Stars- Colégio Sutā (Interativa) escrita por Miss Stowfer


Capítulo 43
Pequenas Lembranças.


Notas iniciais do capítulo

Queria agradecer à Akeno Suzuno Fujisaki, Hana Haruki, Wendy Kaori, Sadie Ketchum Potter,
Kyousuke Sakamaki Emilly, Neryk e Alice Ichirouta 13 por comentarem no capítulo anterior, vocês são demais, sério ♥
Também queria agradecer as fofuras da Akeno Suzuno Fujisaki e da Hana Haruki por recomendarem essa fanfic, sério, eu nunca achei que fossêmos chegar à tantas recomendações, estou tão feliz!
Queria me desculpar - sinceramente, mil desculpas - por passar tanto tempo sem atualizar essa fanfic ou qualquer uma das outras. Mas é que sofri um choque de realidade este ano, me deparando com a correria que é a oitava série. Estou em uma fase importante da minha vida, onde pretendo passar na ETEC (e para isso tenho que estudar, neh? :v), escrever um livro e ainda conseguir ir em todos os cultos da minha igreja ♥
Então, acho que vocês já conseguem ter uma noção do quão difícil é tudo isso. Peço perdão por tudo isso e prometo desde já que não passarei tanto tempo sem postar, queria dizer que as Stars estão chegando finalmente na sua reta final, portanto darei mais atenção à ela até o seu fim.
É isso, espero que gostem e que não tenham se esquecido da história. E se a última no caso acontecer, deixei alguns trechinhos do capítulo anterior para vocês conseguirem se localizar.
Boa Leitura ♥



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Pov of Aisaka Taiga

Acabou que Shirou pagou quase a toda a minha conta e eu tentei ao máximo deixá-la pouca, juro! Depois de fazer um juramento de todos os tipos, ele finalmente aceitou que eu lhe pagasse depois.

Alguns minutos depois, estávamos no jardim secreto e ele não parava de olhar para todas as diversidades de flores maravilhadas, enquanto pegava vários ramos juntando um buquê extremamente lindo.

Você tem bom gosto. — deixei escapar e ele riu.

Obrigada. Assim eu posso ficar mais confiante quando entregar a eles. — Falou se levantando.

Eles? — Perguntei curiosa. Então não era uma garota?

Meus pais. — Ele riu sem humor e deixei um brilho escapar por minhas íris.

Você é um ótimo filho! Eu nunca comprei rosas para a minha mãe. — Desabafei e senti que o clima parecia ficar mais pesado. Pena que na hora, eu estava tão feliz que nem cheguei a notar.

Bem.. Acho que tem uma diferença entre a sua mãe e meus pais. — Ele falou, dando de ombros.

Acho que nenhuma diferença seria grande o suficiente. — Falei.

Bom, eles estão mortos.

Pov of Emiko Ominae

Quando vocês, bando de encostos, vão ir para a casa de vocês? — Perguntei em alto e bom tom, suspirando pesaroso ao notar que ninguém parecia ter prestado atenção. Hikari e Hiroto estavam jogando jogados na minha TV, enquanto Atsuya e Stéfanni apostavam para ver quem comia a última bolacha — e também último alimento da minha casa.

Kaori voltou do banheiro usando uma roupa folgada — já que ela era mais nova, e portanto menor do que eu —, e penteando o cabelo. Stéfanni e Atsuya se aproximaram dela, com os narizes franzidos:

Isso tem cheiro... De morango! — Os dois concluíram quase que juntos e lançaram olhares mortais uns aos outros.

Mesmo confusa e apreensiva, a morena se atreveu a responder:

É o shampoo da Emiko...

E ele é comestível!? — Exclamou Stéfanni exasperada, franzindo as sobrancelhas curiosa.

Talvez se eu fechar os olhos...

ESPEREM! O que tá acontecendo aqui? — Yuuna exclamou, voltando do corredor. A mesma se oferecera para ajudar a dar uma arrumadinha na bagunça feita no dia anterior, e Emiko aceitara de prontidão — depois de a menor ter que pestanejar bastante.

Mortos. De. Fome. — Emiko reclamou pausadamente, sendo interrompida por um pequeno ronco vindo de sua barriga. A mesma riu divertida. — E aqui tem outra.

Pensando bem... Eu não como desde à festa do pijama. — Kaori murmurou pensativa, esfregando a mão na barriga.

Limpar dá mesmo fome... — Concordou Yuuna.

E o casal briga-mas-se-ama? — Indagou Emiko em voz alta, se referindo à albina e o ruivo que se localizavam no sofá.

Nós não nos amamos. — Shine reclamou irritada, revirando suas orbes esverdeadas.

Mas também estamos com fome. — O ruivo ao seu lado completou, recebendo um assentimento da outra.

Podíamos sair para comer, não é? — Sugeriu Stéfanni, dando de ombros. Todos olhamos para ela como se a mesma tivesse tido a ideia para a paz mundial (ou pelo menos a de colocar hambúrgueres nas escolas e em todos os lugares do mundo). — Qual é, é a solução melhor não é?

É. — Respondi.

Stéfanni revirou os olhos, irritada:

Então...?

Concordamos! — Como se fosse ensaiado, todos disseram em uníssono e riram em seguida com o ato.

E a Emiko paga. — Completou Yuuna entrando na brincadeira.

Franzi as sobrancelhas:

Oi?

•○•

Pov. of Aisaka Taiga

A brisa de vento que antes parecia tão doce, leve e harmoniosa pareceu acertar o meu rosto com um doloroso tapa. Eu conhecia metade daquela dor. Porque nunca tinha tido um pai — só se padrasto contasse — e isso já era algo que me entristecia. Era ruim imaginar não ter nenhum dos dois.

Era ruim imaginar não ter uma mãe que estaria sempre ali, quando eu precisasse. Independente do quanto ela fosse desastrada ou de como ela gritava, passando todos os seus minutos de vida eufórica, mas eu precisava dela. Como era para o Shirou não contar com aquilo?

Quem fazia seu café da manhã todos os dias? Quem te abraçava e te passava todo aquele carinho e confiança materna quando ele necessitava?

Nem percebi que lágrimas desciam pela minha face, quando vi os olhos assustados de Shirou sobre mim, se levantando para ver o que tinha acontecido. Apenas sorri tentando dizer que nada havia acontecido, mas ele já tinha perguntado:

— O que aconteceu, Taiga? — Questionou preocupado.

Apenas alguns centímetros nos separavam. Passei a manga da blusa sobre as lágrimas, respondendo:

— Eu só fiquei triste. Deve ser doloroso, foi o que eu pensei, e então comecei a chorar. Desculpa. — Comentou, envergonhada por dizer aquilo. Seria horrível se Fubuki começasse a chorar naquele momento, pois a garota não saberia o que fazer.

Mas sua reação foi diferente: Ele apenas colocou uma das suas mãos sobre a minha cabeça, dando uma breve risada:

— Sua boba. — Disse, mas não com o intuito de falar mal, percebi. Ri, sem entender. — Não precisa se preocupar, meus pais se foram há muitos anos atrás. Na verdade, não tenho quase nenhuma memória deles. Até algum tempo, eu ainda guardava receios e alguns sentimentos de culpa sobre aquele dia, mas nessas últimas semanas eu tenho aprendido que o melhor de viver, é viver a vida sem tristezas, somente aproveitando o máximo que ela tem a oferecer e correndo atrás dos seus sonhos, por mais difíceis que pareçam. — Ele me lançou um olhar, que não consegui explicar o que significava. — E acredite, não vou visita-los para chorar ou algo parecido. Só quero lembrar todos os momentos que passamos juntos.

— Como um ritual?

— É. Como um ritual.

Ele deu um sorriso agradecido, agarrando o seu buquê e fazendo menção de se virar:

— Obrigada pelas flores. Eu já vou indo. — Avisou.

— Espera! — Gritei institivamente, levantando uma das minhas mãos como forma de protesto, só percebendo que fizera e falara tais coisas tarde demais.

Ele se virou surpreso, me fitando com seus orbes acinzentados e eu desviei o olhar para as flores em minha volta, me desculpando mentalmente pelo o que eu estava prestes a fazer, mesmo sabendo que elas não poderiam escutar ou entender o que eu falava — pelo menos era nisso que eu queria acreditar.

Peguei algumas mexas do meu cabelo que se encontravam na frente dos meus olhos por causa do vento e levei até atrás da orelha, perguntando hesitante:

— Posso ir com você?

Ele me encarou surpreso, rindo envergonhado:

— Você conseguiria parar de me surpreender? — Questionou divertido.

Voltando a parecer novamente apenas uma leve brisa de vento, sorri curiosa:

— Isso foi um sim?

○•○

Narrador

Depois de muitas discussões sobre o local, dinheiro e estado tanto físico quanto psicológico de todos, resolveram que seria melhor que cada um voltasse à sua casa com intuito de se trocarem, afim de que pudessem todos se encontrar mais tarde na mesma praça perto do colégio.

Stéfanni foi a que chegou primeiro, com um cachecol que cobria além do seu pescoço, uma pequena parte do rosto. Seus cabelos estavam recentemente lavados, deixando aparecer o seu ondulado, o qual não costumava mostrar todos os dias.

Viu pelo o canto de olho, um casal passar por ela e logo os reconheceu como estudantes da sua escola. Ao verem a mesma, se entreolharam assustados correndo o mais rápido que podiam:

— Ont. Será que eles são uma das minhas vítimas do clube de música? — Indagou consigo mesma, deixando escapar uma pequena risada.

— Provavelmente. Afinal, quantas vítimas você já despiu? — Stéfanni ouviu uma voz masculina atrás de si, se virando irritada.

Encarou Atsuya decidindo que não desceria do salto apenas para lhe dar motivos para caçoar dela. Olhar para ele era uma desgraça. Ela tinha que se lembrar do seu papel ridículo naquela sorveteria, todos os dias.

Tinha que lembrar de que ele a ignorara na frente de todos. Tinha que lembrar de que ele fora um total idiota e sempre continuava a ser. Mas por que isso não parecia ser o bastante para ela o odiá-lo?

Ela não pode dizer ou responder algo, pois Kaori e Emiko chegaram conversando em meio aos risos. Calaram-se, ao sentir o clima tenso estalado naquele local:

— É... Estamos atrapalhando alguma coisa? — Questionou Kaori, franzindo as sobrancelhas.

Stéfanni balançou a cabeça, lembrara-se do que pensara alguns minutos atrás, se sentindo envergonhada. Mas então, Atsuya a tirou de seus devaneios dizendo:

— Só estamos preocupados com aquele cara do algodão doce. Vai que ele ainda esteja irritado com a gente. — Mentiu.

— Preocupados? Isso não é do feitio de vocês! — Brincou Emiko, se sentando sobre o banco do parque.

Stéfanni e Atsuya reviraram os olhos, irritados com a provocação da outra que apenas riu percebendo que a provocação tivera resultado. Para tirar a cara irritada deles, Emiko revelou uma grande cesta e Kaori levantou as sacolas que carregava:

— O que acham de um piquenique?

○•○

Frio. Foi à primeira coisa que Aisaka constatou assim que colocou os pés no cemitério abraçando a sacola que carregava. Talvez fosse o clima ali que parecia ter esfriado, já que não era uma das melhores sensações estar em um lugar onde várias pessoas estavam em estado físico de dormência eterna, enquanto suas almas poderiam estar em qualquer lugar.

Shirou estava quieto, perdido em seus devaneios. Aquele lugar lhe trazia muitas lembranças, outras boas, outras ruins.

Vir pela primeira vez naquele local não fora a sua melhor experiência já que o mesmo ainda acreditava que seus pais apareceriam alegando que eles só haviam desmaiado naquele acidente — Ele tinha apenas seis anos. Mas quando finalmente caiu a ficha, ele chorou por dias, não querendo visita-los ou pelo menos aceitar aquela situação.

Atsuya ia às primeiras visitas, mas com o tempo largara a ideia de vir ali zelar por alguém que já não se encontrava mais naquele mundo. Ou talvez só não quisesse ver o seu irmão mais velho chorar.

Mas Shirou agora estava diferente. Ele não queria mais chorar. A verdade era que ele amava os seus pais. E não teria a oportunidade de vê-los novamente, assim como não tinha memórias suficientes para guardar sobre os momentos que haviam passado juntos. Por que ficaria apenas guardando o dia do acidente?

— Layla e Kazumi Fubuki. São eles? — Shirou só percebeu que já haviam chegado ao túmulo dos seus pais, quando Taiga que prestava atenção em cada um deles percebeu perguntando ao mesmo.

Ele apenas assentiu, fazendo com que os dois que andavam lado parassem ao mesmo tempo. Fubuki deu uma última olhada no buquê, se abaixando para colocá-lo sobre a lápide que parecia bem cuidada, por não se encontrar com pó ou algo parecido como estavam grande parte das outras. Taiga sorriu ao perceber isso:

— Quer falar sobre eles? — Indagou. — Os seus pais?

Shirou continuou encarando as flores por algum tempo, pensando no que falar sobre os seus pais. Ele tinha apenas seis anos quando eles haviam partido e Atsuya, cinco. Por isso, havia apenas pequenos fragmentos espalhados em sua memória sobre aqueles dois:

— Tudo o que sei sobre quem foram Layla e Kazumi e como era a minha relação com eles é que éramos muito unidos. — Começou. — Não sei muita coisa sobre meu pai, já que ele vivia sempre no trabalho, mas lembro de que minha mãe era muito bonita e atenciosa. Nosso pai era o típico pai que queria criar filhos perfeitos, mas a minha mãe sempre dava um jeito de nos fazer sentir livres. Ora trazendo um doce quando era proibido, ora nos contava histórias, mas talvez o meu dia da semana preferido fosse os domingos. No domingo era as poucas vezes que eu provava do amor fraterno, onde toda a família ficava reunida e fazia um piquenique ou algo parecido. Era bem legal, meu pai brincava conosco enquanto a minha mãe guardava as coisas observando alegre.

O albino deu uma pausa, sorrindo nostálgico. Talvez fosse o fato de Taiga ouvir atentamente cada palavra com a maior atenção do mundo, mas ele gostava de contar as coisas à morena:

— Vocês deviam ser muito unidos. — Taiga comentou, com doçura.

— Éramos. — Disse Fubuki. — Todos os domingos, largávamos tudo para desfrutar daquele momento em família e não foi diferente naquele domingo. Íamos para um evento um pouco longe de Suta, por isso saímos bem cedo naquela manhã, todos bem agasalhados. Mas algo aconteceu. O meu dia favorito virou o meu pior pesadelo.

— E desde então você vem todos os domingos visita-los? — Perguntou Aisaka se lembrando do fato de que dia era aquele.

— É. — Respondeu, sorrindo de lado. — Quando foi que você ficou com um raciocínio tão rápido?

— Penso melhor em dias bem frios. — Brincou.

— Tomara que todos os dias sejam como esse. — Fubuki gritou aos céus, fazendo Taiga revirar os olhos.

— Fica quieto, desse jeito você pode acabar acordando os mortos. — Acusou, sentindo os pelos de sua nuca se arrepiar.

A mesma se abaixou assim como Fubuki havia feito, tirando algumas flores de dentro da sacola que carregava e dando lhes uma breve ajeitada, antes de colocar em frente à lápide.

— Eu não tenho um gosto tão bom quanto o filho de vocês, mas aqui está. — Concluiu Taiga, sorrindo. Ela lançou um olhar para Fubuki assustada, se lembrando das diversas histórias que ouvia sobre cemitérios. — Só espero que eles tenham gostado de mim e não considerem essas flores como ameaça.

Shirou riu do medo repentino da garota, dizendo:

— Calma, eles certamente gostaram de você.

— Como pode ter tanta certeza?

O albino franziu as sobrancelhas, confuso. Apenas deu de ombros, antes de responder:

— Não tem como alguém não gostar de você, só isso.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado, centrei mais no casal principal da fanfic e da Stéfanni e no Atsuya, mas juro que ainda vou focar em cada um dos casais. Sério.
Como disse, a fanfic está chegando na reta final e sei que vai ser impossível finalizar todos esses romances sem deixar um ar de 'WTF' entre a leitura, por isso, farei capítulos especiais sobre cada casal (um capítulo para cada casal), quando a fanfic acabar. Mas isso quem decide é vocês. Deixem nos comentários se apoiam a ideia ou se preferem algo mais simples.
É isso, perdão pela demora novamente, não me matem (POR FAVOR! hahah) e obrigada por lerem até aqui ♥ Obrigada por existirem, amo vocês :3
P.S. acho que esse foi o meu melhor capítulo da fic escrito até agora *o*



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