Alice estava me enchendo com essa coisa de festa. Não agüentava mais. Ela não desistia da minha festa de aniversário. Já pedi que não fizesse, mas não tem quem ganhe da Alice.

–Bella. Vai ser divertido. E, além disso, eu vi que essa festa vai acontecer. Minhas visões nunca falham. –Alice parecia uma criança mimada.

–Não até alguém mudar de idéia. Você mesma disse que se a pessoa mudar de idéia, a visão muda.

–É eu sei. Por isso está tudo confuso. Mais ainda sim, consigo ver a festa detonando. Você não quer que Jasper manipule suas emoções, quer?

–Claro que não. –digo.

–Então aceite a festa logo, e deixe-me ter minhas visões claramente.

Fico em silêncio. Eu não estava com animo para festas.

–Bella. –Alice fala calma. –Você tem que ser forte.

–Falar é fácil, Alice. Não é você que está assim.

–Você acha que eu não sofro? Você acha que está fácil para mim, Bella? Ele era meu irmão. Um irmão de muito tempo. Pessoas como ele, não existem muitas. Mas eu estou me esforçando, e estou tentando ajudar você. Mas você não facilita.

Não esperava isso da Alice.

–Desculpa Alice. –digo arrependida. –O que você quer que eu faça?

–Que aceite a festa. –Ela disse. –De bom grado.

–Tudo bem. Mas a lista de convidados é muito grande?

–O suficiente para sua festa seja perfeita. –Alice responde com seu sorriso de volta no rosto. –Vamos ao shopping. –ela decide.

–Por quê?

–Comprar seu vestido da festa. Será o melhor de todos.

Suspirei novamente. Ela quer acabar comigo.

–Esme. –ela gritou. –Estamos indo para Seattle.

–Mas já? –pergunto.

–Sim. Não podemos perder tempo. A festa é daqui dois dias.

–Os vestidos não vão fugir de lá daqui dois dias. –digo.

–Os ajustes, Bella. Você não aprende, não é mesmo? Vestidos para essas ocasiões, tem que ser comprados o quanto antes.

Revirei os olhos e ela me puxou para fora de casa. Ela não soltou meu braço até chegar ao carro.

–Calma Alice. Você acha que eu vou fugir?- pergunto indignada.

–Acho. –Ela responde e arranca o carro da garagem.

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–Eu não posso acreditar. Essas vendedoras só podem estar de brincadeira. Não sabem mostrar nada. –Alice se queixava.

–Alice, a loja só não tinha o vestido que você queria.

–Bella, você mesma viu. Ela não estava a fim de vender.

Reviro os olhos.

–Vamos à loja de bijuterias. Depois vemos o vestido. –Ela diz me puxando para sua loja de bijuterias favorita.

A vendedora nos recebeu com um sorriso enorme. Ela era super simpática.

–Essa sim, é uma vendedora. Ela sabe vender. –Alice cochicha para mim.

Quando finalmente terminamos as compras, Alice resolve dar uma volta no shopping. Vai saber o porquê. Mas acho que sei. A segunda casa da Alice é o shopping.

–Ah, meu Deus, Bella. Olha isso. É perfeição demais. –Sigo o olhar de Alice. Era um sapato de salto. Azul camurça.

–Não acredito que você chamou minha atenção para isso.

–Vou levar. Esse sapato já é meu. –Alice disse.

E quando estávamos entrando na loja, uma vendedora já estava pegando o sapato da vitrine para uma cliente.

Alice entrou na loja pisando duro.

–Olá, moça. –ela cumprimenta carrancuda. –Tem mais desse modelo no estoque, não é? –Alice aponta para o sapato que estava na mão da vendedora.

–Desculpe senhorita. Mas esse é o ultimo.

Alice pôs a mão no peito, como se estivesse sendo constrangida.

–Eu vi esses sapatos primeiro. Eu estava lá fora olhando para ele faz cinco minutos. –Alice não desistia.

–Desculpe senhorita, mas você deveria ter vindo falar comigo então. Esta moça pediu primeiro. Espere ela experimentar. Se não servir você pode levar.

–Tudo bem. –Alice disse mal humorada, e veio para o meu lado.

Ela começou fazer figas.

–Alice, descruze esses dedos. –Digo achando hilário.

–Tomara que não sirva. Estou contando com isso.

E para a decepção de Alice, o sapato serviu na cliente.

–Inacreditável. –Alice reclama. –Bella, você pode dar mais uma volta por aí. Eu vou ver outro sapato, antes que outra veja primeiro.

Saio da loja, e dou mais uma volta no shopping. Até que... Avistei um homem cuja cor do cabelo era de bronze. Ele tinha as estruturas semelhantes da de Edward. Não pude ver seu rosto, pois o mesmo estava de costas.

–Edward. –sussurrei.

–Bella. –Alice toca em meu ombro. –Olho para ela assustada.

–Oi. –digo.

–O que aconteceu? –Ela pergunta.

–Por quê?

–Você está assustada.

–Estou?

–Sim, Bella. E além de assustada, está estranha.

Eu poderia até dizer o que eu vi. Mas Alice me chamaria de louca.

Tornei a olhar para onde eu havia visto o suposto Edward. Mas não tinha mais ninguém. Isso tudo deveria ser coisa da minha cabeça.

–O que foi, Bella?

–Nada. Vamos embora.