Differences escrita por Mrs Chappy


Capítulo 6
Despertar de Sentimentos


Notas iniciais do capítulo

Oe, oe!
Espero que gostem do capítulo kkkk

Boa leitura*



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Mundo Real

– Humm… O que…– Yue despertava lentamente por conta da dor de cabeça. Não se lembrava do que tinha acontecido, mas como um relâmpago as memórias começaram a aparecer, aumentando a dor aguda. Ao acostumar-se com a fraca luminosidade da divisão, começou a prestar atenção na mesma. Não a reconheceu. Mais como ou quem a levou para ali? Lembrou-se instantaneamente daquela voz, mas esta parecia muito distante. Voltou a sentir outra pontada de dor, gemendo frustrada pelo seu estado débil. Tentou-se levantar-se inutilmente, as costas começaram a arder pelo movimento. Reparou que estava enfaixada na zona da barriga e as suas costas certamente teriam sido devidamente tratadas, caso contrário nem conseguiria suportar as dores.

– Não te mexas. Ainda não recuperas-te completamente. – Uma voz masculina ecoou pelo quarto, a tirando de seus pensamentos. Olhou na direcção da voz e enrubesceu. Nossa como ele era lindo! Olhos de um púrpura escuro contudo muito brilhantes, não se importaria de olhá-los infinitamente. Teve vontade de rir quando observou o contraste entre o cabelo ruivo e a expressão do rosto do jovem. O cabelo era rebelde, mas nem por isso menos atraente, todavia o seu rosto era sereno, tranquilo… Lembrou-se da primeira impressão que teve ao ouvir a sua voz. Nossa ela sentiu-se atraída sem o ver, só ouvi-lo, o que poderia dizer agora ao vê-lo!? Sentiu-se afortunada por ver quem a salvou. O seu anjo da guarda particular. Sorriu levemente com o seu próprio pensamento.

Continuou a percorrer o corpo masculino com o olhar... Pescoço tentador diria até provocativo (Oh Kami o que pensaria o seu pai se a visse agora!? Pior, se conseguisse ler os seus pensamentos?), ombros largos e fortes… Tórax com músculos definidos… Mesmo com camisola, isso notava-se. Nem a roupa escondia a perfeição daquele rapaz. Corou com os seus sentimentos pervertidos e olhou para o tecto, tentando disfarçar a coloração avermelhada que tomou conta do seu rosto. Encheu os pulmões de ar e esvaziou-os de seguida. Tinha de manter-se calma e sã! Afinal quem era ele?

Nesse momento, lembrou-se do pequeno pormenor que ela desvalorizou por estar a analisá-lo fisicamente. As roupas negras! Não podia ser… ele era…

– Um shinigami…– Na sua voz era perceptível a desilusão. Agora fazia sentido como ele a conseguiu salvar. Mas mesmo assim porque a ajudou? Eles não eram inimigos? Ele de certeza que sentiu que aquele corpo era um gigai. Que ela era um monstro como aquele que ele destruiu.- Porquê?

Aiko sabia ao que ela se referia. Porque a socorreu sendo eles naturalmente inimigos? Porque não a deixou morrer ensanguentada? Ela era um deles, não era? Terá sido só compaixão por ela ter salvado também um humano? Não sabia. Ele só quis ajudar e pronto. Não precisava de uma justificação mais forte que essa.

– Eu não tenho por hábito ignorar alguém que precisa de ajuda. Simplesmente isso. – Não. Ele sabia que havia algo a mais. Seriam os seus cabelos negros sedosos? Os seus intensos olhos verdes? Nunca viu uns olhos tão bonitos como aqueles… Nem os de sua mãe que eram considerados os mais belos de toda a Soul Society. Seria o seu ar inofensivo? Aliás desde quando arrankares tinham rostos angelicais? Levou uma mão ao cabelo bagunçando-o. Estava confuso e muito. Não entendia o porquê, e isso era deveras frustrante. Eram tantas possibilidades… Podia ser nenhuma daquelas ou podia ser tudo em simultâneo.

– Os teus superiores não vão gostar de saber que tenhas contribuído para uma arrancar sobreviver…– A voz amargurada chamou a atenção do jovem shinigami, que estreitou os olhos. Ele estava zangado. Como ela podia ser tão ingrata, ele ajudou-a e ela vem falar que os seus o rejeitaram por isso. Suspirou irritado.- … Principalmente se descobrirem que sou a filha do Rei do Hueco Mundo. – Agora sim ele ficou deveras surpreso. Tinha ouvido falar que o espada mais frio, agora líder, tinha tido uma filha mas nunca cogitou a ideia que poderia estar perante ela. Mas não se deixou abalar… Ela insinuou que os shinigamis, incluindo a sua família, eram preconceituosos. E isso não admitia a ninguém.

– Não te preocupes com o que pensarão sobre o que eu fiz ou deixei de fazer. Isso é problema teu e não teu. Tu é que devias ter mais cuidado para a próxima para não necessitares de ser salva por outro shinigami. – Foi rude e áspero. Talvez até demais… Mas ele não gostou nem um pouco do que ela dissera anteriormente. Ela não os conhecia para falar assim deles. Fechou os olhos tentando controlar o nível de sua reaitsu que subiu consideravelmente. Ouviu um som abafado e abriu os olhos. Ao fazê-lo viu-a em pé, ou pelo menos a tentar-se manter-se. Ela respirava ofegantemente, dava para ver nitidamente que ela sofria, e muito, pelo ferimento de suas costas. Tentou detê-la da sua intenção suicida mas fracassou.

– Assim o teu ferimento vai abrir e…

– Não te preocupes ruivinho… Isso é um problema meu, não teu.– Repetiu arrogantemente as palavras dele. Estava dolorida nas costas e dificilmente andaria… Mas o que mais doía, era a marca profunda de suas palavras. Estava preocupada com a situação, que ele fosse repreendido por a ter curado. Não lhe queria trazer problemas… Mas isso era inevitável. – Afinal eu sou um “monstro” não é? Não é isso que nos chamam lá no teu mundo? Que nós perdemos a corrente quando morremos e com isso o nosso coração, a origem dos nossos sentimentos… Porque te incomodas com alguém que está impossibilitado de sentir? – Ela cuspia as palavras amargurada. Sempre a julgavam sem a conhecerem, só por ser aquilo que é. Sentiu seus olhos arderem mas não cedeu. Não permitiria que ele a visse vulnerável mais uma vez. Aliás desde quando ela ficara tão sensível com a opinião alheia?

Ele abriu os olhos chocado. Sentiu um aperto no peito e um revirar no estômago. A culpa preencheu cada poro do seu corpo… Ele sabia que aquilo que ela dizia era verdade. Sempre lhe ensinaram o perigo que um hollow representava. Seres que só destruíam e devoravam almas. No entanto aquilo que ela fez contradiz tudo isso. Ela acabou de salvar uma. E não só isso, ele viu como ela sorriu timidamente para ele antes de reparar que ele era um shinigami. E agora estava ofendida, com toda a razão, com ele. Era normal ela temer que ele fosse descoberto… A sua acção iria ser censurada por muitos shinigamis, nisso ela também tinha razão. Sorriu cabisbaixo, pelos vistos quem teve sempre razão desde o início foi ela.

Ele a viu sumir pela janela, desaparecendo na escuridão da noite fria. Não deixava de ser caricato. Ele a salvou do adjucha mas ela foi quem salvou a sua mente de preconceitos. Talvez, os arrankares sejam muito mais do que aquilo que lhe disseram. Talvez fossem até interessantes. E era capaz de apostar a sua vida como a mais interessante tinha estado ali, ao lado dele.

– Só talvez…


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Notas finais do capítulo

Quero agradecer a todos os que acompanham as minhas fics! Vocês são uns amores!
Até ao próximo capítulo minaa!
Para quem quiser publiquei uma nova fic HitsuKarin: http://fanfiction.com.br/historia/522342/A_Historia_de_Karin/


(Sumindo no sonido)



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