POV Levy

– Gajeel?! – olhei para ele confusa, não pelo choque ou pela surpresa, mas pela cara dele, era de matar... – onde você estava?

Ele não respondeu de imediato, mas pareceu não gostar do meu tom “O que foi que eu fiz...”

– Responde a minha pergunta baixinha! – rosnou, acho que aquela foi a primeira vez que senti medo dele, desde o dia que ele arrancou as minhas asas.

Natsu se levantou, por um momento tinha me esquecido por completo que ele estava lá.

– Ai ela só ta tentando me ajudar comedor de pregos! – olhei para ele e arregalei os olhos, mas que droga Natsu você quer que ele te mate? - Você querendo ou não, eu não saio daqui sem um beijo dela! – Sim, você quer que ele te mate...

Voltei novamente meus olhos para Gajeel que ainda me segurava firmemente pelo braço. Os olhos dele eram puro ódio, mesmo sendo apenas meio demônio sua energia paresia transbordar.

“O que foi que eu fiz...”

POV Gajeel

Mas que merda estava acontecendo?

De manhã eu tentei achar aquele maldito diário pra poder esconde-lo, mas dei de cara foi com um cara imenso de cabelo branco tentando pegar o livro, imediatamente corri atrás dele, e assim que me viu o panaca sai correndo que nem um louco gritando: “Desculpe, isso é coisa de homem!” sei lá o que aquilo quis disser, mas pelo jeito ele só tinha tamanho, então o segui!

Já estava a ponto de alcança-lo quando algo me parou, claro que não foi aquele esquisitão que ficava gritando homem isso, homem aquilo.

Foi mais como um vulcão prestes a explodir, um calor imenso e extremamente destrutivo, só tinha uma pessoa que eu conhecia que podia ter uma aura assim, Salamander.

Segui a aura, esquecendo completamente do cara albino, imaginem minha surpresa quando vi que a aura me levou direto de volta para o galpão. Segui o mais rápido que pude, e se alguma coisa tivesse acontecendo com a baixinha? Droga Salamander, você gosta de brincar com fogo! Que ironia, não?

Natsu estava subindo na escala das pessoas que eu quero matar!

Subi as escadas quase me matando, e quando abri a porta adivinhem oque eu vi?

Vi a MINHA baixinha com as mãos no rosto daquele puto do Salamander... eles iam se beijar?! Porque merda eles iam se beijar?

Não, não e NÃO! Não enquanto eu estivesse aqui!

Foi até eles e puxei a pequena pra longe, nem sei direito o que eu falei pra ela na hora, eu estava fervilhando por dentro, tão prestes a explodir que não prestei a menor atenção no pequeno dialogo que tive com ela, queria o sangue daquele projeto de lagartixa de fogão!

– Ai ela só ta tentando me ajudar comedor de pregos! – Salamander você quer que eu te mate? - Você querendo ou não, eu não saio daqui sem um beijo dela! – Sim, você ta querendo que eu te mate...

POV Levy

Será que Gajeel não tinha noção da própria força? Ele estava quase quebrando meu braço de tão forte que estava segurando!!! Droga, isso é culpa minha, mas não da pra fazer mais nada agora e mesmo parecendo loucura pensar isso, eu ainda tinha que dar um jeito de fazer um acordo com Natsu, antes de ele ser morto de preferencia.

Os dois começaram a se encarar, a energia começou a crescer e o ar começou a ficar pessado, mas o que estava acontecendo era de fato muito pior, eles ia lutar, eu sabia disso, eles só estavam esperando suas energias chegarem ao auge.

Tive que aproveitar aquela chance, talvez não desse em nada, mas porque não? Gajeel ainda estava segurando meu braço mesmo..

Fiz a unica coisa que consegui pensar na hora... eu me “fingi de morta” coisa que tinha lido em um dos livros da Dona Mc "Vamos lá... livros não me deixem na mão!" deixei meu corpo mole, sem ter mais o apoio das penar cai, depositando todo meu peso só esperando uma queda que nunca chegaria, claro que não, Gajeel ainda segurava firmemente o meu braço, graças a Deus ele sentiu meu peso e me impediu de dar com a cara no chão, com isso sua concentração foi quebrada, o ar foi ficando mais leve, deu certo?! Como assim deu certo?!

– Nanica? – Gajeel me chamou, sua voz era de pura preocupação, quase que desespero. – De novo não baixinha, por favor!

Droga! Porque ele estava sendo tão dose? Por foi ser gentil justo agora? Ele estava me segurando contra o corpo e esta tremendo, quase suando frio, mas porque? Assim não ia ter coragem de fazer o que estava planejando... mas mesmo assim eu fiz...

Natsu estava perto da borda do terraço, um simples empurram e ele cairia lá em baixo. Tomei uma longa respiração e levantei o mais rápido que pude, corri colando rapidamente nossos lábios, eu tinha tudo calculado, sentia sua aura sendo selada, ao mesmo ponto que o sentia cair para tras por falta de equilíbrio, não demorou muito e finalmente...

–Haaaaa! – ele caiu.

Genial! Natsu estava fora de perigo e agora também estava selado! Quase quis dar um pulo de alegria, ele resmungou alguma coisa, então eu só gritei de volta.

– É bom você fazer a Lucy muito feliz! – gritei quase rindo como uma adolescente esterica. – Não espere mais favores desse tipo de mim!

Dito isso o vi sorri e milagrosamente se levantar sem um único arranhão, que medo... ele correu e eu já sabia pra onde, isso me fez rir, ele estava mais lento, estava mais humano. Eu ri descontroladamente, tão feliz por Lu-chan, mas minha alegria acabou.

– hun..?- quando me virei e vi Gajeel, com uma cara de choque e... lagrimas? Eu fiz ele chorar?

Corri até ele na hora, ele não mudou-se de posição, o abrasei com força, mas ele tentou me afastar, eu o feri de novo, mais uma vez.

– Ele queria ser humano...- disse simplesmente, não ia pedir descupas pelo que tinha feito, mas rezei para que isso bastasse.

Ele parou tentar me afastas, porem ainda não correspondeu a mim, não era isso que eu queria, queria que ele entendesse.

– Ele estava machucando a Lu-chan do jeito que estava, eu tinha que ajuda-los! - Por um segundo senti aqueles olhos vermelhos sobre mim, como se me examinacem procurando qualquer traço de mentira.

– E a “Lu-chan” sabe disso? – disse serio, como eu nunca tinha visto antes.

– Sim. – rebati de imediato.

Os olhos dele se arregalaram, seu rosto tomou um expressão curiosa, quase que divertida, ele estava rindo?!

– Serio mesmo?!

–x-

_ Minna, leiam as notas finais..._