The Other Girl (Hiatus) escrita por Gloweer
Notas iniciais do capítulo
Gente, me desculpa!!!
Meu computador quebrou e demorou um pouquinho mais do que eu esperava para ele voltar.
Irei responder todos os incríveis comentários que vocês deixaram mas provavelmente amanhã. Passei hoje só pra postar o capítulo mesmo.
Estou tentando fazer capítulos maiores, só não sei se irão acontecer.
Esse está maior porque estava dividido em dois, e acabei juntando para aumentar. Me avisem se ficou estranho.
Quem tiver dúvidas pode perguntar! Eu adoro responder! :D
Muito obrigada pelo apoio, e aqui vai (sem mais demoras) um capítulo novinho!
Minha cabeça estava confusa, e eu estava com frio. Sentia o chão gelado embaixo de mim, e num segundo, lembrei-me do que havia acontecido. Abri os olhos, apenas para ver o apartamento do Stark completamente destruído. E tenho que admitir, fiquei um pouco feliz. Ouvia vozes conversando, e tentei me levantar, mas estava um pouco fraca. Uma mulher me amparou, e percebi que estava usando apenas um cobertor.
– Querida, você está bem? – A ruiva falou, preocupada. Percebi que era a mesma mulher que estava com James mais cedo.
– Sim. – Disse, me enrolando na coberta. – Obrigada.
Ela sorriu gentilmente, e então Stark apareceu junto de James.
– Ah, a Bela Adormecida acordou! - Stark falou.
– Tony! – A ruiva chamou sua atenção.
– Então, Rebecca... – Ele ficou sério. – Acho que não vamos precisar de um exame de DNA.
– Sério? – Sorri irônica.
– Você destruiu meu apartamento! – Ele falou bravo.
– Eu percebi. – Falei rindo.
Ele me olhou sério.
As pessoas não entendiam porque eu não gostava de Tony Stark. O maravilhoso Homem de Ferro. Salvador da pátria. Vingador da Terra. Bom, eu tinha meus motivos.
“Meu vulcão soltava sua lava, e ao lado dele, eu esperava com tia Jen, ansiosa para conhecer meu ídolo, Tony Stark, o Homem de Ferro. A única razão pela qual eu tinha entrado naquele concurso estúpido. Eu tinha dez anos, e era, para dizer a verdade, uma garota estranha. Eu usava óculos enormes, e meu cabelo escuro estava constantemente preso em duas marias-chiquinhas no alto da cabeça. E em ocasiões especiais, eu as enrolava e prendia-os, como era o caso naquele dia.
Tony Stark apareceu três horas atrasado, e aparentemente embriagado. Começou dar em cima da tia Jen, e quando eu fiz uma pergunta a ele, ele apenas riu e disse:
–Lindo cabelo, Princesa Leia.
Daquele dia em diante, eu odiei Tony Stark. “
– Tony, deixa a menina em paz. – A ruiva disse. – Vamos querida, achar algo para você vestir.
Por sorte, James havia ido ao carro buscar minhas malas. A ruiva, que se apresentou como Pepper, me levou a um dos quartos, e me deixou a vontade para tomar um banho e colocar algumas roupas. Coloquei a primeira que encontrei na mala, e quando estava terminando de pentear o cabelo, ela entrou no quarto.
– Rebecca, você precisa de mais alguma coisa? – Como alguém com nome de pimenta pode ser tão doce?
Eu estava pronta para negar, quando meu estômago roncou. Lembrei-me que fazia um bom tempo que eu não comia. Parecendo ler minha mente (ou ouvindo meu estômago), ela sorriu.
– Está com fome? – Perguntou, e eu afirmei com a cabeça.
– Venha, vou preparar um lanche.
Fomos até a cozinha, e ela me preparou um sanduíche. Após terminar de comer, me levou até a sala, agora parecendo um pouco menos destruída, onde James e Stark estavam.
– Então, você vai me dar o endereço do meu pai? – Falei quando vi Stark.
– Não.
– Tony! – Pepper o repreendeu.
– Calma. – Ele falou, levantando as mãos em sinal de rendição. –Eu não tenho o endereço de onde ele mora, mas amanhã ele virá trabalhar, aí você pode ver ele.
– Tá bom! – Falei contrariada. – Amanhã eu volto.
– Aonde você vai? – James perguntou preocupado.
– Para um hotel. – Respondi irônica, era óbvio que era o único lugar que eu poderia ir.
– Imagina. – Pepper falou. – Você vai ficar aqui.
– Ela vai? – Tony falou descrente.
– Não vai? – Pepper me olhou, sorrindo. Não conseguiria dizer não para ela.
– Ah... Claro. – Falei, sem jeito.
– Então está certo. – Ela sorriu, levantando. – Vou mandar preparar o quarto de hospedes.
–--------
Apesar de todo o conforto do quarto de hóspedes da Torre Stark, não consegui dormir. Minha cabeça estava cheia de coisas. Estava animada com a possibilidade de conhecer meu pai, mas tinha medo de que ele não me aceitasse. Sentia saudades da tia Jen, e ficava triste por saber que nunca mais iria vê-la. Tentava não pensar em minha mãe, mas naquela situação, parecia impossível. Os sacrifícios que ela fez para me manter segura haviam sido em vão. E uma raiva crescia em mim ao lembrar que meu maior inimigo era, na realidade, meu avô.
Com essas idéias em mente, a noite se arrastou e logo a claridade começava a entrar pelas brechas da cortina. Já que estava acordada e não agüentava mais ficar na cama, corri para o banheiro, fiz minha higiene matinal e tomei um banho. Troquei de roupa umas dez vezes, apesar de ter apenas algumas peças, e fiquei pronta para sair.
Ouvi uma batida na porta, e Pepper entrou logo após.
– Bom dia! – Sorriu. – Já está pronta?
– Sim. – Falei sorrindo e acompanhei-a até a sala de jantar, onde os empregados serviram o café da manhã para mim, ela e Stark.
Não consegui comer muito, pois estava uma pilha de nervos. Pepper deve ter percebido, pois toda vez que olhava para mim, sorria.
– Está animada? – Ela perguntou.
Acenei positivamente enquanto mastigava minhas panquecas.
– Pedi para que mandassem Bruce subir aqui quando chegasse. – Ela avisou e eu concordei.
Terminamos o café e fomos esperar na sala. Sentei em uma das poltronas, em frente ao vazio deixado pela falta do sofá, Pepper sentou-se em outra poltrona e Tony ficou de pé ao lado dela.
Não demorou muito para que JARVIS anunciasse que o Dr. Banner estava no elevador. Meu coração parecia que ia sair pela boca, e aqueles poucos minutos pareceram uma eternidade.
Quando o elevador abriu, saiu de lá um homem meio alto, de cabelo escuro com alguns fios grisalhos, de olhos escuros e óculos de grau, usando uma calça social clara e uma camisa social roxa. Era ele? Aquele era meu pai? O monstro que todos tinham medo?
– Bom dia. – Ele disse saindo do elevador. Tony e Pepper foram recebê-lo. Ele olhou ao redor, assustado. – O que aconteceu aqui?
Pepper sorriu sem jeito.
– Estamos redecorando. – Tony disse sarcástico.
– O que vocês precisam? – O homem disse. Eu o observava. Não acreditava que finalmente estava na mesma sala que ele, que o conheceria. Estava presa num torpor de felicidade, ansiedade e nervosismo.
– Nós, nada. – Tony falou, e virou o homem para que ele pudesse me ver.
Por um momento, pude ver felicidade em seus olhos e um leve sorriso, então, ele ficou sério e em seus olhos, só vi tristeza.
– O que foi? – Perguntei.
– Nada. – O homem disse se aproximando. Acho que ele percebeu que eu o analisava. – Você se parece com alguém que eu conhecia.
Eu sorri.
– Porque eu estou aqui? – Ele perguntou para Tony.
E com todo o seu charme e delicadeza, Tony disse sem demoras.
– Verdão, conheça sua filha. Verdinha, conheça seu pai.
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