Novo Recomeço escrita por Mrs Chappy


Capítulo 15
A Vingança de Halibel


Notas iniciais do capítulo

Hey!
Como prometido estou de volta eheh. Espero ainda conseguir os ver hoje novamente ^^

Boa leitura*



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“Nunca entendi porque ela chorava. Nunca entendi porque me contradizia, até que um dia a questionei do que seria um coração. Foi uma cena dramática, mas que me fez enxergar o que estava a minha frente o tempo inteiro.

Que os humanos tinham uma força desconhecida, que provinha do coração que eles tanto diziam possuir. E que eu passei a enxergar a partir daquele momento.

E então foi preciso lutar, foi preciso avançar. Nossa causa merecia a vitória. Continuamos seguindo em frente, mas perdemos. Nosso senhor não foi bem sucedido e acabamos derrotados.

Eu, na solidão que me encontrava após tudo isso, perguntava se existia em mim um coração. Eu o enxergava, mas senti-lo... como se dá isso?

Foi preciso uma dose extra de determinação e coragem, para prosseguir. Mas que não me deixava muita escolha.

Sabia onde ela morava, agora que tudo estava em paz em seu mundo. Precisava saber, precisava inquirir para ter minhas dúvidas sanadas.

Aquela cidade continuava imutável. Parecia que ali nada acontecia. Também pudera, depois de tudo...

Segui meu caminho. Já o conhecia, pois alguns anos antes havia estado lá. Mas agora era outra situação. Não mais para seqüestrar, mentir e enganar. Era atrás das respostas.

A cada passo dado sentia que algo em mim mudava. Meu interior parecia acender para algo que eu não fazia idéia do que seria. Minhas mãos estavam estranhas, úmidas, e por mais que as secassem, era como se continuassem molhadas.

Ao longe, vi a casa dela. Ainda estava fresco em minha memória tudo o que vi lá, como se fosse ontem o dia que entrei ali.

Parei ante a porta da casa e por alguns instantes, temi bater a porta. Mas era algo que precisava ser feito. Então bati. E ela, em seguida, abriu.

Olhou-me assustada e eu receei. Mas depois me convidou para entrar.

Indicou uma grande poltrona em frente à mesa de centro. Acomodei-me como pude, mas a verdade era que algo me incomodava. Nos olhos dela. Algo diferente ali. Que me fazia ter vontade de nunca mirar outra coisa.

– Eu vim porque precisava falar algo que vem me perturbando há algum tempo. – Não tinha porque dar meia volta nas palavras agora. Ela me olhava atenta. Diferente da época no Hueco Mundo, onde me olhava com desdém.

– Continue. – Diferente de novo. O tom de voz, mais suave.

– Queria que pudesse me explicar o que acontece comigo. O que são essas lembranças suas que não saem de minha mente. Essas sensações estranhas que invadem meu corpo agora que estou perto de você. Por que quero olhar pra você até me cansar e mesmo assim continuar olhando...

Era estranho falar essas coisas assim, tão abertamente, depois de tanto tempo sem vê-la. Falando isso achei que pudesse ser inconveniente e assustá-la. Não queria nada disso. Queria só dizer o que... o que meu coração dizia pra dizer?

Era verdade que agora não era mais como antes e que me assemelhava aos humanos na aparência... mas ter um coração como o deles? Será?

– Vejo que está confuso Ulquiorra. – Ela estava em minha frente a poucos momentos e agora estava a meu lado. Tão rápida que nem percebi – Percebo que você agora tem um coração como o meu. Que agora sente no próprio corpo o que é amar alguém.

Então, era isso? Eu estava... amando. Amando quem um dia eu quis matar. Isso me pareceu cruel.

Eu não podia agora dizer que conseguia olhar pros olhos dela sem parar... mas ela fazia questão disso. E eu olhava, sentindo muitas coisas que agora eu não conseguia explicar. Que me pareceram meio bestas. Que me obrigavam a fazer coisas que nunca havia feito antes.”

(Fanfic Quando Você não Está por Perto escrita por Kisa e Casais, Capítulo 1: Meu mundo é um deserto no fim)



Starrk sempre se sentiu diferente dos outros espadas, isolado destes. Quando ele alcançou a sua forma humana, ele não obteve uma espada. Em vez disso, ele teve uma menina agarrada a ele, dormindo - repousando pacificamente. O moreno não ficara satisfeito com essa substituição. Afinal quem diabos era aquela garota? E onde estava a sua espada? Uma enorme quantidade de seu poder deveria estar nela, em vez disso encontrava-se naquela jovem.

Quando o pequeno ser abriu seus olhos e revelou seu intenso rosa; quando proferiu suas primeiras palavras, revelando seu temperamento conflituoso, ele suspirou longamente enfastiado. Um pequeno aborrecimento para o resto da sua existência.

“Quem sou eu? Quem és tu? Quem somos nós?”

Não soube responder às perguntas da pequena, talvez ainda hoje não o soubesse.

Atravessou o portão do palácio de Las Noches, disparando inúmeros ceros contra os guardas. Seus corpos se dissipavam em poeira que esvoaçada com a brisa. Dizimou diversos soldados, sem piedade. Gritos ecoavam pelos corredores, no entanto isso não impediu o prosseguimento do espada. Ao finalizar o seu trabalho destruindo o último guarda, ele tomou a sua arma quebrada, a encarando.

“Lilynette. Esse será o teu nome. E eu sou Starrk.”

Ele recordava-se perfeitamente da surpresa da jovem ao receber um nome e ficou feliz quando esta começou a brigar com ele por algum motivo que ele não se lembrava. O moreno sempre fizera o seu melhor para ignorar e para se acostumar com a sua outra metade. Afinal estariam juntos durante muito tempo…

O corpo do primeiro espada começou a brilhar convertendo-se em diversas partículas azuis juntamente com a arma. Só agora é que ele pode compreender: Lilynette fora a sua companheira da solidão. Eles eram uma só entidade porque compartilhavam o mesmo destino.

A verdadeira morte era a solidão.


– Cuidado Nell!

O grito de Grimmjow alertou a ex espada que desviou do ataque mortal de Apacci. Apesar de ter desviado Nelliel sofreu um corte profundo nas costas. A pantera desviava dos socos potentes de Yammy, porém atento à luta da esverdeada. Ficou angustiado quando esta foi golpeada pela fraccion, soltando um rosnado furioso enquanto constatava que as roupas da ex espada se manchavam de um tom escarlate.

Ele sempre viu vermelho. Em todos os olhares para que ele olhava, só encontrava o vermelho. Para o sexto espada, se a morte tivesse uma cor seria vermelho. Como o sangue que escorria de seus adversários. E esse pensamento fez com que cada célula de seu ser ganhasse vida, como descargas eléctricas que dançavam sob sua pele: prontas para atacar, prontas para matar.

A adrenalina de uma batalha iminente, a emoção de cortar através da carne dos mais fracos. Observando a última luz de vida inútil daqueles que morrem desaparecer completamente, a sensação de vitória quando o corpo embate no solo inconsciente. Ele desejou essa felicidade para si.

Ele era elegantemente gracioso mas mortal. Como uma pantera. Seus instintos foram afinados, o guiando com uma alegria sádica, regozijando-se no derreamento de sangue. Porque sua existência resumia-se a uma regra: matar ou ser morto. Não havia lugar para misericórdia, companheirismo ou qualquer sentimento de compaixão, isso era fraqueza.

As suas mãos, foram feitas para a batalha, feitas para tirar sangue, construídas para matar. E sua existência girava em torno da matança. Ele desprezava fraqueza, odiava qualquer um mais fraco do que ele. Não importa quem eles são; iria mataria todos eles. Ele era o rei, e todos os que estiverem em seu caminho, se não têm a capacidade de caminhar ao lado dele, no caminho que ele tomou, então eles não tinham lugar no seu mundo. Deveriam ser eliminados sem dó.

Contudo aparece um humano, um mísero substituto de shinigami que o derrotou. Aizen e todos os espadas caíram. Naquela vida, enquanto ele lutava para não ficar para trás, naquele momento ele estava se desintegrando. Tudo foi lentamente se fragmentando, decaindo em nada - quebrada pedaços de história.

Expecto uma pessoa.

Grimmjow não conseguia compreender o porquê… Mas contra o pano fundo estéril do deserto desolado, nada além de sombras de cinza, umas madeixas de cabelo, golpearam-no: tons de verde resplandecente, um contraste gritante com a morte que envolve esse maldito lugar abandonado. E aqueles olhos, orbes grandes e quentes, como se alheio a tudo o que já aconteceu neste mundo horrendo, de um marrom delicado, como a terra depois da chuva.

Pela primeira vez conheceu um espada capaz de um gesto de compaixão.

Ele agarrou pedaços de sua própria vida, comparando-os com essa entidade desconhecida, que estava com ele, em silêncio, com uma presença que foi inexplicavelmente forte todavia suave.

Ele nunca perguntou porque ela o ajudou, limitou-se a aceitar seu auxílio.

Suas mãos trabalhavam ágeis em seus machucados, através das areias do tempo, ele pensou que talvez ... Só talvez, estas mãos, foram feitas para alimentar, e não apenas destruir, a vida. Cogitou que eventualmente um espada poderia fazer algo a mais do que matar suas presas.

Grimmjow sentiu seu corpo pairar, como se tivesse ficado mais leve de repente. A pantera pela primeira quis lutar para proteger. O poder fluía pelo corpo do espada, evoluindo-o para algo mais… Ao que muitos identificavam de segunda transformação. O décimo espada, as fraccions, inclusive a própria Nell ficou abismada... Talvez o amor fosse de facto a fonte de todo o poder.


Ulquiorra localizava-se no topo da cúpula. Suas vestes esfarrapadas pela confronto, recordando a conversa anterior com a rainha caída.

“- Queria matar Aizen com as minhas próprias mãos, por isso ia invadir a Soul Society.

– Porque não revelaste as tuas verdadeiras intenções, Terceira?

– Foi melhor assim. Mas tem cuidado quarto. Ambos sabemos que Aizen é poderoso e que não é uma prisão que irá detê-lo… Mantém-te atento, ele ainda não foi derrotado.”

Halibel iniciou um confronto, disposta a perder a vida. Tudo por uma vingança caprichosa, um ódio corrompedor pelo seu antigo líder, que e tempos remotas ela o seguiu cegamente.

– Estavas aqui…

O quarto espada encara Grimmjow que carregava Nelliel em seus braços, ambos deveras machucados. Nenhum deles disse nada, estranhamente venceram a batalha mas estavam com um péssimo pressentimento, como se o pior ainda estivesse por vir. Involuntário, Ulquiorra recorda as palavras da terceira espada:

“Tem cuidado…”


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Notas finais do capítulo

Peço desculpa por eu não ser grande coisa com cenas de acção eheheh Aliás eu praticamente não escrevi cenas de luta, penso fazer um outro capítulo sobre esta luta daqui a dois capítulos mais ou menos.. Como um flashback, ou então no próximo capítulo mesmo eheh

Até o próximo pessoal o/



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