Sentia uma forte dor de cabeça, o que explicava o enjôo. Partes de seu corpo doíam e por mais que tentasse, não conseguia abrir os olhos, que dirá se levantar. Tentou se acostumar com o lugar frio e o chão duro, e com muita dificuldade abriu os olhos, o que não adiantou muito porque estava bastante escuro o locar, mas foi possível notar que se encontrava num quartinho, sem móvel algum; só tinha uma janela pequena que estava fechada e a porta. O ar tinha um cheiro numa mistura de mato e mofo. Devia ser um lugar velho, mas não se lembrava do porquê de estar ali. Aos poucos foi puxando na memória as ultimas lembranças. Estava na saída da escola e viu... O HOMEM! Segurava a corrente de Sasuke e depois ele estava com um pano na mão, os caras enormes a segurando, ela gritando por socorro. Tudo muito assustador e doloroso de se lembrar. E foi ai que entendeu, tinha sido sequestrada. O desespero tomou conta de sua mente e seu corpo se contraiu num ato de medo. Mas a pergunta mais obvia lhe veio à tona: “porque eu?”. Não via um motivo para ser sequestrada. Eles queriam dinheiro? Mas seus pais nem eram ricos... “Meus pais! Eles devem estar preocupados” deviam estar lhe procurando, mas nem ela sabia onde estava.

Ouviu do outro lado da porta uma movimentação. Passos chegando mais perto, e o seu desespero aumentou, se é que isso era possível. A porta foi aberta violentamente, assustando Sakura que se encolheu perto da parede. Entraram os três homens que ela reconheceu serem os daquele dia, quando a raptaram. Logo em seguida entrou um outro homem de cabelos compridos, seguidos de uma mulher ruiva de óculos, que se vestia muito vulgarmente (N/A: não tenham pesadelos com isso, é só a vakarin).

O homem desconhecido de cabelos compridos chegou mais perto, e foi possível ver seu rosto por uma fraca iluminação que vinha de um vão da janela. Seu rosto tinha um sorriso, mas seus olhos eram assustadores. Quando já estava de frente para a rosada, disse:

????: você é Sakura, estou certo? – ela apenas acenou com a cabeça. – você deve saber porque esta aqui – ela franziu o cenho “era para eu saber?” e acenou negativamente com a cabeça – não? Então eu vou lhe explicar – se agachou bem perto de Sakura a fazendo recuar mais – você esta aqui por causa do seu namoradinho, ou melhor, dele e da família dele – não deu pra disfarçar o espanto de Sakura. Como assim ela estava aqui por causa dos Uchihas? O que ela tinha a ver com eles? E ela nem era namorada do Sasuke. (N/A: ainda não...)

Depois de alguns segundos, o homem continuou:

????: vou direto ao assunto. Você sabe a onde está o meu dinheiro? – ela nada disse, porque não fazia idéia do que estava acontecendo ali. Ele viu que ela não respondia – responda! – gritou, assustando a Sakura, que na hora resolveu responder.

Sakura: eu na...não sei de nada. Não se...sei de que dinheiro es...tá falando – ela achou que ele ia bater nela, ou até mesmo matá-la. Depois de alguns minutos ele se levantou e foi direto para a porta sem dizer nada, para a surpresa de Sakura.

Mas seu alivio não durou muito, pois a mulher de óculos se revoltou com a atitude do homem.

????: Orochimaru, você não vai fazer nada?! Vai deixá-la ai?! – sua foz era extremamente aguda, o que só aumentou a dor de cabeça da Sakura. (N/A: e a minha também). O homem parou na porta se virou para a mulher e disse:

Orochimaru: Karin ela parece não saber de nada mesmo, e não se preocupe. Ela não é totalmente inútil. Vai ser uma ótima isca – deu um sorrisinho malvado e saiu sendo seguido pelos três homens, ficou somente a mulher encarando a Sakura com cara de poucos amigos. Mas saiu também para a alegria de Sakura.

Estava sozinha de novo. O que pensou ser bem melhor, mas muita coisa se passava em sua cabeça agora.

Perguntava-se quem eram os Uchihas. Sabia que era uma família importante e rica, mas o que eles tinham a ver com esse Orochimaru? Será que o sr. Uchiha estava metido em alguma encrenca com essa gente? E o tal do Orochimaru mencionou o Sasuke. Mesmo que o pai dele estivesse com problemas, Sasuke era muito jovem para estar no meio disso. Existiam Muitas hipóteses, uma mais absurda que a outra.

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Já devia ter passado horas desde que aquelas pessoas entraram naquele quartinho. Estava com fome, queria tomar um banho e uma roupa quente; mas não estava em sua casa e não teria essas mordomias.

Pareceu que os céus atenderam aos seus pedidos, pois a porta foi aberta novamente e um homem entrou com uma bandeja na mão.

????: Orochimaru mandou você comer, pois ele quer você viva. – praticamente jogou a bandeja no chão – e coma rápido, daqui a 10 minutos eu venho pegar isso, e se você não tiver comido, vou levar do mesmo jeito. – e saiu depois.

Aquela gororoba parecia nojenta, mas até que o cheiro não estava ruim. Sakura se aventurou a colocar aquilo na boca, e para sua surpresa não estava tão mal quanto a sua aparência, mas com certeza já experimenrou coisa melhor. Comeu rápido, pois a fome era grande.

“Eu tenho que sair daqui... não posso ficar esperando que alguém chegue e me salve, seria um milagre, tenho que pensar em alguma coisa, mesmo que pareça impossível”, pensava enquanto comia a gororoba.

Quando terminou de comer, se sentiu bem melhor; a dor de cabeça pelo menos já estava passando, devia ser fome. Foi até a janela e forçou-a para fora e depois para dentro e como pensou, a madeira era mais forte do que parecia, e é claro que aquelas pessoas não deixariam ela fugir facilmente. Mas também não desistiria. Foi até a porta e também a forçou, mas logo parou e encostou a cabeça na porta tentando ouvir alguma coisa.

Ouviu passos de novo, deveria ser o homem que veio buscar a bandeja. Correu para seu canto e sentou segurando os joelhos. Logo a porta foi aberta e o homem foi pegar a bandeja sem dizer nada.

Sakura: ei – chamou-o, mas ele não respondeu – ei eu preciso ir ao banheiro.

????: faça nas calças

Sakura: não vai dar não – colocou as mãos em volta da barriga – acho que essa comida não me fez bem – fez uma cara de dor. O homem pensou um pouco e foi na direção dela, pegou em seu cotovelo e a levantou rapidamente.

Saíram do quarto e Sakura olhou para os dois lados do corredor procurando uma saída fácil. Mas dos dois lados só se viam portas, não sabia onde cada uma ia dar, nem uma lhe pareceu à saída. Foram em direção a ultima porta do corredor, o homem a abriu e empurrou Sakura para dentro.

????: não demore, eu estarei aqui fora. – e depois fechou a porta.

Sakura se virou no minúsculo banheiro e sentiu um cheiro horrível. Abriu a tampa da privada e quase vomitou com o que viu, fechou a tampa rápido. Procurou a janela, mas ela era muito pequena, não conseguiria passar por ela nem se quisesse. Foi para um plano B. Procurou algum objeto que poderia servir e encontrou um desentupidor. Aquilo ia ajudar. Deu descarga, respirou fundo e gritou:

Sakura: já terminei.

O homem abriu a porta, e com agilidade e rapidez, Sakura acertou o desentupidor com toda força que tinha no rosto dele, que logo foi parar no chão, mas não estava inconsciente ainda. Sakura se assustou com a própria força, mas gostou de sentir a adrenalina correndo em suas veias. Com agilidade, pulou o corpo do homem, mas na hora que seu pé sentiu o chão, seu tornozelo foi segurado com força e ela caiu no chão também.

Estavam fazendo muito barulho e ouviu varias portas se abrirem e homens grandes saírem armados apontando para Sakura no chão.

Sakura: merda.