Innocent MaDnEsS escrita por ApplePie


Capítulo 17
Chapter 14 - The painful past


Notas iniciais do capítulo

Hello minhas muchachas fofas!!
Como prometido, consegui postar IM hoje.
Quero agradecer à "Cherrie Coup", à "Bia Lean" e à "Mrs Drauhl" por terem favoritado a fic =D
I hope you enjoy,
Kissus



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Leon Rider

Eu fechei a porta atrás de mim, não ligando que eu acordaria as pessoas atrás de mim.

BAM!!

Eu fiquei escutando apenas a minha respiração, tentando me acalmar. Era muito difícil apagar o passado, e não ajudava em nada o fato de Annabella me fazer me sentir culpado. Eu nunca liguei muito para a maneira como eu trato as outras garotas, porque eu sempre encontrei, praticamente, o mesmo tipo: meninas fúteis, egoístas e infiéis.

Porém, Annabella não era assim, mas ela também não era como Amber. Amby era uma menina dócil e certinha e sua fisionomia era completamente diferente da fisionomia daquela mulher.

Lavei meu rosto tentando afastar as memórias. Vi no espelho um menino sofrido e assustado. Não era isso que eu queria. Não era isso que eu podia mostrar.

Sequei meu rosto e saí do banheiro. Annabella deve ter entendido o recado e deve ter ido dormir.

Deitei novamente no sofá e tentei dormir. Fiquei me virando de um lado para o outro, mas não conseguia de maneira alguma pegar no sono.

Suspirando, levantei-me rapidamente e calcei meus chinelos. Andando em direção à porta, peguei a chave e abri a porta que dava passagem para o jardim.

Annabella Starks

Quando eu ouvi o barulho da torneira, eu decidi que era melhor ir dormir. Eu estava louca para saber porquê Leon era daquele jeito. Eu sabia que havia um motivo por trás, isso era óbvio, muitas vezes eu tinha percebido que ele forçava aquela pose de “fodam-se todos”.

Bufei, aborrecida, e andei até o quarto.

Tomando muito cuidado com os pés da cama – afinal, já vimos como é ruim bater num bicho daqueles – e deitei me na cama.

Crack, Crack.

Cama filha da puta.

Suspirei e tentei pegar no sono.

Que é óbvio que não vinha.

— Enquanto você não falar com ele, você não conseguirá dormir.

Quase levantei da cama com um pulo.

— Satanás, é você? — o bicho riu.

— Não, sua boba. Sou eu — e com isso Amber virou-se para mim com um sorrisinho no rosto.

— Você está acordada?

Ela revirou os olhos.

— Certo, me desculpe pela pergunta óbvia, é que está de madrugada ainda, meu cérebro nesse horário tem um processador pior que o do Windows 93.

Amber riu novamente e se ajeitou na cama.

— Eu acordei quando você começou a xingar a cama. Eu tenho um sono leve, às vezes. Então decidi ficar de ouvidos abertos para sua conversa com Leon.

— Isso porque...?

— Porque eu não tinha nada melhor para fazer e porque eu sinto que você pode ajudá-lo.

— Com o que?

Ela apenas balançou a cabeça.

— Vá falar com ele, Annabella — ela disse num tom suave, mas ao mesmo tempo firme — você já deve ter percebido que ele não é todo de aço.

Eu quase ri porque meus pensamentos foram para o filme “O homem de aço”, mas a seriedade na voz de Amber me deixou de fazê-lo.

Apenas assenti e levantei-me para ir atrás de Leon. Nem que ele estivesse dormindo.

Não deu cinco segundos e eu bati meu dedinho na quina da cama assassina.

FILHO DA PUTA!! Eu gritei internamente.

***

Encontrei Leon sentado na grama do jardim com a cabeça apoiada nos joelhos. Ele parecia ser uma criança indefesa, naquela posição.

Se tem uma coisa que eu aprendi no funeral do meu pai, é que o “sinto muito “ das pessoas quase não resolve em nada, mas ajuda para você saber que não está sozinho. E também, você precisa tomar cuidado com as palavras, porque a pessoa que está sofrendo quer ajuda, e não pena.

Aproximei-me dele e me sentei ao seu lado.

Leon virou seu rosto para mim, mas não disse nada.

— Sabe — eu comecei, sem saber direito o que dizer — às vezes falar ajuda. Na verdade, na maioria das vezes falar ajuda. E me disseram que eu sou uma ótima ouvinte... Isso ou então o Jack estava bêbado, o que é mais provável.

Leon soltou uma risadinha.

Bem, já era um começo.

Esperei ele começar a falar.

— Quando eu era pequeno, sempre fui muito apegado à minha mãe. Até um dia em que eu vi meus pais brigando e eu não entendi porquê. Só um ano depois eu percebi que minha mãe estava traindo meu pai com outro cara. Eu ainda a amava, é claro, mas esse amor foi dissipado quando ela nos abandonou para ficar com esse cara.

Ele tomou um fôlego.

— Ela nunca mais falou conosco, ela simplesmente desapareceu. Meu pai ficou arrasado. Eu já tinha doze anos, por isso comecei a tentar tocar violão, para amenizar a dor. Meu pai começou a beber, fumar e se drogar. Ele estava totalmente arrasado. Teve um dia que ele perdeu a linha e tentou avançar em mim. Eu fugi de casa e decidi ir para a casa de minha tia.

Ele fechou os olhos como se tudo fosse um sonho.

— Ela não me aceitou. Ela disse que eu era filho de uma puta, então não era bem-vindo na casa dela. Eu acabei indo para a casa de Dylan, que já era um grande amigo meu, como eu já havia te falado.

Ele soltou uma risada sem fôlego.

— É bem engraçado em como Dylan e seus pais me aceitaram e minha própria tia não... Enfim, meu pai aceitou eu morar com Dyl porque era muito difícil para ele olhar para mim já que eu sou parecido com minha mãe e também porque ele temia que ele tentasse ir para cima de mim novamente. Ele me dava uma pensão e eu morava com Dylan.

Ele fungou. Só então que eu percebi que ele estava chorando.

— Quando eu fiz quatorze anos, conheci Rory numa loja de música. Acabamos conversando a tarde inteira e eu contei que queira formar uma banda. Ele já era amigo de Tommy então foi fácil encontrar um baterista talentoso. Um ano depois, eu percebi que meu pai tinha parado de mandar pensão, foi só um mês depois que um hospital me ligou falando que meu pai morreu de overdose.

Ele limpou as lágrimas com a barra da camisa.

— Minha mãe nem se deu o trabalho de ver como eu estava ou então como eu iria me virar a partir dali. A minha sorte era que meu pai tinha em suas mãos muitos imóveis, então eu vendi tudo e quando fiz dezoito anos, ganhei uma herança incrível. Minha tia, quando soube disso, tentou ir no julgamento para eu ir morar com ela.

Ele estava falando com raiva. Eu apenas esperei ele se acalmar.

— Eu fui no julgamento e consegui ganhar a causa de que, por ser maior de idade, eu poderia morar sozinho. Logo depois, conhecemos seu irmão e foi aí que Innocent Madness nasceu. Quando a banda ainda não era muito conhecida, eu encontrei uma garota. Luana, era seu nome. Eu a amei rapidamente, não era difícil, ela era bonita, inteligente e meiga. Depois de seis meses juntos, eu ia pedí-la oficialmente em namoro. Decidi fazer uma surpresa e ir até a casa dela. Quando eu a encontrei, ela estava na cama com outro cara. E ela nem ao menos tentou se explicar, falava de nossa relação como se tudo não passasse de uma brincadeira.

Leon suspirou e olhou para mim culpado.

— Eu realmente sinto muito, Bels — minha respiração ficou travada na garganta, quando ele falou um apelido, geralmente era Bell ou só Bellinha que falavam para mim — quando eu te vi pela primeira vez, vi que você era parecida com ela e te tratei mal.

Ele olhou para baixo.

— Quando eu percebi o quanto vocês são diferentes, já era tarde de mais. Você já me odiava.

Eu não aguentei e soltei uma risada. Leon se assustou com minha reação.

— Eu te odiar? Sabe Leon, você pode ser um bastardo do caralho, mas não, eu não te odeio. Se te odiasse, acha mesmo que eu ainda estaria aqui?

Isso o fez sorrir. Não aqueles sorrisos arrogantes que eu sempre vejo, mas um sorriso verdadeiro.

— Sabe, Leon, eu percebo o quanto você deve ter sofrido, mas você sabe que isso não justifica você maltratar todas as garotas por isso, né?

Ele apenas assentiu a cabeça, como se estivesse com vergonha do que fez.

— Mas eu sei de uma forma que pode te curar dessa “fobia de vadias” — isso o fez rir, mas ué? Era a verdade.

— Aé? E qual é essa forma? — ele perguntou, divertido com a situação.

— Não se preocupe, raio de sol — eu pisquei para ele — deixe tudo com a Modelo Secreta da Victoria’s Secret aqui.


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Notas finais do capítulo

AÊEEEE, o Leon criou juízo, hahahahahaha =P
Bem, espero que tenham gostado. Ainda mais depois de saberem do passado do nosso Baby.
Só conseguirei postar o capítulo depois de quinta-feira, pois será quando a quantidade de provas e trabalhos terá diminuido... Eu espero =P
Comentem, recomendem ou favoritem!!!! =)
Kissus