Loucamente Sua escrita por Meena Swan


Capítulo 3
Algo Não Me Caiu Bem...


Notas iniciais do capítulo

Olá! Que tal?
Sentiram muita minha falta?
Vocês: ÓBVIO!
AHHHHHH

kkkkkk
Espero que gostem.
Beijos.



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Capitulo Dois: Algo Não Me Caiu Bem...



Estava tão aérea por conta da notícia de Alice que minha mente não reconheceu o que estava fazendo, como se estivesse no piloto automático, caminhei em fila até o avião, subi as escadas com a mente ainda em outro lugar, tomei minha poltrona ainda no mesmo estágio mental.

Mas, foi quando o aviso da aeromoça ecoou por todo o avião que finalmente minha mente saiu do transe para enfim entrar em pânico.

Nunca tinha viajado de avião e todas aquelas cenas de aviões caindo vista em filmes não ajudou. Com as mãos tremulas coloquei o cinto de segurança, depois de ouvir o clique tentei me levantar, meu corpo voltou para trás com a mesma força que pus para levantar.

Cinto, ok!

Segurei com força os braços da poltrona, meu corpo completamente tensionado ao sentir aquela enorme máquina balançar e por mais que pusesse força para que meu corpo não balance, o sacolejar era tão forte que não conseguia deixar meu corpo imóvel. Uma aeromoça passava pelo corredor se certificando de que todos estavam de cinto.

Ela não tinha medo? Meu corpo balançava tanto que se minha cabeça não estivesse grudada em meu corpo já tinha voado por metros. Como ela conseguia se manter em pé?

Virei o rosto para o homem ao meu lado.

– Quais são as chances desse treco cair?

Ele riu. De que ele estava rindo? Estávamos saindo do chão. E se desse uma pane? Se uns dos motores explodisse? Meus olhos se arregalaram.

– Primeira vez? Relaxe. Esses sacolejos são normais.

– Qual foi a última vez que fizeram a manutenção dessa coisa? E se o motor de uma das asas parar? Nós vamos morrer!

– Não vai acontecer nada disso. Esse tipo de coisa só acontece em filme.

– Fala isso para as famílias das pessoas que morreram naquele voo... Não me lembro o número, mas sei que a caixa preto nunca foi encontrada... Ou foi?

– Raramente acontece. Não acontecerá hoje.

Observei pela a janela tudo ficar pequeno até tudo que podia-se ver era nuvens. Nuvens branquinhas e que com certeza não eram feitas de algodão doce.

Depois de um tempo voltei a encarar a pessoa ao meu lado e me dei cota de que não era um homem qualquer. Era um padre. Sorri ainda nervosa. Odiava a ideia de estar a vários metros do chão.

– Estou indo a um casamento. – Murmurei ainda tensa.

– Que bom. É o seu?

– Não. – ele não me ouviu dizer: A um casamento? Óbvio que não era o meu – Minha irmã vai casar. – me aproximei mais um pouco, sussurrei o complemento – Ela é mais nova.

Crispei os lábios na tentativa de impedir que minha pergunta besta escapasse, mas sabe como é? Em algumas situações e impossível. Aquela era uma delas.

– Acha normal a irmã mais nova casar primeiro?

– Sim. – Ele respondeu com seu tom de quem não quer continuar com a conversa, ignorei isso.

– Quanto casamentos de irmãs mais velhas o senhor faz depois que a irmã ais nova casou?

– Não me lembro. Não muitos.

– Oh meu Deus. Vou acabar minha vida como todos da minha família previu.

– Hum... – O padre abriu o jornal, cobriu o rosto e fingiu lê-lo.

Qual é? Sei identificar quando alguém estar realmente lendo. Não parei de falar precisava me manter ativa.

– Tenho vinte e cinco anos. Acha que estou muito velha?

– Não o que dizer. Você se senti assim?

– Minha mãe diz que no ritmo que estou, segundo ela afasto todos os homens com o meu jeito louca de ser, vou acabar solteirona. Meu pai por outro lado nunca me disse esse tipo de coisa, pelo menos não de forma direta, mas de vez em quando estar me perguntando sobre os – fiz aspas com os dedos – “namoradinhos”.

– Dê tempo ao tempo. Você não tem um calmante por aí? Vai ajudar a senhorita a falar menos.

Fiz careta para ele. Que padre mais mal educado. Ele não podia me dizer esse tipo de coisa!

– Ah. Que mal educado o senhor, não?

– Eu só quero ler o meu jornal. Você fica tagarelando sobre sua vida amorosa. Sabe quanto disso tenho que ouvir? Vocês mulheres só falam sobre isso. Por isso, estão solteiras. Quem em sã consciência aguenta isso?

– Pensei que o trabalho dos padres fosse esse. Escutar as pessoas falarem sobre suas vidas.

– Não é da vida, são os pecados. E nem menos estamos em um confessionário.

– Qual é a diferença? Sei que é tudo a mesma coisa. Agora só porque sou eu, o senhor ficou com essa implicância.

– O calmante, criança, o calmante.

– Merda de calmante. Não vou tomar porcaria nenhum. Não sou obrigada.

O padre abriu a boca e arregalou os olhos.

– Desculpe! Não foi minha intenção dizer merda... – ele estreitou os olhos – Ops! – sorri fraco, porém, depois mudei de humor – Até parece que já não escutou palavrões piores.

– Me deixe em paz. Quero ler meu jornal, dormir... Mas, com você tagarelando não posso.

– Tudo bem. Vou parar de falar.

– Amém.

Calei a boca por alguns segundos. Meus pés em um ritmo constante de balançado, os lábios crispados e a mente em mil por horas. Olhei para a janela, azul e branco.

– Só mais uma perguntinha...

– Pelo amor de Deus. O quer agora?

– Colocando em números. Qual a probabilidade de eu me casar? – Perguntei.

A parte do jornal que estava em suas mãos foi amassada pela a força que ele pôs nos punhos cerrados.

– NENHUM! QUAL O LOUCO CASARIA COM VOCÊ?!

Outra característica forte em mim... Sou muito sensível. Não suporto que gritem comigo e ainda mais para me dizer algo tão sério. Algo que mexia tanto comigo. Era importante pra mim. E o fato de ele ter gritado e espalhado pra todo o avião minha situação me deixou vulnerável.

Instantemente uma expressão de choro tomou meu rosto em seguida lágrimas e soluços. Apertei o botão de meu cinto o abrindo. Fiquei de pé com um rio brotando dos meus olhos.

– O senhor é um padre muito mal! Não deveria ter escolhido essa devoção já que trata as pessoas tão mal!

– Minha jovem se sente! – Ele pediu nervoso.

Todos olhavam pra gente, mas eu não estava nem um pouco ligada. Como alguém que deveria ser tão bondoso... Tão gentil... Tinha me exposto assim? Claro que não era um segredo de confessionário... Mas, cadê a ética? Ele estava fora dos padrões éticos e aquilo não era algo para que um padre fizesse.

Além do mais suas palavras me lembraram de algo... Palavras de alguém... Alguém que me magoou e apesar de cinco anos terem se passado, nunca consegui esquecer o que me acontecerá. A traição. Algo que veio das pessoas que menos esperava, meus “melhores amigos”.

Atribuo parte do que sou a essa fase da minha vida. Ser largada no altar não é algo que possa ser esquecido com tanta facilidade. Não quando todos na igreja viram em sua direção quando as portas da igreja abrem, não quando você não entende o porquê de alguns lhe olharem com piedade, outros com deboche... Então totalmente confusa ergue seu olhar em direção ao altar e enfim tudo faz sentido.

Os risinhos, o olhar piedoso... Como um balde de água fria a realidade vem. Tão dolorida e vergonhosa, que seu único desejo é nunca ter conhecido aquele maldito. Quando você percebe que o noivo não apareceu e que todo o seu comportamento estranho finalmente faz sentido. Ele tinha outra e não se deu ao trabalho de terminar o compromisso com você porque tinha medo de perder a porcaria do emprego. Então percebe que ele deixou de te amar, ou seja lá o que ele sentiu por ti, há muito tempo. Desde o tempo que ele conheceu a outra.

Sem saber o que fazer você levanta seu vestido, deixando assim o seu boque cair e por estar com a visão turva de lágrimas e com presa, derruba as daminhas que derramavam pétalas de rosas. Totalmente anestesiada, não pode parar para ajuda-las. Tem medo de olhar de novo nos olhos dos convidados. Seu destino é correr não importa para onde. Só precisa ficar longe daquilo.

Com um ódio mortal ameaçando te matar, você pega o seu telefone e disca o número do infeliz. Sem se importar com os olhares das pessoas, porque afinal, você estar no meio da rua vestida de noiva, a maquiagem borrada e o peteado desarrumado. Espera com ódio os toques passarem, mas quem atende é a vadia.

– Alô? – Voz de puta.

– SUA DESGRAÇADA. CADÊ AQUELE MALDITO?

Ela ri da sua infelicidade.

– Ah querida. Qual o louco casaria com você?

Sim! Isso aconteceu comigo. O nome do maldito? Jacob Black. A vadia louca? Renesmee Alguma coisa.

As pessoas me criticam porque não deixo nenhum deles se aproximar de mim desde então, mas nenhuma delas passou pelo o que eu passei. A humilhação que eu tive que enfrentar. Eu sempre falo em casar, mas nem eu mesmo sei se quero isso, na verdade, não sei nem se consigo entrar em uma igreja de novo vestida de branco. Essa parte de mim é indecifrável. Desconhecida. Acho que falo em mim casar para as pessoas parar de me perturbar, ou para não acharem que sou lésbica. Mais para falar a verdade... Meu sonho de casar morreu no dia que fui abandonada no altar.

Minha teoria é que eu própria esteja me enganando ao dizer as pessoas que ainda casarei. Na minha opinião... Nunca deixarei um homem se aproximar de mim de novo.

– Uma ova que vou me sentar aqui de novo! – peguei minha bolsa de mão e me encaminhei para o corredor – Quem quer trocar de lugar comigo? Não vou sentar mais ao lado desse senhor mal educado.

– Tenha santa paciência! – o padre levantou – Ela é a mal educada. Ela não me deixou ler o jornal. Eu só queria ler o jornal.

– E precisava ferir meus sentimentos?! O senhor é um padre muito mal! Diga-me onde é faz as missas para que nunca pise lá.

– Oh mais vou ficar muito feliz de lhe dar o endereço então.

– Ah vá se... – Fechei a boca antes de que o palavrão escapasse da minha boca.

Caminhei pelo o corredor ao avistar uma cadeira vazia e como era um voo sem escalas as cadeiras estavam livres. No caminho passei pela aeromoça e peguei um copo de whisky. Acomodei-me com a cara emburrada.

Coloquei o copo em cima de uma coisa plana que era feita de um tipo de plástico grudado na poltrona da frente. Em casa imaginei que algo do tipo aconteceria, não a parte de eu discutir com um padre, mas a parte de que iria tagarelar por estar em pânico. Então peguei minha bolsa, a abri e peguei a cartela de comprimidos para dormir. Peguei um comprimido e guardei o resto da cartela na bolsa.

Sem pensar nas consequências ou se aquilo me traria alguma tomei o comprimido com a bebida alcoólica.

[...]

Eu não estava bem. Algo não me caiu bem... Sentia-me completamente bêbada. Ou apenas fora de mim. Como eu disse, não pensei nas consequências ao tomar remédio com bebida alcoólica. Quer dizer, na hora não imaginei que poderia ser tão grave as consequências.

Estava completamente fora de mim, como as pessoas bêbadas ficam, porém, não tinha como ter ficado tão alcoolizada com um copo de whisky, tinha? Por Deus! Sou acostumada a beber de vez em quando e sinceramente preciso de mais do que isso. Então atribuo meu estado a minha louca mistura.

Fui uma pessoa bem inconveniente. Rindo alto, dizendo coisas desnecessárias sobre o padre mal humorado... Não fui muito ética. A boa notícia foi que dormir boa parte do voo. Logo depois de ser ameaçada de pedirem permissão de pouso e ser despachada em um lugar longe do meu destino final.

Acordei com o movimento de pessoas, o barulho de conversa, o som de malas sendo despachadas...

– MEUS SAPATOS!

Acordei de um supetão, demorando um pouco a me acostumar com o ambiente. O avião estava quase vazio e o restante que sobrou olharam pra mim, seus olhos diziam: “A louca do avião acordou”. Ignorei. Sou boa nisso na maior parte do tempo.

Peguei minha bolsa de mão e sai costurando as pessoas que pegavam suas malas em compartimentos acima das poltronas. Lá fora procurei minha mala e com toda paranoia que tinha direito fiquei de joelhos ali mesmo no meio do aeroporto e abri minha mala. Sim. Eu fazia isso todas as vezes que viajava. Sei lá! Vai que minha mala é trocada.

Respirei aliviada ao ver todos os meus filhos ali dentro junto aos meus vestidos. Com a mesma dificuldade de Fortaleza fechei minha mala e fiquei de pé. Observei as para onde as pessoas caminhavam, estava desnorteada e não estava afim de procurar pela a saída.

Ao seguir o fluxo de pessoas, ainda tonta, com a visão turva e meio fora de mim encontrei um lugar onde pessoas erguiam placas.

Forcei minha vista ao passar por elas, precisava achar meu nome. Até que eles caíram sobre um nome lindo e belo. Aproximei-me a passos largos.

– Eu sou Isabella Swan. - Minha fala saiu atropelada e enrolada.

– Senhora Swan! - Ele assentiu uma vez. Abri a boca em indignação.

Ergui as mãos e separei os dedos o máximo possível.

– Senhorita! Estar vendo alguma aliança nesses lindos dedos? Solteira. Eu estou solteira!

Ele revirou os olhos, mirei bem em seu rosto e em seus olhos. Alice tinha razão. Seus olhos tão verdes que pareciam duas esmeraldas.

– É cada uma que Jasper me mete.

– O que o senhor disse?

– Estar bêbada SEHORITA – ele fez questão de subir alguns tons na palavra – Swan?

– Não! Bebi um copo de whisky. Isso não pode ter me deixado assim!

Um sorriso idiota brincou em seus lábios.

– Essa bebida é forte demais pra a senhorita. Devia tentar algo mais leve como água gasificada.

Fui minha vez de olhar para ele com deboche.

– Querido, - meu tom foi doce – de onde venho whisky é fichinha.

– Serio? – seu tom de deboche era implícito – Obviamente não toma essa bebida.

Crispei os lábios e o fitei com desdém.

– Para o seu governo fiquei assim porque misturei calmante com whisky.

– O que estava pensando? – ele me reprovou, pegou minha mala – Pelo amor de Deus! O que tem aqui dentro?

– O que foi? Não aguenta levar uma malinha dessas? Pensei que você o homem másculo que aguenta tudo.

– Nunca disse isso. Serio! O que tem aqui dentro?

– Roupas, sapatos, chapinha... Nada demais.

Ele parou e me olhou de cima abaixo.

– Patricinha.

– Acorda! Não sou patricinha, não ao menos estou mais no colegial.

O homem voltou a andar.

– E? Você é uma daquelas mulheres frum-frum.

– Não sou frum-frum. Só gosto de me cuidar. Aproposito, qual o seu nome mesmo? Alice me disse, mas esqueci.

– Edward Cullen. Aproposito, caminhe rápido. Temos um longo caminho.

– Como assim? Vamos a pé? – Perguntei.

– Não senhorita Swan. Vamos de carro.

– Então porque disse que o caminho é longo?

– Sua irmã não lhe contou?

– Não.

Chegamos lá fora, já próximos a um carro. Ele pôs minha mala no chão e ao lado do seu corpo.

– A casa de Jasper não é na cidade. O casamento vai acontecer na casa de campo da família Hale. – claramente se divertindo, prosseguiu – Há cinco dias de viajem.

– O quê?

De repente tudo ficou muito colorido, o ambiente rodava um pouco também. Cinco dias de carro?! CINCO DIAS?

Algo dentro de mim se moveu, era algo nauseante. Levei a mão na boca, mas já era tarde demais. Vomitei.

– ARGH! MEUS SAPATOS NOVOS!

Edward Cullen gritou.

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Próximo Capitulo...

Sei que não deveria dizer isso com minha própria irmã... Mas, ALICE IDIOTA!

Agora que todo o efeito de qualquer substancia que me deixou zoadona passou tudo foi ficando claro. Alice arquitetou tudo aquilo. Planejou tudo. Talvez esteja exagerando, mas puta que pariu! Ela devia ter me avisado que o local do casamento ficava a cinco dias da cidade do desembarque.

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[N/A]: Olá queridas leitoras! Espero que tenha gostado do cap, apesar de o momento onde Edward e Bella se conheceram não foi lá essas coisas, preferi pôr assim. Motivo? É o começo de tudo. Nada a ver assim que eles se conhecerem a Bella já cair de amores, não é mesmo? Isso nunca acontece na vida real, porque tem acontecer aqui?

Obrigada a todas que deixaram seus comentários. Respondi a todos! Eu sempre respondo.

Beijos e até o próximo.

ps: O que vocês querem que aconteça?


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Notas finais do capítulo

Boa noite.



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