Caminhos Traçados escrita por RQLMS


Capítulo 37
Reações


Notas iniciais do capítulo

Oiie pessoas :D Tudo legal com vocês :D Bom, como eu disse cap passado, eu iria adiantar um pouco a história e isso vai ser só no proximo cap mesmo, e olha, vai ser com a entrada de uns personagens novos :DDD



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– Falta um minuto para o despertador dela tocar – Laura disse

– Aff – resmunguei.

– O que foi? – Bruno sussurrou e eu o encarei.

Estávamos todos no chão amontoados juntos em volta do celular, estava um frio da peste, eu hein, nunca mais reclamo do calor.

Porque por aqui era assim, frio da peste e calor dos infernos, sinceramente, alguém tem criar uma temperatura chamada “Fernanda, a bonita” que seja uma temperatura ideal para mim, nem tão fria, nem tão quente. Porque sinceramente, eu não estava mais aguentando esse clima, tudo oque eu queria mesmo era que a neve fosse embora para eu ver as flores reflorescerem.

Se bem que dentre todos ali eu era a mais aquecida. Eu estava embrulhada pelo cobertor e escondida no abraço do Bruno.

– Eu estou me sentindo mal – sussurrei.

– Dor de cabeça? – ele sussurrou

– Aham – sussurrei.

– Porque estão sussurrando? – Sofia sussurrou

– Eu não sei – Bruno sussurrou de volta

– Gente, o celular! – Laura sussurrou

– Já vai começar – Jason sussurrou

– E porque estamos sussurrando? – Matheus perguntou

– Porque sussurros são legais amor – Laura respondeu Matheus e automaticamente todos olharam ela com uma cara feia. – O que eu fiz? –

– Você parou de sussurrar – Falei

– Saiu da brincadeira ué – Sofia disse

– AHHHHHHHHH – Um grito fino e agudo ecoou entre nós e como um choque nós direcionamos o olhar para a tela do celular.

– JÚLIA! ACORDAAAAA! AHH! A parede ta pichada!– a Geovadia gritou provocando um sorriso na Laura

– Deixa eu dormir um pouquinho - Júlia resmungou e tacou um travesseiro na Geovadia.

– Júlia olha para mim agora! Eu estou mandando! - Geovanna gritou e Júlia à encarou.

– AH MEU DEUS! –

– AH MINHA AFRODITE QUE NA VERDADE SOU EU! – Geovanna gritou quando Júlia subitamente olhou para ela.- Quando foi que você fez um bigode? –

– Quando foi que VOCÊ pintou o cabelo de verde? –

As duas se entreolharam e levantaram da cama em um pulo. Péssima ideia.

– Ah minha perna! – Júlia gritou quando foi de encontro ao chão.

– Cara, a ideia do ovo no chão foi ótima para elas escorregarem – Laura sussurrou e Sofia sorriu.

– Para de sussurrar, você já perdeu o jogo amor – Matheus rebateu, o que fez Laura depositar um tapa leve na cabeça dele. – Ué, ela não já tinha perdido o jogo? –

– Rápido Júlia! Pega alguma toalha no guarda roupa e limpa esse chão! – Geovanna ordenou e Júlia tentou se levantar, mas escorregou e foi de encontro ao chão de novo. – Como eu faço isso? –

– Se arrasta idiota! – Geovanna ordenou irritada enquanto retirava o excesso de ovo podre melado de suas pernas.

Dito isso, Júlia se arrastou até o guarda-roupa, o short jeans que ela usava já estava completamente sujo do líquido dos ovos podres que a Sofia havia quebrado no chão.

– AHHHHHH! Minha nossa senhora das bicicletinha sem roda! – Júlia gritou – Geovanna você disse que iria colocar aromatizante na gaveta, não um peixe! –

Geovanna arregalou os olhos quando viu a parceira de quarto retirar com nojo o peixe de dentro da gaveta e jogar rapidamente no chão enquanto fazia uma careta.

– Minhas roupaaaas – Geovanna resmungou. - Minhas roupas lindas! Meu bebês, minha vida, minhas roupinhas maravilhosas! -

A Geovadia estava tão desesperada que parecia que iria chorar.

– NÃO CHORA AMIGA! STAY STRONG! NÂO DESISTA! DIGA NÃO AO BULLYNG– Júlia gritou e Geovanna a olhou confusa.

– Isso estava escrito no livro da Demi Lovato que eu li – Júlia disse

– Quer limpar logo esse chão! – Geovanna disse impaciente.

– Toma – Júlia disse jogou a toalha para Geovanna.

– EU MANDEI VOCÊ LIMPAR! – Geovanna gritou e Julia suspirou e começou a esfregar o pano com nojo no chão.

Geovanna pegou o pano que Júlia tinha lançado para ela e se pôs de pé com certa dificuldade sob o pano, e assim foi se arrastando até o banheiro. Porém quando a Geovadia abriu a porta do banheiro a gritaria no celular se tornou insuportável.

– AHHHHH! AQUELAS VADIAS! FORAM ELAS! VOCÊ ESTÁ VENDO JÚLIA! TÁ ESCRITO FILHAS DE ATENA! SÃO ELAS! AQUELAS VACAS! VAMOS CONTAR PARA A PEITUDA DA DEIRETORIA! ELAS VÃO SE FERRAR! – ela berrava para Júlia que já tinha se sujado toda (até no rosto dela tinha ovo podre) e estava jogada no chão, desmaiada, ou morta, sei lá.

– AQUELAS VACAS! MAL AMADAS! QUEM ELAS PENSAM QUE SÃO? ISSO VAI TER VOLTA! - ela continuava berrando até ela parar na frente do espelho.

E como se a Geovadia estivesse paralisada ela ficou olhando para o reflexo dela no espelho, incrédula.

E depois, soltou o grito, mais agudo e estridente que eu já ouvira em toda minha vida.

– Ok, chega – Laura disse e bloqueou a tela do celular.

Nos encaramos por alguns instantes e explodimos em uma gargalhada só.

Ponto pra Fernanda! Virei o jogo Geovadia!

– Agora vazem daqui negadas, antes que loira de farmácia lá apreça aqui like á monstro do lago-nenze verde berrando para os ventos que a culpa é nossa. – Sofia

– A culpa é das estrelas na verdade – Jason disse e Sofia riu

– Claro, nós somos tão divas que o Jase tinha que comparar a gente á estrelas! – Laura disse.

– Um dois, um dois! Vazando pessoal! – falei batendo as mãos e expulsando eles do chão.

– Mas são plenas seis horas em ponto da manhã – Jason disse e se agarrou á Sofia.

– Exatamente, eu quero voltar á dormir! – falei

– Eu também – Sofia disse

– Posso ficar aqui? – Jason perguntou e Sofia me encarou com uma cara de: Deixar eu levar só essa bolacha mãe?!

– Sim, é até melhor que eu fico lá no quarto com a Fê – Bruno disse e Sofia sorriu.

– Vamo cair na noite mozão! – Jason disse para Sofia e Matheus riu.

– Cair na noite literalmente, porque eu estou morrendo de sono – Jason completou – Mas é melhor dormir abraçado á alguém –

– E nós também já vamos indo, falou bando de gente linda que não é tão linda quanto eu? – Laura disse

– Falou, escreveu e grampeou meu amor! – Matheus concordou e passou um dos braços em volta da cintura da Laura.

– Boa noite gente – Laura disse deitando a cabeça levemente no braço do Matheus.

– Boa -

– Não se assustem com gritos, é só a Geovadia. – Jason disse após se jogar na cama da Sofia.

Soltamos mais uma risada e eu deixei o quarto com Laura, Bruno e Matheus.

Me despedi mais uma vez da Lala e do Matt e caminhei com o Bruno ate o quarto dele.

Estávamos atravessando o campus.

– Está friooooo – falei enquanto tremia furtivamente e me encolhia cada vez mais.

– Não seja por isso meu amor – ele disse e me envolveu em um abraço.

Relaxei meu corpo por um instante e suspirei.

Então era isso, era a minha escolha, era o Bruno.

Sorri lentamente enquanto descansava minha cabeça sob o peito dele e continuava andando.

Flash back - On

* - Você tem que me emprestar esse livro – ele completou e eu dei uma risada.

– Ou a gente pode ler juntos – falei e ele sorriu.

– Acho que a nossa atenção não iria ser voltada ao livro – ele falou e eu dei um tapa de leve no braço dele o fazendo rir.

– Eu iria prestar atenção no livro – falei e ele sorriu.

– Mas eu não. – ele disse e colocou uma madeixa de cabelo minha para trás da orelha.

Ele se aproximou de mim e quando eu já podia sentir a respiração dele mesclando com a minha fechei meus olhos e o deixei me beijar, um beijo diferente dos que ele já tinha me dado, um beijo necessitado, por ambos, um beijo que há meia hora eu jurava que nunca mais iria acontecer, não com ele, nossas línguas se mexiam em sincronia e ele enlaçou os braços na minha cintura assim como eu enlacei os meus no pescoço dele, ficamos assim por alguns segundos e tivemos que nos separar para puxar oxigênio.

Sorri para ele e ele devolveu o sorriso para mim.*

* E mais uma vez o silêncio incessante reinou entre eu e Bruno, eu sentia que talvez no fundo, bem no fundo ele tivesse algo para me falar, mas era como se esse algo não pudesse passar pela garganta dele, como se ficasse preso na mente dele, e eu entendia isso muito bem, porque era exatamente assim que eu me sentia.

Ele me encarou sereno e eu sorri devagar.

– Eu realmente achei que tinha te perdido sem talvez nem ter ganhado você – ele falou. – Sabe Fê... Se aquela almofada não tivesse me acertado naquele dia... Como será que nós estaríamos agora... – ele perguntou.

– Estaríamos aqui... Do mesmo jeito – sussurrei.

– Será... – ele duvidou.

– Caminhos Traçados... – murmurei bem baixinho e Bruno sorriu lentamente e voltou a olhar para frente.

Era como se ter ele bem ali fosse o suficiente... Mesmo sem falar nada, mesmo apenas olhando um para o outro e sorrindo, só isso bastava, bastava para nós dois.

Se ele soubesse o quanto eu chorei hoje, o quanto eu chorei por ele, o quanto EU tive medo de perder ele.

Um vento bateu em meu rosto e levou algumas mechas do meu cabelo para trás, olhei para Bruno, a expressão serena olhando para frente se fazia pensativa.

– Não quero que você fique com medo de me perder novamente... – falei e olhei-o.

Ele hesitou em falar algo, mas como se a boca fosse mais rápida que a mente ele falou:

– Então seja minha! – disse e quando percebeu oque havia dito corou imediatamente. – É... Bom, eu... Desculpa, é que....- antes que ele pudesse terminar de falar eu o interrompi.

– Tudo bem Bruno, eu serei! – falei e ele arregalou os olhos e me olhou inexpressivo.*

Flash back - Off

Tantas lembranças. Talvez eu pudesse reclamar pelas lágrimas que eu derramei, pudesse reclamar pelos apertos na alma, e por todas as sensações ruins, pelas decepções e pelas dores, mas por essas lembranças... Por esses sentimentos, por esse amor, eu não podia reclamar por isso.

Porque na verdade, tudo pelo que eu passei formou quem sou eu hoje.

Talvez eu não demonstre para todas as pessoas do mundo, mas quem me conhece sabe que eu sou sentimental, até mesmo de uma forma exagerada, porque o amor que eu sinto é inexplicável, eu não posso simplesmente chegar e descrever oque se passa dentro de mim, até porque na maioria das vezes é como se eu travasse uma guerra comigo mesma, e isso é algo meu, algo que eu sinto, e quem ninguém precisa saber.

Chegamos na frente do quarto, Bruno abriu a porta e eu me separei dele e adentrei.

O quarto estava como sempre, a cama dele bagunçada (oque me fez fazer uma careta pela qual ele acabou rindo), tinha uma camisa esticada na cadeira e um All Star em baixo da mesa, vários papéis na escrivaninha e duas mochilas escoradas na banqueta do abajur.

– Toma - Bruno disse e colocou sob meus ombros o lençol dele dando uma volta por mim.

O cheiro leve e viciante me invadiu, fechei os olhos rapidamente e inspirei, que saudade disso, que saudade desse cheiro.

Bruno deu uma risada e eu sorri de volta, estávamos frente a frente.

Ele levou a mão ao meu rosto e acariciou minha bochecha levemente.

Um calafrio me percorreu o corpo.

Olhei para ele e sorri, os ônix negros dele me encaravam com ternura, e me passavam tranquilidade, como se apenas como olhar ele pudesse repetir para mim: Está tudo bem meu amor, eu estou com você, algumas coisas aconteceram, mas nada mudou. Os cabelos acastanhados caíam levemente como uma franja na testa dele e tomavam uma pequena parte do olho direito.

– Eu te amo - sussurrei

– Agora sim, você venceu o jogo dos sussurros - ele sussurrou de volta e eu sorri.

Delicadamente ele se aproximou de mim e colou nossos lábios, iniciando assim um beijo. Abruptamente um calor tomou conta de mim, e eu não queria me afastar dele, iria ficar frio se eu me afastasse dele, frio no meu interior também, frio no meu coração, e eu precisava do Bruno, precisava que ele aquecesse algo que o tempo estava congelando. Eu estava com ele, e me sentia segura, não exista mais nada, só nós dois e aquele calor que emanava de nós em torno de um frio crucial. Ele era tudo que eu precisava agora.

Ficamos trocando carícias por mais algum tempo e depois resolvemos ir deitar.

Ele se esticou na cama e eu aconcheguei minha cabeça sob o peito dele e puxei o lençol cobrindo nós dois. Conversamos um pouco e ele me fazia rir, e isso era incrível, eu precisava disso, precisava passar um tempo assim com o Emo.

– Boa noite - ele sussurrou e me beijou rapidamente.

– Boa - sussurrei e beijei ele, o fazendo rir.

Ele estava com um braços em baixo de mim, o braço no qual com a mão fazia uma carícia no meu cabelo e isso foi me adormecendo. Minha terceira tentativa de dormir, que louco, e cada tentativa tinha uma história mais diferente da outra.

– Eu também amo você - ele sussurrou e eu sorri - Amo muito -


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Notas finais do capítulo

U_U Beijosss minha gente



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