– Mas Rosie, você não precisar mais passar tempo com essas pessoas. - disse Fleur pela milésima vez. Literalmente. Eu tentei explicar diversas vezes que eu não estava andando com meus amigos por obrigação e sim porque eu realmente gostava deles.

– Acho tão fofo quando você me chama de Rosie. Não é por causa do apelido em si, mas a pronuncia. Ro-siê.

– Você não conseguir fazer o assunto mudar.

– Três anos e eu nunca te ensinei a falar inglês direito, eu sinto como se tivesse falhado no meu dever de melhor amiga. Quer dizer, é a minha língua natal e você me ensinou francês.

– Rosie.

– Oui oui? - Fleur não era o tipo de pessoa que gritava ou arrumava briga, ou qualquer outro tipo de coisa assim. Fleur Delacour acabava qualquer discussão com apenas um olhar: O olhar Delacour. Sua mãe a ensinou esse olhar quando ela era criança, ela me ensinou e agora estamos tentando ensinar para a pequena Gabbe. - Fleur, eles são meus amigos. Você sabe o quanto eu sou fofa e amigável, era óbvio que eu fazia amizades rápido. E além do mais, você já olhou para o meu rostinho bonitinho? É muito bonitinho, um imã pra gente legal.

– Mas eu estar aqui agora.

– Mas não vai ficar para sempre, infelizmente. Quando o torneio acabar a Madame Maxime vai levar vocês de volta e eu vou ficar. E eu vou morrer de saudades todos os dias e vou te escrever tantas cartas que seu dormitório vai ficar lotado, mas não posso me isolar.

– Eu saber disso. Sentirrei sua falta, muito. Não aceitei ainda essa situaçon.

– Somos duas, mas nosso laço é muito mais forte que esse pequena distância. Você logo vai ser maior de idade, vai poder pufar pra Londres quando quiser.

– Pufarrei todos os dias. - outra coisa que eu simplesmente amava na Fleur era o fato dela não contestar as minhas bobagens, ela sempre ria e brincava junto comigo.

– Enquanto isso eu vou fazendo uma lista de pretendentes para ser seu futuro marido rico.

– E bonito.

– Não precisa nem falar isso, o futuro senhor Delacour precisa ter uma beleza que seja pelo ao menos igual a sua.

– Seu primo! Serriamos família oficialmente.

– Meu primo? Draco? Você já conheceu meu primo? - ela fez que não com a cabeça. - Um fio de cabelo seu ganha da beleza dele. Ele parece uma....uma doninha. E nada no mundo, mágico ou não, pode tornar você mais família para mim do que já é. O oficialmente é apenas para gente que precisar provar algo. - eu não precisava de um papel para saber quem era importante para mim, e não importava quem dissesse o contrário. - Agora vamos mudar de assunto, um assunto um pouco menos interessante já que não envolve a mim. Vamos falar sobre o Torneio. Algo me diz que a senhorita vai se inscrever, estou errada?

– Mas é clarro que eu vou colocarr o meu nome.

– Seria a melhor representante que a Madame Maxime poderia desejar.

– A competição ser muito difícil, Rosie. As tarrefas são muito desafiadorras...

– Pessoas já morreram. - eu disse, sabendo que era isso que ela estava pensando. Depois disso, ficamos em silêncio pelo resto da manhã. Na hora do almoço nos separamos, Fleur se juntou as outras alunas de Beauxbatons na mesa da Corvinal e eu me juntei aos meus amigos da Grifinória. - Nem comecem.

– Fleur Delacour?

– Ron...

– Você tem que me apresentar ela!

– Ronald! - dessa vez foi a Hermione que tentou chamar a atenção dele.

– É que ela é tão perfeita.

– Todos já entendemos. Acho que até o Harry entendeu.

– Como eu fui parar na história?

– Simples, você esta aí sentado todo quieto e pensativo. Parece ser bem entediante, então pensei estar fazendo um favor te colocando em nossa gloriosa conversa. De nada. - Hermione e Ronald pareciam estar ocupados em sua própria conversa, que aparentava ser outra discussão.

– Você é a criatura mais estranha que eu já conheci.

– Criatura? Harry James Potter, é isso mesmo eu sei todo o seu nome, como ousa me chamar de criatura? Eu sou uma linda jovem, adorável e incrivelmente fofa. Estranha não é algo que eu possa dizer que sou, muito menos uma criatura.

– Correção, a criatura mais estranha e mais dramática!

– Je ne suis pas une créature.* - tenho certeza que se eu estivesse de pé, teria batido meu pé no chão como uma criança mimada. - Je vais battre votre tête contre le mur.*

– Rosalee... - Hermione me chamou.

– Il ne sera pas joli.*

– Rosalee!

– Oui?

– Você está falando francês!

– Oh... - os três me olhavam como se eu fosse traduzir tudo que eu havia dito em francês. - Bem, vocês sabiam que Viktor Krum já colocou o nome dele no cálice essa manhã?

– Nós vimos. Foi logo depois dos meus irmãos tentarem passar pelo círculo etário.

– E falhando miseravelmente, certo? - olhei para Hermione, e pela sua cara de quem quer rir mas não pode eu já sabia a resposta.

– Eu entendo o porque. Quer dizer, glória eterna! Vocês conseguem imaginar? Eu sim. - e lá estava aquela cara abobada novamente. Sinceramente eu não entendia o porque de Ron pensar assim, eu já estava extremamente preocupada com o fato da Fleur poder participar desse torneio, imagine como seria se eu estivesse competindo?!

– Rosalee! - e falando nos gêmeos, ambos apareceram. Fred sentou entre mim e Hermione, enquanto George sentou ao lado de Ron e na minha frente. Ou talvez fosse o contrário.

– Se não são meus gêmeos preferidos!

– Somos os únicos gêmeos que você conhece. - disseram juntos, o que era estranhamente familiar para mim.

– Que vocês saibam.

– Rosalee, foco. - disse Fred. - Viemos aqui porque estamos em um possível extremo perigo.

– Se é sobre o feitiço do círculo etário, não tenho ideia como ultrapassá-lo. Désolé.*

– Não! Não é sobre isso.

– Mas seria bem interessante se descobrisse uma maneira para nos ajudar.

– Fred, foco.

– Certo. Rosalee, as outras garotas de Beauxbatons tem um humor parecido com o seu, certo?

– Am... Não. E eu não estou dizendo isso porque sou única, e sim porque a maioria das pessoas são bem... Hermione!

– Como assim são pessoas bem Hermione? - e quem perguntou isso a mesma, Hermione Granger, que estava provavelmente tentando me matar mentalmente.

– Você sabe, certinha... O contrário dos gêmeos sabe.

– Estamos encrencados.

– Muito encrencados. - não sei se foi bom ou ruim eles interromperem o que a Hermione iria dizer, mas agradeci mentalmente mesmo assim.

– O que diabos vocês fizeram? - nenhum dos dois teve tempo de responder, porque um grito ecoou por todo o Salão Principal.

– Pelas barbas de Merlin... - todos olhavam a cena e tenho certeza que eles estavam com medo demais para rir. Ou falar. Ou se mover. Era como se todos tivessem congelado. Isso durou mais ou menos um minuto, até que os gêmeos saíram correndo. Eu teria saído correndo também. - Eles estão tão encrencados. - afinal, ninguém deixava o cabelo de Fleur Delacour rosa e saía impune.