– Ver Stefan com Elena, o quanto ela era parecida com Katherine... Me atraiu. Acabei me apaixonando por ela, mas não podemos esquecer que tenho uma certa tendência a pegar tudo de meu irmãozinho – Ele sorriu para mim.- Tentei ao máximo ficar longe de você, mas nem sempre dava certo – Lembrei de todos os nossos beijos, todos nossos momentos juntos, como ele me protegeu... Eu o amava. Não havia dúvidas.

Essa foi a minha vez de beijá-lo. Minhas mãos percorriam seus cabelos negros, enquanto ele aprofundava cada vez mais o beijo. No meio da escuridão, aqui estávamos nós, nos beijando como se o amanhã não existisse, como se a qualquer momento o mundo pudesse despedaçar. E ele poderia. O meu mundo poderia. Bastava ele dizer que tudo isso não passava de uma brincadeira para que eu perdesse o chão.

– Eu tentei não me aproximar – sussurrou ele com a testa na minha.

– Ainda bem que não conseguiu – falei iniciando mais um beijo. Mas a história ainda não havia acabado. – O que você sente por Elena? – Simplesmente falei, interrompendo o beijo. Quando estou com ele sinto que não preciso medir minhas palavras, posso falar tudo o que quiser e pensar. Não havia barreiras.

– Bonnie... Eu não posso deixar de amá-la. Ela significou tanto para mim... Mas não é o mesmo que sinto por você. Daria minha vida por ti. – E ele havia dado. As lembranças de sua morte invadiram meu peito, e quando percebi lágrimas já caiam pelo meu rosto. E se ele não tivesse conseguido voltar? Não sei se conseguiria seguir em frente, sua morte me deixou... destruída.

Damon me puxou para seu peito e chorei em seu ombro, enquanto ele afagava meus cabelos ruivos. Tentei expulsar as lembranças, mas elas sempre voltavam. Era como um caminho sem saída, não importava para onde eu fosse, sempre voltava ao início. Pensar em perde-lo era impossível. Ele afastou minha cabeça de seu peito e acariciou minhas bochechas olhando em meus olhos.

– Damon...

– Shii – Sua expressão era de compreensão.

– Damon eu...

– Vai ficar tudo bem – Falou segurando meus ombros para que olhasse para ele. Tentei conter minhas lágrimas, afinal esse era um momento perfeito e eu havia estragado. – Que horas são? – Tentei mudar o assunto.

– Meia noite – Falou checando seu relógio. – Vou levá-la para casa.

Andamos em silêncio e de mãos dadas por todo o percurso, minha cabeça descansando em seu ombro. Essa era a noite perfeita. Até mesmo a lua e as estrelas estavam em uma perfeita sincronia.

– Bom... chegamos – Falou ele como se doesse me deixar. E acredite, doía para mim. Eu queria acordar e olhar diretamente para aqueles olhos negros, tocá-lo, sentir que tudo isso não passava de um sonho.

Ele me beijou suavemente.

– Eu tenho que ir – sussurrei.

– Bonnie – Chamou ele.

– Feliz aniversário.

Sorri.

Esse era o melhor presente de todos os tempos.