A noite estava bonita, não havia sinal de nuvens, somente algumas estrelas a vista. Abri a janela do carro e coloquei meu rosto para fora, a brisa gelada bateu no meu rosto, alguns fios de cabelo foram para meu rosto, mas nem liguei. Não me importei se meu cabelo ficaria horrível ou que meu penteado podia desmanchar, só queria sentir viva.

— Melhor tirar o rosto, pode ficar doente. – Comentou uma voz masculina ao meu lado

— Preciso de mais que um vento gelado para eu ficar de cama, Bruce. – Respondi fechando os olhos

Fazia meses que me tornei a namorada de Bruce Wayne, ou melhor, fingir ser a namorada do playboy. No começo, eu quis recusar essa idéia, só que Luke que me convenceu a aceitar. Não, eu não contei a ele sobre a situação, porem meu amigo notou algo que eu não queria aceitar: estava me apaixonando pelo Bruce.

Pensei em não aceitar ainda mais por esse sentimento, havia algo entre Rachel e Bruce, algo profundo e eu não estávamos a fim de me enfiar num triangulo amoroso. Enrolei varias semanas até minha amiga contar que estava saindo com o Harvey e estava ficando sério. Fiquei feliz, no entanto, não queria que ele se machucasse. Harvey é um bom homem e merece ser feliz, fiz questão de deixar isso bem claro a ela e acabamos tendo uma pequena discussão. Nossa amizade ficou abalada e mesmo ter passado esse tempo, não voltamos a ser como antes, nos falamos, mas tem um clima chato entre nós e ainda mais por ter aceitado ser a namorada do Bruce.

Enfim, refleti que seria minha chance com ele, poderia começar como mentirinha, porém poderia se tornar real. Só que nesses últimos meses, comecei a sentir o gosto de desilusão. Tem uma tensão entre nós e foi crescendo nesse tempo, acreditei que os sentimentos dele estavam mudando em relação a mim, só que em alguns momentos – muitos na verdade – demonstra o contrario e isso é como tivessem jogado um balde de água fria em mim.

— Queria ter ficado em casa. – Murmurei me encostando ao banco do carro e colocando minhas mãos no meu colo

— Só precisamos ficar algum tempo. – Informou Bruce me olhando

Fazer o de sempre socializar e sorrir, trocar alguns carinhos na frente do publico. Mostrar o quanto estamos felizes e juntos. Nos últimos tempos, achei que essas pequenas demonstrações de intimidade ficaram mais sérias e verdadeiras, porém era só ele me beijar e meus pés voltavam ao chão. Diferente dos beijos no meu rosto, no meu pescoço ou mãos que eram quentes, dos meus lábios eram frios e sem vida, como se tivesse beijando um boneco.

Meus olhos foram até o Alfred que nos olhava pelo retrovisor sério, só acenou em negação. Ele sabia, de algum modo, ele sabia.

O carro parou em frente ao local da festa. Bruce pegou minha mão e levou até seus lábios e me olhou com carinho, por que me confunde tanto?

Segurou minha mão e andamos até pararmos em frente a imprensa, que ficou histérica com nossa presencia e juntos. Colocou sua mão na minha cintura e eu coloquei minha mão em seu ombro, aproximando o máximo nossos corpos e assim passar a imagem real de um casal.

Os jornalistas fizeram varias perguntas referentes nosso relacionamento e respondemos cada uma sempre mostrando o quanto estávamos apaixonados. Pena que era só de um lado nessa relação, somente uma pessoa realmente transmitia verdadeiramente esse sentimento.

Despedimo-nos dos repórteres e entramos no lugar. Havia varias pessoas espalhadas pelo lugar, a melodia suave da orquestra ocupava o grande salão, mas não atrapalhando as conversas dos convidados.

Cumprimentamos algumas pessoas que passavam por nós. Sorrir e acenava cansava e muito, ainda mais forçado.

Avistei meu irmão conversando com dois homens e quando notou-me, despediu dos dois e veio até nossa direção. Mesmo com os últimos acontecimentos, estava feliz, realmente estava empolgado em ser pai e estava levando o papel muito sério, sempre fazendo tudo que é necessário para o bebê e somente para o bebê, para a raiva daquela mulherzinha, que estava perdendo e muito.

—Scar, não sabia que vinha. – Falou me abraçando

— Nem eu sabia de você.

— Foi decidido em ultima hora. Olá Bruce. – Cumprimentou apertando a mão

— Olá, Charles. Vou pegar uma bebida ao bar, gostaria de algo?

— Um Martini.

Somente beijou meu rosto e se afastou.

— Esta tudo bem?

— Esta sim, por que?

— Você parece desanimada. Aconteceu algo entre vocês?

Melhor afastar essas idéias do meu irmão. Peguei em seu braço e o puxei para andarmos.

— Só estou um pouco cansada. Muitas coisas para fazer uma pessoa só. Agora me conte como esta meu sobrinho ou sobrinha? Diga-me que conseguiram ver o sexo.

— Sua sobrinha esta maravilhosa. A gravidez esta ocorrendo tudo certo.

— Sobrinha?! Mamãe deve ter super animada.

— Não muito, afinal tem chances de não ser minha.

Deu para notar a tristeza em sua voz, se ela não for dele, acho que entra em depressão.

— Saiba que farei questão de fazer o enxoval da criança. Já consigo imaginar roupinhas belíssimas.

— Scar, não se anime. Não escutou o que eu disse?

— Escutei e não me importo. A criança é inocente, se for ou não seu, a criança terá meu enxoval de qualquer maneira.

— Quando você tem uma idéia, não tem como tirar.

— Ter tem, mas é difícil.

Paramos perto da janela, onde tinha poucas pessoas para escutar a conversa. Olhei em busca de Bruce e o vi conversando com um casal e parecia uma conversa bem profunda. Olhou em minha direção ao sentir meu olhar e sorrio, e dessa vez um sorriso verdadeiro. Eu aprendi pelo menos a identificar isso, é raro dar um dos seus sorrisos de propaganda de pasta de dente para mim.

— E seu relacionamento com o playboy? Mamãe já faz planos do casamento.

— Planos que não devem nem acontecer.

— Por que diz isso? Olho para vocês e da para ouvir os sinos da igreja. Nunca vi um casal que tão apaixonado.

Parece apaixonado, palavra correta.

— Prefiro juntar os trapos sem amarração.

— Se nossa mãe escuta isso, você é deserdada.

Bruce se aproximou e entregou minha taça.

— O bom de ser independente é não ter medo disso. – Digo erguendo a taça antes delevar a boca

~~

—Nos conte o seu segredo, Scarlett. Como segurou o playboy mais cobiçado do país? – Indagou uma das patricinhas

Coloquei o canapé na boca, assim tinha alguns segundos para pensar em algo mais educado. Não sei por que resolvi falar com esse grupo de mulheres desesperadas para pegar um cara rico.

— Não correndo atrás dele. – Respondi depois de engoli

— Devia ter feito isso. – Comentou a outra

— Pode fazer depois, quando o relacionamento terminar.

— Como é que é?

— Desculpe Scar, mas sabemos que Bruce não é fiel por muito tempo a mesma mulher. – Explicou a loira antes de rir acompanhada das três

— Existe uma diferença gritante entre eu e as outras mulheres. Não sou interesseira. Não preciso do dinheiro e nem da fama dele. Consegui sozinha.

— Calma, Scarlett. Infelizmente, é o que todos pensam.

Aquilo foi como se tivessem jogado um balde de água fria em mim. Era isso que eles falavam nas minhas costas, que seria só mais uma de uma lista longa. Mesmo sabendo que é só um disfarce, isso doeu e muito.

— Com licença.

Sai em direção até onde Bruce conversava com alguns homens, dava para ver que estava irritado com a conversa e parece que irei salva-lo, de vez me salvar. Coloquei minha mão no seu ombro de modo carinhoso e sorri.

— Olá rapazes. Bruce, não estou me sentindo bem. Gostaria de ir embora.

— Claro, meu bem.

Nos despedimos e fomos até a saída. Por que hoje estou desse jeito? Porque a verdade finalmente bateu na minha cara e com muita força.

O carro chegou, entrei assim que ele abriu a porta e encarei a costa do banco do motorista. Acenei com a mão para o Alfredo em cumprimento.

— O que aconteceu? – Questionou Bruce assim que entrou

— Nada.

O carro deu partida, voltei a olhar para a paisagem.

— Scar, por favor.

—Nada que deva se preocupar.

Pegou minha mão que estava no meu colo, colocou sua mão no meu queixo e virou para olha-lo. É nesses momentos que me sinto a única mulher da sua vida, seu olhar é tão profundo e sincero, que faz minhas pernas tremerem e ficarem iguais a gelatina.

— Scar...

—Para! Por favor, para com isso!

Puxo minha mão e colocando uma distancia entre nós.

— O que?

— Droga, Bruce! Sabe o que aconteceu? Descobri o que dizem por minhas costas. Sou só mais uma da sua lista. Acha legal ter escutado isso?

— Sinto muito, mas isso vai mudar.

—Mudar? Mudar como? Vamos viver essa mentira até não precisar do Batman? E ate quando vai ser isso? Quando tiver chegado aos cinqüenta anos? E eu fico como, enquanto você aproveita sua vida com a Rachel? – Antes que pudesse responder, fiz sinal para que fica-se quieto. – Isso se ela te esperar.

O carro parou para minha sorte e sai, sem esperar. Para manter as aparências, dormia algumas noites na cobertura dos Wayne e para ter minha privacidade, tinha meu próprio quarto que ficava ao lado dele.

Entrei no prédio e agradeci a Deus pelo elevador estar nos aguardando, assim que entrei apertei o botão do andar, para minha infelicidade, ele foi rápido e entrou também, com cara de péssimos amigos.

—Scar, você sabia que seria assim. Eu realmente sinto muito pelas palavras que essas mulheres disseram. Fiz o que fiz para manter as aparências, não queria que machucassem você.

— Você que me machucou. Isso foi uma péssima idéia! - Falei apontando para nós.

A porta se abriu e entrei no apartamento, fui até o sofá e apoiei para tirar os saltos que estavam me matando.

— Como a machuquei?

— Bruce, sabemos que o Batman não vai embora nem tão cedo. E ai? Os anos vão passar e ficaremos nesse tipo de relacionamento até se aposentar, e então o que sobre para mim? Nada. – Respondi voltando a olhar e segurando os sapatos

— Quando você quis me ajudar, sabia que teria sacrifícios.

— Ai que ta, eu não planejava sacrificar minha vida e meus sonhos!

A tensão era forte no ar. Bruce me olhava com seu olhar Batman, como se tivesse pronto para lutar, pena que não seria uma luta corpo a corpo para encerrar rapidamente.

— Isso tudo teria sido evitado se a Rachel realmente tivesse sentimentos profundos por você, como tem por ela. Vocês estariam juntos e eu não estaria passando por isso.

— Scar...

— Você sabe que é verdade. Se ela te amasse, não estaria com o Harvey e seguindo a vida. Já parou para pensar que ambos se seguraram numa fantasia de adolescente e no final esse sentimento não existe?

— Você esta indo longe de mais!

— Não estou nem perto disso. Estou só estou falando o que você não quer enxergar. – Dei as costas e fui até a escada, comecei a subir. – Batman e Bruce são a mesma pessoa, duas faces de uma moeda. Não pode querer ficar com uma sem o outro. Se tivesse realmente sentimentos profundos por você, teria aceitado ambos. Como eu...

Parei ao ver que falava demais. Segurei firme no corrimão e olhei reto, não ousaria olhá-lo e mostrar minha fraqueza. Mostrar o quanto estava ferida por tudo, por ser uma tola e acreditar que podia fazê-lo se apaixonar por mim, fazê-lo esquecer a Rachel.

— Como eu...?

— Como eu teria feito se eu tivesse apaixonada por você.Ou você ama uma pessoa por inteiro ou você ama nada. Não irei com você hoje. Boa Noite, Bruce.

Subi os últimos degraus rapidamente e fui em direção ao meu quarto, sem dar a chance de escutar sua resposta. Ao entrar no quarto, joguei-me na cama e abracei meu travesseiro, imaginando se um eu realmente vou ter um relacionamento honesto e feliz.

~~

Olhei o folheto, conferindo as jóias que estão ao leilão. Não gostava muito de participar desses eventos, afinal leilão de jóias servia só para alimentar a vaidade das mulheres, e só me encontrava nesse local por causa de Christina que estava querendo uma pulseira. Confesso que fiquei surpresa pelo convite e descobri que tinha uma gorda poupança que aumentou desde sua promoção, também seu salário aumentou e muito, então pode gastar.

Mesmo não apreciando, foi bom distrair minha mente, desde ontem não falo com o Bruce, não ligou ou mandou mensagem. Deve estar bravo comigo pelo o que disse, mas não me arrependendo, tava na hora de alguem mostrar a verdade. Ou uma parte, já que não falei o que sinto por ele e não pretendo falar também, melhor focar em outras coisas do que minha vida amorosa. Hoje também não irei e não avisei, acho que nem preciso, já deve ter entendido.

— Essas jóias estão lindas, não sei se quero mesmo a pulseira de diamantes. – Comentou Chris me puxando para nossos lugares.

O leilão acontecia a noite para dar um ar chique, como a própria organizadora me contou alguns instantes atrás ao me cumprimentar. O que na minha humilde opinião não muda nada.

Sentamos na primeira fileira, tendo uma boa visão do palco onde seriam apresentados as jóias. Olhei em volta e notei que só tinha mulheres, o que significa que podia ter brigas pelo prêmio.

—Obrigada por ter vindo. Não sabe o quanto vai me ajudar.

— Ajudar como Chris?  - Perguntei mexendo do bolso do meu terno.

Me neguei usar vestido todo petecado, um terno preto, uma blusa branca que favorecem meus atributos,  um par de scapan escuros e belos brincos estavam ótimos.

— Você estando ao meu lado, vão achar que você que vai dar o lance é aí desistem de competir.

— Pode ter alguém mais rica que eu,  fora que tem as representantes e o pessoal do telefone. - Contei apontando em direção a grande mesa com três telefonistas.

— Duvido que nesse leilão nessa cidade tenha alguém com mais dinheiro que você, além da sua família e o sr.Wayne.

— Pode ter alguém de fora.

—O importante é que não deve ter muita pessoa interessada pela pulseira. A maioria veio pelo anel.

—Que anel?

— Esse anel. - Respondeu mostrando a foto

O famoso anel de pedra rosa, conhecido batizado como Querida Josefina, como não sabia disso? Já tinha visto esse anel a muito anos atrás,  quando criança, no dedo de uma belíssima mulher. Eu nunca me liguei muito para jóias,  no entanto, esse anel tinha me conquistado e tinha desejado e muito. Quando fiquei mais velha descobri que somente tinha três e que nenhum estava a venda, até agora.

—Amanhã o gerente do banco vai ter uma surpresa.

— Por que diz isso?

— Porque eu vou ter esse anel.

Ela me encarou surpresa, sabe que jamais tinha feito essa loucura. Mesmo tendo uma condição boa, sempre penso nos gastos desnecessários, se valem a pena mesmo. Nesse caso, farei uma exceção.

—Ainda bem que não está no meu orçamento.  Sabe que o lance mínimo é bem alto. – Avisou pegando as placas que a moça oferecia para nós.

Sim, alto demais, um milhão de dólares. Muitas coisas podiam ser feitas com esse valor, momento que minha consciência começa a pesar, melhor espantar isso.

O leilão foi ocorrendo sem problema, as jóias eram belas e os valores que foram arremessadas eram bem altos. Quando chegou a vez da pulseira, achei que minha amiga sairia na mão com a outra mulher pela pulseira, mas tudo deu certo no final e ela saiu como vitoriosa.

Depois de algumas horas, finalmente chegou à vez do anel. Quando a mulher trouxe a jóia, todos admiraram a peça e pude escutar até alguns suspiros, e em breve ira virar lamentações quando for minha.

As plaquinhas foram levantando rápido no começo, mas quando passou de 15 milhões foram diminuindo para duas pessoas: eu e uma mulher ao fundo no telefone.

— Ela deve ta representando alguém. – Informou minha amiga no meu ouvido

— Sim e espero muito que a pessoa pare depois desse lance. Não vou dar mais que esse valor.

— 35 milhões? – Indagou a leiloeira

Levantei a plaquinha e torci que a moça desistir de cobrir meu lance, no entanto, meu pedido silencioso foi negado e ela levantou para minha tristeza. A leiloeira me olhou e só acenei em negação, bateu o pequeno martelo dando a vitória aquela mulherzinha.

— Sinto muito, Scar. – Disse minha amiga pegando minha mão.

— Quem sabe na próxima.

Soltei a mão dela e levantei para ir embora,antes que pudesse dar algum passo, os barulhos de vários tiros invadiram o lugar, fazendo todos se jogarem no chão. Segurei a mão dela para acalma-la, já que estava em pânico.

— Fica calma. – Sussurrei

Escutei passos até o palco, levantei a cabeça e vi dois homens mascarados pegando as jóias  e colocando numa bolsa, não pude ver nenhum detalhe ou algo que ajude a identificá-los por estarem de marcaras e roupas pretas, todos tampados.

Um outro se aproximou de um grupo e puxou uma das garotas para ficar em pé, a pobre tremia e chorava de nervoso e medo, não era para menos, não estavam acostumadas com a situação.

—Droga, eles vão levá-la como refém. Liga pra policia. – Pedi para minha amiga

Olhando em direção aos caras, levei minha mão até o bolso da minha calça e tirei o aparelho. Desbloqueei e apertei no botão rápido para ligar ao Bruce, não sei se a policia sozinha vai conseguir resolver isso.

— Ei você! – Gritou um dos homens apontando em minha direção. – O que você esta fazendo?

Empurrei meu celular para debaixo das cadeiras, um deles pegou meu braço e me levantou com tudo. O aperto era bem forte, me fazendo soltar um pequeno gemido de dor.

— O que você estava fazendo, princesa?

—Nada. – Respondi olhando para o chão.

— Olha, não é a princesinha de Gotham? – Ele colocou a mão no meu queixo e virou com tudo para me olhar. – É sim, a queridinha da cidade.

O homem em cima do palco fez um sinal para o companheiro que estava com a garota, ele a soltou e veio até nós dois. Segurou meus pulsos e prendeu-os bem forte.

— Tá machucando.

— Fica quieta antes que eu faça algum lugar doer mais. – Disse o cara em cima do palco descendo. – Você vai garantir que nada aconteça com a gente. Vamos!

Fui puxada pelo cara ate a saída onde um grande carro aguardava. Fui jogada no banco de trás e ficou um homem de cada lado, impedindo qualquer chance de fuga, como também eu fosse me arriscar fugir com esses dois grandões me cercando.

O carro saiu em alta velocidade, fazendo-me quase cair em cima do cara a minha direita. Esse tentou aproveitar da situação e tentou me tocar, levando tapa meu na sua mão. Minha mão pode ta presa, mas ninguém vai tocar em mim.

— Vocês estão cometendo um erro. – Digo para o motorista

— Você que vai garantir nossa segurança. Nem a policia e nem o Batman farão algo enquanto for nossa refém.

Escutei sirenes e me virei para ver a policia nos perseguindo, isso fez o motorista enfiar o pé no acelerador. O idiota me puxou para seus braços e comecei a me debater, precisava sair dali antes que esse cara resolvesse fazer algo a mais.

Batman, cadê você?