Undeniable escrita por quinchillin


Capítulo 25
Capítulo 25


Notas iniciais do capítulo

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“Sempre que você precisar chorar, Quinn, vá para o chuveiro. Isso faz você se sentir menos fraca. O choro se mistura com a água e você começa a ver tudo desaparecendo pelo ralo”

Santana disse essa frase à Quinn, em um breve ato de misericórdia e bondade.

Faz muito tempo.

Foi em algumas das inúmeras vezes que a loira ligou chorando para a latina, desesperada porque Rachel isso, ou Rachel aquilo.

O fato é que Rachel tinha feito alguma coisa, que inconscientemente havia magoado e triturado o coração de Quinn, e tudo o que ela poderia fazer era chorar. No chuveiro. Para se sentir menos fraca.

Porque ela era uma Fabray, pelo amor de Deus.

Ela sabe que seu corpo é traidor na hora de demonstrar suas emoções. E ela definitivamente não queria ser abordada por alguém quando suas lágrimas jorrassem e suas mãos tremessem; imagine alguém ver seus braços em torno de si mesma enquanto Quinn detesta o quão patética ela consegue ser.

A última vez que ela chorou dessa forma ainda está viva em sua memória.

Faz alguns meses.

Ela esperava Rachel chegar de New York de ônibus, e seu sorriso era maior que o rosto quando seus olhos avistaram a morena com sua mochila e uma mala pequena. A neve tomava conta de New Haven, e o Campus de Yale havia se tornado uma paisagem branca e gelada muito agradável.

Quinn consegue reproduzir em sua mente os olhos iluminados de felicidade. E o toque, o forte abraço que ela recebeu de Rachel quando ela finalmente veio em sua direção.

Até que Rachel diz: “eu tenho algo interessante para te contar”

E seu coração já começa a bater em um ritmo diferente. É inevitável.

A pequena havia conhecido alguém, um cara que estava se formando em engenharia ambiental pela Universidade de New York. Ele estava em um show e os dois conversaram o tempo todo. Luke era interessado em projetos de sustentabilidade nas cidades e outras coisas desse tipo. E ainda por cima era vegetariano!

Olha só, Quinn, o destino rindo da sua cara.

Aquela noite era justamente a noite da confissão.

Quinn iria dizer com todas as letras o quanto ela foi, e ainda era, apaixonada pela morena. Muitas horas de batalha mental foram necessárias, além de conversas com sua terapeuta e seu melhor amigo em Yale. Ela decidiu que seria aquela noite, porque as coisas já estavam beirando algo estranho. Ela precisava dizer à Rachel para seguir em frente, mesmo que uma forte neblina ainda cegasse as duas em relação à seu relacionamento.

E então Rachel disse coisas como, “ele me beijou”, “depois pediu meu número de celular” e “ele realmente quer me levar a um encontro. Você consegue acreditar nisso?”

Ow, yeah. Ela conseguia acreditar nisso. A dor em seu peito era bem real e consequência do fato de conseguir acreditar nisso, Rachel.

Quinn inventou uma desculpa boba de ir tomar banho quando já tinha feito isso horas antes, e foi para o único lugar que ela sabia que poderia salvá-la de se sentir pior. Que seria uma forma de se redimir consigo mesma, chorando por ser tão burra a ponto de não ter feito nada antes, ao mesmo tempo que as lágrimas caiam porque... quem tinha culpa de toda a situação, afinal?

Rachel era inocente. Quinn foi inocente antes de reprimir seu amor e transformá-lo em culpa, pena e agressões. Ela realmente não tinha controle sobre gostar ou não de Rachel, era natural, íntimo e profundo. Quem poderia julgá-la?

Naquela noite, Quinn chorou por isso. Pela culpa e pela falta de culpa. Pelo ódio e pela falta de ódio. Por amar Rachel a ponto de saber que talvez ela nunca tivesse Rachel.

Mas hoje, Quinn chora por outra coisa.

Ela está no banheiro coletivo de NYADA, e não de seu dormitório em Yale.

São quase três horas da madrugada, e ela passou o dia inteiro ao lado de Rachel. Pelo menos boa parte dele, e a mais importante.

Quinn acordou à seu lado, beijou suavemente os lábios da morena algumas vezes, antes de praticamente obrigar Rachel à se arrumar para a aula.

Ela assistiu à uma linda apresentação, onde a pequena cantou magistralmente uma canção que a loira adora. E que foi escolhida, em parte, por causa disso. Não sem antes passar no backstage, com a ajuda de Naomi, para desejar um “quebre a perna”.

Rachel ficou ao seu lado após sua interpretação terminar, o tempo todo acariciando suas mãos entrelaçadas, e dizendo palavras doces ou a agradecendo por ter vindo de New Haven até New York naquela sexta feira de janeiro.

Elas foram à um pub perto de NYADA, com alguns amigos, onde Quinn viu Rachel se divertir genuinamente e seu coração inflava de alegria por causa disso. Era simplesmente maravilhoso ver a pequena rir, criticar, argumentar e fazer suas piadas, se sentindo plenamente à vontade com as pessoas ao seu redor.

Se Quinn pudesse escolher um momento e fazer desse um marco para ecoar em sua eternidade, seria esse: Rachel Berry sendo Rachel Berry.

Entre algumas confissões, alguns elogios, suas mãos que nunca se separavam, a loira a chamou de “meu amor” algumas vezes. E isso fez tão bem à ambas. Rachel se sentiu no céu; era uma forma de felicidade e de fazer seu estômago gritar que ela ainda não conhecia.

Quinn, por sua vez... apenas estava deixando fluir.

Sem máscaras, e bem longe da Ice Quinn que algum dia já assombrou sua vida.

Assim como a água que caía do chuveiro onde ela estava, e assim como aquelas lágrimas que se despediam de seu posse, Quinn estava deixando fluir.

Aquela era a emoção do momento.

Na verdade, se ela fizer uma análise minuciosa do que aquele momento significa, a loira diria que era sua carta de liberdade. Ela não estava mais escrava do amor não correspondido de Rachel Berry, agora ela o tinha nas mãos. O bem mais precioso que já segurou, e era dela a responsabilidade de cuidar dele de hoje em diante.

Quinn não deveria mais sufocar todo o amor que poderia salvá-la, ela nem conseguia mais. Desde que Rachel se declarou e se mostrou disposta a criar uma nova relação com a loira, ela consegue afirmar que tudo o que estiver à seu alcance será feito por Rachel. Para Rachel sorrir.

Mas isso?

O que foi isso?

Essa liberdade conquistada à muito sangue, e definitivamente, muitas lágrimas, representava que seu coração merecia seguir em frente. Amar Rachel com toda a imensidão que conseguia.

Por algumas semanas a relação das duas não teve um nome, nem um aspecto, uma cor nem forma. Talvez o cinza de uma amizade branca e calma e o negro de uma paixão avassaladora. Mas elas nunca conversaram realmente sobre isso. Quinn não se sentia pronta para olhar nos olhos castanhos que ela tanto amava e dizer, “Rachel, eu quero ser sua namorada, porque eu meio que sou apaixonada por você há tanto tempo”.

Ela não tinha coragem porque ela não se sentia livre.

Quinn tinha tantas, mas tantas amarras e cicatrizes do passado. Até meses atrás, Rachel era uma delas.

Quando ela sentia que a ferida ia cicatrizar, inevitavelmente, a morena fazia novos machucados e assim sucessivamente, até um dia o corpo e espírito de Quinn não aguentarem mais.

Só que esse dia nunca chegou.

E pra falar a verdade, esse dia e o que ele representa é o que Quinn está chorando agora, no chuveiro do banheiro coletivo de NYADA.

Essa eterna melancolia e desespero de jamais ter Rachel para si, e poder cuidar dela como necessário e desejado, ela estava indo embora. Quinn estava limpando sua alma, por assim dizer. Junto com a água que caia do chuveiro, passava por seu rosto e corpo, e desaparecia pelo ralo.

Simples assim.

A loira tomou mais algum tempo em seu pranto, chorando ora baixinho, ora como se estivesse agonizando, porque de certo modo era assim que ela se sentia. Expulsando o que ela jamais iria viver, mas que estava guardado dentro de si desde o momento que se deu conta de sua paixão por Rachel. Todos os novos machucados, que a morena ainda iria quebrá-la em pedaços, todos eles indo embora de seu corpo e sua mente.

Quinn ia sair do banho mais limpa do que jamais esteve em toda a sua vida.

Ela nem ligou em chorar alto como ela estava fazendo agora. Aquele era o som que representava suas emoções mais sinceras, e ela não iria repreendê-lo de forma alguma. Tudo tinha que ir embora, inclusive os barulhos, os tremores, os sentimentos ruins.

Por sorte que isso aconteceu pela madrugada, assim ninguém poderá interrompê-la ao entrar no banheiro e dar de cara com um barulho de choro desesperado como se alguém estivesse sendo esfaqueada para depois ser cortada em pedaços.

Ela leva sua mão esquerda até a face, e ela consegue distinguir as lágrimas salgadas e grossas da água que cai do chuveiro, tentando levá-las.

Vinte minutos depois, a agonia de quando ela entrou no banheiro vai passando. Ela sente a água purificar até o mais destruído de seus pensamentos e suas emoções. Talvez a cura das coisas mais complexas se encontrem mesmo nas coisas mais simples, Quinn nunca vai ter certeza. Mas essa leveza é o oposto sentimento de quando ela começou a chorar, horrorizada pela batida forte de seu coração.

Quinn desliga o chuveiro, pegando sua toalha para se secar, inclusive superficialmente seu cabelo. Coloca seus pijamas e se vê no espelho pela primeira vez desde hoje pela manhã.

Seus olhos, um pouco inchados, com uma coloração avermelhada, parecem calmos.

Sua pupila está dilatada e o verde aveludado nunca esteve tão vivo.

Ela passa a mão nos lábios; os lábios que Rachel havia beijado há quase meia hora atrás, e que pareciam tão difíceis de serem controlados. Beijos eram dados e enrolados, de seu pescoço para seu queixo, de sua boca para seus olhos. Uma trilha dos deliciosos beijos de Rachel era feita em seu rosto e pescoço e isso era algo que ela nunca, jamais, em nenhuma vida iria reclamar.

Sua mão desce por seu pescoço e Quinn aperta com o polegar delicadamente aquela área; rígida e dolorida. Seu dia começou há tanto tempo e ela ainda não teve descanso algum.

Bom, pelo menos até agora.

Ela escova os dentes e pega seus pertences pessoais, olhando sua imagem pela última vez no espelho.

Um tímido sorriso inevitavelmente escapa de seus lábios.

Quinn está voltando ao dormitório de sua namorada, para dormir confortavelmente em seus braços.




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Algumas horas antes...



Rachel segura firme as mãos de Quinn entre as suas.

Quando a coragem finalmente infla seus pulmões, e sons conseguem sair de sua boca, ela diz:

“...E é por isso que eu quero namorar com você”

E Quinn Fabray quebra em pedaços.

Tudo o que Rachel pode sentir ao seu redor é o olhar da loira.

Os olhos grandes e aveludados dos quais ela já sentiu medo, fúria, mas também carinho e compreensão.

Eles observam como Rachel engole seco, e aperta ainda mais as duas mãos da loira.

Mas Quinn fica em silêncio.

Porque em sua cabeça, meio que está acontecendo uma guerra civil. Milhares de neurônios mortos e feridos.

E mesmo assim não chega nem perto do que está acontecendo com seu coração.

Alguém já morreu de ataque cardíaco aos dezenove anos?

Talvez Quinn fosse pioneira nessa infeliz estatística.

Como de “eu quero continuar o jogo que Chad começou no Pub” elas foram parar em Rachel perguntando à loira se ela queria ser sua... namorada?

Oh, deus.

Quinn imagina o som dessas doces palavras saindo de sua boca, e quase revira os olhos de prazer.

Ela solta o ar que nem sabia que estava prendendo antes de responder, “V-você quer namorar comigo?”

Porra, Quinn Fabray. Esse é o melhor que você tem?

A loira suspira, se debatendo mentalmente em como proceder nessa situação. Ela nunca imaginaria que Rachel faria tal pergunta. Em uma situação hipotética, ocorrida em seu mundo fictício e adorado, esse momento seria fácil e ela estaria em algum lugar famoso de New York, como o Central Park ou qualquer outro ponto turístico da cidade. E dezenas de pessoas tocariam instrumentos e talvez ela cantaria alguma música para a morena, e assim que a música terminasse, Quinn soltaria essas palavras ao vento, assim como Rachel fez com ela. Logo depois que a pequena aceitasse, a loira a beijaria com tanto amor e ternura que possivelmente faria todos ao seu redor derreterem, assim como essa doce ilusão derretia quando Quinn se entregava ao sono gradativamente.

Mas Rachel estava lhe mostrando, pouco a pouco, que grandes declarações como essa não importam.

Aliás, nada precisava ser enorme, ou extraordinário, ou ser demonstrado na frente dos outros, como se eles precisassem ver alguma parte da relação delas.

Rachel prezava os atos mais simples, os toques, as mãos dadas, a palavra dita ao pé do ouvido.

Ela simplesmente não estava nem aí se Quinn gritasse ao mundo que estava apaixonada por ela, ou se dissesse isso olhando em seus olhos, com o tom de voz baixo e rouco, causando milhares de arrepios em seu corpo.

O importante, para Rachel, era o fato de Quinn estar ali por ela. Como na apresentação de hoje. Como em muitas outras vezes em que a morena precisou. E a loira estava finalmente se dando conta disso.

Não precisava de um esplêndido e gritante pedido de namoro na frente de outras pessoas. Teria o mesmo efeito devastador que o pedido feito aqui, em frente ao prédio de NYADA, na madrugada depois de passarem um agradável dia juntas.

Rachel sorri nervosa e Quinn percebe que isso está sendo difícil para a morena também.

Então ela resolve que está na hora de agir. Como uma Fabray.

“E-eu quero dizer...”, ela pigarreia, “Rachel...”

A morena solta uma risada baixinha, “Isso está sendo difícil, certo?”

“Você não tem ideia do quão rápido meu coração está batendo agora”, a garota maior responde sincera.

Elas são melhores amigas, afinal. Elas tem intimidade para brincarem em situações sérias como essa.

“Você quer começar outra vez? Sem a parte onde eu travo e não consigo responder à questão?”, Quinn engole seco e Rachel acaricia suas mãos.

“Você quer que eu repita a pergunta?”, a voz da morena sai trêmula.

Quinn afirma com a cabeça, mordendo o lábio inferior, e Rachel automaticamente encara a boca da loira.

“Eu vou gostar da resposta?”, a pequena pergunta com inocência e o coração de Quinn se aperta. Esse momento é mais do que ela pode imaginar. Do que ela jamais conseguiu.

Quinn assente com rapidez, e o coração de Rachel que já batia assustadoramente rápido em seu peito, se aperta ainda mais ao ver o sorriso da loira se expandir.

“Eu não sei como eu cheguei aqui, Quinn... Eu quero dizer”, Rachel ri e morde o lábio inferior, nervosa, “Há alguns meses atrás você era apenas minha melhor amiga, Quinn Fabray, que se declarou apaixonada por mim, sem me deixar opção a não ser te machucar por não corresponder à seus sentimentos...”

A voz da diva falha e logo duas lágrimas brotam em seus olhos, e fazem Quinn se emocionar também.

“Eu não consigo nem imaginar por onde eu comecei a te machucar, e eram formas de dor diferentes da que você já causou em mim, porque eu sei que quando você me machucava doía em você também”, Rachel seca uma lágrima com a ponta do dedo, “Então de repente, do começo do ano passado para cá, eu me vejo em uma nova escola, longe dos meus pais, lidando com problemas escolares diferentes e mais sérios, e principalmente: longe de você. Eu tive você no verão inteiro e era tão difícil me acostumar, Quinn... claro que estabelecer uma rotina e fazer alguns poucos amigos aliviaram toda a pressão, mas você sabe do que eu falo certo? Da nossa conexão? Do fato de sempre estarmos ligadas por alguma coisa que independe de nós?”

“É claro que eu sei, Rach, eu a sinto”, a loira responde com a voz chorosa.

“Você também sabe do meu sentimento atual por você, e do modo como ele é forte e consegue me fazer tão bem... eu escrevi aquela carta para você e tudo o que estava lá é tão honesto e sincero que nada pode traduzir melhor o que eu sinto, Quinn... Mas... eu quero tanto o que você tem pra me dar. Eu realmente quero ter você no sentido romântico, mais do que eu me sinto sua melhor amiga e sua pessoa, eu acho que estou pronta para dar esse passo... você não...”

Rachel para de falar à medida que Quinn limpa algumas de suas próprias lágrimas, e acaricia seu rosto, sorrindo entre o choro.

“Rachel Berry...! O quanto eu ainda vou me surpreender com você?”, a loira sussurra e beija a testa de Rachel, que sorri com o carinho.

“Eu quero terminar de dizer o que eu tenho para dizer!”, a morena briga, com a voz meiga e o coração de Quinn se derrete.

“Eu te amo, tanto, tanto, tanto, Rachel Barbra Berry”, ela diz enfeitiçada. Rachel sorri genuinamente e aquilo é a melhor coisa que acontece na sua vida ultimamente. Isso e seus beijos.

“E eu amo você, Quinn...”, a pequena segura firme as mãos entre as suas, “eu te amo e quero construir algo com você, uma relação sólida, com um nome e que faça eu me sentir segura quando perguntarem sobre is-... Quinn, por que você está rindo?”, ela pergunta brava e nervosa, diante de uma loira que está se desfazendo em gargalhadas. Seu coração está pulando dentro de seu peito e Quinn está rindo de uma forma tão gostosa... foi impossível não sorrir com aquela cena tão terna.

“Eu estou rindo porque eu estou feliz, meu amor”, Quinn diz simplesmente, “Porque eu quero namorar com você, eu sempre quis, mesmo quando achava que não... eu sempre desejei esse momento, e imaginei ele em minha cabeça de muitas formas, mas a realidade é surpreendentemente melhor... eu queria fazer você sentir um décimo da felicidade que eu estou sentindo agora”

“Eu vou sentir se você responder a minha pergunta”

Oh, Deus.

Quando Rachel aprendeu a ser tão direta em relação à passar por cima de suas inseguranças e lidar com seus sentimentos?

“Eu já respondi”, Quinn sorri o mais alegre que consegue e Rachel a acompanha, “Eu quero namorar com você mais do que eu quero qualquer outra coisa em minha vida”

A morena ruboriza antes de perguntar, “Mais do que dormir?”

A voz brincalhona de Rachel faz Quinn explodir em uma risada, “Muito mais”

“Mas você está tão cansada”, ela continua.

“Só que eu amo você mais do que eu estou cansada”, a loira brinca, e ajeita uma mecha do cabelo de Rachel atrás de sua orelha, “Você quer namorar comigo, Rachel?”

E Rachel quebra.

Ouvir essa pergunta realmente causa um certo estrago no interior das pessoas.

“Eu quero namorar com você, Quinn”, ela diz com convicção.

Era isso. Ela realmente queria com todas as forças. E parecia tão surreal...

As pessoas ainda caminhavam pela frente de NYADA, mesmo que já passasse das duas horas da madrugada, muitos alunos conversavam, agrupados em algum lugar. Outras pessoas corriam apressadas e bem vestidas para alguma festa.

Rachel e Quinn estavam em sintonia. Finalmente.

A loira delicadamente envolve Rachel em um beijo profundo e íntimo.

Suas línguas se encontram devagar, provando aquele gosto tão desejado da boca uma da outra.

A garota maior leva uma de suas mãos até o joelho da morena e aperta, também com suavidade, e segundos depois Rachel geme em sua boca, suspirando antes de separá-las.

“Eu estou namorando Quinn Fabray!”, ela diz sorrindo e o coração de Quinn acelera ainda mais.

“Quinn Fabray deve ser a garota mais sortuda que já pisou na face da terra”, a loira beija novamente os lábios da garota menor.




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“Rach, está tarde”, a loira diz entre beijos, “A rua está ficando vazia e perigosa”

Rachel olha ao redor. Realmente uma considerável quantidade de pessoas que estavam ali havia sumido, mas ela não se importava. Ela estava beijando sua namorada nesse meio tempo.

Oh, Deus, ela estava namorando Quinn Fabray. A líder de torcida do William McKinley, em Ohio, filha de pais conservadores, que tanto prejudicou sua forma de ser antes de se tornar sua amiga. Sua melhor amiga. A garota que se apaixonou por ela, sofreu insistentemente o medo de ser rejeitada por atitudes do passado, e que pacientemente conquistou um lugar em seu coração.

Era tão bom.

Ela beija mais uma vez a loira, acariciando sua bochecha esquerda antes de entrelaçar suas mãos e se levantar do banco.

“Ainda serei sua namorada quando chegarmos ao dormitório?”, a morena pergunta brincando.

Quinn solta uma gargalhada, “Não, eu acho que isso é uma coisa apenas para quando estamos na rua”

Rachel ri, “Boba”, elas caminham para o lobby principal, “É só que... é tão surreal. Eu me sinto diferente”

“Eu sei, Rach, acredite em mim”, ela leva a mão da diva até os lábios e deposita um suave beijo, “Eu realmente sei como você está se sentindo”

Rachel abre a porta do dormitório e retira sua bolsa, guardando-a na mesa ao lado do computador.

“Eu gostaria de tomar um banho antes de dormir”, ela reclama com a voz baixa, “Você se importa?”

“Claro que não. Eu vou tomar um quando você voltar”

“Ok”

“Ok”

Elas se olham em silêncio, um sorriso de canto habita o rosto de ambas.

Quinn se abaixa um pouco para pegar o corpo de Rachel em seus braços pela cintura, elevando-a até tirá-la do chão.

“Quinn!!!”, a morena grita pelo susto.

“Eu estou namorando Rachel Berry”, ela comemora, levando Rachel de um lado para o outro no meio das duas camas, “Eu estou sonhando, certo?”

“Você vai estar daqui a pouco”, Rachel responde sorrindo. Quinn protagonizando tão cena tão terna faz seu coração se aquecer.

A loira coloca Rachel de volta ao chão, e a abraça pela cintura, sentindo a pequena rodear seu pescoço.

“Eu te amo, Rachel”, ela diz sincera, com a voz baixa, e Rachel se arrepia.

“Eu te amo, Quinn”

A morena sente seu coração acelerar, enquanto desliza seu rosto devagar pelo pescoço macio da garota maior. Seu nariz percorre delicadamente o rosto de Quinn, até seus lábios se alcançarem novamente. Elas se beijam devagar, como sempre, apenas tentando acalmar uma a outra.

Quinn segura com possessividade e carinho as costas de Rachel, que passa a beijar seu queixo, descendo para seu pescoço quente e chamativo. Sua boca molhada traça o caminho da bochecha da loira, beijando seus olhos fechados, depois a ponta do nariz, para voltar novamente à seus lábios.

“Se você não for por conta própria eu não vou deixar você sair”, a loira diz baixinho, entre um beijo.

“Eu realmente preciso de um banho”, Rachel choraminga.

Elas se despedem com dificuldade, entre mãos dadas, abraços e beijos rápidos, e Rachel volta rápido do banho. Quinn não tem tempo nem para começar a arrumar as coisas em sua cabeça; se bem que apenas um momento jamais faria isso, ela precisaria de alguns dias até perceber a realidade que estava começando a viver.

Tudo o que ela fez foi se sentar na cama de Rachel, olhar para algum ponto vazio na parede do lado de Naomi, e entrar em um momento de reflexão que encheu seu coração de angústia até Rachel chegar do banheiro do dormitório.

A loira ainda estava meio atônita quando a pequena lhe deu um beijo nos lábios e disse que ficaria acordada a esperando, debaixo de seu cobertor.




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Pouco mais de meia hora depois, a loira entra no dormitório em silêncio, tentando não fazer nenhum barulho. Eram quase três horas da madrugada, e apesar de Rachel ter lhe dito que a esperaria acordada, se a morena já estivesse dormindo devido ao cansaço Quinn não queria atrapalhar seu sono.

Mas quando ela abre a porta, se surpreende com uma Rachel Berry ansiosa e inquieta, se mexendo em seu travesseiro enquanto olha para a tela de seu iPhone.

“Rach?”, ela chamada sorrindo chamando atenção da morena.

“Quinn”, Rachel levanta de sua cama e abraça a loira com força, como se estivesse distante há dias. Ela olha em seus olhos, “Está tudo bem? Seus olhos estão avermelhados”

A loira hesita em responder. O choro dilacerante que aconteceu naquele banheiro jamais será mencionado.

“Está, claro, mas eu achei que você estivesse dormindo, por isso tentei não fazer barulho”

“Eu não conseguia dormir sem você”, Rachel comenta sincera, sentindo as bochechas esquentarem.

“Eu estou aqui”, a loira boceja, e depois solta uma gargalhada,”e estou com sono”

“Vem cá”

Rachel puxa Quinn pelo pulso com delicadeza e se deita, mais encostada na parede. A loira guarda guarda sua necessaire com seus produtos de higiene pessoal na bolsa que trouxe de New Haven e se prepara para deitar ao lado da morena, naquele calor característico que ela tanto ama.

“Esse é o seu Shampoo?”, Rachel pergunta quando a garota maior arruma ele para caber dentro da bolsa e logo ela o retira, para mostrá-lo à morena.

“Sim, eu gosto do cheiro dele”

“Eu também”, Rachel sorri, “Ele parece um oscar”, ela comenta rindo.

Quinn olha para o frasco de Shampoo, dourado e com a tampa um pouco menos do que o tamanho, e agora que Rachel comentou, realmente a semelhança é notável.

“Deita aqui”, a morena pede com carinho, mas antes se levanta, e Quinn franze a testa, “Deita”

A loira não recusa seu pedido tão terno e se deita, colocando o cobertor quente até a altura da cintura, e ajeitando o travesseiro para ver Rachel melhor. A pequena pega o frasco de Shampoo dentro da bolsa da loira, e o segura por baixo com ambas as mãos, como se estivesse realmente segurando um oscar.

“E o oscar vai para... Rachel Berry”, a morena fala com a voz grossa, de pé no meio do dormitório, e arranca uma gostosa e inesperada gargalhada de Quinn.

Rachel ainda faz questão de fingir que recebe o oscar do “apresentador” imaginário, agradece aos “fãs” com pequenos acenos e pisca para a loira, que sorri maravilhada com a atitude brincalhona da morena. É tão divertido e simplesmente honesto, do jeito que ela ama. É Rachel se sentindo à vontade para fazer uma cena dessas em sua frente, e rir desse momento bobo.

“Oh, eu estou tão emocionada”, ela finge limpar algumas lágrimas em seus olhos, e Quinn ri, “Primeiramente eu gostaria de agradecer à Academia pela indicação, depois à meus dois papais, Leroy e Hiram. Eu não seria nada sem eles, sem seu amor e carinho. Gostaria também de agradecer à Barbra”, Rachel acena para uma pessoa na “platéia”, provocando mais gargalhadas na loira, “Barbra sempre foi minha inspiração, e grande parte da atriz que eu sou hoje é por sua causa, seu talento e sua dedicação que me ajudou a chegar até aqui”

Rachel olha diretamente para os olhos de Quinn antes de continuar. A loira observa a pequena atentamente, se divertindo com seus movimentos e gestos, o modo como ela realmente parecia ter se teletransportado até a entrega do prêmio.

“E por último mas não menos importante, eu gostaria de agradecer à Quinn Fabray. Quinn é uma garota loira, um pouco mais alta que eu, que tem o corpo atlético devido à seus anos de prática com as Cheerios. Ah sim, ela era líder de torcida da escola onde eu terminei meu ensino médio e foi lá que nos conhecemos. Nossa relação não foi boa à princípio... aliás, não éramos amigas no começo, por motivos de importância menor. Em algum momento de nosso coleguismo, Quinn se viu apaixonada por mim e tendo que lutar contra isso, devido à fatores que não vem ao caso. Entre abafar esse sentimento dentro dela ou seguir em frente, nos tornamos amigas, resistindo à momentos difíceis ou de silêncio de ambas as partes. Eu vim pra New York, Quinn foi pra New Haven, mas mesmo assim não nos separamos, porque isso era impossível... íamos nos visitar de tempos em tempos, e em algum momento de sua vida ela achou que era hora de se abrir para mim em relação à própria sexualidade. Tempos depois em relação à seus sentimentos românticos por mim, que seguiam ocorrendo abafados desde muitos anos atrás. Ela literalmente me colocou em uma corda bamba, e nossa relação balançou um pouco por causa da minha auto estima e a falta dela, e a confiança que eu tinha que ter em mim mesma. Quinn me faz enxergar algumas coisas que existem dentro de mim, e que saltam para a superfície apenas por ela. Demorou algum tempo, mas meu coração foi tomando seu ritmo, sua direção... e ela apontava para Quinn. Eu me descobri apaixonada por ela tempos depois. E descobri que isso estava enterrado desde o ensino médio, quando achávamos que nada nos uniria de uma forma amigável. Mas foi uma das melhores coisas que aconteceu na minha vida, porque... Quinn é tão doce. Quinn é uma garota incrível e eu tenho sorte de que seu coração consiga enxergar o meu tão bem. Às vezes eu nem acredito que ela realmente me ame”, Rachel limpa uma lágrima verdadeira, que nesse momento cai de seus olhos, “Eu quero dizer, eu acredito em seu amor, eu só... é difícil entender como ele pode ser direcionado à mim, vindo de uma garota tão linda e maravilhosa como ela...”, a morena ri entre algumas lágrimas, “...Esse é o meu discurso, obrigada Academia, obrigada pais, obrigada Barbra... obrigada Quinn. Este Oscar não é meu”, ela segura o frasco de Shampoo firme entre as mãos, “é de vocês”

As duas sorriem uma para a outra. Rachel limpando as últimas lágrimas que foram se formando à medida que seu discurso ia acabando, porque a emocionava falar de Quinn daquela forma. A loira limpava duas únicas lágrimas que se formaram porque o momento era tão lindo e ela se sentia tão feliz, que faria de tudo para congelá-lo no tempo. Ela ergue a mão para Rachel.

“Vem cá”

Rachel guarda o pote de Shampoo, apaga a luz e liga o abajur ao lado da loira, “Gostou do discurso?”, ela pergunta ruborizada se ajeitando em seu lado da cama.

Quinn se vira para ficar frente a frente para Rachel, e suas pernas se encostam levemente. Ela passa a mão com carinho pelo rosto da morena.

“Você é linda... como você pode não acreditar que eu possa te amar tanto quanto eu te amo? Quando você faz coisas como essa, brincalhona e divertida, ou mesmo em momentos sérios que temos que manter a calma para resolver problemas... Como você ainda tem dúvidas de que eu não seria capaz de te amar?”, a loira pergunta suavemente, sentindo seu coração acelerar pela proximidade, “Quem eu seria se eu não amasse você, Rach? Eu seria absolutamente nada...”

Rachel sorri, sentindo cada palavra atingir seu coração, “Eu não tenho dúvidas, Q, mas como eu disse em meu discurso quando eu ganhei um oscar de melhor atriz”, ela comenta fazendo a loira sorrir, “às vezes eu me pego pensando no quão surreal parece você ter se apaixonado justamente por mim”

“Rach, como eu poderia não me apaixonar por você?”, a loira responde doce, “Você é linda e especial, você tem qualidades que eu jamais sonhei em ter, você me deixa sem ar e sem palavras em determinadas situações onde isso é importante... Era impossível conhecer você e não se apaixonar e foi exatamente isso que eu fiz”, ela termina ajeitando o cabelo da morena atrás da orelha.

“Eu te amo”, Rachel responde, “Eu amo seu abraço”, ela sente Quinn apertar seus braços envolto em suas costas, “Amo seu beijo”

Quinn a beija devagar, sentindo a língua de Quinn invadir com delicadeza sua boca, e começar um ritmo quente e delicioso. Ela beija o lábio superior da loira, para depois capturar o lábio inferior entre seus lábios e morder, brincando e puxando ele para si. Quinn sente seu corpo arrepiar e suspira.

“Eu te amo, Rachel Berry”, ela sorri quando seus olhos se abrem e encontram os olhos castanhos à meia luz, “Minha namorada ganhou um oscar”, Quinn se gaba sorrindo e Rachel solta uma gargalhada.

“Minha namorada estava sentada ao lado da Barbra Streisand na cerimônia!”, a morena completa.

“Eu não achei ela nada demais”, Quinn trava diante do olhar de Rachel.

“Você a conheceu?”, ela pergunta empolgada.

“Rachel!”, a loira solta uma risadinha.

A pequena sorri e sela seus lábios nos de Quinn, “Eu estava brincando, mas nunca mais fale isso da Barbra”

“Ok, me desculpe”, ela pede rindo.

“Vou desculpar se você ler pra mim”, Rachel pede autoritariamente, “Senão eu não desculpo”

Quinn estreita os olhos. Seu sono parece ter ido embora depois da brincadeira de Rachel, então ela se levanta rapidamente apenas para pegar o livro que estava em sua bolsa.

“Você trouxe um livro?”

“Eu sabia que você iria pedir para eu ler antes de dormirmos”, a loira responde suavemente.

Rachel sorri e lhe beija os lábios novamente antes de se ajeitar para ficar admirando o perfil da loira. Aparentemente, tudo o que Quinn falava era motivo para receber um beijo depois, e nenhuma das duas jamais reclamaria disso.

A garota maior pega os óculos dentro da caixinha e Rachel morde o canto dos lábios.

Quinn usando seu óculos, com a luz do abajur iluminando seu rosto e pescoço, seus cabelos fazendo sombras... Rachel roubou outro beijo e a loira sorriu.

“Deixe-me ler, meu amor”, ela pede com carinho e tudo o que a morena pode fazer é se deitar de lado para ver o quanto Quinn é linda.

“O que você tem pra mim hoje?”

“Eu vou ler alguns trechos e você advinha...”, ela folheia algumas páginas, “Mas se tu me cativas, minha vida será como que cheia de sol. Conhecerei um barulho de passos que será diferente dos outros. Os outros me fazem entrar debaixo da terra. Os teus me chamarão para fora da toca, como se fossem música. E depois, olha! Vês, lá longe, os campos de trigo? Eu não como pão. O trigo para mim não vale nada. Os campos de trigo não me lembram coisa alguma. E isso é triste! Mas tu tens cabelos dourados. Então será maravilhoso quando tiveres me cativado. O trigo, que é dourado, fará com que eu me lembre de ti. E eu amarei o barulho do vento no trigo...”, Quinn termina com um sorriso nos lábios.

O mesmo que Rachel devolve à ela.

“Eu tinha esquecido o quanto eu gosto desse livro”, Rachel responde.

“Eu o tenho desde criança. Ele é considerado infantil porém as mensagens que ele passa são adultas demais para uma criança entender”

“Leia mais...”

“É loucura odiar todas as rosas porque uma te espetou. Entregar todos os teus sonhos porque um deles não se realizou, desistir de todos os esforços porque um deles fracassou. É loucura condenar todas as amizades porque uma te traiu, descrer de todo amor porque um deles te foi infiel. É loucura jogar fora todas as chances de ser feliz porque uma tentativa não deu certo. Espero que na tua caminhada não cometas estas loucuras. Lembrando que sempre há uma outra chance, uma outra amizade, um outro amor, uma nova força. Para todo fim, um recomeço...”

Quinn leu mais algumas passagens que estavam marcadas, por apenas mais alguns minutos.

Rachel prestava atenção em cada letra, o significado de cada parágrafo atingindo-a e fazendo seu coração se apertar de amor.

Ela leva a mão esquerda até a página que Quinn está lendo e a tapa, chamando atenção da loira.

“Rach?”, ela franze a testa.

A pequena continua em silêncio, e se senta na cama, retirando com cuidado os óculos da loira, fechando o livro e colocando-os na cabeceira, ao lado da cama. Quinn continua com sua expressão confusa até que a confusão atinge seu limite: Rachel envolve Quinn com as duas pernas, passando uma de cada lado da loira e sentando-se em seu colo. A proximidade deixa a garota maior muda, e seu coração bate com violência dentro do peito.

Já está quase amanhecendo, o que falta ainda para acontecer nessa memorável madrugada?

“Rach, o qu-“, Quinn tem as duas mãos soltas no lençol, ao lado de seu corpo, apenas porque está surpresa e nervosa demais com essa ação da morena, “Você está bem?”

Ela sente Rachel aproximar seu rosto, sua respiração quente batendo em sua boca, e as mãos da diva acariciando seu cabelo, enroscadas em sua nuca. Rachel começa um beijo devagar e delicioso, e Quinn quase entra em colapso.

Rachel está sentada em seu colo, beijando-a sensualmente. Seu cheiro invadindo o interior de Quinn, fazendo ela suspirar baixinho, dentro da boca da morena. Ela se da conta de que suas mãos deveriam estar fazendo alguma coisa, buscando alívio para si, e logo aperta com força a cintura de Rachel, que agora respira fundo.

Ela que começou com isso, certo? Lide com as consequências.

Alguns momentos depois e ambas estão em êxtase. Rachel sinceramente não sabe o que a levou a beijar Quinn dessa maneira; talvez a combinação da conversa que elas estavam tendo antes com o fato de a loira ficar ainda mais atraente de óculos, mas ela sabe que Quinn a beija de uma maneira que deixa seu corpo ainda mais quente.

Quinn tenta não pensar em como esse momento eclodiu, ela está apenas sentindo Rachel chupar sua língua da forma que ela sabe que faz a loira se excitar ao extremo. Suas mãos apertam a cintura desenhada da morena e seu polegar acaricia o início dos seios de Rachel, desnudos e livres devido ao pijama. Rachel respira com dificuldade só de sentir o dedo da loira deslizar devagar perto de seu peito, e Quinn entende essa resposta.

Então tudo o que ela consegue pensar é o quanto ela está tão perto pra caralho.

Sua excitação aumenta quando ela arranha a pela das costas da pequena, e Rachel para o beijo que elas trocavam para gemer baixinho. Quinn fecha os olhos, sentindo o aperto no meio de suas pernas. Ela passa a beijar o pescoço de Rachel, deixando beijos molhados de boca aberta por todo ele, e recebendo deliciosos suspiros e gemidos em troca.

De repente, ela tenta algo bem arriscado.

Mas aceitável, no limite de sua excitação.

Rachel estava apenas aproveitando o quão quente o ambiente estava se tornando quando a loira chupava seu pescoço com força, e depois com delicadeza, beijando a possível marquinha roxa. Ela sente que seu centro está se contraindo devido à sua excitação e que seus mamilos estão rígidos, implorando atenção e toques delicados.

E Quinn parece ter lido sua mente.


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Notas finais do capítulo

~~cinturão de van allen, ativar~~