–Rose, não quero ir. –falei quando já estava na sala.

–Você vai. Não me faça chamar o Ed.

Fiz bico.

–Por favor, Rose. Deixa eu ficar quietinha no meu quarto. Ninguém vai sentir minha falta.

–Que papo é esse? Todos vão sentir sua falta. –ela falou. –Venha. –ela me puxou.

Antes que abrissemos a porta da frente, Emmett entrou.

–Olá mulheres da minha vida. –Emm falou sorridente.

–Oi Emm. –falei com a voz cansada.

–Oi, ursão. –Rosalie falou com um ar de safada.

Revirei os olhos.

Ele riu.

–Vamos. –ele chamou. –Já estam perguntando por vocês.

–Quem? –perguntei.

–Os lobos, Sue, Charlie, Billy, os Volturi...

–Os Voluri?! –me espantei.

–Sim... –Emmett começou, mas eu o cortei.

–Ninguém me falou que eles estariam aqui.

Se eu fosse humana, meu coração estaria a mil por hora neste momento.

–Deixa eu perguntar... –falei meio exitante. –Alec...?

–Sinto muito, Any. –tio Emm falou. –Ele não veio.

Assenti tristemente.

Mas por um lado, eu agradeci em silêncio, pois eu não teria o que falar a ele.

–Podemos ir? –Rose perguntou.

–Sim. –respondi.

Emmett deu espaço para nós passarmos, e depois fechou a porta atrás de si.

Todos que estavam conversando, pararam para olhar-me.

Tudo estava silencioso, e eu não sabia o que fazer. Por que eles estavam me olhando?

Eu estava congelada.

–Uau. –Ouvi alguém sussurrar.

Emmett veio ao meu socorro. Ele se posicionou ao meu lado, e estendeu seu braço para eu segurar.

Rose foi ao seu outro lado, e segurou-o no outro braço.

Sem respirar, desci as escadas da frente acompanhada de meus tios.

Depois disso, as pessoas foram voltando a conversar aos poucos. E então, começou a tocar uma música suave ao fundo dos murmurinhos.

Separei-me de Rose e Emm, e fui cumprimentar Billy, Charlie e Sue. Eles estavam conversando entre si, quando eu os interrompi.

–Olá. –tentei dar um sorriso agradavel.

–Oi Any. –Sue falou primeiro e me deu um abraço. –Quanto tempo.

–Pois é.

–Como vai minha netinha? –Charlie perguntou e me abraçou meio sem jeito.

–Bem. E você?

–Ótimo!

Sorri.

–Como vai os paqueras? –Billy brincou.

–Sem comentários. –falei e ri.

Depois de conversar um pouco com eles, fui cumprimentar os Volturi.

Estremeci.

Caminhei até eles. Eles estavam um ao lado do outro. Não conversavam e nem se mexiam. Apenas observavam.

–Oi. –falei amargamente.

Aro respondeu.

–Como vai, pequena Any. –ele falou do seu modo estranho, como sempre.

–Bem. –respondi.

–Dúvido muito. –Jane falou com um sorriso malicioso. –Até parece que você não está sofrendo pelo ocorrido com o Alec.

Por que Jane está tocando nesse assunto? Ela está querendo me fazer sentir mal? Por que? Ela sempre fora amigável comigo.

Felix levantou uma sobrancelha.

–Que ocorrido? –ele perguntou curioso.

–Oras, você não ficou sabendo? –Jane perguntou incrédula. –Meu irmão...

–Chega, Jane. –Aro mandou.

–Mestre. –ela falou e assentiu, voltando sua expressão séria.

Agradeci Aro internamente.

Demetri também me pareceu bem desapontado. Parece que ele queria ouvir o que Jane tinha a dizer.

–Como anda o Alec? –perguntei.

–Com as pernas. –Jane falou entre dentes.

–Porque você está assim comigo?

–Você está fazendo meu irmão sofrer. Ele não é mais como antes.

–Eu sinto muito. Estou arrependida de ter dito aquilo. Não queria que as coisas acontecessem assim.

–Então por que não voltou? Você devia ter ido à Volterra para conversar com meu irmão.

–Eu não sabia o que dizer a ele.

–Ah, por favor!

–Que tal pararem com essa discussão? –Marcus propôs. –Isso não as levará à lugar algum.

Concordei.

–Então vou indo. –falei.

Dei as costas a eles, e fui até os lobos.

Eles formavam uma rodinha.

Ali estavam Embry, Collin, Brady, Leah, e Seth.

Seth.

Seus olhos brilharam.

Ele me olhava de um jeito terno. Ninguém nunca havia me olhado daquele jeito. Nem mesmo Alec.

–Oi gente. –falei um pouco tímida. E isso fez Seth sorrir.

Ai que fofo.

Leah bufou.

–Oi sanguessuga. –Ela falou e sorriu falsamente.

Sorri do mesmo modo, e respondi:

–Oi cachorra.

Todos ficaram boquiabertos.

Ficou clara a raiva de Leah.

–Oi Any. –Embry falou educadamente.

E todos imitaram Embry.

–Onde estão os outros? –perguntei.

Collin apontou na direção dos quatro membros restantes da matilha. Eles estavam com seus imprintings.

Paul e Rachel, Jared e Kim, Sam e Emily, e Quil e Clary.

Clary parecia ter seis anos. Ela é muito fofa.

Fui até eles.

Pigarreei para eles notarem minha presença.

Todos se viraram.

–Any. –Clary deu um gritinho e correu até mim.

Abaixei-me, e ela me deu abraço apertado.

–Oi, Clary.- sorri.

–Que saudade. –ela falou com a voz rouca.

–Eu também estava.

–Por onde esteve? –ela perguntou quando me soltou e começou a me encarar.

–Eu estava em Londres, pequena.

–Fazendo o que?-ela perguntou com sua inocência.

–Visitando meu pai biológico, amor.

–Que legal! –Ela pulou.

Ri.

Olhei para os outros, eles nos olhavam com um sorriso.

–Não queria atrapalhar vocês. Só vim cumprimentar.

–Ah, que isso. Você não atrapalhou. –Emily falou docemente.

–Bom, então já vou. Aproveitem a festa.

Eles agradeceram.

Olhei em volta, e vi que todos estavam destraídos.

Entrei em casa de fininho.

–Ufa.

Corri para meu quarto.

–Consegui. –sorri.

Bom... Já fiz minha parte na festa. Agora mereço paz.

Sentei na cama e tirei meus sapatos.

Alguém bateu na porta.

Ah não!

–Quem é?

–Seth. –ele respondeu.

Suspirei alíviada.

–Pode entrar Seth.

Ele entrou e depois fechou a porta.

–Tranque, por favor.

Ele achou estranho, mas mesmo assim o fez.

–É que não quero alguém me perturbando para voltar à festa. –expliquei.

–Ah sim.

Tirei todo o meu cabelo das costas e o segurei.

Virei-me de costas para Seth, e pedi:

–Desabotoa para mim?

Seth arregalou os olhos.

Ele andou até mim, e desabotoou meu vestido. E assim, minhas costas ficou nua e exposta.

Percebi que ele estava com dificuldade de respirar.

Coitadinho.

–Vou tomar um banho. –falei. –Pode esperar aqui. É bem rápido.

Entrei no meu banheiro e fechei a porta.

Tirei meu vestido por completo, e entrei debaixo da água.

A água estava morna. Passei o sabonete pelos meus braços, e isso relaxava meus músculos.

Depois de banho tomado, me enrolei na toalha e saí do banheiro.

A primeira coisa que vi, foi Seth sentado em minha cama, totalmente comportado.

Sorri ao ver a cena.

Abri meu guarda-roupas e tirei de lá meu conjunto de moletom.

Voltei ao banheiro e me troquei.

Retornei ao quarto e me sentei na cama ao lado de Seth.

–Quer parar de ser fofo?

–Você me acha fofo? –ele perguntou.

–Sim. E amo isso em você.

–O que mais você acha de mim? –ele perguntou interessado.

Coloquei um dedo no queixo, fingindo pensar.

–Hm, carinhoso, lindo, companheiro, romântico, lindo, leal, inteligente, lindo... Já falei lindo?

Ele sorriu, e respondeu:

–Umas cinquenta vezes.

Sorri.

–Sério que você me acha lindo?

–Claro!

–Por que você acha isso?

–Isso na verdade é um fato.

Ele riu, mas logo ficou sério.

–Any, eu preciso te contar uma coisa.

–O que aconteceu? –perguntei preocupada.

–Ah, não se preocupe. É só uma coisa que eu quero que você saiba.

–Pode falar. –encorajei-o.

–Então... Já notou como me perco em você? No jeito que eu te olho? No jeito que fiquei na primeira vez em que te vi.

–Sim, percebi.

–É que eu... –ele parou. –Eu não sei mais se devo te contar isso.

Ai, é agora que ele ia falar do imprinting. Não sei se estou pronta pra ouvir.

–Por que?-perguntei sem parecer muito nervosa.

–Porque isso pode acabar com a nossa amizade.

Fiquei calada.

Pensando bem, isso poderia sim afetar nossa amizade. Mas quem se importa? Se iriamos ficar juntos para sempre de um jeito diferente, nada mais importava.

Lentamente, levei minha mão até a sua que estava pousada em cima da cama, e então cobri-a com a minha.

Ele olhou para nossa mão, e depois para mim.

Sorri para ele, e isso o encorajou a entrelaçar nossos dedos.