Clair de Lune escrita por Carol Chase Lovegood


Capítulo 7
Capítulo 6 - Detidas


Notas iniciais do capítulo

Olá gente!!!
Não lancem Avada's, eu tenho motivos para a demora do capítulo. A minha turma entrou em semana de testes (seis testes por dia - não me perguntem como eles fazem para preencher os horários). Mas não era qualquer teste, era o teste ENEM. E eu, sendo uma boa amiga, me ofereci para ajudar uma cambada de gente com os estudos. To a duas semanas direto estudando e FINALMENTE os testes acabaram. Agora estou livre e vou tentar me dedicar mais a fic.
É para aqueles que não me perdoaram pela demora, contém até dez que eu vou ali buscar minha Firebolt. Depois vocês podem lançar os Avada's.
*corre corre corre*



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/527647/chapter/7

Severus caminhava a passos largos para as masmorras. Os Marotos ainda não tinham aprontado nada e, de certa forma, isto o estava preocupando. Não sabia o que eles estavam planejando, mas sabia que a pegadinha não tardaria a chegar.

Desviando-se do máximo de alunos que conseguiu, o sonserino logo estava no corredor quase deserto que levava a sala de poções. Não havia alunos, mas o garoto se assustou ao ver uma raposa branquíssima adormecida aos pés de uma armadura encantada. Ele riu se aproximando do animal.

– O que uma raposa silvestre como você está fazendo num lugar tão abafado como as masmorras? - ele acariciou as orelhas felpudas do animal, achando-se um idiota por estar falando com um animal aparentemente normal - Por que não está nos jardins?

A criaturinha se mexeu preguiçosamente e abriu os grandes olhos castanhos, fitando Severus por alguns segundos e guinchando baixinho. Logo, o garoto estava imóvel, com olhar vidrado no nada. Nenhum pensamento, por mais vago que fosse, passava por sua cabeça.

A raposa abriu um mínimo sorriso e começou a mudar. Foi aumentando de tamanho consideravelmente, os pelos diminuindo como se estivessem entrando novamente na pele, as patas alongando-se. E aonde a pouco tempo havia uma raposa, estava parada uma adolescente de cabelos loiros que sorria cinicamente enquanto ajeitava a gravata vermelha e dourada.

– Lottie! Six! Está feito! - a animaga gritou o mais alto que pode.

Charlotte e Sirius estavam escondidos juntos nas escadas que levavam ao saguão de entrada e desceram correndo para ver o resultado da obra. A ruiva não parecia impressionada, mas o moreno estava boquiaberto.

– Merlin, quando você falou que seu charme de veela era poderoso, não imaginei que era tanto assim. - o garoto acenava freneticamente para o sonserino - Ele nem pisca!

– Eu sei. - Alyssa riu e jogou os cabelos para trás - Sou demais.

– Como fez ele sequer parar para falar com você? Ele geralmente evita qualquer pessoa que venha falar com ele nas primeiras semanas de aula.

– Segredos de mestre. - Lottie piscou para a meia-veela, que era a única pessoa que sabia sobre as habilidades animagas da amiga - Vamos logo com isso, estou com fome.

– Tá bom, tá bom. - Lyssa se postou novamente em frente ao sonserino ainda imóvel - Sev, quero que você espere uns cinco minutos, volte para o saguão de entrada e se auto-pendure de ponta cabeça em frente ao salão principal, entendeu? Pode usar uma corda, um feitiço, qualquer coisa. Apenas faça. E depois se estupore. - então se virou para os amigos - Esqueci alguma coisa?

– Faltou mandar ele ir no dormitório feminino e roubar algumas roupas. Isso não daria certo. - Sirius coçou a cabeça - Acreditem, já tentei entrar no dormitório feminino. Nenhum bruxo do sexo masculino conseguiria entrar lá.

– Hum... - Lottie pareceu pensar um pouco - Então acho que podíamos fazer as aulas de Madame Renné valerem a pena, certo? Não olhem, vai ser uma visão do inferno. - ela avisou enquanto apontava a varinha para o alvo - Descu Promit!*

Com um estampido e um feixe de luz branca, as vestes negros do aluno imobilizado tornaram-se uma bata curta amarela fluorescente e uma mini-saia cor-de-rosa que exibia as pernas magras e brancas do garoto até demais. Sirius praguejou ao ver a terrível transformação acontecer diante de seus olhos, recebendo olhares de censura de certa ruiva que repetia "Eu disse que seria uma visão do inferno!" em alto e bom tom.

Os três voltaram para o Salão Principal, aonde se acomodaram novamente na mesa da Grifinória. Desta vez, escolheram um lugar perto dos amigos de Sirius.

– Desejo um bom dia a todos os que estiverem interessados! - Alyssa se espalhou no banco de madeira ocupando o espaço ao lado de James.

– Opa, pode tirar o hipogrifo da chuva que esse é o lugar do meu Lírio. - o Potter empurrou a loira para o chão e fingiu tirar o pó do assento.

– Nossa, quanto amor. - Charlotte acomodou-se entre Peter e James, tomando cuidado para não roubar o lugar do tal Lírio - Amei seus novos amigos, Lyssa. Eles parecem ser super-sensíveis e educados.

– É, tudo que Madame Corinne ia querer. - a loira se arrastou até o lugar vago próximo a Remus e Sirius.

– Sim, sempre fomos um orgulho para ela. - então a ruiva sorriu para os outros três marotos - Prazer, seres desconhecidos. Sou Charlotte Woodell.

– Prazer. - os garotos se apresentaram.

Não tardou para que Lilian parecesse, recusando de forma nem tão educada os apelos de James, que tentava fazer a ruiva sentar ao seu lado. Pouco tempo depois, Flora apareceu com uma aparência muito pálida e doentia. Não ficou mais do que dez minutos para tomar café, o que de certa forma preocupou as duas francesas. Até lá nada de interessante, mas então...

Um berro histérico cortou o ar, arrepiando todos os alunos calmos que tomavam um café da manhã tranquilo. O som era uma mistura de riso exagerado e pedido de ajuda.

– Hora do show! - Lyssa sorriu para os dois cúmplices, arrancando olhares desconfiados de Peter e Remus.

Lily, a monitora mais próxima da porta, correu para fora do Grande Salão, voltando em questão de segundos com o rosto tão vermelho quanto os próprios cabelos e uma expressão de fúria assustadora.

– VOCÊS! - ela gritou com os Marotos, atraindo a atenção de todos os alunos e professores - JÁ DISSE PARA DEIXÁ-LO EM PAZ! DESFAÇAM ISSO, AGORA!

– Hum... Claro, por que não? - James levantou-se calmo - Eu apenas gostaria de saber o que nós fizemos.

– VOCÊ SABE MUITO BEM O QUE APRONTOU COM SEUS AMIGUINHOS! SOLTEM ELE!

– Sinto discordar, mas não fizemos nada. Não sei do que está falando.

– DAQUILO!

Todas as cabeças viraram para a porta escancarada. Flora estava ajoelhada no chão, dobrando-se de tanto rir. Pouco acima de sua cabeça, Severus Snape permanecia desacordado e rodando lentamente como um vampiro desacordado. E suas roupas não ajudavam a conter a agitação. Crianças taparam os olhos, os garotos riam abertamente, meninas engasgavam-se com a comida e a Prof. Kiggs soltou um grito agudo e saiu correndo para a sala dos professores.

– Essa... Foi... Muito... Boa! - James ria mais que qualquer um - Mas... Não... Fomos... Nós.

– NÃO?! ENTÃO QUEM FOI, SENHOR SANTO POTTER?!

– Não faço... Ideia.

– Estaria correto em pensar que foram as novatas? - perguntou Remus com simplicidade, encarando as francesas sério.

– Acha mesmo... Que fomos nós...? - Lottie era boa atriz e parecia tão surpresa com o incidente que convenceu até mesmo a irritada Lily.

– Sim, acho que foram vocês. - continuou Remus sério - Apostaria dez galeões nisso.

– Ah, Remmy, - Lyssa enrolou uma mecha do cabelo nos dedos e piscou docemente os olhos - e se fomos nós? Você não nos daria uma detenção, daria?

Remus abriu a boca para responder, mas o som não saia. Ele piscou lentamente por alguns segundos encarando a loira, ouvindo a voz dela ecoar em seu cérebro, como uma maldição que o desafiava a desobedecer o comando implícito e dar as duas uma punição. Por fim, ele disse:

– Sim, estão detidas.

O sorriso sarcástico no rosto das francesas desapareceu sem mais nem menos.

– Como? - perguntou Lyssa, tentando manter a voz calma.

– Detidas. Estou detendo vocês duas. Avisarei a vocês quando decidir o que vocês duas farão.

– Não pode fazer isso! - a loira segurou o queixo do castanho e o fez encará-la - Não pode nos dar uma detenção.

– Sou monitor e exijo o mínimo de respeito. - ele se desvencilhou da garota - Não só posso como já dei. Agora, me dêem licença.

E saiu a passos largos, desviando-se de alunos risonhos com uma Lilian terrivelmente descontrolada ao seu lado.

– Bom, nada pode ser pior do que trabalhar no salão de beleza de Beauxbatons na semana do Baile de Outono. - Lottie riu ao se lembrar de uma de suas detenções - Não pode ser tão ruim.

– Ele... Ele negou meu charme. - Lyssa permanecia parada no mesmo lugar com um olhar perdido - Nunca... Em toda a minha vida...

– Lyssa, ele fez o que eu acho que ele fez? - perguntou Sirius vendo a expressão confusa da garota.

– É, Six, ele fez. - Lottie deu dois tapinhas nas costas da amiga - Finalmente encontramos alguém que resiste ao charme da nossa veela. Vamos andando, temos poções agora.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

*meu feitiço exclusivo, não roubem.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Clair de Lune" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.