A Filha Original escrita por Zia Jackson


Capítulo 30
Libertação


Notas iniciais do capítulo

Eu ia postar ontem, mas a internet deu pau e não deu :(
Desculpem



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– Ei, você não é a Bela Adormecida! - Lara grita

Abro os olhos, acordando do desmaio.

– Eu demorei muito? -Pergunto

– Segundo meus cálculos, cinco minutos do mundo em cima de nós. Tem certeza que não e filha de Hipnos?

– Tenho.

Pisco os olhos e me lembro do motivo que me fez desmaiar. Viro a cabeça em direção às estatuas, que ainda estão lá.

– Graças ao Olimpo - Falo

– Agora que a bela adormecida acordou, você pode me explicar por que pirou?

– Tá vendo aquelas estatuas? - Pergunto

– Sim.

– Se eu te dissesse que são meu amigo e um antigo... - Paro, com dificuldade de catalogar o que Elijah era - antigo peguete (que coisa tosca), você acreditaria?

– Sim - Ela fala

– Que bom, porque é a verdade

Lara fica pálida, como se tivesse visto um fantasma

–É sério?

– Mais do que a minha vida

Ela encara as estátuas

– Você vai liberta-los?

– Não sei como, mas vou

Ela parece concordar.

Sem pensar, começo a andar em direção aos dois, e por incrível que pareça, nenhum monstro me ataca.

– Ei, ande devagar - Ouço Lara falar

Antes mesmo que me de conta, já estou com as mãos no ombro da estatua de Elijah. Meu cérebro martela mil maneiras de tira-lo dali, todas acabam de forma trágica.

Lara chega até a mim, encarando o monstro aos pés das estátuas.

– Como planeja passar por isso?

Olho o monstro, ainda não sei classifica-lo . Tem uma cabeça de leão e corpo humano, repleto de escamas. Antes mesmo de eu deduzir o que era, Lara enfia uma faca no pescoço do monstro, que vira pó.

– Nada mal - falo - Nada mal mesmo

Ela dá de ombros

– Por que não os tira da maneira óbvia?

– Qual?

– Joga a estátua no chão , quando ela quebrar eles irão se libertar

Faço cara de confusa, é um plano perigoso

– É muito simples,pode dar errado.

– As vezes, as coisas simples são as que funcionam melhor - Lara comenta

Franzo a testa, ela é mais legal do que aparenta ser

Pego a estátua de Elijah, quase caindo com o peso.

– Vamos ver

Quando consigo levanta-lá , jogo no chão. A estátua se parte em mil pedacinhos, que levantam mais pó do que eu gostaria. Quando a poeira baixa,vejo tudo, menos Elijah.

Uma dor toma conta do meu peito. Eu fracassei, de novo

– Não chore - Lara diz

Uma lágrima escorre por meus olhos, a sinto descer até o queixo e pingar no chão repleto de cacos de pedra.

– Katherine? - Uma voz familiar diz

Me viro para trás. Elijah usa roupas da Grécia antiga (Toga branca, um pedaço de tecido sob o peitoral)

– Ai meus deuses - Grito

Corro em direção a ele, o derrubando no chão quando abraço- o. É impossível de acreditar, depois de todos esses milênios ele está bem junto a mim.

Respiro o ar que nem percebi que estava prendendo. Lágrimas de alegria escorrem por meu rosto. Penso que é assim que uma borboleta se senta ao sair do casulo, com uma leveza extrema.

– Eu tentei... te encontrar - Consigo falar

– Eu sei - ele sussurra em meus ouvidos, me lembrando de como sua voz é bonita - Eu estava lá o tempo todo.

Me afasto um pouco dele, o suficiente para ver seu belo rosto. Os olhos verde mar não mudaram nada, o cabelo preto ainda está como era antes. A pele está um pouco pálida, mas deve ser a iluminação.

– Como assim estava lá? - Pergunto, com a voz tremula

– Era estranho, Kat. Meu corpo estava preso, mas minha alma viajava para onde ela quisesse. Eu não podia falar com você, e você não me sentia, mas eu sempre estive ao seu lado.

Um turbilhão de lágrimas enche meus olhos, o soluço é inevitável. Encosto a cabeça em seu ombro e choro como uma criança. É uma mistura de felicidade, emoção e alívio. Sinto a mão do filho de Poseidon em minha cabeça, ele a afasta de seus ombros e a leva para perto de seus lábios. Quando menos espero, ele me beija. A sensação traz de volta lembranças já esquecidas, como o modo em que me senti na primeira vez que ele me beijou. O formigamento em meus lábios não me deixam se afastar de Elijah. Escuto uma risadinha feminina atrás de mim, me lembre de dar um tapa em Lara depois que me separar.

Nos afastamos quando falta o ar.

– Se você soubesse o quanto eu sentia sua falta - Falo, ainda chorando

– Ei, o único que pode sofrer sou eu, certo? - Elijah fala. Percebo que ele tenta não chorar

– Quando sairmos daqui, prometa que não irá me deixar - Falo

– Eu nunca te deixaria.

Seco as lagrimas com a palma da mão.

– Não quero estragar esse momento lindo - Lara fala - Mas ainda temos mais uma estátua

Me lembro de Petros.

– Verdade, com licença - digo, me afastando de Elijah

Pego a segunda estátua, que é mais pesada do que a primeira. A jogo no chão e espero por um longo tempo. Finalmente, Petros aparece.

– Por Dioniso, o que aconteceu? - Ele pergunta

– Bem vindo de volta - Falo, com algumas lágrimas

– Olhem, é a fantasminha.

– Anos preso e ainda consegue ser irritante - comento

– É o meu dom - ele fala,gesticulando para eu me aproximar

Ando rapidamente e ele me abraça, um pouco forte demais.

– Não precisa quebrar meus ossos - Falo entredentes

– Claro que preciso

Me afasto e o encaro. Assim como ELijah, ele está igual. Os olhos azuis elétricos demonstram liderança, mas há uma certa felicidade. O cabelo louro despenteado demonstra um visual impactante.

Lara está encarando as togas dos rapazes

– Já ouviram falar em calça Jeans? - Ela comenta

– Não - Eles respondem em uníssono

– Mas pode me apresentar, gata - Petros fala

– Tone vergonha na cara, você tem idade para ser o tatatatatatatatatatatatatatatatatatatatatatatatatataravô dela - Falo, com certo nojo

– Fica ai com o peixe Ressuscitado e me deixa em paz - Petros protesta

Rio, me lembrando de como é bom ter amigos.

– Por que não se vingou de Perséfone? - Elijah sussurra em meu ouvido

– Porque - Sussurro de volta - Não valia a pena falo

Ele sorri, exibindo seus dentes branquíssimos.

– Olha, a mortinha quase babou - Petros fala

Lara cai na gargalhada

– Vocês dois são muito idiotas, deveriam se casar - falo

– E o papo de eu ser o milésimo tataravô dela?

– Esquece aquilo - falo

Os dois caem na gargalhada, de novo

– Tinha esquecido que Petros era doido - Elijah fala para o nada

– Falando em doido - Lara fala - Não era para vocês estarem traumatizados?

– Não - Eles respondem

Lara dá de ombros

– Vamos embora? - sugiro

– ótima ideia - Petros responde

– Esperem - Elijah nos alerta - Aquele elevador só pode chegar ao topo com alguém segurando por doze minutos.

– E daí? - Lara pergunta

Antes mesmo de ele terminar a frase, eu a completo

– Um de nós vai ter que ficar. - Falo


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Notas finais do capítulo

Que fique claro, eu inventei esse monstro aos pés das estátuas. Não encontrei nenhum que se encaixasse
Gostaram do cap?
Como eu estava com saudades de escrever falas de Petros e ELijah :)



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