Os anjos não devem fazer pactos. escrita por Mana L


Capítulo 7
Capítulo 7- Passeios- Parte 2: Vidraça.


Notas iniciais do capítulo

Abandono, ninguém gosta, principalmente os demônios, mas nem sempre perdoar é tão simples e Levy tem que aprender isso, assim como Gajeel.
Avisou: um pouco de NaLu.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/524998/chapter/7

POV Levy

Depois que Gajeel me arrastou pra longe de Juvia, eu fiquei um tempo sendo levada de um lado para o outro igual a um saco de batatas. Cada vez mais eu estava vendo os demônios de uma forma diferente, Juvia e Gajeel eram um ótimo exemplo, se tivessem me falado sobre eles antes eu provavelmente teria imaginado duas criaturas malignas e sem alma. Mas agora eu estava vendo que não era bem assim, eles eram pessoas, pessoas que por alguma razão foram castigadas com a forma de um monstro, com a forma de um demônio.

– Oque esta pensando baixinha?

– N-nada... – tenho que admitir, eu estava com medo que ele me colocasse no chão, eu estava odiando ter que andar tão rápido só pra conseguir acompanha-lo, isso era muito cruel. Não tinha culpa de ter pernas tão curtas.

Normalmente eu estenderia as asas e voaria, mas eu não as tenho mais “Por culpa... dele?” foi quando pensei em algo, algo estava muito errado... não, eu não podia perdoa-lo ainda, pelas minhas asas eu não podia.

– Gajeel me põem no chão... – sussurrei

– hun? – ele parou de andar e olhou pra mim.

– Me solta! – falai com um pouco mais de força do que era necessário, eu não devia ser tão cruel, mas lembrar das minhas asas daquele jeito.

Ele me botou no chão, eu tinha certeza de que me acalmaria depois, mas por hora eu tinha que ter um pouco de distancia dele. Caminhei a frente dele, mas era difícil me manter assim sem que eu tivesse que correr.

– qual seu problema, em anjinha? – “quero as suas asas... anjinha.”

Eu não aquentei mais, sim sai correndo “Porque eu estava tentando salva-lo?” eu não tinha mais certeza do motivo.

POV Autora

Levy correu para longe, deixando Gajeel para trás sem entender o que tinha acontecido ou o que ele tinha feito de errado.

–x-

Levy correu até onde pode e parou sem folego, ela apoiou o corpo na vidraça de uma loja de roupas.

– Gajeel baka...

Ela ficou um tempo parada lá, apenas observando o céu, ela queria voltar pro céu, queria voltar pros outros anjos, voltar pros seus meninos, mas ela não podia, não tinha mais suas asas. Não tinha nada. E depois de tudo ela só entendia o porque, porque ele fez isso com ela...

– Ei você! – Levy não achou que fosse com ela, mesmo sendo parte humana ela ainda era invisível para eles, ou era o que ela pensava.- Ei menina, to falando com você!

Ela foi surpreendida por uma garota de cabelos loiros que vinham até abaixo dos ombros, ela usava uma camiseta branca com uma caveira vermelha e um shorts simples.

– Eu? – perguntou Levy apontando para si mesma.

– Quem mais? – a garota chegou perto dela e lhe entregou um pacote. – É melhor vestir isso.

Levy abriu o pacote e viu uma camiseta polo amarela, não tinha nada de mais nela.

– Porque?

– Sua marca esta chamando muita atenção, isso é perigoso sabia?

A anja não entendeu “marca?” a jovem suspirou, ela estava usando uma luva sem dedos em uma das mãos, se aproximou de Levy e tirou revelando um estranha marca cor-de-rosa em cima da mão.

–Esta vendo isso?- disse se referindo a marca na mão, a Anja assentiu. –Você tem um igual nas costas e se não cobrir logo muitos demônios vão vir atrás de você.

–serio?- Levy nem esperou uma resposta, foi logo vestindo a camisa por cima do vestido. – Mas porque?

A Loira se ajeitou do lado dela se apoiando na vidraça.

– Essa marca é referencia de um pacto. – disse enquanto colocava novamente a luva. – Só quem já faz um tem.

Levy arregalou os olhos, essa garota também tinha feito um pacto assim como ela.

– O que você é? – perguntou devolvendo o pacote.

– Como assim? Sou humana! – falou guardando o pacote na cesta de compras. – Meu nome é Lucy.

– Prazer, sou Levy! – disse sorrindo. – Como conseguiu isso?

Lucy colocou as sacolas no chão e se sentou sendo seguida por Levy.

– Eu tinha fugido de casa e não tinha onde ficar, quando estava quase morrendo nas ruas um demônio apareceu e me propôs o pacto...- Levy podia sentir os sentimentos de Lucy fluírem conforme falava, ela devia ter guardado aquilo com sigo por muito tempo. - ... em troca de um lugar pra ficar e comida ele pediu uma das minhas mãos, eu estava desesperada aceitei, eu só me lembro de sentir uma dor horrível depois disso, mas quando acordei eu ainda tinha minha mão mas ela tinha essa marca estranha. Desde então eu tenho um lugar pra ficar, mas todo dia o maluco daquele demônio vem me ver, pede comida, as vezes dorme na minha cama, ele é um folgado!

Levy riu, mas logo sentiu que tinha algo que queria perguntar.

– Mas mesmo assim, porque você parece estar tão bem com isso, ele se aproveitou de você, não é?

Lucy pensou um pouco antes de responder, mas sorriu.

– Sabe Levy, eu aprendi que demônios fazem o que for preciso pra serem felizes, mas eles não entendem a logica humana, eu perdoei ele porque entendi o que ele realmente queria de mim!

– e oque era? – ela tinha as respostas que Levy precisava.

– EU! – disse rindo.- No dia que ele fez o pacto, foi o dia que ele pediu a minha mão, foi o dia em que eu não poderia nega-lo, demônios são muito contra o abandono, eles nunca fariam nada se soubessem que teriam a chace de serem abandonados.

– Espere, então quando ele pediu a sua mão, ele quis dizer isso no sentido de casamento?

Lucy corou.

–B-bom isso eu nunca vou saber, mas acho que sim...

As duas ficaram conversando mais um pouco durante um tempo, Levy se sentia tão mais leve conversando com Lucy. Elas só foram interrompidas por um grito.

–LUCE!!!

As duas se levantaram para ver um garoto de cabelo rosa correndo em sua direção, acompanhado de um exeed azul.

– Luce onde você tava?

Quando ela abriu a boca para responder.

– Salamander! – Gajeel apareceu do nada e deu um soco no garoto.

Ele se levantou do chão dando outro soco na cara de Gajeel.

– Como vai comedor de pregos!

Os dois começaram a se chingar, Levy apontou para o garoto perguntando quem era.

– Esse é Natsu...- disse Lucy com uma cara nada contente, mas corada.-... o meu demônio

–x-

Depois de um tempo Lucy puxou Natsu pra fora da briga.

– Vamos pra casa idiota! – disse enquanto puxava-o pelo braço.

– Mas Luce, você não ia comprar mais comida? - E assim eles foram, o caminha todo discutindo.

Enquanto isso Levy olhou para o demônio do seu lado, ele não paresia nada feliz, estava de braços cruzados e teimava em não olhar para ela.

– Gajeel? – ela lembrou então, ela tinha fugido dele, tinha abandonado ele lá traz, foi quando as palavras de Lucy começaram a fazer sentido “... eles são muito contra o abandono...” “...não fazem nada se tiverem uma chance de serem abandonados...” ela tinha feito uma coisa horrível pra ele.

Ele caminhou a frente dela e não voltou os olhos para a anja nem uma única vez.

– Gajeel...- ele parou de andar, mas não olhou para traz.- Gajeel, me desculpa eu...

– Nunca mais!- disse firme. – Nunca mais faça isso de novo! – ele se virou para ela finalmente, Levy podia ver o quanto o tinha machucado. – Esta me ouvindo?

A anja chegou bem perto, fazendo-o recuar um pouco.

– Não vou mais sair do seu lado... – ela sorriu, não importava mais oque ele tinha feito, ela tinha que ajuda-lo a ver a luz, isso porque ela podia ver a luz nele. -... eu prometo!

Ela nem teve tempo de entender oque aconteceu em seguida.

Gajeel apertou os lábios contra os dela com um beijo urgente, ele precisava dela, precisava daquele gosto doce, precisava beija-la mais que tudo, ele só não sabia o quanto até que ela sumiu.

Levy quebrou o beijo, o que o deixou um tanto nervoso, ele queria mais, mas não queria que ela fugisse de novo.

– O que isso quer disser? – ela estava com olhos baixos e a boca entre aberta, sua voz sonolenta se arrastava pelos seu ouvidos, isso o fez perder todos os sentidos.

Ele apenas a beijou de novo e com mais urgência, ele precisava tê-la mais perto, tentou puxa-la pela cintura, mas ela era muito baixa, ele não queria nem saber empurrou-a contra a vidraça da loja e usando o joelho como apoio ergueu-a para cima tentando ao máximo não quebrar o beijo.

Beijou-a e beijou-a muito, como se ela fosse desaparecer da fase da terra. Ela tentava falar ou quebrar o beijo as vezes, mas logo sua voz era sufocada por um novo beijo, quando tinham que se separar pra respirar ele descia a cabeça e começava a morder e beliscar seu pescoço. Foi no meio daqueles beijos e suspiros que ela entendeu outra coisa, ele a queria, talvez tirar sua asas tivesse sido o meio que ele acho de fazer isso. Mas e ela, ela o queria?

Como se tivesse sentido esse ultimo pensamento Gajeel se separou dela e tomou certa distancia. Levy não sabia como agir ou oque fazer, depois daquele ataque de beijos, ele não a encarava, encarava o chão.

Ela olhou aqueles olhos, aqueles olhos vermelhos, de um jeito diferente, não eram mais olhos de um assassino eram olhos de alguém que estava sozinho a muito tempo e que precisava muito tê-la por perto.

Ela se aproximou de novo, a anja já tinha sua resposta, ela também o queria, mas a seu próprio modo. Levy deu um rápido celinho em seus lábios e o abraçou com força.

–Porque eu Gajeel? – ele colocou a mão no cabelo dela e abraçou-a de volta.

– Seu gosto é bom...


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Aye povo!!! dois caps em um dia é fogo!!!
Finalmente em? me digam o que acharam minna! ^u^

Kissus de chocolate pra todos!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Os anjos não devem fazer pactos." morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.