Lonely escrita por Novaes


Capítulo 56
You need a lot of Vodka and weed to get to sleep.


Notas iniciais do capítulo

I'm BACK, bitches. E voltei para ficar...
obrigada a vocês todos por tudo e pela paciência.
Lariisilva, mais um flashback para matar saudades



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P.O.V Effy

Flashback

“O mundo estava acabado, é, parecia uma típica realidade de filmes de terror. Era bizarro, tudo era bizarro, ver essas pessoas que se tornaram monstros, na verdade, eles já eram monstros interiores mas mostrou agora que eles não vão voltar. Walkers são Walkers.

Estávamos nessa estrada a um tempo, merdas aconteceram, nós nos perdemos, isso sim.

Estávamos eu, meu pai, minha mãe e meu irmão, apenas nós nesse mundo, preferia estar morta e por eles, aquilo não faria muita diferença, mas eu não os daria esse gostinho, de modo algum, eu iria sobreviver mais tempo que eles, para provar do que eu sou capaz, e eu sou muito mais que ele. Nada me afetava, nada mesmo.

Estávamos andando nessa droga de mata faz dias e o idiota que eu precisava chamar de pai, não sabia onde deixou a porcaria do carro que talvez nem estivesse mais lá, achei melhor seguir em frente mas tinha ainda um resto de pena da minha mãe, coitada, se não fosse por mim lá, com toda certeza do mundo meu pai e irmão já tinham a jogado para aqueles bichos comerem, sorte que eu ainda tenho a decência de protegê-la depois de tantos acasos e desventuras.

Estávamos andando e meu pai não aguentou o tranco, ele se cansou, acho que era idade, ele se sentou em uma pedra e eu torci por um pouco de tempo, ou contratempo, um Walker aparecer e come-lo ali, na minha frente. Minha mãe se decidiu sentar-se ao lado dele, o que dificultava minha imaginação então parei de pedir, não queria que ela se machucasse mesmo ela tendo me machucado em algum ponto. Meu irmão também se sentou prestigiando o pai e a mãe, eu fiquei parada numa árvore, minha arma no bolso, mas com minhas facas preparadas.

Eles eram idiotas desde que esse Apocalipse começou é tudo que fazemos até agora, correr. Vai haver uma hora que não vai ter mais onde correr, ficaremos encurralados e morreremos por incompetência do meu pai e irmão, de tantas vezes que eu os disse para estabelecermos um local instável e bom para vivermos e protegermos mas eles falavam “É perda de tempo, garota” , “Você e suas ideias tolas”, eu sei que eles iriam se arrepender mas eu espero estar lá para ver aquelas pessoas queimarem no inferno, antes de mim.

Meu pai jogou em minha direção um frasco de água vazio, o frasco caiu no chão por sua sorte, eu não iria pegá-lo.

– O que diabos? – Perguntei.

– Vá buscar água, garota. Estou com sede – Ele exclamou autoritário.

– O quê? – Perguntei pegando o frasco e jogando na sua direção, bateu quase no seu rosto. Ele me olhou com ódio em seus olhos. – Vá você pegar sua água, querido. Não sou sua empregada – Retruquei voltando a minha posição, era tudo que eu fazia para eles, mas cansei. Não faço, faço por mim agora.

Ele iria se levantar para confrontar-se comigo, mas minha mãe pegou as rédeas da briga, pegando o frasco da mão do meu pai, se levantando e me puxando para irmos pegar água. Ela era uma idiota, me debati quando cheguei no meu no caminho.

– O que diabos você tem em mente, Effy? – Ela brigou.

– Eu? Nada. Apenas cansei, Ok? Não sou empregada de seu ninguém! – Eu exclamei irritada. Eu fui para beira do rio que tinha lá, as coisas estavam pacificas, me sentei na borda e fiquei sentada lá mesmo.

– Desde que você nasceu minha filha, você é como uma bomba relógio – Minha mãe falava enquanto sentava ao seu lado. Eu olhei para ela e depois concentrei minha imagem naquele rio. – Quando eu vi você pela primeira vez, eu pensei: Droga, eu não consigo decifrar o olhar dessa garota, e muito menos o sorriso, você era toda complicada, até hoje ainda é – Ela falava e eu ainda não entendia seu ponto, de repente, um silencio chegou ali mesmo, e ficou, você só escutava o barulho do rio batendo contra as pedras. – Você era feroz, demais da conta, brincava com todos e falava: Eu não tenho medo, e você falava isso de coisas horripilantes que eu odiei ver, mas você sempre sorria, sempre se escondia, e seu sorriso soava algo como:”Você não me conhece e nunca irá conhecer” – Ela citou, me lembrei de Emily, era ruim tantas lembranças mas ainda não entendi o ponto em que ela quis chegar. – Eu sei, eu sei, fomos nos que te destruímos, eu sei meu amor, ainda tem volta! Volte comigo – Ela sussurrava. – Eu estou tão assustada, Effy, mas não por mim, por você! Eu fiz coisas terríveis, o mundo fez coisas horríveis com você! Eu não estou pronta para deixa-la ir nesse mundo sozinha – Ela falou toda confiante mas ainda ai não entendi seu ponto, real.

– O que isso quer dizer? – Perguntei logo tirando minha duvida.

– Quer dizer que eu te amo, minha filha. Eu não sei o quanto eu deixei o mundo te irritar mas estou aqui agora – Ela falou me abraçando, entre lágrimas, morria dentro do meu abraço, eu tentei a abraçar de volta, mas ela me forçou a não ter esse lado maternal com ela.

– Eu estava magoada, mãe! – Eu falei e ela saiu daquele abraço desesperador com ela e me olhou, segurando meus braços, aflita. - Você precisa de um monte de vodka e erva para conseguir dormir – Eu falei e ela me olhava, chorava mais.

– Eu sinto muito, bebê, eu sinto muito – Ela sussurrava.

– É tarde demais, mãe – Falei, não era porque eu era uma pessoa ruim, eu estava sendo verdadeira, eles me empurravam para longe, me fizeram coisas terríveis, acobertaram quem não devia, eu simplesmente não conseguia perdoar, e mesmo eu sabendo que minha mãe naquele momento estava sendo sincera, eu não conseguia perdoá-la, todos erramos mas eles, eles erraram mais de mil vezes, acho que não existe nenhuma palavra que descreva, eles eram imperdoáveis, doeu muito mas está cicatrizando. Minha mãe ainda me olhava atônita. – Eu sinto muito, mãe – Eu falei enquanto me levantava e saia de volta ao inferno, vi que minha mãe se arrumou de volta e voltou com a cara mais limpa do mundo, era algo que um Stonem faria.

– Me dê isso logo, que demora, mulher – Ele falou um tanto bruto pegando o frasco dela, ela se desculpou toda errada, besteira, bufei alto e começamos a andar, conseguimos sair daquela merda de floresta e finalmente voltamos e vimos o carro, sorri aliviada, estava extremamente cansada... Meu pai entrou todo orgulhoso e logo depois saiu pegando seu Whisky que ainda estava lá e bebendo com meu irmão contente, e logo nos viramos e vimos uma horda de Walkers, vindo em direção a nos, famintos, comecei a lutar, logo depois vi que apenas meu irmão estava ao meu lado, onde estava minha mãe? Droga! Estava lá atrás, cheia de Walkers com meu pai. Tentei me aproximar e finalmente consegui depois de várias cabeças voando.

– MÃE! – Gritei. Ela me olhou, sorrindo, com lágrimas nos olhos, eu entendi o que aquilo era, uma despedida mas aquilo eu não queria e não podia. – Pare! – Eu gritei mandando ela parar e vim comigo, ela protegia meu pai ao fim da força, se jogou no meio dele e me empurrou, eu cai na grama, longe, depois vi que não tinha jeito, os Walkers os levaram, meu irmão estava chocado, acho que os Walkers viram nossa cara e vieram em nossa direção, empurrei meu irmão para um lado e resolvi ir para o outro, corri até meu último suspiro...”


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Notas finais do capítulo

Eu amo vocês, tava morrendo de saudades. Espero que tenham curtido. Shipperes de DarylxBeth vai ter voltaaaaaaaa!



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