Generation escrita por Marih Yoshida


Capítulo 8
A mãe de Annabeth


Notas iniciais do capítulo

Olá queridos :3 Finalmente consegui começar a escrever uma nova fanfic decente, está ficando bem bonitinha, logo posto ela no Nyah!.
Bem, chegamos no meio dessa fanfic. É isso mesmo babies, vamos ter quinze capítulos contando o mini epílogo, porque sim.
Fiquem aí com a história:



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POV Nico

Acordei um um peso em cima de mim. Olhei para minha barriga e sorri. Annabeth e Thalia estavam praticamente em cima de mim e Percy atravessava nós três. Olhei para o teto. Então era assim ter irmãos que te amam?

Mesmo sendo apenas alguns meses mais velho do que eles, todos me tratam como o mais velho. É estranho, eu nunca quis proteger tanto alguém além de mim, e vendo eles assim, as vezes imagino o porque de estarem na rua. Não sei a história deles, mas sei que devem ter sofrido.

Tirei meu braço direito de debaixo de Thalia cuidadosamente e peguei o mp3 que estava jogado na cama. Escolhi uma música qualquer e fiquei encarando o teto, perdido em pensamentos. Quanto tempo eu fiquei assim? Uma hora? Duas? Não sei. Sei que saí de meu transe quando senti um peso a menos em cima de mim. Desviei a cabeça para olhar; Percy tinha acordado.

– Bom dia. - Ele sussurrou.

– Bom dia. - Sussurrei de volta.

Ele olhou para as meninas por um tempo e depois se levantou.

– Nico, eu vou até uma lanchonete comprar alguma coisa para comermos okay? - Percy sussurrou. Eu balancei a cabeça concordando e ele saiu.

Olhei um pouco para as garotas que estavam deitadas. As duas estavam babando em minha camiseta, mas eu não me importava. Annabeth abriu os olhos e olhou para mim.

– Oi. - Ela disse baixinho saindo de cima de mim.

– Olá. - Eu disse.

– Cadê Percy? - Ela perguntou olhando ao redor.

– Foi comprar nosso café da manhã. - Eu disse. Annabeth sorriu.

– Está acordado a muito tempo? - Ela perguntou.

– Talvez. - Eu disse. - Não sei direito.

Nós dois ficamos um tempo em silêncio. Annabeth pegou um dos lados do fone de ouvido e começou a escutar música junto comigo. Um pouco depois Percy voltou.

– Bom dia Annabeth! - Ele disse colocando algumas coisas em cima de uma mesinha que tinha ali.

– Bom dia. - Ela disse se levantando. - O que você comprou?

– Cappuccino para Nico e Thalia e café para nós dois. - Ele disse. - E comprei alguns salgados para comermos.

– Está um lindo dia, temos algum dinheiro sobrando, nós poderíamos parar mais cedo hoje e passear nós quatro juntos. - Percy disse. - O que acha?

– Concordo plenamente, ainda não saímos juntos. - Eu disse sorrindo.

– Vai ser divertido! - Annabeth disse animada enquanto bebia um gole de seu café.

– Bom dia. - Thalia disse grogue. Olhamos para ela.

– Olá! - Eu disse sorrindo quando ela olhou para mim.

– Bom dia Thalia! - Annabeth disse.

– Bom dia. - Percy disse. - Comprei Cappuccino para você.

– Sério? - Thalia se sentou. - Obrigado.

Eu me sentei também e tirei os fones de ouvido. Nós dois nos levantamos e fomos comer com os outros.

– Nós concordamos em parar de trabalhar mais cedo hoje para passearmos todos juntos. - Annabeth disse para Thalia. - O que acha?

– Bem legal! - Thalia disse sorrindo. - Nós também precisamos nos divertir de vez em quando não é?

Depois que terminamos de comer nos arrumamos e nos separamos, marando como ponto de encontro o hotel. Eu e Thalia fizemos o de sempre, e cantamos nossa música nova hoje. Como sempre, pessoas pararam para nos parabenizar e nos dar dinheiro. Uma mulher nos deu até mesmo um chaveiro. Quando acabamos, eu e Thalia brigamos um pouco para ver quem ficava com o chaveiro, e no fim eu acabei ganhando. Thalia pegou meu violão e colcou ele nas costas. Eu peguei as duas mochilas e levei. Nós andamos até o hotel, onde Percy e Annabeth já nos esperavam.

– Como foi? - Annabeth perguntou.

– Bom, ganhamos até um chaveiro. - Eu disse mostrando o chaveiro para eles.

– Uma das mães nos deu um vale presente de alguma loja. - Annabeth disse.

– Acho que é melhor guardarmos ele. - Percy disse. - Sei lá, talvez mais para frente nós precisemos realmente dele.

– Tudo bem. - Thalia disse dando de ombros.

Nós começamos a andar.

– Vamos em uma sorveteria? - Annabeth perguntou. - Esses dias eu vi um garoto com um sorvete e fiquei com vontade.

– Uhum, agora que você disse também fiquei com vontade! - Eu disse. - Acho que tem uma aqui perto.

– É virando aquela rua não é? - Thalia perguntou apontando para uma rua.

– Acho que é. - Eu disse dando de ombros.

– Será que eles tem sorvete azul? - Percy perguntou distraído.

– Devem ter. - Annabeth disse distraída.

– Porque azul Percy? - Thalia perguntou.

– Minha mãe fazia comida azul para mim. - Percy disse dando de ombros.

– Que louco. - Eu disse e dei de ombros. - Mas é bem legal.

POV Percy

Nós passamos na sorveteria, que tinha sim sorvete azul, e fomos em direção a um parque. Thalia e Nico resolveram subir em uma árvore e eu e Annabeth nos sentamos no pé dela. Annabeth pegou o mp3 e procurou uma música por algum tempo, até finalmente achar uma que agradasse ela.

– Que música está escutando? - Perguntei. Ela me olhou, sorriu e me entregou um dos lados do fone de ouvido.

– The Beatles. - Eu disse assim que escutei a primeira nota. - Não sabia que você gostava.

– Eles foram uma grande revolução para a história da música. - Annabeth me disse com seus grandes olhos cinzas sobre mim. - Eu fiquei uriosa quando soube disso, então resolvi procurar sobre eles e acabei gostando.

– Você é bem inteligente não é? - Perguntei. Ela corou.

– Não muito. - Ela disse. - Apenas sempre tive uma grande curiosidade.

– Queria ter esse tipo de curiosidade. - Eu disse me encostando na árvore. - Em geral eu sou preguiçoso demais para entender como as coisas funcionam, ou funcionavam.

– Não posso dizer que entendo porque eu nunca fui assim. - Ela disse.

Nós dois ficamos um tempo em silêncio ouvindo a música. Uma mulher loira e alta, muito parecida com Annabeth passou na frente do parque. Ela olhou para nós dois e seu olhar cruzou com o meu rapidamente, logo depois sua atenção foi capturada pela loira ao meu lado. A mulher olhou para Annabeth por algum tempo e então saiu. Annabeth, que estava de olhos fechados não percebeu nada e eu resolvi não falar também.

Thalia pulou da árvore me fazendo pular de susto, e então ela riu da minha reação.

– Sou tão feia assim? - Ela perguntou rindo. Nico pulou ao lado dela.

– Não pule de uma árvore perto de uma pessoa que está distraída! - Eu disse recuperando o fôlego.

– Dá próxima vez eu aviso. - Thalia disse rindo.

– Acho que já está na hora de irmos. - Annabeth disse se levantando. Me levantei também.

– Ainda precisamos de um lugar para dormir. - Nico disse olhando para o céu.

Nós começamos a andar e eu vi a mulher de novo. Ela estava a alguma distância de nós e olhava fixamente para Annabeth, achei aquilo bem estranho.

– Annie, você conhece aquela mulher? - Perguntei indicando a mulher com a cabeça Annabeth seguiu o olhar até a mulher e empalideceu.

– Conheço bem até demais. - Annabeth disse. - Ela é minha mãe.

Houve um momento muito estranho em que Annabeth e a mãe se encararam, elas ficaram assim por um tempo até a mulher decidir vir até nós. Annabeth suspirou e levantou a cabeça.

– Annabeth. - A mulher disse como se fossem apenas conhecidas.

– Atena. - Annabeth respondeu no mesmo tom. - Gostaria de saber o porquê de sua presença.

– Estava apenas passando e a vi. - Atena disse. - Eu gostaria de saber o porque de você não ir para casa há duas semanas.

– Eu não moro mais lá. - Annabeth disse sem um pingo de sentimento.

– Posso saber onde mora? - Atena perguntou. Annabeth sorriu.

– Com eles. - Ela disse naturalmente. - São minha família agora.

– E porque você me trocou por eles? - Atena perguntou, assim como Annabeth, ela não colocava nem um pouco de sentimento em suas palavras.

– Porque eles são muito melhores que você. - Annabeth disse. - Se me dá licença, temos que ir andando, daqui a pouco fica escuro e não é bom para nenhum de nós.

– Não. - Atena disse. - Não vou te dar licença porque quero que você volte para casa comigo.

Annabeth riu debochadamente. Atena ergueu uma sobancelha.

– Não vou voltar. - Annabeth disse balançando a cabeça negativamente. - Você não precisa de mim, você não gosta de mim. Eu sou apenas um erro não é?

– Não diga isso filha. - Atena disse suspirando e colocando uma mão no ombro de Annabeth, que desviou.

– Não precisa manter as aparências para eles. - Annabeth disse. - Vamos lá, me trate como me trata quando estamos sozinhas. Ah, me lembrei que você não tem coragem para manchar seu nome de arquiteta famosa não é? Péssima notícia para você, independente de você manter as aparências ou não, eles vão saber que você realmente é.

– Annabeth eu exijo que venha comigo. - Atena disse endurecendo o tom e franzindo a testa. Annabeth olhou com desprezo para a mulher.

– Eu não vou. - Annabeth disse. - Porque você quer tanto que eu vá? Nunca gostou de mim.

– Isso não é verdade. - Atena disse.

– É claro que é, eu sou apenas um erro causado por uma diversão, um erro que te atrapalhou em tudo o que você fez depois disso. - Annabeth disse com raiva. - Você e meu pai nunca quiseram que eu existisse.

– Nunca mais diga isso, nós dois te amamos! - Atena disse, e apesar das palavras eu não vi nenhum sentimento ali senão raiva.

– Péssimo jeito de demonstrar isso! - Annabeth disse com algumas lágrimas de raiva. - Meu pai nunca nem olhou na minha cara direito, aposto que se ele pudesse se esqueceria que eu existo. E quanto a você, nunca me perdoou por ter que depender de você. Se lembra de quando eu tinha quatro anos e lhe pedi para que lesse uma história para mim? Você me disse que eu era muito burra por não saber ler. Eu só tinha quatro anos!

– Qualquer criança com quatro anos já sabe ler. - Atena disse.

– Qualquer criança com quatro anos não sabe ler. - Annabeth retrucou.

– Já chega, se você não vier comigo esqueça que sou sua mãe! - Atena disse com raiva.

– Como se eu já não tivesse feito isso! - Annabeth disse sarcástica. Atena se virou e saiu andando.

Annabeth encostou sua cabeça em meu ombro e começou a chorar.

– Está tudo bem loira? - Perguntei fazendo cafuné nela.

– Tudo, é que eu nunca me senti tão livre assim. - Annabeth disse.

– Quer falar sobre isso Annie? - Thalia perguntou.

– Minha mãe conheceu meu pai em um dos trabalhos dela, ela acabou se apaixonando por ele, mas ele era casado e tinha um filho. - Annabeth começou. - Eles passaram uma noite juntos, o que me gerou. A mulher de meu pai brigou muito com ele na época, mas ela estava grávida de outra criança, então acabou deixando passar. Meu pai não gosta de mim, ele insiste em me lembrar que eu sou um erro. Minha mãe não é muito diferente, ela me odeia por eu ter nascido, e sempre me disse que eu nunca seria boa o suficiente, não para ela. Não importa o quanto eu me esforçava, para ela eu não passava de uma coisa que ela tinha que aguentar.

– Não se preocupe, para nós você é boa o suficiente. - Nico disse sorrindo. - E você nunca será um erro aqui, porque você é quem você está destinada a ser.

– Nenhum de nós te odeia Loira. - Eu disse beijando a testa dela. - Nunca.

– Como posso odiar minha priminha? - Thalia perguntou divertida fazendo Annabeth rir.

– Quer que eu te carregue? - Perguntei. Annabeth concordou com a cabeça e ajudei ela a subir em minhas costas.

– Porque ninguém pergunta isso para mim? - Thalia perguntou.

– Isso não é verdade. - Nico disse. - Naquela época que Percy carregava meu violão eu te carregava sempre.

– E eu te carrego de vez em quando! - Eu disse.

Thalia deu de ombros e começamos a andar procurando algum lugar para dormir.


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Notas finais do capítulo

E então o que acharam? Pessoalmente achei bem fraquinha a aparição de Atena, nem era para estar no capítulo, mas achei melhor contar a história de Annabeth separada, porque daqui para frente os passados vão aparecer com mais frequência e, bem, algumas coisas vão acontecer.
Hum, vou indo aqui. Beijinhos com caveirinhas.
~Kissus



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