A 72ª edição dos jogos vorazes escrita por Girl of the blue eyes


Capítulo 3
Capitulo 3


Notas iniciais do capítulo

Oi gente...
Mais um e blablabla de sempre
Bjokas



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...

– Primeiro o tributo feminino! - O barulho de seus grandes saltos batendo no palco ecoam pela praça. – A garota que terá a honra de representar nosso distrito esse ano é- ela pesca um papel no globo, e o lê em voz alta – Mavra Hermann!

Fico feliz com isso, finalmente irei para a arena! Caminho ate o palco com a cara mais assassina que posso (trabalhei muito minhas feições com Enobaria), subo palco e paro ao lado da senhorita arco-íris e espero a revelação do nome masculino. Não presto atenção ao nome do garoto, meus olhos estão fixos em Brutus e Enobaria.

Brutus chora silenciosamente de cabeça baixa e Enobaria me olha com tristeza, sua boca se move, ‘assassina’, entendo oque ela quer dizer, devo manter minha cara assassina e me portar como uma.

Encaro as câmeras sorrindo com um sorriso assustador e intimidante enquanto estamos sendo apresentado para Panem.

A mulher multicolor nos manda apertar as mãos e pela primeira vez meus olhos repousam sobre o garoto.

Devo admitir que ele era lindo, com seus cabelos cor-de-mel e seus olhos verdes , seu corpo alto e musculoso. Nossa ele não era lindo, era maravilhoso! Será uma pena acabar com esse rostinho lindo.

Estendo minha mão e ele a aperta delicadamente, oque me deixa irritada. Oque ele acha que eu sou? Uma boneca de porcelana? Não vou quebrar se me der um aperto de mão decente!

O som dos aplausos é ensurdecedor, tanto que não escuto os pacificadores chegando as minhas costas, se fosse na arena estaria morta.

Somos conduzidos para o interior do edifício da justiça e me mandam esperar minhas visitas. Sei que não terei nenhuma, pois Brutus e Enobaria são nossos mentores e não podem entrar como visita, só podem nos ver no trem.

Depois de algum tempo sentada em um sofá de veludo vermelho um pacificador abre a porta e me surpreendo em ver Manfred parado ali. Ele ganhou os jogos há muitos anos, foi o mentor de Brutus, quando era pequena ficava sobre seus cuidados quando Enobaria e Brutus iam com os tributos para a capital, ele quem me treinava nesse tempo. Acabamos nos tornando próximos, sempre conversei muito com ele.

Ele vem em minha direção e me abraça, assim como Enobaria não gosto de abraços, mas mesmo assim retribuo.

Ele me solta do abraço, mas permanece me segurando pelos ombros, lagrimas escorriam de seus olhos, isso me surpreendeu ainda mais.

– Mavra você consegue! Eu te treinei com tudo que sabia assim como Brutus e Enobaria, você tem o conhecimento de três vencedores que ganharam de três maneiras diferentes em três arenas completamente diferentes! Você da conta disso fácil facil! Mas vou lhe dar um aviso. – agora ele sussurrava. - Você não esta indo pra capital por pura falta de azar, você sabe que Brutus explicou sua presença permanente na aldeia como de um parente não sabe? – assinto, Brutus disse que eu era filha de uma prima que avia falecido e que ele era o parente mais próximo que poderia adotar a criança. - Bom eles sabem que não é verdade, sempre souberam. Eles vão ficar de olho em você. Então agora, pra você se livrar disso, ganhe...

Ele é interrompido pelo pacificador que diz que o tempo acabou porem ele continua a falar enquanto é arrastado para fora da sala.

–... Ganhe a arena e não terá mais problemas! Deu um bom show... – a porta se fecha, mas eu escuto ele berrar um “até logo”. Ótimo alem de ir para a arena vou ser perseguida e monitorada 24h! Bem legal!

Depois disso não tive mais visitas. Quando chegamos ao trem o arco-íris que representa a capital nos mostrou nossos quartos e nos mandou ficar lá ate que os nossos mentores apareçam para falar conosco.

Aproveito e tomo um banho gelado para esfriar um pouco a cabeça. Nossa! Finalmente os Jogos! Esperei muito por isso! E se eu não voltar? Bobagem! Brutus e Enobaria me treinaram muito bem , sem contar com o Manfred. Vou voltar, e quando digo que VOU é porque VOU! Vou fazê-los se orgulharem de mim!

Saio do banho e me seco com uma das toalhas brancas macias que estavam no banheiro. Enrolo-me e vou ate a cômoda que contem roupas. Escolho uma roupa básica e deito na cama esperando Brutus e Enobaria. Acabo pegando no sono.

...

Acordo com a cabeça no colo de Brutus que chora tanto que chega a soluçar. Enobaria esta no canto do quarto com os olhos vermelhos, mas sem deixar escapar uma lagrima.

Vou me sentando devagar e antes mesmo de estar completamente sentada, os braços de Brutus me envolvem, ele chora em meu ombro, eu retribuo seu abraço, mas não gosto de abraços.

– Shhhhh, calma, calma. – digo e percebo que ele faz uma força e tenta parar de chorar. Quando seu choro virou apenas fungadas Enobaria toma partida.

– Tá Brutus, chega. Em vez de chorarmos uns nos ombros dos outros que tal fazer algo útil? Querendo ou não somos mentores dela e ela precisa de nos.

Brutus levanta a cabeça, limpa as lagrimas, levanta-se e fica ao lado de Enobaria, que agora esta parada a minha frente.

– Ok Mavra, - começas Enobaria, - você vai para a capital, treina e durante o treinamento intimida os outros, mas quero que mostre apenas aquilo em que você possui pouca habilidade, mas habilidade o suficiente para matar, deixe o melhor para a apresentação individual e para a arena, lá só use quando necessário. Outro fato importante, seu estilista, você deve fazer tudo que ele mandar e não deve reclamar ou recusar-se a nada.

– Mavra, - começa Brutus, agora com voz firme, - você sabe que nossa preferência, como mentores, será você e não Stuart? Não sabe? – assinto, Stuart deve ser o nome do garoto do meu distrito, - Bom então você terá mais chances que ele na arena e provavelmente mais do que qualquer outro tributo. – Assinto novamente só para mostrar que entendi. – Bom Mavra acho que por enquanto é isso, afinal nos te trinamos com tudo que tínhamos então acho que se sairá bem. – Ele olha para Enobaria que concorda, e então, me surpreendendo completamente, Enobaria me abraça forte e sussurra em meu ouvido.

– Não se preocupe tudo vai dar certo, eu e seu pai estamos com você. – ela sussurra para que apenas eu ouça. Pai. Levo alguns segundos para entender que ela se refera a Brutus. Sim. Brutus. Meu pai.

Sinto mais um par de braços rodeando-me. Ficamos assim por um tempo. Os três, ali, abraçados. Dois vencedores e uma órfã. As três pessoas solitárias que acabaram se tornando uma família.


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Notas finais do capítulo

Link da roupa: http://www.polyvore.com/cgi/set?id=116640372&.locale=pt-br
Bom é isso.
Se gostaram comentem, acompanhem, favoritem e recomendem (principalmente recomendem) e se não gostaram (~lê eu com minhas facas lindas apontadas para você~filha de Ares na área~) comentem, acompanhem, favoritem e recomendem mesmo assim.
Bjokas