Visão Aragon

– Vamos Olivier ative essa máquina. – disse irritado.

– Senhor, e-eu sinto muito. – Olivier falou assustado.

O longo e estreito corredor da Muralha apesar de abafado emana um sombrio frio.

Aragon está à frente de uma pequena máquina que possui alguns botões e duas luzes, uma apagada e a outra verde. Olivier aperta alguns botões na sua máquina e a luz vermelha se apaga enquanto a verde se acende.

– Pronto Senhor. Todos os titãs estão acordados. – deu um sopro de alivio.

– Você é a pior pessoa que poderia ter ficado. – passa por Olivier – Adrian e Martin são os melhores líderes que já tive.

Olivier fica parado um pouco triste pelas grossas palavras de Aragon.

– Vamos sua anta. Ande logo! – chama a atenção de Olivier.

– Sim. – disse cansado.

Aragon segue pelo estreito caminho que levará até o buraco feito entre os dois Distritos. Enquanto desce a apertada escadaria ele tem uma grande surpresa.

– Hajime. – sorriu o homem na escuridão – Espero que você tenha feito tudo corretamente.

A voz vem do fim da escadaria. Aragon curioso desce até dar de cara com o homem.

– Tsh. Rod Reiss você foi rápido. – disse irônico – Mas me diga como coube aqui dentro? – sorri sarcástico

– Por favor, evite ironias. Você pediu que me chamasse. Meus familiares estão prontos?

– Sim, os dispositivos já foram implantados. – diz parado diante Rod.

– Dispositivos? Não vá me dizer que você implantou aquelas coisas neles? – segura a gola do jaleco de Aragon – Você não irá controla-los. O combinado não foi esse. – sua boca treme de raiva.

– Vamos Rod para que essa violência com o homem que deu a liberdade aos seus entes tão queridos? – um sorriso insano estampa seu rosto – Só coloquei esse dispositivo para nada sair do controle.

*Som de explosão*

O chão abaixo de Rod, Hajime e Olivier treme com a explosão. Dentro da Muralha, o balançar parece pior que do lado de fora.

– Veja só Rod... Tudo está indo conforme os planos. Os dispositivos só irão assegurar que sua família não atrapalhe as minhas criaturas. – sorri mais insano.

Rod solta Aragon contra a escada e acaba acertando Olivier que alivia a queda do velho homem.

– Hajime me diga o que você está planejando? –expressa medo ao olhar o insano cientista.

– Não me chame mais de Hajime. Farei jus ao meu verdadeiro nome. Chame-me de Aragon. – levanta limpando seu jaleco – E se pensa que terei medo de você está muito enganado. O jogo virou Rod. Eu irei controlar todos os titãs, todos Rod! – grita e ri maleficamente.

– Você vai pagar caro por isso. – Rod se vira para a saída com extrema raiva.

– NÃO! ROD FIQUE AQUI! – ri ainda mais alto.

Soldados que investigam o buraco (há pouco tempo atrás)

Dois dos soldados, de um grupo de três, passam pela abertura feita na Muralha. No início ambos tiveram dificuldade em saber para onde ir por conta da escuridão, entretanto depois de alguns minutos encontram a escadaria que leva até o corredor de titãs.

Atualmente os dois soldados caminham cautelosamente pelo estreito corredor de titãs. Ambos assustados com os olhares dos titãs sobre eles. Apesar de serem titãs eles não causarão perigo aos soldados.

– Você lembra como era o gerador? – disse tremendo o soldado da frente.

– Aquele titã disse que se pareceria com uma caixa colorida. Temos que tomar cuidado e apenas desliga-lo. Assim esses titãs dormirão novamente como sempre foi. – olha com medo para os titãs que parecem escutá-los atentamente.

– Onde está o cabeça oca do Sano? – disse irritado o soldado da frente.

– Ele disse que iria ver o Distrito... Olhe ali. – aponta para algo colorido – Deve ser aquilo. Vamos acabar logo com isso.

Após alguns longos passos os soldados chegaram até o gerador. Não muito pequeno, mas com grande complexidade para os dois rapazes.

Apesar de terem seguido até ali o plano a risca, eles acabaram cometendo um pequeno deslize por conta do barulho de explosão escutado, com isso eles acabaram saindo correndo tomados pelo medo.

Apesar de terem conseguido escapar com vida e de terem desligo o gerador eles acabaram esquecendo algo muito importante para trás: o soldado que ficou em Hermina, ele já estava próximo da abertura quando seus amigos já tinham escapado.

Infelizmente o tempo acabou sendo traiçoeiro.

Distrito de Stohess

O desengonçado titã havia retirado a bomba e a arremessado contra duas dúzias de titãs a sua direita.

– HEY GRANDÃO PORQUE NÃO NOS AVISOU ANTES DE JOGAR? – Alguns soldados arremessam pedras contra o pé do gigante.

– SIM! ISSO NOS ASSUSTOU! – grita uma soldada.

– Ô pequeninos humanos. Perdoem-me. – sua voz singela faz com que os soldados sintam um pouco de vergonha pela grosseria – Eu deveria ter alertado vocês também. – olha preocupado para o grupo de Levi dentro do brasão de Sina.

– Não precisa se preocupar com isso. – Levi disse próximo a saída.

– Verdade. Nós que deveríamos ter nos alertado quando vimos que você jogaria a bomba. – Armin disse sorrindo.

– Eu não sei vocês, mas estão escutando alguma coisa? – Eren grita enquanto anda um pouco perdido pela escuridão do local tocando suas orelhas.

– Pelo menos 24 deles estão mortos. – Mikasa disse encarando a mão do titã que se aproxima.

– Venham pequenos humanos. – disse afastando seus olhos do buraco e dando lugar a sua gigante mão.

– Vão vocês três eu ainda tenho que fazer uma coisa. – Levi disse virando-se na direção oposta.

– Mikasa? Armin? Heichou? Vocês conseguem escutar? – Eren grita mesmo com Mikasa o guiando para fora.

Grupos

Os grupos que haviam ficado em Stohess e Hermina já haviam capturado metade dos membros de Aragon. Em Yalkell o grupo de investigação encontra dificuldade em encontrar o grupo de Aragon, mas continuam bem escondidos e preparados para qualquer imprevisto. No último Distrito, o último grupo chegou há poucos minutos. No atual momento conversam com os Comandantes que ainda esperavam pela explosão.

Os grupos de desativação de bomba já haviam desarmado todas. A única explosão causada foi a de Stohess, mas sem perigo algum.

Com a explosão em Stohess todos ganharam tempo suficiente para colocar em prática suas funções.

Até então nenhum soldado encontrou Adrian. O garoto parece ser o único a desconfiar da armação feita contra eles. Ele cavalga pela floresta se aproximando de Stohess para a confirmação de suas suspeitas.

Visão Aragon

– Quem é você? – segura um homem na escuridão – Olivier, Olivier. – grita o homem – Deixe esse gerador de lado, traga alguma lanterna. Esse homem que peguei deve saber o que está acontecendo. Vamos Olivier. – grita impaciente.

O homem cansado do desrespeito de Aragon, pega a lanterna de seu cinto com violência e leva até o rabugento velho.

– Tome Senhor.

– Acenda você seu inútil. Estou segurando esse homem. – grita novamente.

– Tsh... – sussurra.

Olivier liga a lanterna com a mais pura raiva e mira a luz para o homem escondido na escuridão. A luz cega o rapaz por alguns instantes.

– As asas da liberdade... Então parece que alguém descobriu o nosso local de trabalho.

– Me solte seu velho louco. – grita o soldado tentando se soltar de Aragon.

“Como pode ser velho e ter essa força?” – pensa o soldado.

– Eu te solto garoto, mas primeiro me diga o que está fazendo aqui? – pergunta – Foi você que desligou esses titãs?

– Não irei te contar seu velho. – diz irritado para Aragon.

O soldado se balanceia na tentativa de se libertar e acaba acertando em cheio a perna de Aragon que logo cai de dor. Ele aproveita e tenta fugir.

– Corra Olivier, pegue-o!! – grita irritado enquanto agoniza no chão.

O veloz rapaz pula por cima de Aragon e corre até o soldado. Assim que se aproxima do rapaz o da um violento chute no meio de uma de suas pernas. O soldado cai agonizando ao chão.

– É melhor dizer o que veio fazer aqui senão terá que apagar com sua vida. – sussurra Olivier – Acha que proteger a sua tropa com sua vida é a melhor opção? Não prefere ter de viver? – sussurra.

– Não me importo de morrer agora. – se vira para Olivier – Se for para o bem da humanidade eu darei a minha vida com honra.

– Você tem coragem soldado. – Aragon aparece atrás de Olivier – É uma pena que será esquecido rapidamente.

O barulho ecoou por boa parte da extensão da Muralha.

– Droga. – disse o soldado que estava há pouco tempo dentro da Muralha – Esquecemos do Sano.

Os dois soldados pararam bruscamente seus cavalos.

– Ficamos tão assustados que nos esquecemos dele. Isso é muito ruim. – disse um pouco perturbado pelo esquecimento – Espero que ele esteja bem... – disse o rapaz.

– Vamos voltar. – o outro disse.

Visão Levi

Levi tinha aberto a pequena passagem do lado de dentro da Muralha Sina. Apesar de ser resistente, o brasão é facilmente deslocado se for nele aplicado uma força um pouco maior.

De cima da enorme Muralha, Levi vê a enorme imensidão de Sina e a vida que ali está presente. Uma sensação de paz cai sobre o pequeno fazendo-o aproveitar a fresca brisa.

– Imagino o caos que seria senão tivéssemos tido grande sorte... – sussurra ao vento.

Uma curiosa imagem abaixo de si chama sua atenção.

– Hum... – olha para baixo e vê um rapaz cavalgando – Os grupos já devem estar longe daqui. Quem será esse? – acompanha o garoto cavalgar.

“Não explodiu? Era para ter explodido!” – Adrian.

Com grande azar Adrian acaba se entregando ao olhar para o brasão de Sina.

Alguns minutos mais tarde

– Grandão!! – grita o titã ao lado do brasão.

– Pequeno Levi. – Hajime se vira e sorri para o pequeno.

– Tsc... Eu já disse para não me chamar assim. – um pouco de raiva sai do seu olhar.

– Ô me desculpe. Vejo que trouxe companhia. – levanta sua mão até a saída – Venham.

– Não nos leve para baixo ainda. – sobe na mão do gigante.

– Tudo bem. – retira sua mão da saída com os dois garotos sobre a sua mão.

– Conhece esse homem? – joga Adrian um pouco para frente de si – Eu não o conheço e ele estava cavalgando, próximo a Muralha, sendo que a ordem de retirada é para que nenhum humano se aproxime dela.

“Hajime? Ele estava vivo? Esse tempo todo eu pensei que ele tinha morrido. Droga, Aragon não vai conseguir ganhar se ele contar tudo o que sabe para esses malucos da tropa.” – Adrian fica perplexo por ver o gigante.

– Levi... – Hajime olha com dificuldade para o rapaz caído em suas mãos – Eu sinto muito, mas... – tenta se lembrar – Eu sinto muito em não poder ajudar dessa vez. Não sei quem é esse jovem rapaz. – fica um pouco preocupado por não ter em sua memória a imagem de Adrian.

– Não precisa se esforçar. Não irei duvidar de suas palavras. – diz sério.

– Obrigado pela confiança. – sorri simpático.

– Nos coloque no chão agora.

– Claro. – ainda sorri.

Visão Hanji

– AAAAA é brincadeira. Eu desci todas as escadas. – Hanji é uma mistura de cansaço e tristeza – Como consegui fazer isso comigo mesma? Deve ter sido essa droga que injetei. – tenta olhar seu braço, mas onde está apenas à escuridão reina – Se pelo menos tivesse tido algum efeito, tirando aquela ardência horrível, eu não ficaria tão chateada. – começa a subir as escadas.

Hanji respira fundo enquanto carrega em cada mão uma das maletas pretas.