At first sight escrita por BrunaBarenco


Capítulo 1
Capítulo 1: How We Do


Notas iniciais do capítulo

OLÁ OLÁ!Se alguém estiver lendo, e eu realmente espero que alguém esteja porque essa fic é meu novo amorzinho e eu demorei meses para tomar coragem e postar... Anyway, espero que deem uma chance a história. E, hm, não sei o que escrever aqui. Primeiras notas são sempre estranhas. ENJOY IT e que o Brasil pelo menos leve o terceiro lugar na Copa!



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We're tearing up the town
'Cause that's just how we do

Dominique estava tendo um não agradável fim de tarde, remoendo o que seria a véspera do seu aniversário de namoro se ele não tivesse terminado com ela há exatos dezesseis dias atrás, quando duas das suas melhores amigas irromperam determinadas pela porta do seu quarto. Ela tentou sem encolher na cama e se sufocar com um travesseiro sem sucesso.

–Você tem que levantar dessa cama! Vamos lá, Nique, já faz duas semanas. – Roxanne disse, puxando o cobertor da amiga loira.

Molly a ajudou naquela tarefa complicada de tirar Dominique da cama, mas ela resistia. Lá em baixo, o carro dirigido por Makayla buzinou e elas tamparam os ouvidos.

–Já vai- Roxanne gritou da janela, voltando a encarar Dominique, agora sentada na cama de braços cruzados. – Você já devia ter superado. Inclusive, já está saindo com um carinha da faculdade da sua irmã.

–Qual é, Dominique. - Molly fez coro a Roxy- Vai ser divertido. Uma festa cheia de desconhecidos gostosos só esperando por nós. Você tem que ir!

Dominique bufou, ainda de braços cruzados.

–Em primeiro lugar, o Ronny é o cara mais chato da face da Terra. Eu só não dei um pé na bunda dele... Bem, eu não sei por que ainda não dei um pé na bunda dele, mas isso vai acontecer em breve. Segundo, hoje seria nosso aniversário de um ano de namoro! Vocês tem noção do que é isso?

Roxanne trocou um olhar cúmplice com Molly, que não agradou nada Dominique, abriu a janela e pediu para Makayla estacionar o carro.

–Aniversário que não aconteceu. Você está dramatizando, Dominique. Tudo bem, é completamente ruim o cara terminar com você há duas semanas...

–Dezesseis dias.

–Tanto faz. Duas semanas do aniversário de um ano. Mas não é o fim do mundo! Todas nós passamos por isso!

Dominique ergueu uma sobrancelha.

–Roxanne, seu relacionamento mais duradouro teve dez dias.

–Ele estava indo embora da cidade, ué!- Roxanne se defendeu. – Mas não estamos falando de mim. Estamos falando de você. Já curtiu sua fossa por tempo o suficiente!

Molly assentiu.

–Aposto que já escutou os CDs da Adele mais de trinta vezes.

–Só escutei umas cinco, na verdade. Depois eu queimei fotos dele tentando aliviar a raiva, depois veio à tristeza de novo e aqui estava eu. E para sua informação, estava vendo se I Love The Way You Lie me animava um pouco. - Dominique admitiu, como se não fosse nada, se agarrando a um bichinho de pelúcia que tinha desde os cinco anos de idade.

Roxanne se afastou dela delicadamente.

– Você me assusta um pouco. Por favor, não queime uma casa. E você vai levantar dessa cama agora mesmo! Nem que eu tenha que te tirar daí ou ameaçar quebrar a sua Polaroid...

–A Polaroid não!- Dominique gritou já se levantando. – Isso é chantagem.

–Só queremos o seu bem, okay?- Molly disse, abrindo o guarda-roupa de Dominique. – Vamos ver o que temos aqui... Oh, esse! Perfeito!

Dominique, derrotada pela teimosia das amigas, jogou o resto das cobertas para o chão e foi ver o que Molly segurava.

–Oh não. Esse aí não. Nunca usei isso.

Roxanne colocou as mãos na cintura.

–Eu te dei esse vestido! Está criticando meu senso de moda?

Dominique olhou para o que Roxy estava vestindo. Uma saia curta, e uma blusa vermelha chamativa, além de saltos agulha. Não. Definitivamente, não era seu estilo. Molly seguia a mesma linha, num vestido azul.

–Hã, estou.

–Vou ignorar porque estamos te salvando da maldição da garota dispensada.

–Maldição da garota dispensada?- Dominique perguntou, mesmo tendo suas suposições do que se tratava.

–Tinha que ser loira mesmo!- Roxanne brincou. – Maldição da garota dispensada: você, uma linda garota de 16 anos, é dispensada por um idiota e gasta todas as suas oportunidades de ser adolescente chorando e depois procurando relacionamentos fadados ao fracasso.

–Loira com o Q1 maior que o seu!- Dominique devolveu, escolhendo um vestido preto.

–Você não quer ser essa garota, quer?- Molly perguntou, estreitando os olhos.

As opções de Dominique eram claras. Ou ela dizia que não, e ia para essa maldita festa, ou ela dizia que sim e continuariam tentando a obrigar a ir para a maldita festa. No final, elas iam conseguir arrasta-la para fora de casa. Uma pena que Fleur tinha ido jantar com o marido e padrasto de Dominique, Bill. Ele com certeza acalmaria o fogo das sobrinhas.

Dominique suspirou, derrotada.

–Eu vou nessa festa idiota com vocês.

Molly deu pulinhos.

–Amém, Senhor, obrigada por tirar essa menina da cama!

–Mas eu não prometo mais do que isso. – Dominique completou- Não vou dar em cima de ninguém, só ficar no meu canto sem beber porque é claro que eu vou precisar voltar dirigindo... E se tentarem empurrar alguém para mim, corto o cabelo de vocês enquanto dormem.

Roxanne levantou o dedo, apontando acusadoramente para Dominique.

–Isso. É por isso que eu tenho medo de você. Não duvido nada que cortaria nossos lindos e invejáveis cabelos.

–Fico feliz que me conheçam tão bem- Dominique sorriu meiga, fechando a porta do banheiro para se arrumar.

Olhou seu reflexo no espelho. Não estava tão ruim assim. Ela naturalmente não tinha olheiras, então um pouquinho de maquiagem resolvia. Se ia mesmo sair de casa, ninguém poderia achar um defeito. Talvez até tivesse a chance de esfregar na cara do babaca cafajeste do ex que tinha superado. Mesmo que isso fosse uma mentira deslavada.

Vinte minutos depois, a porta do banheiro foi finalmente aberta. Molly e Roxanne trocaram mais um olhar cúmplice quando Dominique apareceu na porta.

Já dentro do carro, Makayla comemorava.

–Ainda bem que elas conseguiram te tirar da cama. Estava vendo o dia que precisaríamos chamar o SWAT para fazer isso.

–Eu recomendo que seja legal hoje, Mac. Dominique está com o humor assassino em alta- provocou Roxanne.

Dominique revirou os olhos.

–Mais uma gracinha e eu saio do carro agora mesmo.

Makayla ergueu as mãos do volante por alguns segundos, em sinal de rendição.

–Ok, ok. Estamos quase lá. Não é muito longe da sua casa, Nique.

Dominique não mencionou que com aquele humor, poderia voltar para casa a pé se as amigas demorassem muito.

–Vocês pelo menos sabem de quem é essa festa?

Molly riu, no banco da frente.

–Não temos a mínima ideia. Mas todo mundo vai estar lá, então é para lá que nós vamos!

Roxanne aumentou o volume do rádio, começando a dançar igual a uma louca.

–Party hard babies!

Dominique se encolheu no seu canto. Tudo bem. Vamos ser a Srta. Seguindo em Frente.

*****

James andava de um lado para o outro, mecanicamente. Ele repassava o discurso pela decima vez quando ouviu a buzina lá fora.

–Anda logo, Jay- Teddy gritou, girando o volante. James respondeu que já estava descendo, mas parou uma ultima vez em frente ao espelho. Bagunçou o cabelo, mexeu na blusa polo... Ai Meu Deus, ele estava agindo como uma garotinha.

Pegou o papel na cômoda, depois desistiu e voltou a deixar lá, para quando estivesse no meio do corredor voltar e guardar amassado no bolso. Não, era melhor ele levar. Só por precaução.

–Vai sair?- seu irmão Alvo perguntou. Alvo era um conhecido grande nerd, que passava os finais de semana fazendo maratonas de Senhor dos Anéis ou filmes da Marvel. Às vezes até de Game of Thornes, mas só quando os pais não estavam em casa. Quando não era arrastado para as festas, James assistia com ele, sendo um nerd por si mesmo.

–Vou. Numa festa.

–De quem, James?- Alvo perguntou. -Scorpius não mencionou nenhuma festa esse fim de semana.

Scorpius Malfoy era outro amigo deles, e ninguém entendia sua amizade com Alvo. Enquanto Scorpius era capitão do time de futebol e todo esse blá blá blá, Alvo gostava de ficar em casa. Ninguém sabia como essa amizade sobrevivia.

James deu de ombros.

–Eu sei lá. Mas o Teddy vai, e o Fred vai... E a Jane vai.

Alvo sorriu para o irmão.

–A Jane, hum? Pode deixar, eu te dou cobertura aqui em casa.

–Valeu, Al- James agradeceu, abrindo e fechando a porta o mais silenciosamente possível.

James expulsou Fred do banco da frente, se jogando ali e batendo a porta.

–Teddy, o que faz um cara da faculdade como você ir nessas festinhas de colegial?- Fred perguntou pela trigésima vez. – É sério, cara. E as festas da faculdade?

Teddy riu, arrancando o carro.

–Porque em festas de colegial eu faço sucesso por estar na universidade, entende? Garotas fácil.

–E nas festas da faculdade ninguém dá bola para o magrelo de cabelo azul- James completou, batendo no ombro dele. – Principalmente a garota pela qual ele é apaixonado desde que o Tio Bill arrumou uma namorada francesa com duas filhas gatas.

Teddy fez uma careta.

–Olha quem fala, o cara apaixonado pela melhor amiga desde sempre. E todos nós só conhecemos a Victorie, não tem como saber se a outra é gata.

James ordenou a si mesmo a não ficar vermelho, e esperava que tivesse surtido efeito. Fred fez coro à afirmação de Teddy.

–Quando você vai superar? Ou então se declarar, James, nós vamos nos formar em duas semanas!- Fred sacudiu o ombro do amigo.- E Teddy, eu tenho certeza que com uma irmã daquelas, a outra filha da esposa francesa do tio Bill é no mínimo bonitinha.

James bufou.

–Olha só, eu estou trabalhando nisso- afirmou, sobre Jane.

Claro que não ia dizer para eles que escrevera e rescrevera um discurso para dizer a Jane, nem nada assim. Isso só os faria começar piadas sobre como James era um gay. Não que ele tivesse alguma coisa contra gays, mas não era um. Definitivamente.

– A última garota que você pegou foi naquele acampamento da escola, três meses atrás. Você deve estar numa super crise de abstinência!- Fred continuou.

Teddy meneou a cabeça, concordando.

–Precisamos arranjar uma gata para você.

James sabia que não adiantava negar. Então concordou. Teddy começou um assunto algum qualquer e poucos minutos depois eles estavam em frente a casa de alguém, onde a festa acontecia. Todas as vagas no perímetro estavam ocupadas, o que os fez ter que estacionar no outro quarteirão.

O som podia ser escutado daquela distância, enquanto caminhavam até a residência com uma parede coberta de pedras. Já na entrada, a música era tão alta que James não conseguia ouvir seus próprios pensamentos. Olhou em volta procurando por ela. Não conseguiu avista-la, mas não era agora que desistiria de procurar.

Ele não teve que se esforçar muito afinal. Ela chegou pulando nas suas costas.

–Jayyymie!- exclamou, beijando sua bochecha. – Eu não sabia que você viria!

James sorriu para ela. Ah, Jane. Eles se conheciam desde pequenos, uma vez que Jane é filha de uma das amigas de infância de sua mãe. Tinham aquelas típicas fotos de bebês juntos. Estudavam juntos desde sempre. E James não sabia quando exatamente começou a reparar no quanto o cabelo castanho dela ficava bonito quando ela jogava para trás, ou quando começou a se sentir assim perto dela.

–Não me chame de Jaymie, as pessoas vão achar que eu sou gay- ele disse, mas sorriu para ela.

–Deixa de ser chato- ela o empurrou levemente. Seu hálito cheirava a vodca. – Então, lembra quando eu disse que estava cansada de homens?

–Lembro. - James respondeu, segurando o impulso de revirar os olhos. Toda vez que Jane terminava um namoro, e isso era muitas vezes, dizia que tinha se cansado de homens e não queria mais nenhum até se formar. Todas às vezes, era mentira. – Quem é dessa vez?

Jane riu.

–É por isso que eu te amo!- ela se equilibrou e apontou para um garoto sentado numa das mesas de metal, bebendo diretamente de uma garrafa. – Ele se forma esse ano também. Blake Newstone.

James quase engasgou. Todos conheciam Blake Newstone. E ele era famoso exatamente por nunca passar mais de uma noite com a mesma menina, e todas essas coisas do tipo.

–Jane, você tem certeza?

–Quem sabe eu não diferente? Não custa nada tentar, James!- ela respondeu, olhando alegremente para o novo alvo. - Tenho o apoio do meu melhor amigo?

James sentiu um nó na garganta, mas não conseguia dizer não para Jane. Talvez Blake não fosse estar a fim dela. Nunca se sabe.

–Sempre.

Ela deu mais dois beijinhos e saiu correndo em direção a mesa de Blake, onde as amigas já estavam sentadas. Fred balançou a cabeça e deu uns tapinhas no ombro de um James um tanto desconsolado.

Teddy já tinha saído para pegar uma bebida. Ele se encaminhou para a cozinha apinhada de adolescentes. Ah, ele sentia falta dos seus dias de ensino médio, mas ser um universitário em festas de ensino médio era ainda melhor. Ele olhava o corpo de uma morena quando alguém esbarrou nele.

–Derramou alguma coisa?- ele perguntou para a loira baixinha parada na sua frente.

–Deus, não. Eu não estou hã bebendo. É só água- ela ergueu o copo um pouco, parecendo levemente envergonhada.

–Desculpe. - Teddy disse, e a garota levantou o olhar, com um sorriso.

–Sem problemas.

–Ei, eu te conheço?- perguntou, encarando atentamente a garota loira. Tinha algo de familiar nela.

Dominique, parada em frente a quem ela reconheceu como Teddy, um colega da faculdade de Victorie e sobrinho postiço do seu padrasto, gelou.

–Não. Não, eu nunca te vi na vida- ela mentiu, querendo sair dali o mais rápido possível. Correu o máximo que podia pela multidão, ignorando todos aqueles casais nojentos se agarrando nos sofás.

Ela precisava de ar fresco. Bebeu o que restou da água, e procurou o muro de pedra, onde sabia que existia uma saída. Esbarrou em uma garota de laranja, que ela conhecia como Jane Harmon, e finalmente conseguiu escapar para a paz.

Exceto que tinha mais alguém ali.


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Notas finais do capítulo

UUUUUH olha esse final. Bem, para saber o que vai acontecer... Deixem reviews! REVIEWS REVIEWS REVIEWS! Não queria ter que implorar, mas sabe, cinco reviews é um número bastante aceitável. Não doi nada. Pode falar bem, pode falar mal, pode dizer que eu sou uma vergonha para a arte de escrever e devia apagar essa conta e nunca mais escrever uma linha na vida. Fiquem a vontade para criticar.xoxo-Bruna



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