Mamãe Virou Princesa escrita por Boca Americana


Capítulo 3
A Bella madrinha - Cinderela - Parte 1


Notas iniciais do capítulo

Oieeeeeeeeeeee Bom, vou explicar umas coisas lá nas notas finais, portanto... LEIAM!!!



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POV BELLA

Eu sentia a luz do sol queimando minha pele. Eu sentia o ar entrando por algum lugar e batendo em meu rosto. E eu sentia alguém me cutucando.

Abri os olhos irritada, por não me deixarem dormir.

A primeira coisa que vi foi o teto parecido com o de uma cabana. Mas eu não morava em uma cabana.

Fechei e abri os olhos de novo, pra ter certeza de que não estava sonhando. Não, eu não estou sonhando.

Me sentei e percebi que estava deitada em uma cama de solteiro, era uma cama de madeira bem estranha e tinha uma aparência antiga.

Olhei ao redor e vi um tipo estranho de criado-mudo com uma jarra de água. No teto havia um lustre pequeno, o chão era de madeira e havia um tapete azul escuro muito bonito.

Tudo ali berrava ''antigo'' e foi olhando em volta que eu vi o motivo de estar aqui, nesse lugar estranho.

–Finalmente acordou!- Disse a baixinha Alice.

Levantei da cama furiosa e andei até ela, que estava sentada em um poltrona estofada vermelha.

–Você!- Falei apontando o dedo na cara dela.- Você me trouxe pra cá! Por que? Isso é um sequestro? O que você quer? Quanto você quer?

Ela revirou os olhos e se levantou da poltrona.

–Isso não é um sequestro Bellinha. Você está aqui para o bem da Nessie.

Olhei confusa para a baixinha.

–O que a minha filha tem com isso? Meu Deus, que confusão!- Disse tampando o rosto com as mãos.

Me sentei na cama. Senti uma mão no meu ombro e quando levantei o rosto vi que era a tal Alice. Me afastei dela.

Elas suspirou parecendo triste.

Se sentou na cama, meio distante de mim e falou.

–Eu vou te explicar se estiver disposta a ouvir.

Assenti, esperando uma explicação.

–Bom, no seu mundo você não dava atenção a sua filha. A menina praticamente vivia com a avó e só tinha o pai para lhe fazer companhia. Você vivia no trabalho e quando não estava de plantão estava examinando papeis em casa.

Engoli em seco, lembrando de quando eu estava no quarto e neguei passar um tempo com Renesmee. O peso da culpa caiu sobre mim.

–Não adianta se sentir culpada agora.- Disse Alice.- Renesmee, depois que você praticamente a expulsou do seu quarto, foi para o quarto dela e chorou por não ter a atenção da mãe.

Senti meus olhos lacrimejarem e limpei minhas lágrimas com a mão. Eu era uma péssima mãe!

–Ela, então se lembrou do que seu tio Jasper lhe disse uma vez e fez um pedido a primeira estrela do céu escuro. Essa estrela era eu.

Arregalei os olhos.

–Você... você é uma estrela?!

Ela sorriu contente.

–Sim! Sou a estrela da Nessie! Eu nasci, quando ela nasceu.- Explicou.

Oh meu Deus! Estrela da Nessie?!

Olhei para ela.

–Eu tenho uma estrela?- Perguntei num sussurro.

–Sim! Mas não vamos falar disso por enquanto. Eu tenho que terminar de te explicar.

Assenti.

–Bom, Renesmee me pediu a sua atenção e amor.

Me levantei da cama exasperada.

–Mas eu já a amo!- Falei incrédula.

Como Nessie pode pensar na possibilidade de eu não a amar? Eu a amo mais que eu mesma!

Alice balançou a cabeça.

–Não é o suficiente Bella, e é por isso que nós estamos aqui. Para te fazer perceber o quanto você está perdendo com sua filha.

–Aqui aonde exatamente?- Perguntei mais calma.

Alice se levantou e me puxou até a janela.

Carroças passavam pela rua (se é que aquilo era uma rua), moças com leques e luvas elegantes e vestidos compridos passeavam com sombrinhas, homens com ternos e chapéus caminhavam graciosamente.

–Estamos no livro de contos de fadas da sua filha.

Contos... de.... fadas?

–Oh meu Deus!

Uso muito essa expressão quando estou nervosa, sabe?

–legal não é?- falou Alice empolgada.-Venha, vamos conhecer o povoado.

Ela me puxou pela mão, mas eu não conseguia sair do lugar.

–Bella? Vamos.

–Em que historia estamos Alice?

Ela pensou por um tempo e por fim deu de ombros.

–Cinderela.

Arfei, não acreditando que eu realmente estava no livro de contos de fadas da Nessie, na historia da Cinderela.

–Oh meu...

(...)

Estávamos andando pela rua e as pessoas nos olhavam estranho, como se fossemos de outra época. Na verdade, nós eramos mesmo.

–Alice... que roupa é essa que eu estou?- perguntei olhando para mim mesma.

–Ah, fui eu que coloquei.- Disse sorrindo.- Ficou boa em você, de nada.

Revirei os olhos.

–E por que eu estou com essa roupa?

Ela fez um bico e olhou para mim.

–Por que eu não gosto de repetir looks, por isso troquei minha roupa e a sua.

Assenti.

Que garota estranha. Na verdade, ela é um estrela muito estranha. Tá, foi uma piada sem graça.

–Você não devia ter nos colocado roupas da época?- perguntei colocando as mãos na cintura.

–Aff Bella, eles não vão nem lembrar da gente, quando formos embora, não se preocupe.

Ela disse ''quando formos embora''? Isso quer dizer que vamos embora! Graças a Deus!

Suspirei aliviada.

–Por que exatamente, nós estamos aqui?- perguntei.

–Olha, sua primeira missão é ajudar a Cinderela, ser amiga dela e essas coisas. Ela se sente sozinha.

–E os ratos da historia?! Servem pra que?

Alice me fuzilou com os olhos.

–Coitada Bella, falar com ratos é estranho, sabia?

–Você já tentou?- pergunte sarcástica.

–Não e nem vou tentar.

Bufei.

–Tá, e depois?

–Você vai ter que ajuda-la a se aprontar para o baile.

–Mas e a fada madrinha?- Perguntei.

Alice sorriu malignamente.

–Já dei um jeito na velha, não se preocupe.

Nossa! E olha que ela é uma estrela.

–E se eu não conseguir?- perguntei temerosa.

–A historia começa de novo e você vai ter que fazer tudo de novo.

–Se eu conseguir...

–...Nós vamos para a próxima historia do livro.

Suspirei.

Quer dizer que eu só voltaria para o meu mundo, quando passasse por todas as historias do livro.

–Quantos historias será que esse livro tem?

–Você saberia se tivesse lido.- Disse Alice indiferente.

Fiz uma careta para ela.

–Não precisa jogar na cara que eu não sou boa mãe.

–Desculpe Bellinha.- Disse Alice suspirando.- Venha, vamos conhecer a sua primeira protegida.

Entramos em uma rua, onde tinham grandes casas e me perguntei em qual dessas Cinderela morava.

Eu nem acredito que realmente estou na historia da Cinderela. Na verdade, eu nem acredito que estou presa num livro.

–Ela mora aqui.- Apontou Alice.

A casa era grande e toda branca, no jardim havia uma moça de cabelos encaracolados e loiros regando algumas flores. Ela tinha olhos claros e vestia farrapos remendados.

–Aquela ali é a Cinderela.-Disse Alice.

Olhei para ela.

–Sério? Pensei que fosse a madrasta má disfarçada.

Alice revirou os olhos e me puxou para atrás de uma arbusto.

A loira cantarolava baixinho uma canção que eu não conhecia. Alice começou a cantar junto e foi impossível não acompanhar, era envolvente.

A loira parou o que fazia e olhou para os lado com o cenho franzido.

Arregalei os olhos e tampei a boca de Alice.

–CINDERELAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA, VENHA PASSAR MEUS VESTIDOS!- Uma voz esganiçada gritou de dentro da casa.

A loira bufou e proferiu algumas palavras que não consegui entender, depois foi correndo para dentro da casa.

Uma dor se alastrou pela minha mão e a puxei da boca de Alice.

–Ai!- resmunguei.- Sua... sua... estrela canibal! Por que me mordeu?!

–Por que você estava tampando minha linda boquinha! Por que fez isso?

–Por que a loira nos ouviu cantando com ela! Se você não parasse ela ia nos ver.

Alice soltou um muxoxo.

–Tem razão... desculpe. Agora vamos!

Alice me puxou para fora do arbusto e corremos até a parte de trás da casa.

–Por que nos trouxe aqui? -Perguntei.

–Você vai entrar.- Disse tranquilamente.

–Entrar? Na casa? Está louca? E se me pegarem?- perguntei desesperada.

–Não vão te pegar. Vou te colocar direto no quarto da Cindy e ai só ela vai te ver.

Ergui uma sobrancelha.

–Cindy é?

Ela deu de ombros.

–Me deixa Bellinha. Vamos.

Alice estralou os dedos e em um segundo estávamos dentro do quarto da Cindy, digo, da Cinderela.

O quarto era minúsculo e só havia uma cama velha, uma cadeira e uma mesa pequena com uma caneca, em cima da cama tinha uma janela pequena, mas o quarto era limpinho e até agradável.

–Bye, bye e boa sorte.- Alice piscou pra mim.- Venho te pegar depois.

–O que?! Vai me deixar aqui?!- perguntei.

Ela olhou para os lados e depois pra mim. Deu um sorrisinho amarelo e disse.

–Eu tenho que ir resolver um coisas. Tchau baby!

–Alice...

Antes que eu terminasse de falar, ela sumiu.

A portinha do quarto foi aberta e por ela entrou Cinderela, com a cabeça baixa e o rosto molhado por lágrimas.

Ela levantou a cabeça e arregalou o olhos quando me viu.

–Q-Quem é você?- perguntou.

Senti meu sangue gelar.

–Hã... eu... hum...

Pensa Isabella, pensa! Ah, já sei!

–Prazer, Eu sou Bella, sua fada madrinha.

Enquanto isso...

POV ALICE

Enquanto Bella estava lá na casa da megeras e da Cindy, socializando, eu voltei para a pensão em que estávamos hospedadas.

Cumprimentei a dona Flor, que era dona da pensão, e subi direto para o quarto em que eu dividia com a Bellinha.

Entrei no quarto e fui até o pequeno armário de roupas. Abri e a velha senhora caiu amarrada de lá de dentro.

–Oi dona fada madrinha! Tá confortável ai?- Perguntei inocentemente.

Ela tentava se soltar das cordas e tirar o pano da boca.

Bati na minha própria testa.

–Dã Alice! É claro que não tá! Como você é burrinha!

Ela arregalou os olhos.

Deve estar achando que eu sou doida.

–Olha eu realmente não queria fazer isso, mas a minha protegida quer a atenção da mãe dela e esse é o único jeito.- expliquei torcendo para que ela entendesse.

Mas ela continuava lá... me olhando como se eu fosse doida.

Coloquei o dedo no queixo e comecei a pensar.

–O que fadas madrinhas comem?

A velha começou a choramingar.

Coloquei ela de volta no armário (com muito esforço, pois ela era gordinha) e o tranquei.

Já ia saindo do quarto quando me veio a cabeça.

–Será que ela precisa de um travesseiro?


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Notas finais do capítulo

Quero dizer que eu vou escrever a minha versão das historias dos contos de fadas, ou seja, tudo que estiver diferente, foi por que eu quis mudar, não por que eu esqueci alguma coisa. Sim, Alice sequestrou a fada madrinha.



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