Martinismo - A origem escrita por Fercatão


Capítulo 2
Vidinha boa!


Notas iniciais do capítulo

É neste capitulo que começamos a conhecer quem é quem nesta historia. Nossa heroína Kerstin ainda não sabia o que vinha pela frente e curtia a vidinha boa no colégio: Bons papos, namoro e amizade e raivinhas à parte.

Eu queria agradecer a todos que já comentaram, estão acompanhando e favoritaram, mesmo eu só tendo postado o primeiro capitulo. Obrigada a todos!



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Broceline, Tuvo

Mais um ano se inicia, e eu já quero que acabe. Não em si o ano, porque aprecio muito as férias, mas como qualquer adolescente, eu odeio as aulas. A escola em si é legal, ficar com os amigos, fazer trote com os professores,porem, a danada das aulas é um saco! Eu quase cometo um suicídio cada vez que meu professor de biologia começa a falar. Mas, como eu gosto muito de viver, simplesmente durmo.

E como isto não bastasse, alem das aulas, ainda tenho que ser acordada todo dia, pelo meu Amor de irmão, já que eu não sou muito a favor de acordar cedo.

– EI, ACORDA PIRRALHA, QUE HOJE EU NÃO QUERO ME ATRASAR POR CAUSA DE VOCÊ!

– E QUEM DISSE QUE SOU EU QUEM ATRASO?! QUE EU ME LEMBRE, É VOCÊ QUEM PASSA UM SÉCULO CUIDANDO DESSE CABELO COMO SE FOSSO UM BEBÊ!

– Levanta logo, Pirralha! E para de gritar, se não vou reclamar para mamãe.

– QUEM TAVA GRITANDO ERA VOCÊ, SEU IMBECIL!

E assim começa mais um adorável dia. Me levanto parecendo uma morta-viva, em direção ao banheiro. Após tomar um banho bastante calmo e colocar o uniforme escolar, vou direto para a cozinha tomar café da manhã.

– Bom dia, mãe! Bom dia, pai! – falo, dando um beijo na bochecha de cada um.

– Idiota! – cumprimentando meu irmão.

– Cadê seus modos Kerstin? – falou minha mãe – Eu não lhe ensinei isso. Fala agora direito com seu irmão!

– Em primeiro lugar mãe, Bejaminn nunca falou com “modos” comigo, principalmente quando ele vai me acordar toda manhã. Em segundo lugar, se eu devo mostrar modos, porque ele não deve também? – nesse momento minha mãe soltou aquele “olhar de mãe” – Desculpa, Mãe! Bom dia, “meu queridíssimo irmão”!

– Bom dia, Pirralha! – fala ele sarcasticamente, pois ele sabe que minha mãe não liga para como ele fala. E isso me da uma raiva! Mas por sorte, meu pai concorda comigo que se eu devo ter modos com ele, ele também deve ter comigo.

– E você rapaz também não tem modos? – fala meu pai olhando através do jornal.

E assim começava mais uma manhã, dos Wulf’s. Sempre com a mesma discussão sobre modos. Eu sei que eu podia simplesmente falar educadamente com meu irmão em frente aos meus pais, porem eu gostava daquela discussão matinal. Sei lá, acho que eu achava que era uma tradição, sabe, que se um dia não tivesse aquela discussão inútil, não seria uma manhã comum.

Após terminar de tomar o clássico café da manhã da minha mãe, com croissant e café com leite, fui para a escola Klassiker, umas das melhores escolas do país. E, como meu pai é dono de uma indústria, tenho a honra de estudar lá. Meu pai sempre nos leva para o colégio, já que tem que sair de casa mais cedo do que minha mãe, para abrir a fabrica.

Meu pai era um homem sábio, porem de poucas palavras. Então, todo percurso, foi meu irmão Benjamin me irritando e meu pai fingindo que não estava vendo nada e ouvindo a musica que tocava na rádio aquela manhã.

Ao chegar na escola, logo meu pai nos desejou um ótimo dia de aula. Eu tive vontade de dizer que nenhum dia de aula era bom mas, como sempre, fiquei calada. No mesmo instante que saí do carro ouvi Katjat gritando que havia encontrado um novo livro super interessante para eu ler sobre algum mistério policial. Pois é, eu adoro ler mistérios policiais e aventura. E como Katjat adorava ler qualquer tipo de coisa, sempre que encontrava um livro que, segundo ela, eu iria adorar (e na maioria das vezes ela acertava), ela vinha logo me emprestar o livro, para depois podermos comentar sobre ele.

– KERSTIN, EU ESTAVA LENDO ESSE LIVRO ONTEM. E ACHEI A SUA CARA! – disse ela quase sem respirar entre as palavras, além de estar gritando.

– QUER ME DEIXAR SURDA, É? –disse eu gritando como resposta.

– Como se você já não fosse! – disse meu irmão, ao passar por mim.

– Então, qual é o incrível livro que você encontrou para eu ler dessa vez? E por favor, não me diz que é um daqueles romances que a gente sempre acaba chorando no final. – Digo, ignorando completamente o comentaria de Benjamin.

– Bom, para sua sorte não é um romance. E para você ficar sabendo, é bom, de vez em quando, chorar! Mas, tudo bem, você é quem sabe, "anti-choro"! – falou ela, pois eu era aquele tipo de pessoa durona,que nunca chorava, por nada. Só mesmo um livro para me fazer chorar, porque nem quando eu quebrei minha perna, caindo de uma árvore quando tinha 11 anos, eu chorei. – Ele fala sobre a história de uma família de Brocelinos que viveu durante a guerra. Sobre as dificuldades para encontrar comida; para dormir, mesmo com o barulho da guerra em volta, sabe... Esse tipo de coisa que se enfrenta numa guerra.

– Parece interessante. Qual é o titulo? – nesse exato momento Sebastian, chega me abraçado por traz e me dando um beijo na bochecha.

– Do que vocês estão falando? – diz ele, como se não soubesse que com certeza Katjat estava me mostrando mais um livro “super interessante”.

– Sobre o livro que eu terminei de ler ontem, que eu acho que, não só Kerstin vai amar, como você também. – Fala ela super animada – É sobre a família Broceline, que viveu na época da guerra.

– Parece ser legal! Acho que vou ler, após Kerstin terminar. – Fala ele, olhando para a entrada do colégio (acho que esperando ver se encontrava o resto do pessoal).

– E AÍ? BANDO DE BOCOÍS! – gritou Franziska

– E AÍ? DUQUESA DE TUVA! – grito eu de volta. Ela odiava quando a chamava assim, pois o seu pai era um dos mais importantes políticos de Tuva. Além do que, ela estava sempre se vangloriando sobre este fato. Então, eu gostava de zonar com ela, dizendo que ela era uma princesa ou duquesa.

– Para com isso, você sabe que eu odeio! Aliais, isso é só inveja sua, tá? – diz ela chegando perto.

– Vai nessa! E ai como foi de férias? – pergunto a ela

– O de sempre! Viajando e dormindo... – diz ela – AH! JÁ IA ESQUECENDO!

– Hoje eu fico surda!

– Seria melhor ficar muda, mas tudo bem. Bom, voltando ao assunto principal, minhas férias, quando eu estava em Paio, na minha casa de veraneio, o senhor Marcel Fisher (o representante de Paio), também estava lá. Este ano ele levou seu filho Sven Fisher, de 15 anos. Um g-a-t-o! Com todas as letras! Pena, que ele tinha namorada. Mas a gente...

– E você também, né? Ou o Florian não é mas seu namorado?! – disse Sebastian, lhe interrompendo e defendendo seu amigo.

– Claro né, Sebastian! Só estava sendo dramática! (como sempre... tive vontade de dizer) - Mas sim, como eu estava dizendo, a gente acabou ficando amigo, então, nesse final de semana ele e seu pai vão vir para minha casa, porque o pai dele e o meu vão para uma confraternização com o novo Brusar Martin alguma coisa. Sendo assim, estou convidando vocês para ir lá para casa no sábado, para passarmos o dia na piscina. E aí? O que vocês acham?

– Por mim tudo bem. – disse Katjat.

– Vou ter que fala com meu pai, mas acho que sim. – eu falei.

– Bom, se Kersni vai, eu também vou. Pois não vou deixar ela sozinha junto com esse g-a-t-o, com todas as letras, sabe? – falou Sebastian de um jeito sugestivo, me puxando mais para perto dele. Mas como sempre, eu o ignoro e ainda por cima, dou uma cotovela na sua barriga. – Ai Kersni! Estava brincando.

– E você Lena, pode ir? – diz Franziska. Por incrível que pareça, eu nem tinha notado que Lena tinha chegado, embora eu sempre conseguisse ver as coisas primeiro que os outros.

– Vou ver com minha mãe. Pois parece que este final de semana a gente teria de viajar para a Itália, para ver um novo designer de carro para a concessionaria. – falou Lena, minha melhor amiga. Conheço ela desde o jardim da infância e até hoje nunca deixamos de ser amigas. Como seu pai era dono de uma concessionaria, eles sempre viajavam para convenções no final de semana. – Mas logo quando eu souber se posso ir, te aviso.

– DÁ PARA ACREDITAR? Como se já não bastasse ter mais de 300 dias de aula, ainda inventaram de começar o ano letivo numa sexta-feira. – falou Thomas chegando. Eu podia dizer que ficaria surda, mas deixei, porque hoje era o aniversario dele e tal. – E aí? Do que vocês estavam falando?

– Em primeiro lugar, Parabéns! – digo isso me soltando de Sebastian e indo dar um abraço no meu amigo - - Em segundo lugar, eu também concordo com você que o colégio é um "filho da mãe", por fazer agente voltar ás aulas numa sexta-feira. Em terceiro lugar, Franziska estava nos convidado para ir para sua casa amanhã, conhecer o seu novo amigo e filho do Governador de Paio, o Sven. É esse o nome dele, né Sven?

– É esse mesmo – diz Franziska reafirmando o que havia dito. – Aliais, feliz aniversario Thomas!

– Com certeza! Tanto porque nunca tenho nada mesmo para fazer no final de semana. E obrigado, Kerstin e Franziska!

Nesse exato momento o alarme tocou, e ali eu sabia que iria começar a tortura. Antes de irmos para a sala de aula, todos parabenizaram Thomas. A primeira aula foi de Física. Eba! Sempre adorei Física, além de que o senhor Abend era um dos meus professores favoritos, só perdendo para o professo de História e Educação Física, outras duas matérias que eu adorava.

Como sempre Florian chegou atrasado. Geralmente ele só seria liberado para entrar na segunda aula, mas acho que, como hoje é o primeiro dia de aula, eles liberaram a entrada dele. Depois tivemos duas aulas de Gramatica Alemã, pois aqui no país se fala alemão, já que somos descendentes de alemães. E a última das quatro aulas que existem todo dia, antes de um pequeno intervalo, foi de Biologia e, como já era esperado, metade da aula eu dormi.

Na hora do intervalo, nós fomos para o mesmo cantinho de sempre. Como o colégio tem um designer rústico, existe um pátio retangular bem no meio do prédio, e em uma das pontas do pátio, tem uma grande árvore que tem um balanço de dois lugares, sob um dos seus galhos. É lá onde a gente fica, pois em frete ao balanço existem uns bancos de pedra, localizado no meio dos arcos que rodeiam o pátio. É lá onde nos localizamos no primeiro e no terceiro recreio, já que no segundo é quando vamos para o refeitório, almoçar. Eu e Sebastian sentamos no balanço e o resto do pessoal no banco de pedra á nossa frente.

– Franziska, será que eu poderia levar o Tobias no sábado também, se eu poder ir? – falou Lena, se referindo a seu namorado ou ficante, ou seja, indefinido.

– Claro! Só que não vai esquecer que a gente também vai estar lá, quando você estiver junto dele. – Diz Franziska, tirando onda com Lena. Pois toda vez que ela arranjava um namorado, e olha que já foram muitos, ela sempre virava aquele tipo de namorada chiclete, ou seja, um saco. Toda hora beijando ele na nossa frente e o chamando de “meu bebê”. Ridículo!

– Eu nunca me esqueço! Já que vocês fazem questão de ficar gritando para a gente parar, quando na verdade, todos vocês estão é com inveja! – falou Lena, séria. E todos nós começamos a rir. Como ela pode dizer isso de uma maneira tão séria, só rindo mesmo. – Mas olha! Logo você, senhora Franziska, que sempre vive dando os maiores amassos no seu namorado a cada intervalo, vem falar de mim!

– É diferente! – diz Franziska se defendendo, sentada no colo de Florian.

– Agora até eu quero saber, porque é diferente? – digo eu, admirada com sua resposta.

– Em primeiro lugar, porque todo mundo aqui sabe que Florian e eu somos namorados, já que o que Tobias, ou qualquer outro cara que Lena saia, gente nunca sabe o que ele realmente é dela; em segundo lugar, eu sempre tenho que viajar no final de semana e Florian não pode vir para minha casa, então a gente só se vê aqui. – diz ela respondendo ao que eu havia perguntado.

E era verdade, Franziska, nos finais de semana ficava sempre com os pais. Ou viajavam para a casa de veraneio ou faziam aquele fim de semana em família, às vezes com parentes e convidados. Mas se você acha que ela não gostava disso, está muito enganado, porque eu nunca vi pessoa mais familia do que ela. Florian por outro lado, como era pobre, sua mãe não aprovava seu namoro com Franziska, pois achava que ela só namorava com ele para humilhar sua classe, ou algo do tipo. Ou seja, eles realmente só podiam se ver no colégio ou em alguma festa.

– Ela tá certa! – diz Florian concordando com sua namorada.

– Tá certo! Vocês estão livre para namorar em nossa frente. – diz Lena se rendendo ás circunstancias. Com isso Franziska e Florian dão um rápido selinho. – Eu não disse que era para começar a se pegar! – todos nós e ela começamos a rir. – Porem, existe outro casal aqui que também não cumpre essa ordem, não é senhora Kerstin e o senhor Sebastian?

Na hora que ela diz isso eu reviro meus olhos porque, sinceramente, era ridículo, ela dizer isso. Eu e Sebastian quase nunca nos beijávamos na frente deles e, se sim, era só um selinho, no máximo.

– Como? – digo eu, revoltada com seu comentário.

– Vai me dizer que você nunca beijou Sebastian na nossa frente? – diz ela me desafiando.

– Não, mas também não vou deixar você dizer que a gente fica se pegando na frente de vocês. – digo respondendo com o mesmo tom desafiador.

– É verdade! – diz Thomas, nós defendendo.

– OK! VOCÊS TODOS SÃO UNS SANTOS, QUANDO SE REFERE A NAMORAR! Só eu que não sou! – diz ela se rendendo.

– Até que enfim vocês admitiu! –diz Sebastian. E todos nos rimos.

– Pare de ser ridículo, Sebastian! – diz Lena. E com isso, rimos ainda mais.

Porem, tudo que é bom dura pouco, tocou o alarme para voltarmos para a sala de aula. E como você sabe “primeiro ano do ensino médio” não tem mais aquela moleza, então, quando íamos começar a quinta aula, já tinha escrito quase um livro de tanta anotação.

Graças a Deus, agora era aula de Educação Física, ou seja, não é necessário escrever. Fomos todos correndo para o vestiário, para trocarmos de roupa. O vestiário feminino, como sempre, parecia mais uma “casa de pai de santo” que tudo, porque era um cheiro tão forte de perfume que as meninas passavam, que parecia que não tinham tomado banho pela manhã e estavam colocando perfume para compensar o mau cheiro. Depois de sair do vestuário, pronta e podendo respirar afinal, vou correndo para a quadra onde o professor Erik Blaus começava a dizer qual seriam os esportes desse ano que o colégio ofereceria para treinamento e qual seriam os esportes abordados: queimado, corrida, futebol e vôlei.

Eu jogava no time de vôlei com Katjat e Lena, a dois anos, e nesses anos nos ganhamos todos os campeonatos que participamos. Também gostava muito de, de vez em quando, jogar com os meninos futebol e basquete, pois eles eram fãs desses esportes. Thomas e Florian faziam parte do time de basquete e Sebastian fazia parte do time de futebol. E Franziska, como esperado, não gostava de fazer atividades esportivas.

Começamos a aula correndo ao redor do campo de futebol americano e depois nós fizemos alguns alongamentos. Em seguida, nos dividimos em "meninas contra meninos", para jogar uma partida amistosa de queimado. Como sempre as meninas ganharam, pois os meninos da nossa sala são um bando de fracotes, então, ficava fácil ganhar deles.

Depois da aula voltamos para a “casa de pai de santo”, chamada vestuário feminino, para tomarmos banho, porque depois voltaríamos para a sala para ter aula de História do Broceline, uma das aulas que eu mais gosto.

Depois disso, vinha o almoço! Eu não gosto muito de almoçar aqui, porem toda sexta-feira era dia de pizza, então, eu vinha como um jato para o refeitório. Sempre nos sentávamos na mesa da esquina do lado contrario ao balcão. Passamos o almoço revezando entre falar sobre a festa e comer a pizza de marguerita. Acabei comendo duas fatias de pizza, e olha que geralmente eu só aguento uma.

Após a terceira melhor aula do dia, tivemos a terceira pior: Matemática. Não que eu não gostasse de Matemática em si, já que eu amava física, porem o que eu odiava era a tal da senhora Kaufmann, pois ela passava a maior parte da aula lamentando sua vida, e olha que ela era a irmã mais nova do Governante daqui.

Depois, tivemos depois duas aulas de redação com a senhora Marie Bach, uma mulher já idosa, com mais de sessenta anos. Só para ela entrar na sala, a gente ganhava uns 10 minutos, pois como ela tem um problema na perna, anda bem devagarinho. Dela eu não tenho quase nada para reclamar, da sua matéria, sim, tenho quase um livro de 100 paginas. Eu não estou exagerando, porque, quem gosta de escrever um texto de mais de duas folhas de caderno toda aula?! Ainda mais, sobre um tema nada a ver com nada. Para piorar, se você errar mais de três palavras tem que rescrever todo o texto. Por ai já dá para ver que, realmente, essa tal de redação é um saco!

Após esta aula tivemos o último intervalo do dia. Fomos para o mesmo local de sempre, porem antes, passamos na cantina para comprarmos alguns picolés. Como estávamos no verão, tudo fica muito quente e abafado e aqui no colégio as cozinheiras fazem picolé caseiro de fruta. Geralmente sabor uva, para refrescar um pouco. Eu, como sempre, prefiro o sabor de uva mesmo, pois é a especialidade do nosso estado. Ficamos conversando sobre o tema do texto narrativo que a nossa professora passou.

– A importância da abelha no universo! Sério, quando ela escreveu isso no quadro eu tive vontade de rir até perder o folego! - digo.

– Já eu ri, pois não consegui me segurar. Só que a minha sorte é que sempre chego atrasado e sento lá atrás, se não, já estaria na coordenação a esta hora, explicando por que eu tinha achado tão engraçado o tema do texto que a professora escolheu- diz Florian.

– Bom, consegui escrever pelo menos as duas páginas que ela mandou. Já que vale nota, escrevi qualquer coisa mesmo, tudo o que eu sabia em relação às abelhas - disse Fraziska

– COMO ASSIM, VALIA NOTA? - gritou Florian, que provavelmente deve ter passado a aula toda apenas rindo do tema. - EU NÃO FIZ O TEXTO NEM ENTREGUEI A ELA! - E claro que se ele não fez, ele não entregou, só que as vezes (na maioria) ele e meio alesado ou então não pensa antes de falar. - E VOCÊS FIZERAM?

– Em primeiro lugar, para que gritar se estamos ao seu lado, além do que eu acho que ninguém quer ficar surdo com seus gritos; - eu digo, como sempre usando "meus primeiros lugares". E ele olha com a cara fechada para mim - Em segundo lugar, todo mundo sabe que ela pega todos os textos e que só recebe no dia em que passou; Em terceiro lugar, eu consegui fazer duas folhas e meia.

– Eu fiz uma folha e 3/4, mas ela aceitou! - diz Sebastian, sentado ao meu lado no banco de pedras em frente ao balanço da árvore.

– Eu fiz só duas mesmo. - diz Thomas.

– Eu fiz só duas também - diz Lena.

– Já eu, fiz três páginas e meia. - diz Katjat, tirando o olho do celular. Não que ela fosse.viciada nele, porem, desde que ela voltou de sua viagem para Ternas, para visitar sua avó, não tira os olhos dele. Eu tenho uma leve suspeita de que ela encontrou por lá, vamos dizer, alguém interessante, com quem ela, a maioria do tempo, troca mensagens no celular. Ainda não perguntei a ela isso, mas em breve saberei a resposta.

– Eu só consegui rir e você me diz que fez três páginas e meia! Tás de zona! - diz Florian a Katjat.

Nesse momento, meu delicioso picolé de uva acaba e vou jogar o palito fora, porem no meu caminho até o lixo percebo que David, o ex-namorado de Lena, estava olhando diretamente para nós, com um olhar raivoso. Não sei, qual foi a causa da separação deles, já que este foi o namoro mais longo que Lena teve com alguém: durou 6 meses. Mas estou começando a achar que não foi uma separação muito harmoniosa. Entretanto, também pode ser o fato de Lena já estar com outra pessoa, mesmo só fazendo três meses que eles haviam se separado. Mas, acho difícil ele saber disso, já que ela é sempre muito discreta quando está em "um relacionamento".

Quando voltei para o local de sempre, eles estavam rindo de algo, provavelmente algo que Sebastian havia dito. Por um tempo fique sentada ao lado Sebastian, no banco com o resto do pessoal, porem só conseguia pensar numa coisa: Porque diabos David estava olhando tanto para nós? Até que não aguentei mais e interrompi Katjat, enquanto ela fala sobre alguns dilemas que ela havia colocado no texto.

– Porque você acabou com David? - digo, olhando para Lena e quase sem respirar entre as palavras.

– Hãm? - falam todos sem entender o que eu havia falado.

– O que você disse? - disse Sebastian, me olhando como se tentasse desvendar o que falei.

–Desculpa, ai pessoal! E que quando eu fui jogar o palito, eu reparei de que, PELA AMOR DE DEUS NÃO VÃO OLHAR AGORA! Que David, seu ex-namorado Lena, estava olhando para sua direção o tempo todo com raiva. Então, eu estava me perguntado porque ele estaria com raiva de você, com isso, veio a hipótese que poderia ser ou pelo fato de como você terminou com ele ou porque você tá saindo com outro cara. Então, fala ai, porque ele está olhando tanto para a gente? - eu falo. Ainda bem que eles não olharam na hora que eu falei, porem, no exato momento que eu termino de falar, todos olham para ele e o ficam encarando.

– DÁ PARA PARAR DE DE OLHAR PRO MENINO! MEU DEUS VOCÊS NÃO TEM NENHUMA NOÇÃO, NÉ?! - Eu grito.

– E você também não, já que tá gritando! - Fala Sebastian. Nesse momento eu o fuzilo com os olhos, porem como ele sabe que eu gosto muito de usar a lógica, ele completa dizendo - Você tem que concorda comigo que uma pessoa gritando chama mais atenção que tudo!

– Tá! Mas será que você poderia me responder Lena? - digo isso olhando para ela.

– Bom! Pelo que eu me lembre foi normal nossa separação. Sabe... Sem escândalos e sem grandes discussões, porem pode ser pelo fato de Tobias estar saindo comigo. Mas ai eu me pergunto, como ele saberia que eu estou saindo com o Tobias? - ela fala, olhando para nós com uma cara desafiadora. Porem, do nada, ela começa a olhar para mim constantemente. - Foi você, não foi? - disse, apontando o dedo para mim.

– Tás ficando doida, é? - eu digo - Em primeiro lugar, eu não sou pessoa de espalhar segredo, como Franziska; em segundo lugar, eu nem falo com ele desde que você me contou que havia acabado.

– EI! QUEM DISSE QUE EU FALO OS SEGREDOS DOS OUTROS?! EU NÃO SOU FOFOQUEIRA! - diz Franziska.

– Então me explica como todo mundo sabia no outro dia que Sebastian tinha me pedido em namoro, já que foi você a primeira pessoa que contei. - Eu digo, com um olhar desafiador para ela.

– Na verdade eu só tinha contado pro Florian, na mesma noite que você me contou. - Diz ela se defendendo.

– Então agora deu para contar os meus segredos para o Florian. - Eu falo. - Ta aí, nunca mas te falo nada.

– Eu pensei que não era segredo, alem de que, eu tinha falado para ele não contar para ninguém, pois vocês queriam fazer uma surpresa - diz ela se defendendo outra vez e dando um tapa na cabeça de Florian por ter contado a todos.

– Então, no fim das contas, quem era a fofoqueira era Florian - diz Sebastian, dando uma grande intonação na foz quando falou "fofoqueira". E todos nos rimos.

– Fofoqueira é a tua mãe! - diz Florian

– E é mesmo! - diz Sebastian, brincando de novo. Todos caem na gargalhada de novo.

– Foi você, não foi Thomas? - fala Lena do nada, apontando para Thomas. - Já que foi a segunda pessoa que falei sobre o Tobias.

– Desculpa, Lena! Mas o David me ligou no dia seguinte à sua ligação, perguntando se você estava com alguém e... - Diz Thomas tentando se justificar, porem Lena se levantou e saio andando sem querer ouvir nenhuma explicação. Pois ela sabia que com isso,se David quisesse, ele poderia espalhar pelo colégio que ela era uma vadia, que o tinha fica com o Tobias , enquanto eles ainda namoravam.

Eu, Katjat e Franziska saímos correndo para procurar ela, porem era tarde demais, havia acabado de tocar o alarme do fim do último intervalo. Com isso, deixamos para lá, pois tínhamos certeza que ela apareceria para a aula de inglês, sua preferida. Mas ela não apareceu nem nessa nem na outra aula, que era de Filosofia, que eu não a culpo por não querer ver, pois OH AULA CHATA, MEU DEUS! Mas,mesmo assim, continuava preocupada com ela.

Acaba a aula. Saio como uma louca para o banheiro feminino, para ver se a encontro lá, porem ela não estava lá. Não sei porque ela saiu igual a uma desmiolada e faltou as duas últimas aulas só porque soube que Thomas havia dito para David que ela tava saindo com Tobias. Mas aí tem coisa. Depois de ir em cada canto do colégio procurando, desisti e pensei na hipótese dela ter ido para casa. Então fui ao encontro de Sebastian que, provavelmente, estava sentado no pátio com os outros meninos, pois hoje eles teriam de ficar até tarde no colégio, para um treino extra, já que haveria um jogo muito importante para o time na quarta-feira. Ao chegar no pátio, os achei facilmente, pois estavam no mesmo lugar de sempre.

– Oi, meninos! - Eu digo me aproximando deles.

– Oi - Todos respondem juntos, com uma voz não muito animada.

– E ai achou ela? - Diz Thomas, se referindo a Lena.

– Não! E olha que eu fui em todos os lugares possíveis aqui no colégio. - Eu digo. - Então, vamos Sebastian? - Chamando-o para irmos embora pois como ele morava a apenas duas casas da minha nos sempre íamos embora juntos para casa.

– Vamos! - Diz ele concordando comigo e logo depois se despedindo dos meninos. - Tchau, pessoal! - E levanta-se do banco.

– Tchau! - Diz Thomas e Florian juntos se despedindo de nós.

Eu e o Sebastian andamos uns 10 minutos sem falamos nada uma ao outro, pois estava muito longe, pensando no que havia ocorrido com Lena para ela não participar das últimas aulas. Porem Sebastian quebrou esse silencio.

– Então, o que você acha que aconteceu com Lena? - diz ele me olhando.

– Estava pensando agora mesmo nisso. - Eu digo. - Não faço a mínima idéia, mas tenha certeza de que a primeira coisa que eu vou fazer quando chegar em casa é ligar para ela.

– Tá! E quando souber noticias dela me avisa, ok?

–Claro! Quando eu souber de alguma coisa eu te ligo.

– Poxa, nem dá para acreditar que por um ano a gente sempre acusou Franziska de ter contado nosso namoro para todos antes que contássemos e, na verdade, a grande "fofoqueira" era Florian.

– Verdade! -digo, entre risadas.

– Eu acho que devemos um pedido de desculpas a ela, e armar uma prenda com Florian. O que você acha?

– Concordo com você em tudo. E já vou começa a armar uma prenda para Florian, para ele aprender a não ser "uma fofoqueira". - E agora ele é que está rindo.

Percorremos todo o resto do percusso para casa conversando e rindo sobre as maneiras de fazer essa prenda com Florian. Ao chegar enfrente à minha casa, que ficava antes que a dele, no despedimos com um beijo.

– Tchau! Até amanha! - diz Sebastian indo em direção á casa dele.

– Até! - Eu digo, mas logo me lembro que ainda tem uma probabilidade de não poder ir. - Mas ainda não tenho certeza se vou poder ir!

– Ok! Mas quando souber me diga. Tchau, "até amanha"! - ele fala fazendo aspas com a mão.

– Até! - digo isso caminhando para porta e rindo.

Entro dentro de casa e vejo a cena mais nojenta de toda minha vida. Não que eu nunca tenha visto, porém, mesmo depois de dois anos, ainda não me acostumei com a visão do meu irmão e sua namorada se pegando. Então, simplesmente dou uma coçada na garganta. Eles param e olham para mim incrédulos.

– Cheguei! - falo com um sorriso no rosto, pois percebi que Benjaminn me encarava com raiva.

– Notei! - Bejaminn fala.

Depois de algumas trocas de olhares entre mim e meu irmão, onde eu percebia que ele me questionava porque havia chegando "tão cedo", segundo ele, e eu respondia porque sim. Sua namorada a Annet, se levantou e disse:

– Bom, acho que vou indo!

– Tá! - Diz meu irmão se levantado e dando um selinho em sua namorada e a acompanhado até a porta. Depois de fechar a porta ele fala. - Pensei que você e Sebastian iam demorar mais hoje.

– Ahm? - eu falo sem entender o que ele quis dizer com eu e Sebatian demorarmos mais.

– Vocês sempre não ficam lá no jardim, sentados debaixo da árvore, conversando, e depois é que vocês chegam? - ele diz andando para minha direção. Pois é, sempre que nos chegávamos íamos para o jardim de trás da casa e ficávamos debaixo da árvore onde nós tínhamos escrito nossas iniciais onde ninguém conseguia ver, pois havíamos escrito num dos galhos mais altos dela. Assim ficávamos sentados lá, conversando e namorando depois das aulas ou quando Sebastian ia lá para casa.

– Verdade! Mas hoje no colégio aconteceu uma coisa com a Lena e acabei ficando sem cabeça, aliais, preciso ligar para ela agora! - digo, começando a correr para o meu quarto para ligar para ela.

– Tá! Mas depois me conta o que aconteceu - ele diz. E eu paro no meio da escada para ouvi-lo. Tem muita coisa que eu posso falar mal de Ben, porem nunca vou poder dizer que ele é um amigo ruim, pois sempre que eu preciso, ele está lá.

– Ok! Depois eu te falo. E me avisa quando pai e mãe chegarem! - Eu falo e começo a subir as escadas.

– Ok! - Ele grita e eu paro para ouvi-lo, porem logo continuo a subir.

Ao chegar no quarto penduro minha mochila e pego meu celular para ligar para Lena. Tento a primeira vez, ela não atende, tento mais uma vez, ela não atende de novo. Só depois da quinta ligação ela atende.

– Alo! - Fala ela com uma voz desanimada.

– Oi, como você, tá? - eu falo.

– Melhor, eu acho!

– Mas o que é que realmente aconteceu?

– Bom, desde que eu cheguei no colégio hoje ouvi alguns comentários maldosos quando passava, mas pensava que estavam falando de outra pessoa, não de mim. E quando você falou sobre o David, e o Thomas dizendo a ele que eu estava com o Tobias, caiu a ficha! Ele estava me olhando com raiva, seu plano era espalhar para todos do colégio eu era uma vadia, pois o havia traído com Tobias, o que não é verdade, você sabe disso.

– Tô ligada!

– E eu simplesmente ignorei, mas na verdade, eu simplesmente não sabia. E quando eu soube, fique com muita raiva. Tanto de Thomas por ter dito aquilo para David, como de David por ter sido um completo filha da mãe e ter espalhado para o colégio que eu o traia, o que é uma mentira.

– Poxa! Eu não sabia que ele tinha feito isso, ou melhor nenhum de nosso grupo sabia. Isso é estranho não, acha?

– Também achei isso muito estranho. Enfim, acabei indo aquela hora para o banheiro, onde eu achei uma pichação dizendo "Lena = Uma grande Vadia", ou seja, comecei a chorar e fui para Diretoria dizendo que tava com uma dor muito forte de cabeça e vim para casa.

– Nossa! Como somos ruins quando queremos!

– Pois é!

– Eu procurei, igual a uma louca, por você em todo o colégio!

– Eu pensei até em avisar vocês, mas aí David iria me ver chorando e com isso ele ia achar que tinha vencido. Mas vai ter troco! - Lena é uma pessoa super amigável e tal, mas nunca se meta com ela pois sua vingança é Fatal!

– Quero só ver o troco e saiba se precisar de mim, estou às suas ordens.

– Aquele filho da puta! Vai pagar e vai pagar bem pago! - Nossa! Até eu tive medo agora!

– KERSTIN! ELES CHEGARAM - Grita Ben, lá de baixo, avisando que os meus pais haviam chegado do trabalho.

– Quem é que tá gritando? - Lena me pergunta.

– Quem mais seria? Ben, é claro! Ele só está me avisando que nossos pais chegaram. - Eu falo respondendo a ela. - Aliais, você vai amanha para a festa?

– Não! Realmente vai ter uma feira lá na Itália e papai ainda tem também que ver um novo design para a concessionária de lá. E você vai?

– Que Pena! Eu ainda não sei, vou perguntar ao meu pai .

– Ok, então, boa festa, se você for.

– Valeu!

– KERSTIN! Mamãe tá chamando você para jantar. - Diz Ben, entrando no meu quarto.

– Tá, já to indo! Tchau! Mais tarde a gente se fala!

– Tchau!

Desligo o celular e desço correndo a escada acompanhada de Benjamin. Ao chegar no andar de baixo, vejo meu pai sentado, vendo uma série que ele ama e minha mãe colocando a mesa.

– Oi, mãe! Oi, pai! - Eu falo ao chegar na sala.

– Oi, minha Princesa! Como foi o primeiro dia de aula? - Pergunta meu pai, dando pausa na série.

– Foi normal! Sabe?! Aulas e mais aulas e intervalos. Além de que, como hoje é sexta, foi pizza no almoço. - Eu falo.

– Parece ter sido, um bom dia! - Falou meu pai, voltando a ver a serie.

– Kestin! Venha me ajudar a colocar a mesa. - Diz minha mãe.

Vou até a cozinha e pego os pratos e talheres e termino de colocar o resto da mesa. Me sento na cadeira de sempre, ao lado do meu irmão e de frente para minha mãe.Meu pai senta na cabeceira da mesa, do meu lado. Começamos a comer uma deliciosa sopa de palmito que minha mãe fez. Durante o jantar os meus pais e Ben falaram sobre a universidade, já que ele iria fazer vestibular no próximo ano, para direito. E eu fiquei apenas pensando sobre como será daqui a dois anos, onde eu estarei escolhendo minha universidade e meu curso, eu já tenho uma ideia do que eu vou fazer: direito ou administração, mas ainda tenho muito tempo. Meu pensamentos são interrompidos quando lembro que ainda tinha que perguntar sobre a festa de amanha.

– Pai, posso amanhã ir para a casa de Franziska para passar a amanhã na piscina? - Eu falo, interrompendo a fala da minha mãe. E, infelizmente, eu não devia ter feito isso.

– Que falta de educação, interromper sua mãe! - Fala minha mãe com uma voz raivosa e uma olhar fatal.

– Desculpa, mãe! Mas, sim, eu posso pai? - Digo isso olhado para o meu pai.

– Claro! De que hora seria? - Diz meu pai. E quando eu ia responder me minha mãe me interrompe.

– Como assim "Claro!" ? Você nem pensa no assunto! - Minha mãe fala, não sei porque mas para ela tudo tem que ter uma boa razão para poder acontecer, ou seja, eu teria que dizer porque eu iria e porque eu deveria ir. Sinceramente, minha mãe não bate muito bem com a cabeça, pois até se eu for caminhar no parque, que fica a duas quadra daqui, ela faz uma investigação como se suspeitasse que eu iria matar, fumar maconha, fugir de casa ou algo do tipo.

– Ta bom! Quem vai? - meu pai diz olhando para minha mãe com deboche. Meu pai só olhava para minha mãe desse jeito quando não queria brigar, mas mesmo assim, era contra ela.

– Vai a Franziska, claro! O Sebastian, a Katjat, o Thomas e um amigo novo da Franziska. - Eu digo.

– Ok! Hum... Deixa eu ver o que devo saber mais para deixar você ir! - Fala meu pai ironizando a minha mãe. - Ah! Os pais dela vão esta lá? - Nesse ponto minha mãe já estava matando o meu pai só com o seu olhar. Ela odiava quando alguém a contrariava ou a ridicularizava.

– O pai dela vai estar viajando, porem sua mãe vai estar em casa. - Eu digo. Apesar de já saber que vou poder ir, respondo às perguntas seriamente, pois vejo minha mãe com aquela cara tipo "se você continuar, pode esquecer sua vida" olhando para o meu pai já que simplesmente a ignorava.

– Certo! Quem é esse tal "novo amigo de Franziska"? - meu pai fala, ainda ignorando o olhar fatal da minha mãe.

– Ele é o filho do governador de Paio, e como seu pai vai viajar com o pai de Franzisca ele vai ficar na casa dela. - Eu falo.

– Bom, no meu ver, você pode ir, pois já vi que não correrá nenhum risco, como sempre, quando você vai para a casa de Franziska. - Fala meu pai e logo depois se levanta para deixar o prato na pia e voltar para sua serie

– Valeu, pai! - Eu digo com um sorriso no rosto.

Depois de ajudar a minha mãe a lavar os pratos vou para o meu quarto e fico lendo um livro que Katjat havia me emprestado sobre suspense. Já estou quase acabando ele, pois acho que termino ele ou hoje ou amanha.

Parece que vou ter que deixar para manha mesmo, pois estou começando a ficar com sono. Me levanto para tomar banho, já que ainda estava com a roupa da escola. Após tomar um banho bem demorado, vou me deitar.


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Notas finais do capítulo

Aguarde o rebu desta festinha! É ai que vamos conhecer o "Cérebro Inútil".



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