Todo Fim e Um Começo escrita por Miyu


Capítulo 4
Capítulo 4 Consolo


Notas iniciais do capítulo

Oi desculpa pela demora
Eu tive que viajar, e voltei nesse dias
espero que goste



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         Caminho pelos corredores para atender uma emergência. Eu e mais outros médicos e enfermeiros correm para a entra do hospital. Encontramos sobre a maca uma mulher Seu corpo esta manchado por sangue seco.


 


- Qual e o histórico dela - Perguntei agonizado pela imagem.


 


- Pelo que eu sei, ela foi atacado por um cão de rua - Respondeu o enfermeiro - Ninguém sabe o certo, uma senhora nos ligou que tinha alguém morto no beco ao lado da sua casa. Quanto chegamos o cão esta retalhando a mulher inconsciente.


 


         Franzi o cenho, ela cruel e horrível. A mulher esta em um estado deplorável. Juntei ao um grupo medico e foi verificar o estado da moça. Kouyou chegou quase a vomitar tudo que comeu quanto a viu. Os enfermeiros limpavam-na. Em quanto eu acompanha com olhar fixo em seus movimentos.


         


           Aos poucos quanto foi possível ver com clareza o rosto da vitima infeliz de um atentado. Percebi que eu a conhecia, a ficha em minha mão caiu automaticamente no chão, fazendo um ruído opaco contra o piso branco. Todos presente pararam o que fazia para me fitar.


 


- Aconteceu algo Taka? - Perguntou Kou preocupado.


 


- Não. Nada - Murmurei incapaz de falar.


       


             Kou rapidamente percebeu o pânico que me consumia aos poucos. Aquela criatura era... Não. Eu quis bloquear o que veio em seguida. Não tive como evitar as imagem aparecendo aos poucos em minha mente, como fosse um pequeno filme sento projetado. Apertei as têmporas com forca, não quero ver aquilo. Não quero vislumbrar mas uma vez.


 


- Taka esta ficando pálido, tem certeza que esta bem? - Kou segurou meus ombros.


      


             Tudo girou, uma nevoa branca ocultou minha visão. Senti tonto, minhas pernas vacilarem aos poucos e meu corpo tombava para o lado. Eu tinha feito esforço de mas, meu corpo não agüentou o tamanho que era as emoções que tomavam aos poucos. Devagar perdi a consciência.


       


             Abri aos poucos meus olhos, para eles se acostumarem com as luzes que me ofuscava. Levantei rápido de mais, e sento minha cabeça doer. Percebi que esta sobre uma maca na enfermaria. Kouyou esta de frente para o balcão de mármore.


 


- Finalmente acordou Taka, estava preocupado - Suspirou de alívio - O que aconteceu em?


 


- Não sei - Murmurei baixo, passando a mão na nuca.


 


- A coisa foi feia em Taka, você caiu inconsciente do nada. Assustou todos nos - Contou - Parece que levou um choque, o que foi em? Aquela mulher o perturbava? - Perguntou-me.


          


                Voltei a deitar, a dor amenizou-se um pouco tanto espaço para raciocinar. Sim, conhecia muito bem Mayuri Taketsumi. Bem ate de mas, e como desejava nunca ter conhecido aquela pessoa. Esteve presente no pior dia da minha vida, fora trocada por ela. Como não ia lembrar disso? Mesmo que não queira esta registrado em meu cérebro, impossível de ter alguma possibilidade de excluir. Não perturbou somente abalou todo meu equilibro mental.


          


                Emoções de mais para o próprio corpo suportar. O que tinha acontecido com ela só podia ser uma coisa Karma. Senti-me assim quanto ela e ele esta me traindo. Ou talvez pior naquele momento. Mas jamais culpei por nada, Mayuri não fizera nada. Talvez somente um infortúnio. Estar no lugar e hora errada.


 


- Taka esta chorando? - Kou olhou-me surpreso.


          


              Chorando? Droga eu não tinha percebido isso. Limpei rapidamente. Ninguém precisa saber disso, da minha desgraça. Eu sempre carreguei comigo e não e agora que iria mudar.


 


- Acho senti pena dela - Menti.


 


- Matsumoto Takanori - Exclamou Miyu - Acha que nascemos ontem? Esta mentindo na cara dura, querido - Repreendeu-a de pé na batente da porta.


           


             Surpreendeu-me, fazendo- me esbugalhar os olhos. Que diabos Miyu esta fazendo aqui? Por cima ouvindo a conversa dos outros. E intrometendo assim.


 


- O que faz ouvindo a conversa dos outros? - perguntei surpreendido.


 


- Passei para ver como estava o.k - Explicou - Eu vi Taka, o modo que mentiu. Seus olhos firam gélidos - Acusou - Reconheço uma mentira quanto eu vejo, e você não e bom nisso meu caro - Confessou.


 


- Como sabe? - Sussurrei envergonhado.


 


- Sou psicóloga e trabalho aqui quanto termino meus turnos na clinica particular - Respondeu entrando - Você devia saber. Não surpreendo, e tão desligado do mundo real Taka - Jogou literalmente as palavras em minha cara.


         


                Foi como um tapa no rosto, senti uma dor no peito. A verdade me machuca. Conheci a tão pouco tempo e conseguiu enxergar através de mim. Quem era aquele ser a minha frente? Não sei nada sobre ela, mas Miyu sabe quase tudo sobre mim. Entrou no meu mundinho sem ser convidada.


         


               Olhei para os dois, Miyu do lado do Kouyou. Minha expressão teve ser de idiota. Continuo surpreso, e embasbacado. Nunca ninguém tinha chegado tão longe de me conhecer verdadeiramente. Olhando desse angulo ate que os dois têm alguma semelhança.


 


- São parentes? - Perguntei avaliando-os.


 


- Irmãos - Responderam.


 


- Não sabia que tinha uma irmã Kou - Murmurei surpresa com a descoberta.


 


- Do jeito que distraído nunca ia saber Takanori-kun - Sorriu ela mostrando o crachá preso ao jaleco “Matsumoto Miyuki” - Sabe Kou-chan me ligou há seis meses atrás dizendo que o amigo dele estava agindo de um modo estranho, preocupou-se pedindo que eu olha-se e dizer em uma prevê avaliação o que tem - Contou.


 


               Fuzilei Kouyou, que sorriu bobo e começou a coçar a nuca sem graça.


 


- Eu vim por que estava devendo uma para ele no tempo do colegial. Na primeira vez que de vi, quando Kou-chan me apresentou-me no hospital - Continuou - Você me ignorou, como estivesse distante e querendo ficar sozinho. Pensei no começo que tinha problema em ser sociável. Depois de alguns meses descobri que não era uma pessoa solidaria e sim depressiva - Concluiu.


 


- Nee-chan e incrível não? - Perguntou ele corando - Eu esta preocupa com você Taka, sinto muito eu deveria ter contado. Naquela época você agia diferente, e estranho com estivesse fugindo de alguém - Confessou tímido - Não parecia que queria me contar algo, eu esta ficando muito preocupado com o modo que andou agindo naqueles meses. Tive medo que alguém a seguisse que a ameaçasse, como não contava nada... Não tive outra escolha...


 


                Kou ficou sem jeito, esta tímido e envergonhado. Escondia-se aos poucos atrás da irmã com medo que eu gritasse com ele. Sabia o quanto odiava isso, que levanta-se a voz com ele. Em vez de querer estrangular-lo ou coisa do gênero eu me senti bem com atitude dele. Como sentir a proteção de okaa-sama. Senti amado e protegido novamente.


 


- Taka esta muito bravo comigo? - perguntou receoso, olhando atentamente para mim - Me perdoa?


 


             Não consegui pensar em algo para poder falar, a seis meses atrás ele nem me conhecia direito e mesmo assim se preocupou comigo. Com um idiota que mal tava atenção para ele. Não conseguia pronunciar voz. Depois de tudo aquilo acontecer, senti-me abandonado. Não tenho família e nem muitos amigos de verdade. Agora ouvindo essa confissão, acho que fiquei surpreso em ver que alguém se importava comigo. Queria meu bem. Senti aquecido e protegido por dentro.


 


- Esta tão bravo comigo assim? - Indagou - Por favor, fale comigo? - Implorou o loiro choroso.


 


              Era para mim esta o odiando de verdade, mandar fazer algo desse tipo. Mas com certeza eu era um sombra a seis meses atrás, um ser digno de pena. Tão horrível que deixou Kouyou sem saída a não recorrer a irmã que eu não sabia ele tinha ate a alguns minutos atrás. Quantas coisas eu não sabia sobre ele? Meio injusto já que me conhece muito bem.


 


- Takanori fale alguma coisa? - Pediu - Nee-chan eu sabia que ele ficaria assim comigo, viu. Estava errada, ele nunca mas vai falar comigo. Já começou a me ignorar. Nee-chan... - Falava desesperado.


 


- Shiiiiiiiiii - Ela colocou o dedo indicador na frente dos lábios, e um sinal de silencio - Cala a boca e deixe-o pensar Kouyou.


 


               Kou calou-se e ficou quedo em um canto. Observando-me, esperando que eu dissesse algo. Mas não tenho o que disser esta imponente, alguém tinha passado pela minha mascara de porcelana. Eu fora descoberto.


 


- Calma Takanori-kun - Aproximou-se - Sei como se sente agora, inseguro por alguém ter desmascarado você do nada. Surpreso por ser uma completa estranha - Sorriu gentilmente apoiando um das mãos em meu ombro - Se pensar direito eu não sou um completa estranha, te conheço faz seis meses - Usou um tom meigo.


 


               Ela tinha razão, eu a conhecia faz muito tempo. Somente não tinha noção do tempo. Como alguém estivesse retirando as vendas aos poucos dos meus olhos, trazendo-me para a realidade. Vi quanto tempo eu joguei fora como não fosse nada. E nesses anos tinha apreendido que tempo era algo muito raro. Eu esta indo contra todos meus princípios. E nem ao menos percebi isso. Quantas coisas eu deixei passar sem saber o que eles realmente significam.


 


- Taka-kun por e assim? Perdeu alguém? - Perguntou - Não podemos de ajudar se não sei o que de incomoda, pelo que pude analisar você sofre de depressão profunda. Pessoas assim são muito frágeis e têm idéias suicidas - Contou paciente - Você foi forte Taka, a maioria enlouquece aos poucos ou tornam extremadamente anti-sociais.


 


              Sim eu já tinha passado pela minha cabeça varias coisas assim. Morrer não era melhor saída, sabia por ser medico. A vida e valiosa de mas, Okaa-sama sempre disse isso. Ante-social sim eu sou ainda, apesar de ser gentil com as pessoas. Forte? Eu sou um covarde depressivo, digno de pena. Sou um idiota que esta morrendo aos poucos por não ser amado. Eu sou ridículo em todos os sentidos.


 


- Por que querem me ajudar? - Olhei-os.


 


- Amigos e para serve para isso Takanori-kun - Respondeu-a simplesmente - Amigos nos dizem a verdade, nos põem no chão, matem na realidade, não nos deixar ler levado. Amigos querem nosso bem. São tesouros valiosos que ganhamos à medida que caminhamos por essa vida, eles deixam sua essência sua marca. Deixe-nos de ajudar – Pediu ela - Queremos somente ver-lo feliz novamente. Mesmo que não admita você não esta vivendo Taka. E medo?


 


               Kou franziu a testa, não tinha compreendido. Entendi bem o que ela quis dizer com medo. Sim eu tenho muito medo.


 


- O que seria medo? - Rebati a pergunta.


 


- Medo aquilo que nos tememos, nos apavora. Uma coisa horrível que queremos fugir - Sentou em uma cadeira da enfermaria - Medo e nunca poder amar novamente, já que se apaixonou por um cara que já achou sua cara metade.


 


- Isso seria idiotice? - Indaguei.


 


- Idiotice e fugir naquilo que verdadeiramente quer. Idiotice e ignorar o amor que sinto por aquele homem, que e casado e tenho gêmeos eu sento madrinha aquelas crianças. O que sinto não e idiotice, o amor não e idiota. E belo e machuca muito - Afirma - Sua historia e idiota?


 


           Eu ri friamente, sim minha historia e uma tragédia sem fim.


 


- Talvez - respondei pensativo.


 


- Perda? - Interrogou-a.


 


- Sim - falei seco, ajeitando na maca.


 


- Vamos fazer um jogo, que funciona muito bem com meus pacientes problemáticos - Sugeriu-a - Cada um de nos vamos falar de um caso de perda que sofremos. Mas depois de contarmos nossa historia, você tem que contar a sua sem mentir. Assim todos saem ganhando e conhecemos um pouco mas sobre a outras pessoa. Talvez sua história no final não aprece tão idiota como imagina. - Acrescentou.


 


             Pensei na possibilidade, seria a mesma coisa que dividir experiência. Sou forte o bastante para contar?


 


- Eu começo - Kou sentou em uma cadeira - A seis meses atrás me apaixonei por Kai, ele um cara legal amoroso e tudo mais. Uma pessoa que me compreendia, que gostava no meu jeito infantil e insuportável, das minhas birras. Pensei que ele fosse minha cara metade. Eu me encanei profundamente, depois de três meses juntos ele me confessou que dormiu com outro cara. Foi ai que a verdade bateu em mim. Que estava errado, que tinha fantasiado de mais nossa relação. No final tornamos amigos, não guardo nenhuma magoa e admirei a sinceridade dele - Sorriu no final.


 


- Na faculdade cai de amores por meu melhor amigo deste o colegial. Ele era legal e esperei um dia criar coragem para dizer o quando eu a amava. O tempo passou, tinha medo de ser rejeitada por ele e não queria perder de jeito nem um nossa amizade de tanto anos. No dia que eu reuni coragem para disser, ele anunciou que estava noivo. Foi como alguém tivesse atirado em mim, senti o coração partir em dois. Hoje ele e casado, e tem gêmeos. Sou madrinha de casamento e dos filhos dele. A felicidade dele passou ser a minha, e continue o amando ate hoje do mesmo jeito - Desabafou.


 


               Sei como o Kouyou sentiu ser desiludido e horrível. Mas senti pena, ela o amava mas ele amava outro. Um amor que nunca seria correspondido. Amando em silencio. Parecia minha própria historia, consegui ate por me em seu lugar. Miyu não parecia esta arrasada, eu deveria pensar como ela e continuar vivendo minha vida e esquecer o passado. Mas não, acabei-me prendendo a ela sem saber.


 


- Como conseguem superar tudo isso? - Pergunto.


 


- Eu tive Nee-chan. Quanto meu relacionamento acabou eu passei a noite bebendo e chorando na companhia da nee-chan, nos ficamos xingando coisas incoerentes sobre o Kai. Ela me apoiou e não valia chorar por ele mesmo, as coisas são o que são e não da para mudar - Contou pensativo com um sorriso bobo - Ainda esta bravo comigo?


 


- Não. Mas eu deveria - Responde serio.


 


- Por que ele estava feliz, a esposa dele o ama. Não ia ser egoísta que deseje que o ele não seja feliz. Ao contrario fico feliz quanto ele esta. Sigo em frente por mim e talvez um dia eu ache uma pessoa que posso me amar e deixar de amá-lo como homem e começar amar como amigo - Percebi seu tom triste - Principalmente eu sigo em frente por minha família, por meus amigos e pelas pessoas que se preocupam comigo. Eles não merecem sofrer por mim causa. E você taka?


 


         Puxei o ar e soltei coragem Taka. Eles contaram suas historia, você pode ser forte e contar a sua tragédia.


 


- Eu apaixonei perdidamente por meu chefe quanto eu trabalhava para sustentar a universidade. Ele um dia correspondeu meus sentimentos, e não podia ficar mais feliz que aquilo. Pensei que daqui em diante só teria felicidade. Errei feio, ele me traiu com a secretaria do pai e jogou na minha cara que não passava de seu brinquedo temporário e chutou-me dizendo que nosso relacionamento era somente brincadeira. Aquilo me destruiu não esta preparado para outra perda depois que Okaa-sama faleceu de câncer - Minha voz ficou falha, e deixei duas lagrimas caírem.


 


         Kou me abraçou, passando a mão em minha costa como sinal de consolo. Miyu segurou minha mão e apertou. Senti bem, como não sentia a muito tempo,amado novamente. Foi um alívio poder desabafar, acho que deveria ter feito isso muito tempo. Como o peso fosse retirado dos meus ombros. Agora eu tenho algo que não tinha antes, amigos de verdade. Fizeram longos minutos de silencio em nome do meu sofrimento. Encontrei finalmente um consolo para tudo isso.


 


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado, eu escrevi na presa
eu assisti esse dias um novela estrangeira ai e tive um grande
idéia, já sei como seja o fim. E praticamente eu já planejei a historia toda
logo o próximo cap Ele já esta pronto, só falta eu da revisada



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