Stars Auslly escrita por C H C


Capítulo 37
Discursos Românticos & Julgamentos


Notas iniciais do capítulo

Gente me desculpem! Eu sei que eu demorei duas semanas e chegamos aos finalmentes de eu conseguir voltar, mas é que inspiração tá escassa por aqui... Acabei de comprar o Four da One Direction e a 18 realmente me inspirou



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Apertei as minhas mãos até que as juntas de meus dedos tornarem-se de um branco como a neve. Inspirei e expirei algumas vezes, cuidadosamente tentando controlar-me para não passar a mão pelo cabelo e estragar o cuidado com que Ally o tratara mais cedo.

Os julgamentos de Cassidy e Gavin serão hoje. Eu estou um tanto quanto amedrontado. Desde que Cassidy revelara ser a minha irmã e Gavin liberara toda a sua história oculta, eu e Ally íamos cada vez mais com frequência visitá-los na prisão. O julgamento seria em Miami a nosso pedido.

A mídia que, embora não tenha nos abandonado nos últimos dias, ainda não tem consciência sobre o nosso assunto. Acreditamos que seja extremamente pessoal para ser discutido com o público, e Trish nos advertira que todo cuidado que tomamos enquanto estamos famosos é pouco. Tornou-se a nossa empresária e, enquanto Ally ainda acredita que não está pronta para vencer o seu medo de palco, estamos liberando a cada duas semanas um vídeo novo gravado há anos.

–Está muito nervoso? - Ally mordeu o lábio inferior, parada à porta. Assenti, permitindo a sua entrada em meu quarto. Seus passos suaves me acalmaram por alguns segundos enquanto caminhava até mim. Puxei-a para um abraço, tentando pensar em qualquer coisa além do julgamento. - Nós daremos um jeito. Sempre damos.

–Desta vez temos poucos recursos. - mordo o lábio, acumulando ar em uma de minhas bochechas nervosamente. Ally dá um sorriso de lado, tensa. - Um advogado muito bom. Ainda assim, foram pegos em flagrante e nós demos queixa contra ambos na delegacia! Colocaram você em um hospital. Entende como a situação está crítica?

–Austin... - Ally tentou. Eu a encarei, os olhos arregalados. Eu percebi o meu erro. Eu saíra, embora inconscientemente, do tom normal de voz que eu costumava utilizar com todos os outros e principalmente ela. Seus olhos demonstravam compreensão, contudo. - Tudo bem. Eu entendo. Vamos nos dar bem nesse julgamento. Podemos depôr a favor, mudar de lado perante o juiz.

–Desculpe... - apertei-a fortemente contra mim. Seus braços correram ao redor de minha cintura, e pude sentir um sorriso em seu rosto. Depositei um beijo calmo em sua bochecha, sentindo-me extremamente culpado. - Desculpe.

–Todos nós estamos nervosos. - ela sorriu, libertando-se um pouco de meu aperto, porém ainda segurando-me pelos braços. Eu retribuí, sem tensão, e pressionei meus lábios contra os seus.

A princípio, tentei apenas um selinho. Ally sorriu por entre o beijo, e eu procurei por uma abertura. Seus lábios entreabriram-se, permitindo, e nossas línguas batalharam por algum espaço. Acariciei a sua cintura com os meus polegares, sentindo seu perfume mais forte.

Nos separamos após alguns minutos indeterminados. Respirei ofegante, puxando-a para mim em um abraço novamente. As minhas mãos permaneciam firmes em sua cintura, enquanto eu apoiava o meu queixo levemente em seu ombro direito. Ally descansou a sua cabeça em meu ombro, pondo-se na ponta do pé. Para facilitar, sorri pegando-a em meu colo por um tempo, deixando-a em uma posição confortável para ambos de nós. Encarei seu rosto angelical, o rubor em suas bochechas. Acariciei, tornando-a mais vermelha.

–Eu amo você. - suspirei contra os seus lábios quando os juntei mais uma vez. Ally encostou as nossas testas, sorrindo levemente, e brincou com a ponta de meus fios. - Tanto que dói.

–Eu também amo você. Muito. - sussurrou, tocando nossos lábios mais uma vez. Não ofereci resistência.

–Há milhões de estrelas no céu. Se cada uma delas conseguisse reproduzir-se, gerariam mais estrelas. Pense em cem estrelas nascendo de uma vez, eternamente. É o tamanho do meu amor por você. Que apenas cresce ainda mais, infinitamente e por um tempo incógnito. - sorrio, partindo o nosso beijo apenas para dizer encarando seus olhos castanhos, que fitam-se com maestria.

–Obrigada. Eu amo você também. - ela ri um pouco e eu a imito. - Nós temos milhares de células...

–Lá vem você com essas metáforas com o corpo humano. - eu reviro os olhos, fazendo-nos rir. - Sabe que eu não entendo nada sobre nada.

–Metáforas? - ela levantou uma sobrancelha. - Você assistiu A Culpa é das Estrelas! - riu. Senti as minhas bochechas arderem, e desviei o olhar de seu sorriso, embaraçado.

–Não... - Ally me fitou e eu revirei os olhos mais uma vez. - Tudo bem. Talvez Dez tenha arrastado-me para dentro do cinema porque queria muito assistir. - seu olhar descrente pegou-me novamente. - Tá! Eu assisti por livre e espontânea vontade, sozinho, e chorei no pré-funeral e quando ele morreu, está bem?

–Você chorou! - gargalhou suavemente. - Oh, tudo bem. Eu ainda preciso do meu discurso romântico antes do julgamento, está bem? Não me atrapalhe desta vez, é completamente original! - nós rimos.

–Sob suas ordens, madame. - roubei-lhe um selinho. Ally sorriu. Encostei nossas testas nova e levemente.

–Nós temos infinitas músicas em nosso mundo. Nós temos planetas diferentes, atualmente considerados desabitados. Nós, quem sabe, temos outras galáxias com outros planetas. Imagine que temos infinitas galáxias com milhares de planetas. Juntando todos os planetas, de todas as galáxias, podemos ter infinitas pessoas. Se cada uma dessas pessoas tornarem-se músicos, teremos infinitas músicas. Pense em toda essa quantidade de músicas, em todos os planetas, em todas as galáxias. Essa quantidade pode crescer a cada dia, e o meu amor por você é assim. Interminável. - Ally desloca as nossas testas, sorrindo, e eu permaneço parado, segurando-a, sem fala. Eu rio um pouco, permanecendo com o meu sorriso ao final.

–Quando eu penso que faço uma coisa inteligente, você vem. - ela ri, envergonhada, e baixa os olhos para o chão. Coloco-a seguramente, segundos antes da porta abrir-se. Encaro Dez, que sorri nervosamente para nós. - Dez?

–Estamos indo para o julgamento. Vocês virão, certo? - rolo os olhos com a obviedade da resposta à sua pergunta. Ally e Dez compartilham uma risada, e eu junto-me a eles. - Vamos, Trish está prestes a me bater.

–Vamos. - Ally gargalha enquanto eu a puxo, assustado, para onde Dez está parado.

**

Adentramos seriamente pela construção elegante. Consigo ouvir os passos a saltos altos das mulheres que trabalham por ali. Ally aperta a minha mão, e eu passo o meu braço por seus ombros, trazendo-a para mais perto. Trish estremece ao lado de Jace, consigo perceber. Dez e Carrie estavam no carro, onde iriam aguardar até o fim do julgamento.

Suspiro enquanto nos encaminhamos para a sala onde recebemos indicações para ir até o tribunal. Um advogado, que eu reconheço, está de pé conversando com mais duas pessoas. De soslaio, consigo perceber uma movimentação ao nosso lado, e alguns sussurros ríspidos. Um olhar gélido é nos direcionado, e Ally engasga ao meu lado quando um sorriso sem humor passa pelos lábios de Lester.

Empurro Ally suavemente para trás de mim, e nós dois recuamos conforme Lester aproxima-se de nós. Dou um tapa em sua mão quando tenta tocar em minha namorada. Seu olhar sarcástico me avalia cuidadosamente, e eu controlo a mim mesmo para não socá-lo.

–Vejo que vocês dois estão muito bem. - ele sorri, seu rosto inexpressivo. Ally enlaça a minha cintura, sorrindo cinicamente.

–Provavelmente melhor do que você. - dispara. Encaro-a satisfatoriamente. Lester parece surpreso por um momento.

–Então recobrou a sua voz?

–Eu só não tinha voz para discutir com pessoas indecentes como o senhor. Por favor, retire-se de perto de nós. Estamos muito bem sem a sua presença ao nosso lado. - sorrio interiormente com a sua formalidade. Seguro a sua mão, apertando-a, recebendo um aperto de volta. Beijo o topo de sua testa em frente a Lester, desafiadoramente.

–É uma pena que perdeu uma pessoa tão incrível quanto Ally. - murmuro. Ally ri baixinho ao meu lado, e eu posso notar as suas bochechas avermelhadas. - Com licença. - peço, cinicamente, e retiro a mim e Ally do local quando avisto Cassidy parada em um canto.

As duas trocam um abraço, as lágrimas enchendo os olhos de minha irmã. Ally alisa os cabelos de Cassidy carinhosamente, fazendo-a chorar um pouco mais. Enlaço-as com os meus braços, em um abraço apertado. Beijo o topo da cabeça de Cassidy, sorrindo encorajadoramente.

–Ficaremos bem. Quando todo este pesadelo terminar, virá morar conosco. Estamos famosos agora, nós contamos? - rio. Cassidy rola os olhos, nos separando e pondo um braço ao redor do pescoço de Ally, abraçando-a. Tento parecer falsamente ofendido, enquanto a loura soca o meu ombro suavemente, rindo.

–Eu sei que tudo terminará bem, mesmo que eu pegue alguns anos de prisão. É claro que eu sei! Não precisam me contar! Nós temos televisão atrás das celas individuais, não nos ofenda! - gargalhamos com o clima leve. - Eu nunca soube que cantava tão bem, Ally.

–Obrigada, mas não... Os fãs exageram muito. - Ally ri, sem graça, quase prestes a morder seu cabelo novamente. Eu e Cassidy reviramos os olhos, sorrindo.

–Que besteira. Eles pegam muito leve na verdade. - rio. Ally encara o chão, envergonhada.

–O nosso caso é agora. Que tal irmos? - o advogado, Leo, chega ao nosso lado estendendo a mão para que a apertemos.

**

–Não estou sentindo-me bem. - sento ao lado de Jace enquanto Ally e Trish estão comprando sorvetes, embora nós três tenhamos tentado impedir com fervor que Trish caminhasse. - Eu esperava... Eu não sei o que eu esperava. Eu só queria que a minha irmã não estivesse tão longe de morar comigo.

–Acho que eu reconheço a sensação. - Jace sorri tristemente, quase sem humor algum. Trocamos um high-five nada comemorativo. - Eu estou preocupado com Cassidy e Gavin também. Eu e Ally já éramos amigos quando Gavin supostamente gostava dela, e andávamos juntos em Miami quando eu os visitava. - contou. Assenti lentamente com a cabeça.

–Entendi. - fito o asfalto. - Os dois pegaram três anos de prisão! Eu não sei se conseguirei visitá-los, ou Ally. Estamos muito longe agora de onde serão levados para cumprir a pena. - soco o chão, sentindo uma ferida abrir-se entre os meus dedos.

–Eu sei. É uma droga, realmente. - ele balança a cabeça, indignado. - Não acredito que estão levando-os para outra cidade. Pelo menos lá as celas são individuais, certo? Ninguém estará incomodando-os.

–Menos mal. - admito.

O juiz havia decretado três anos de prisão para Cassidy e Gavin, e uma pena quatro vezes pior para Lester, por terem provas suficientes e nenhuma demonstração de arrependimento de sua parte. Minha irmã e Gavin haviam conseguido as suas provas, e o próprio homem confessara sem pudor que enganara ambos. Que assassinara a sua esposa por traição. E estava prestes a humilhar Ally, que estava presente, observando-o com os olhos arregalados e envolvida em meus braços, quando o juiz e os advogados interviram.

Eu não queria que a minha irmã acabasse em outra cidade desconhecida por nós, e principalmente por mim, Ally ou de nossa pequena turma. Do Team Austin & Ally. E especialmente por ela, também. Cassidy não tinha tanta familiaridade por aqui, considerando que a maior parte de seu antigo trabalho estava em Nova Iorque com Lester, enquanto Gavin residia por aqui.

–Como você está, Austin? Eu me sinto mal. - Dez, que eu não havia reparado em sua chegada e na saída de Jace, pôs a mão em meu ombro. Por mais que eu confessasse que Cassidy merecia um pouco dos três anos que pegara, eu não estava tão próximo a aceitar a verdade. - Carrie e eu nos sentimos. Jace explicou.

–Eu só não acredito que foi com ela e com Gavin. Queria que ao menos pudessem ficar por aqui, para que eu pudesse visitá-la a cada dia. - murmurei.

–Relaxe, vai dar tudo certo. Agora, que tal cantarmos um pouco de Galinha Pintadinha? - ele sorri de lado, fazendo-me rir também.

–Como está a sua carreira de cantor? E eu ainda não conheço muito bem essa Galinha Pintadinha ou a língua em que você canta. É espanhol? - pergunto, curioso, enquanto tento retirar o assunto sobre prisão de minha cabeça. Rio quando Dez ri também.

–É brasileiro. - explica vagamente. - E a minha carreira não está tão boa quanto a sua ou da Ally, mas eu sobrevivo. - gargalhamos.

E eu me sentia bem. Talvez eu realmente precisasse do meu melhor amigo, embora Trish, Jace, Carrie e principalmente Ally também sejam. Mas eu e Dez nos conhecemos há tanto tempo, temos extraordinária conexão e uma amizade impecável, que eu preciso dele ainda assim.

–Oi! - Ally e Trish sentam ao nosso lado no meio fio. Nós nos viramos para encará-las.

–Oi. - respondemos, ainda segurando o riso com as piadas de Dez. Limpo um pouco de sorvete no canto da boca de Ally com o polegar, rindo de sua careta. - Querem ouvir um pouco de Galinha Pintadinha do Dez? É brasileiro. - brinco. Trish e Ally trocam um olhar, as sobrancelhas arqueadas.

–Acho que essa é a nossa deixa. - Trish murmura, puxando Ally pelo pulso. Eu rio, encarando um Dez confuso. As duas viram-se apenas para acenarem, sorrindo, e depois tornam a correr para um tempo de garotas.


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Notas finais do capítulo

Uuuh, o que acharam? Me desculpem pela demora, mas eu realmente não sabia o que escrever! De qualquer forma, eu farei um especial de Natal em breve no próximo capítulo, e eu não pretendo contar muita coisa huahuahu!
Então, obrigada por comentarem, favoritarem, recomendarem e tudo o mais! São muito importantes para mim! (E obrigadas às mensagens que me mandaram no privado do Nyah! de apoio à fic



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