Antes de tudo acontecer...

– Caroline! – Bonnie exclamou quando entrei em seu novo apartamento. – Tudo bem?

Eu abri algumas caixas. – Tirando o fato de eu estar doida para te matar agora e o cara que eu tenho uma pequena atração sumiu... – respondi sarcástica. Ela riu e arrumou o espelho na parede.

– Bonnie, Bonnie! – chamei pela quinta vez, ela parecia estar em outro mundo. Olhando diretamente para mim no espelho e depois fechou os olhos. – Está tudo bem? – Eu alisei seus ombros e ela sorriu.

– Você deveria ir atrás de Stefan.

Vinte e Sete Anos Depois...

Bonnie nunca me disse o que viu naquela visão, não totalmente, apenas disse que viu eu e Stefan e depois, eu e ele novamente com uma menina no colo.

Dizem que mãe deveria ser eterna e por um grande momento de minha vida acreditei nisso, mas agora, algo dentro de mim estava mais leve.

Só havia sobrado eu e Stefan no cemitério, estávamos entrando no carro e indo em direção à nossa nova casa.

– Mamãe! – gritou Sophie e pulou em meu colo rindo. Stefan pegou-a de meus braços e correu para cama colocando-a para dormir.

Eu estava com “35 anos” agora e tudo que queria era uma filha, então eu e Stefan – a 8 anos atrás – entramos na lista de espera da adoção e preparamos todo o quarto da menina que viria.

Sophie foi entregue para nós com 8 meses. Quando a peguei no colo pela primeira vez, tudo o que pensei é que não a transformaria sem motivos, porque aquela criança que se remexia em meus braços merecia crescer e constituir uma família real.

Agora ela era uma menina de cabelos louros que escorriam em seus ombros, tinha olhos verdes e uma boca pequena e rosada. Eu gostava de dizer que ela parecia de Stefan, porque parecia, mas, na verdade, ela não tinha nada da gente. O rosto era parecido com de uma fada, traços femininos e feições afinadas, ela era um anjo e eu a amaria para sempre.

O combinado era que quando ela completasse 27 anos diríamos tudo e quando ela estivesse pronta ou alguém na cidade percebesse, nós partiríamos e a acompanharíamos de longe.

Ela dormia nos braços de Stefan quando entrei no quarto e eu fui rapidamente para a cama deitar-me com eles. Stefan alisava seus cabelos enquanto observava seu peito subir e descer representando sua vida.

– É tentador. – Ele alisou seu pescoço e olhou para mim. – Mas eu a amo tanto que se eu fizesse algo com ela, daria um jeito de acabar com minha existência.

– Eu faria isso antes que percebesse. – Eu sussurrei e nós rimos. – Quer dizer, matar você e não ela.

Ele juntos nossas mãos, a dele por cima, a minha no meio e a de Sophie embaixo por cima do lençol branco de seda.

– Para sempre. – eu disse olhando nossos dedos.

– Até que precisem amar outra vez? – ouvimos a voz sonolenta e doce de Sophia encher o quarto. Nós nos olhamos e depois a observamos assustados.

– Porque nós somos vampiros. – Stefan e eu sussurramos juntos.