Escuridão do passado escrita por Queen T


Capítulo 45
Capítulo- 45


Notas iniciais do capítulo

Espero que vocês me perdoem pela demora... E também espero que gostem do capítulo =D
Boa leitura!



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No momento eu estava na aula de Ed. Mas minha cabeça estava na sala. E meus ouvidos também. Eu me concentrei nos barulhos da sala, tentando saber sobre o que eles falavam.

“-Aro permitiu que eu viesse. Depois de algum tempo, ele percebeu que eu não pretendo me virar contra ele.

–É uma pena. –Bella falava.

–Não acho que seja o caso. –Alec falou firme.

–Ah, claro. Esqueci que você adora ficar ao lado do mal.

–Eu fico ao lado da justiça. É diferente.

–Nem tudo o que os Volturi fazem é justo.”

–Any.

Virei para Ed, completamente assustada.

–Sim?

–Estou esperando você fazer esses exercícios.

Bufei.

–Fala sério, Ed. Francês é desnecessário.

–Você pode precisar algum dia.

–Não por enquanto. –rebati.

–Nunca se sabe.

Revirei os olhos.

Olhei para a folha na minha frente.

–O que? –sussurrei para mim mesma. –Eu não sei fazer isso. Está tudo em francês.

–Você queria que estivesse como? Em Grego? Achei que essa aula era de francês.

Suspirei e comecei a fazer.

Depois de cinco minutos, Ed olhou os exercícios, e falou.

–Any, não sei mais o que faço com você. Isso não tão difícil assim. Quando Bella foi a Itália, ela aprendeu o italiano em muito pouco tempo.

Isso era uma novidade para mim. Eu nunca soube que Bella já havia ido à Itália.

–Bella já foi à Itália? Fazer o que lá? –não consegui reprimir a curiosidade.

–Nada. –ele tentava disfarçar.

–Ed? Me conta.

–Não, Any.

–Eu tenho o direito de saber.

–Não, não tem. Se Bella quiser, depois ela lhe conta. Agora, refaça os exercícios.

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Depois do que me pareceu a eternidade, Ed me liberou das aulas. Neste momento eu estava sentada ao lado de Alice e Jasper, ao pé da escada.

Rosalie e Emmett estavam na TV. Esme no jardim, e Carlisle estava falando com Alec. Tudo um tédio.

Fui até Ed que conversava com Henry e Luke ao lado do piano.

Quanto mais eu me aproximava, mais eu podia ver. Luke e Henry estavam de costas, e isso me possibilitou de ver uma coisa que eu nunca havia visto neles.

Bem na cervical, havia uma tatuagem pequena. Parecia um símbolo. Os dois tinham a mesma tatuagem.

Tive uma imensa vontade de saber o que aquilo significava. Então eu percebi uma coisa. Eles sempre deram um jeito de esconder aquela tatuagem. Seja na jaqueta, ou na gola de uma blusa. Por isso eu nunca as vi.

Pus-me ao lado de Ed e falei.

–Pai, eu vou sair.

–Pra onde?

–Ainda não sei.

–Volte antes do anoitecer.

–Tudo bem, não vou passar de uma hora.

Despedi-me de todos.

Quando eu coloquei o pé para fora de casa, alguém falou.

–Espere. Eu vou com você.

Olhei para trás e sorri para Alec.

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Andamos pela cidade inteira, apenas conversando. Quando demos de frente para uma floresta.

–Eu quero caçar. –falei.

–Sério? –Alec fez cara de nojo.

–Sim. –eu ri. –Faz muito tempo que não caço. Estou com muita sede. Cada vez que passo perto de um humano, a minha garganta arde.

–Humanos são muito melhores.

–É, mas eu sou vegetariana. –expliquei.

–Porque quer.

–Não. É porque eu não acho justo matar um humano. Você devia tentar um cervo.

–Ah, não. Obrigada! Isso não é pra mim.

Revirei os olhos.

–Tudo bem. Mas você vai me fazer companhia na caçada. –declarei.

Ele deu de ombros.

E então entramos na floresta.

Meu primeiro alvo foi um cervo. Depois de sugar todo o sangue dele, eu limpei minha boca com a manga da blusa.

–Isso é bom? –Alec perguntou com uma careta.

Dei de ombros.

–Serve pra saciar a fome. Não é tão ruim. Continua sendo sangue. Quer experimentar?

–Não.

Eu ri.

Ouvimos as folhas se mexendo e galhos se partindo no chão.

–O que foi isso? –perguntei para Alec.

Ele não respondeu. Assim como eu, ele não sabia a resposta.

Alec andou até uma árvore para ver se o barulho vinha de lá.

–Alec. –sussurrei. –Volta aqui. –mandei.

Ele não me obedeceu.

E quando ele olhou atrás da árvore, um vampiro que se escondia lá, o segurou pelos braços.

–Alec. –gritei.

Alec tentava se soltar. Ele se debatia, mas o vampiro era forte.

–Alec seus poderes. Use seus poderes. –eu me desesperava.

Eu não devia estar desesperada. Alec era bem mais experiente.

–Eu não consigo usá-los.

–Por quê?

–Acho que ele tem algum poder, que não me deixa usar o meu.

–Não é ele. –Uma mulher saiu de trás de outra árvore. Uma árvore atrás de mim. –Sou eu.

–Any, foge. –Alec gritou.

Eu não queria deixá-lo sozinho, mas eu precisava pedir ajuda aos Cullen.

Corri. Mas não muito longe.

Outro vampiro que não sei de onde saiu, me segurou.

–Ninguém vai a lugar algum. –A mulher falou em um tom firme.

–Quem é você? –perguntei a ela.

–Alguém que não quer lhe fazer mal algum. Ao menos que eu precise.

–Então nos deixe ir.

–Não. Preciso de algo que só você e seu namoradinho têm. –ela apontou para mim e para Alec.

–Agente não tem nada. –Eu falei.

–Tem sim. Você tem o poder da cura. E Alec tem o de tirar os sentidos das pessoas.

–E...?

–Vocês vão ficar em uma cabana, até o transmissor chegar.

–Transmissor?

–Sim. O vampiro que irá passar o poder de vocês para mim. Ele pode demorar alguns meses. Mas eu serei paciente. E vocês também. Eu confio no transmissor. Ele já passou o poder de vários vampiros para mim. Estou cada vez mais poderosa. Então nem se atrevam a tentar fugir. Haverá vigias na cabana. E eles também têm alguns poderes.

–Olha aqui sua vaca, você sabe quem eu sou? –Alec gritou.

–Sei sim. Você é apenas um vampiro da guarda Volturi.

–Sim, e os Volturi vão vir nos procurar, cedo ou tarde. E então você estará acabada. –Alec ameaçou.

–Eu sou mais poderosa do que todos eles juntos. –A mulher falou indiferente. –Podem levá-los

Ela ordenou aos vampiros.

Fomos arrastados a mais de quilômetros. Até chegarmos a uma cabana no meio da floresta. Com certeza estávamos em outra cidade, pois aquela cabana era a mesma que eu e Jake vimos da outra vez. Agora eu sabia. Essa cabana não era do lobisomem. Era desses vampiros.

Fomos jogados lá dentro, e eles fecharam a porta.

Ficamos em silêncio por um tempo.

Sentei-me no chão.

–Alec? O que nós vamos fazer? –perguntei sem esperanças alguma.

Estava escuro, mas eu ainda podia ver Alec com clareza.

Ele não respondeu.

Havia vigias lá fora. Quando chegamos, eu vi mais de dez vigias em volta da cabana.

Que inferno!

–Alec, eu ainda estou com fome.

Ele ainda não falou.

–Alec, fala alguma coisa.

Nada.

Pela expressão dele, ele estava com muita raiva.

Ficamos horas sem nos mexer e falar.

Até que eu cansei.

–ALEC! FALE ALGUMA COISA! –gritei.

Ele virou a cabeça para me encarar.

Mas nada falou.

Ele apenas andou em minha direção e sentou-se ao meu lado. Ele pegou a minha mão e a segurou com carinho.

–Nós vamos sair daqui. –Ele prometeu. –Vai ficar tudo bem.

Assenti.

Agente iria sair dali. Mas poderia demorar muito tempo. E iríamos sair sem nossos poderes.

Deitei minha cabeça na curva de seu pescoço, e fechei os olhos.

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Passaram-se duas semanas. E nada desse “transmissor” aparecer.

Eu não estava me agüentando de fome. Alec também não. E não sabíamos mais quanto tempo iríamos ficar nessa. Não podíamos nem pensar em fugir.

E então, a porta se abriu. Alec e eu levantamos do chão, os dois esperançosos. Queríamos sair.

Um vampiro empurrou seis humanos para dentro da cabana. Três homens e três mulheres, e uma dessas mulheres era uma criança de mais ou menos oito anos.

Minha garganta ardeu na hora, e eu não conseguia tirar os olhos da veia desses humanos. Eu desejava o sangue deles. Mas isso era errado.

O vampiro fechou a porta e deixou Alec e eu com os humanos.

–Eu não vou alimentar-me deles. –falei.

–Any, se você não se alimentar deles, você não irá se alimentar de mais nada. Eles não vão trazer um cervo pra você. –Alec falou calmo.

Ele não esperou mais e partiu para cima de um homem. Enquanto Alec sugava o sangue do humano, ele gritava. Os gritos iam cessando-se, ao tempo que ele ia perdendo os sentidos.

–Sua vez. –Alec anunciou.

Olhei para os humanos, e eles estavam apavorados. A menininha chorava muito.

–Que tal a menina? –Alec sugeriu?

–Nem pensar.

Então Alec me jogou uma das mulheres.

Encarei a mulher que tinha uma cara de espanto. Ela tinha um cheiro delicioso, não posso negar.

–Imagine que você está se alimentando de um cervo. –Alec aconselhou.

Agachei-me ao lado da mulher.

–Por favor! Minha filha ficará órfã.

–Mas ela também irá morrer. –Alec disse.

Fechei os olhos e fiz.

**************************************************************************************

Alec matou a menina, e eu estava terminando com o último homem, quando começamos a escutar barulhos do lado de fora. Parecia que eles estavam brigando.

Eu ainda estava agachada ao lado do corpo sem vida do homem.

Os barulhos pararam depois de cinco minutos.

Alec e eu nos encaramos. E de repente, a porta da cabana foi aberta. A luz solar entrou, iluminando a parte de dentro da cabana.

Quando Ed apareceu na porta ao lado de um lobo, eu rapidamente limpei minha boca suja de sangue, com a manga da blusa.

Ed me olhava com uma expressão decepcionada.

Levantei, e encarei o lobo. Os olhos eram de Seth. Eu nunca confundiria aqueles olhos.

Eu pedia desculpas apenas com o olhar.

–Vamos embora. –Ed falou.

Ele entrou na cabana, me pagando pelos braços e me arrastando para fora.

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A matilha toda havia ido nos salvar.

Agora já estávamos na frente de casa.

–Te espero lá dentro. –Ed falou e entrou.

A matilha toda foi embora, deixando-me sozinha com Seth.

Olhei diretamente em seus olhos.

–Obrigada! –agradeci. –E desculpe, por você ter visto aquilo. Eu não queria, mas eu estava com fome. Eu não sabia por quanto tempo eu teria que ficar lá. Eu iria morrer de fome se eu não...

Seth lambeu minha mão.

Acho que aquilo significava que ele me compreendia.

Sorri para ele.

Alec apareceu ao meu lado, com uma expressão fria.

–Tenho que entrar. –falei para Seth.

Seth se afastou e foi embora.

Encarei Alec e falei.

–O que foi?

–Ele é um lobo.

–E...?

–Você gosta dele?

Fiquei em silêncio por um momento.

–Gosto. Mas como amigo. Algum problema?

–Não. –ele disse e entro de novo na floresta.

Ele ia atrás de Seth? Não. Ele não podia machucar Seth, afinal ele nos salvou.

–Alec. –gritei.

Entrei na floresta, e comecei a correr. Eu tinha esperanças de encontrar o Alec. Mas parecia impossível.

–Alec. –gritei de novo. –Volta.

Corri mais.

Eu já havia corrido 1 quilometro.

–Alec, cadê você?

A noite havia caído, e a lua estava prestes a aparecer.

–Alec, por favor!

–Any! O que faz aqui?

Olhei para trás e vi Luke me olhando desesperado.

–Eu te pergunto a mesma coisa. O que você tem?

–Any! Sai daqui.

–O que? Por quê?

Neste momento Alec apareceu.

–Alec, finalmente. –caminhei até ele. –Para onde você foi?

–Nenhum lugar.

–Porque você voltou para a floresta? Você foi atrás do Seth?

Ele nada falou.

–Alec. –repreendi.

–Eu ia acabar com a raça dele, mas isso não a deixaria feliz, então voltei para trás, e te encontrei aqui... Com seu irmão. O que ele faz aqui?

Olhei para Luke. Ele olhava para o céu, e eu vi que a lua cheia começava a aparecer.

–Luke?

–Corra. –ele aconselhou.

–Por quê?

–Any, vai! –ele ordenou.

Antes que eu pudesse dizer algo, os ossos da perna dele se quebraram, e ele despencou no chão.

–Luke! –corri e me agachei ao lado dele. –O que você tem? –perguntei preocupada e desesperada.

–Any! –ele disse ao tomar fôlego. –Vai. –ele falou com a voz falha.

–Não. Não vou te deixar.

Os ossos dos braços dele também se quebraram, e se curvaram de uma forma estranha.

Soltei um grito.

–O que é isso?

Alec me puxou pelo braço, fazendo eu me afastar de Luke.

–Any, já sei o que está havendo. Vamos. Vamos embora, antes que seja tarde. Ele vai perder o controle.

E depois de eu ter dito que iria ficar, Luke já não era mais Luke. Era...

Levei minha mão à boca de tamanho espanto.

Era o mesmo bicho que eu havia visto em meu primeiro dia de aula.

E aí tudo ficou claro.

Luke era um lobisomem.


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Notas finais do capítulo

Espero que a demora tenha valido a pena... haha
Comentem, adoro ler comentários, e amo respondê-los ;)
Até o próximo capítulo!! Beijos :*



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