisa vermelha e um terno e calças pretas. Passei gel nos cabelos e os penteei de forma que ficasse mais “elegante”.

— Vamos amor. – Chamei da sala.

Calma, eu estou indo.- Ela falou do quarto ainda. Eu estava impaciente, andando de um lado para o outro na sala, até que ela apareceu e eu fiquei olhando-a, parecendo um garoto do colegial quando ia buscar a garota em casa para levar ao baile.

— Você está... Está linda. – Engoli em seco.

— Estou nada. Está meio apertado. – Ela falou ajeitando o vestido.

— Está perfeita. – Falei chegando mais perto e puxando-a pela cintura.

— E você não está nada mal hein... – Ela sorriu. – Camisa bonita. É nova?

— Sim, comprei hoje.

— Isso tem algo a ver com esse vestido, os cravos e o restaurante misterioso? – Ela perguntou desconfiada e eu ri.

— Tem sim.

— O que você está aprontando Peeta?

— Chega de perguntas. – Falei desviando o assunto. – Estamos atrasados.

— Seu papai está muito misterioso. – Ela falou acariciando a barriga. – Acho que ele está aprontando...

— Não estou aprontando não. – Falei em minha defesa, colocando minhas mãos por cima das da Kat sobre a barriga.

— Amor, ele chutou. – Kat me olhou espantada. O bebê nunca havia chutado antes.

— Sério? – Perguntei e ela assentiu colocando minha mão onde havia sentido o chute, e então ele chutou de novo. – Oh meu Deus! Ele chutou. – falei me ajoelhando no chão com as duas mãos sobre o ventre de Kat. – Oi bebê. – falei. – Tudo bem ai?

— Peeta... – Kat chamou.

— Shiii... Estou conversando com meu bebê, não está vendo? – Perguntei rindo e ela assentiu.

— Okay. Vai em frente.

— Oi meu bebê... Papai te ama muito sabia? Eu e sua mamãe estamos ansiosos pela sua chegada. – Fiz uma pausa. – Mas não se apresse... Venha a seu tempo.

— Peeta a hora.

— Okay. – Falei e beijei sua barriga, perto do umbigo. – Eu te amo bebê, espero que goste de comida...

— De comida? – Kat perguntou curiosa e eu ri.

— Deixa pra lá. – Falei e me levantei. – Vamos? – Ofereci meu braço e ela aceitou sorrindo.

***

— Comida espanhola? – Kat perguntou assim que entramos no restaurante.

— Sim. Você gosta?

— Peeta, Peeta... Qual é o propósito disso tudo?

— Eita, mas que mulher desconfiada. – Ri.

— Primeiro os cravos vermelhos, depois meu vestido preto e sua camisa vermelha, agora comida espanhola.

— Tem mais um presente. – Falei e sorri. Em seguida fomos direcionados pelo garçom até a nossa mesa.

— Qual presente? – Ela perguntou ansiosa. Abri o terno e peguei uma caixinha branca, embrulhada com uma fita vermelha e entreguei a ela. – O que é isso?

— Abra. – Ela abriu a caixinha e retirou o macacão amarelo de dentro.

— Okay. – Ela suspirou. – Cores preta, vermelha e amarela. Cravos vermelhos e comida espanhola. – Ela ficou pensativa por alguns segundos e depois abriu a boca em descrença. – Não me diga que nós...


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