Pov’s Sakura

E o silencio que havia se formado ali estava constrangedor, ou melhor, tenso...

– Sim... – respondi a Sasuke e vendo que ninguém falava nada resolvi continuar. – o Sasori. – ótima continuação em, pensei eu.

– Quem é Sasori, Sakura? – Hinata perguntou interrompendo o silencio que tinha se instalado ali.

– Meu amigo. – bom não chegava a ser um amigo, mas futuramente quem sabe.

– Ah e como ele é? – Ino perguntou toda animada e de repente parecia que todos se esqueceram do assunto e olharam para ela com cara de interrogação. – Qual é gente, eu só estou querendo saber. – dito isso ela cruzou os braços e fez um biquinho lindo, eu até daria risada se a situação não tivesse estranha.

– Bom err... – pensei em como eu iria descrever ele, e como em desenho uma lâmpada se acendeu em cima da minha cabeça me dando uma ótima ideia. – Ele parece bastante com o Gaara, só não tem a tatuagem na testa. – respondi sorrindo com a minha brilhante ideia de descrevê-lo e percebi que agora não era só o Sasuke que havia ficado nervoso, Gaara também.

– Sakura. – Naruto me chamou agora chegando perto de mim. – Você devia escolher melhor suas amizades. – completou colocando a mão no meu ombro.

– Não entendi. – fiquei confusa com o que ele disse como assim escolher melhor as minhas amizades? Isso não tinha sentido nenhum.

– Tentar falar isso pra ela é perda de tempo. – Sasuke disse olhando sério para mim.

– Sasuke! – Naruto o repreendeu como se previsse o que ele diria.

– Pois hoje mesmo ela já demonstrou que é uma péssima pessoa. – ele terminou dando aquele sorrisinho de lado, se fosse em outra hora eu acharia lindo, mas no momento eu queria era costurar a boca dele sem dó.

– Já chega! – Neji também o interrompeu.

– Não, deixa ele falar. – respondi a Neji só que encarando Sasuke. E quando ele começou a falar eu já sentia uma pontada no coração.

– Não tenho mais nada para falar com pessoas como você, irritantes e irresponsáveis, que nojo que eu tenho do que você se tornou Sakura. – e então a faca entrou de vez no meu coração, ou melhor, a sensação de ter levado uma facada e ela ter ficado encravada no coração, era isso o que eu estava sentido nesse momento, e antes mesmo que eu pudesse pensar uma lágrima escorreu pelo meu rosto, eu podia sentir perfeitamente a sua caminhada pela minha bochecha até chegar ao meu queixo, e enfim ela caiu, terminando de devastar completamente a minha vontade de viver.

– Não querendo ser grossa... – Hinata começou, mas eu nem prestava atenção direito no que ela falava. – mas esse assunto não se dirige a você, eu fui pedir ajuda dos meninos e não a sua. – ela completou.

– Resumindo, você veio porque quis então não se intrometa aonde não foi chamado. – Ino disse, mas eu não olhava para ela, eu só conseguia encarar Sasuke e a sua indiferença. Quando Ino disse isso ele se virou e começou a caminhar em direção a sua casa. Eu sabia o que fazer, só não sabia se deveria.

– Sasuke! – gritei por seu nome uns dez segundos depois e fui atrás, ele já havia entrado o que me fez fazer andar um pouco mais rápido.

– Sakura, não. – escutei a voz de Hinata, mas resolvi ignorar, eu ia resolver essa situação de uma vez por todas, nem que mil facas entrassem no meu coração eu iria resolver. Entrei correndo pelo portão e já não avistava mais ele, corri mais um pouco passando pela porta de entrada e chegando a escada onde ele estava subindo. – Sasuke. – o chamei agora ofegante pela corrida, uma corrida pequena e eu já estava praticamente colocando os órgãos pra fora.

– O que você quer? – ele respondeu ainda de costas para mim. Lembrando que eu estou ao pé da escada e ele já estava chegando ao topo.

– Eu não quero que isso continue assim... – falei subindo um degrau e sentindo meus olhos começarem a se encher de lágrimas. – Não é justo comigo e nem com você mesmo.

Sasuke inclinou a cabeça um pouco para trás e eu o escutei respirar fundo e pesado, e então ele se virou para mim com aquele sorrisinho dele de canto. – Sakura, Sakura, Sakura. – ele começou calmamente descendo os degraus no tom de sua voz. Engoli em seco esperando o que estava por vir. – Você não cansa de ser humilhada? – ele perguntou fingindo uma falsa indignação que só fez aumentar o volume das minhas lágrimas.

– Eu não me importo, eu posso até ser humilhada e pisoteada, mas enquanto eu não tirar tudo a limpo eu não desisto. – falei firme enquanto ele parava na metade das escadas e inclinava a cabeça um pouco para o lado ainda me encarando.

– Decidida você em. – disse batendo palmas que ecoaram pela sala inteira e voltando a descer as escadas agora parando na minha frente. – Mas entenda Sakura, você é uma estranha e eu não me relaciono com estranhos de forma alguma. Eu te conheci na infância e não agora, então para de correr atrás de mim que eu já estou de saco cheio de você e desse seu chorinho infantil. – dito isso ele passou o dedo indicador brutalmente no meu rosto onde escorria uma lágrima. Aquilo doeu um pouco e por instinto levei a mão no rosto sentindo o lugar. – Eu não vou dizer que não gosto de ter mulheres correndo atrás de mim, gosto sim, mas no seu caso é diferente, você já está sendo medíocre demais e isso é profundamente irritante. – ele colocou a mão aberta no peito fingindo que estava magoado. – Então Sakura Haruno de uma vez por todas, para de me encher o saco e some de vez da minha vida. – ele falava agora sério e num tom cortante. – Você só é um inseto que eu tenho repulsa de ver, e sabe o que eu faço com esses insetos? Sim, eu piso neles, então se você não quer ser mais pisada do que já está some de uma vez por todas. – ele concluiu seu discurso se virando e subindo as escadas um pouco mais rápido agora, e segundos depois meu corpo deu um mini pulo com o estrondo da porta sendo fechada. Eu não tinha mais forças para segurar minhas lágrimas, fui deslizando vagarosamente me apoiando no corrimão da escada enfim chegando ao chão frio. Coloquei a mão no peito e forcei um aperto no mesmo, aquilo doía demais, era real demais para ser só um sentimento. Minhas lágrimas agora desciam grossas e rápidas, sem menção de que iriam terminar cedo...

Pov’s Tenten

– Pois é. – Naruto enfiou as duas mãos no bolso olhando para o chão, todos estavam em silencio absoluto.

– Eu sei que a situação está difícil, mas a vida vai ter que continuar para a gente ter o que comer, vamos Tenten. – Neji disse me puxando pelo braço para alguma direção que eu não entendi aonde.

– Vamos onde homem ficou louco? – perguntei me soltando de sua mão e o olhando incrédula.

– Como assim aonde? Trabalhar, já viu que horas são? – ele falou apontando para o relógio que estava em seu pulso. De fato eu já deveria estar pronta, eu teria que bater cartão de entrada daqui meia hora.

– E você acha que eu vou de pijama? – perguntei apontando para minha roupa e ele pareceu pensar um pouco e voltou o olhar para mim segundos depois.

– Você tem dez minutos para ficar pronta, esteja aqui no portão para irmos. – disse isso e se virou em direção a sua casa.

– Eu tenho carro esqueceu? – perguntei indignada pela a autoridade que ele achava que tinha em mim, só achava mesmo.

– DEZ MINUTOS. – ele gritou agora de dentro do portão e minha boca se abriu em um perfeito O de pura indignação.

– É melhor você ir logo, Neji não costuma a se atrasar com as coisas. – Shikamaru disse e só agora eu notei que ele estava ao meu lado, estreitei os olhos para ele.

– Olha só quem fala. – disse pensando em Temari, ele é bem atrasado em relação a ela.

– O que? – ele me perguntou franzindo o cenho em sinal de confusão.

– O que o que? – me fiz de desentendida e olhei para frente.

– Como assim o que o que? O que você acabou de falar. – ele parecia levemente irritado e eu tive vontade de rir da situação.

– Eu não falei nada ué, você deve está ficando doido. – disse cruzando os braços e fingindo uma cena. Eu já estava ficando boa igual à Ino.

– Eu sei muito bem o que eu ouvi moça. – ele respondeu cruzando os braços também e se virando de frente para mim.

– Já chega vocês dois Tenten vá se arrumar, meu primo é muito pontual. Ino você também, vai chegar atrasada se continuar aqui vendo o tempo passar, meninos obrigada pela ajuda, mas agora temos que ir. – Hinata disse agradecendo todos com o seu sincero sorriso.

– Que nada Hinatinha, sempre que precisar estamos aí para te ajudar. Viu? Até rimou. – Naruto respondeu dando um daqueles seus sorrisos colgate e eu percebi uma leve coloração avermelhada no rosto de Hina. Nesse momento dei um sorriso de orelha a orelha, estava até parecendo o gato de Alice no país das maravilhas.

– O-obrigada Naruto. – Hinata respondeu gaguejando e passou igual um jato por nós, se isso fosse desenho a palavrinha “vrummm” estaria escrita aqui agora.

20 minutos depois...

– Sua mãe não te ensinou a ser pontual não? – eu havia acabado de entrar no carro e já estava querendo pular a janela dele.

– Ela morreu Neji. – respondi e ele arregalou os olhos levemente, acho que não esperava essa resposta.

– Sinto muito. – ele disse olhando para frente e dando partida no carro e eu apenas suspirei, não gostava desse assunto. Já estávamos há uns dez minutos em silencio quando eu resolvi me pronunciar.

– Há quanto tempo trabalha na academia de luta? – perguntei olhando para frente.

– Faz uns cincos anos. – ele respondeu passando uma marcha e virando uma esquina.

– Bastante tempo... – falei e ele apenas se limitou a assentir. – Você não é muito de papo né? – perguntei agora me virando um pouco de lado para ele que me olhou de canto de olho.

– Acho que sou um pouco reservado. – ele respondeu me dando um breve olhar.

– Um pouco? Tem certeza disso? – perguntei sorrindo e ele deu uma gargalhada baixa que me fez pensar como ele ficava lindo sorrindo.

– É, acho que muito. – ele respondeu ainda sorrindo olhando para frente.

– Você devia sorrir mais vezes, fica muito bonito assim. – eu nem percebi e as palavras já tinham escapado de mim. De repente Neji foi ganhando um tom avermelhado nas bochechas e eu arregalei os olhos alargando mais o meu sorriso. – Oh não, eu não acredito. – exclamei colocando a mão na boca e me ajoelhando no banco.

– O que? – ele perguntou confuso.

– Hyuuga Neji corado? Eu vou ter que ligar para Hina e contar isso. – disse isso pegando meu telefone e desbloqueando a tela quando Neji toma da minha com tudo. – Eii, me devolve. – falei tentando pegar de volta.

– Menina você quer matar a gente? Sai de cima. – ele falava com uma mão no volante e com a outra segurando o celular por fora da janela.

– Se você deixar meu celular cair dai sim eu vou te matar. – eu praticamente estava me jogando em cima dele para pegar meu celular, se tem uma coisa que eu odeio é que peguem o meu celular. Continuava a minha luta incessante de tentar alcançar meu baby até que senti a freada brusca que o carro deu. A cena foi constrangedora, eu cai sentada no colo de Neji, com meu braço direito esticado pegando a mão dele que estava meu celular e a outra segurando o braço dele que estava com a mão nas minhas costas. Por um segundo me distrai olhando os lábios dele que estavam tão próximos dos meus, eu podia sentir o hálito dele batendo nas minhas narinas com aquele cheiro de hortelã maravilhoso, não sei se foi por instinto, mas eu senti que a gente estava se aproximando devagar um do outro, fechei meus olhos lentamente esperando o que estava por vir quando ouço um pigarrear do lado de fora do carro.

– Então... Vai ser aqui mesmo gente? – Temari perguntava do lado de fora do carro no passeio com as duas mãos no bolso e um sorriso enorme. Eu nem havia percebido que tínhamos chegado ao trabalho, sai de cima de Neji rapidamente abrindo a porta do carro, eu não sabia aonde enfiar a cara e o sorriso de Temari só piorava as coisas.

– Não foi nada, eu só estava tentando pegar meu celular. – limpei a garganta desconfortável com a situação e Temari ergueu uma sobrancelha mantendo aquele sorrisinho malicioso.

– Ahan sei. – ela disse cruzando os braços.

– Aqui teu celular. – Neji apareceu do meu lado me entregando meu celular e saiu andando para a entrada da academia. Eu apenas o acompanhei com os olhos quando senti Temari me dar um leve tapinha no ombro.

– Vamos? – ela perguntou e eu apenas assenti. A única coisa que eu estava pensando era... O que foi aquilo?

Pov’s Ino

Hoje o trabalho está um tédio, achei que a gente já ia entrar na pratica, mas não, estamos na teoria escutando uma palestra chata sobre moda. Automaticamente me lembrei da Saky mais cedo, de quando ela saiu da casa dos meninos, a aparência dela estava um desastre e assim que ela viu eu e Hinata veio correndo em nossa direção e nos abraçou chorando fortemente, aquilo só me fez aumentar mais a minha vontade de matar o Sasuke, eu odeio aquele homem mais do que tudo na vida. Hoje ela veio comigo para o trabalho, disse que não iria usar o carro do tal Sasori para vir trabalhar e eu concordei com ela.

– E então é isso gente, podem fazer um intervalo de 1 hora e 30 minutos para o almoço e logo voltaremos para terminar a nossa palestra. – Orochimaru disse e eu agradeci internamente por isso. Me levantei pegando meu caderno e minha caneta que eu tinha trago para a palestra quando avistei uma cabeleira loira já conhecida por mim.

– Hey Deidara. – chamei ele acenando com a mão. – Tudo bem? – perguntei me aproximando umas fileiras a frente da onde ele estava.

– Na medida do possível. – ele disse bocejando logo em seguida.

– Ta acabado em. – falei erguendo uma sobrancelha para o zumbi na minha frente.

– Quase não dormi essa noite, aliás, eu não dormi. – ele falou começando a andar e eu o segui.

– É eu já to sabendo. – falei o vendo franzir o cenho em confusão. – Sakura também está assim. – esclareci e ele suavizou a expressão.

– Ela é uma ótima pessoa. – Deidara disse parando em um bebedouro.

– É sim... – concordei, mas eu estava querendo era perguntar outra coisa que já estava me matando de curiosidade. – Deidara? – o chamei e ele olhou. – Quem é Sasori?

– Um amigo meu, por quê? – ele respondeu dando de ombros.

– É que hoje quando a Saky apareceu com o carro dele em casa teve pessoas que ficaram bem surpresos. – falei e agora parece que ele começou a prestar mais atenção na conversa.

– Tipo quem? – ele perguntou cruzando os braços.

– Tipo Sasuke e Naruto. – respondi e Deidara arregalou os olhos em surpresa, agora assim aquilo havia me deixado mais curiosa.

– É uma longa história Ino. – Deidara disse suspirando.

– Tenho tempo, aliás, quando se trata de algo que possa vim a prejudicar a Sakura eu tenho todo o tempo do mundo. – falei começando a ficar nervosa. – Eu sou capaz de passar por cima de qualquer um que tente prejudicar a minha Saky, e tenho muita pena de quem ainda se atreve a tentar. – completei serrando os olhos em sua direção.

– Ninguém ta querendo prejudicar ela, da onde você tirou isso? – ele perguntou e vi que estava sendo sincero.

– É que hoje quando ela falou do Sasori, do nada o Sasuke ficou furioso e descontou nela depois, apesar dela não ter falado eu sei porque ela chorou muito. – falei e Deidara pareceu ter compreendido melhor.

– Olha, a única coisa que posso te falar é que Sasori e Sasuke tem um grande ódio um pelo outro por um fato que aconteceu a um tempo atrás, Sasori nem tanto, mas o Sasuke tem. – e então suspirou. – Mas mesmo assim esse problema não é meu, eu não tenho o direito de sair falando, desculpa. – dito isso ele se retirou. Se antes eu estava curiosa agora estou muito mais, o que será que aconteceu com Sasuke e Sasori no passado? Era uma pergunta que estava martelando na minha cabeça, até que uma voz irritante surgiu atrás de mim.

– Você não é uma aluna aplicada, estava quase dormindo na palestra. – Sai me disse fingindo decepção e eu apenas estreitei os olhos.

– Oi pra você também. – disse e ele revirou os olhos. – Você também não é um aluno aplicado, já que ficou me observando quase dormir. – completei dando um sorriso em desafio que foi altamente retribuído na mesma altura.

– Inteligente você, estou sem resposta. – ele disse jogando as mãos para cima em sinal de derrota. – Mas eu vim te perguntar outra coisa.

– O que? – perguntei curiosa.

– Você acredita no amor de Deus? – ele perguntou e tenho certeza que a minha cara foi de total incredulidade.

– An? Mas é claro que acredito. – respondi ofendida. Será que ele achava que eu não acreditava em Deus?

– Então pelo o amor de Deus, vem almoçar comigo hoje? – ele perguntou sorrindo e eu não sabia o que responder. Eu revezava entre abrir a boca pra falar algo e acabar sorrindo sem acreditar.

– A cantada foi muito ruim. – respondi e ele fez um biquinho que eu particularmente achei fofo. – Mas eu topo em almoçar com você. – completei e de repente o sorriso de Sai se alargou, ele estendeu um abraço para mim e eu o olhei confusa.

– Pode me acompanhar senhorita? – eu admito, ele sabe como desmontar a barreira de uma mulher. Bufei vendo aquela cena, mas acabei rindo e passando meu braço no do dele, estava ansiosa para saber onde iriamos almoçar, já que não estávamos indo na direção do restaurante da agencia e sim do estacionamento.

Pov’s Sakura

A única coisa que eu pensava era em como eu estava acabada, o evento que havia ocorrido mais cedo não saia da minha cabeça, foi uma tamanha humilhação. Suspirei pela milésima vez naquele dia, eu precisava esquecer isso, só não sabia como. Me levantei da cadeira para ir almoçar quando trombo de frente com alguém derrubando a pasta de papéis da pessoa que se espalhou pelo chão.

– Oh me desculpe, eu sou mesmo muito desastrada. – falei me abaixando para ajudar a pegar os papéis no chão.

– Tudo bem, isso acontece. – a tal pessoa respondeu mais para o chão do que para mim.

– Verda...- levantei os olhos sorrindo sem graça quando meu sorriso desmanchou e eu congelei olhando a tal pessoa que até então não havia me olhado, mas dava para ver perfeitamente o seu rosto.

– Oi? – enfim a pessoa me olhou com um mínimo sorriso que logo virou uma expressão de surpresa, igual a minha. - Sakura? – o tom era de total surpresa, quase não acreditando no que via.

– Itachi? – respondi.

Continua...