Um Amor Quase Impossível escrita por Laryssa


Capítulo 35
"É justamente pelo que passamos e o que enfrentamos que eu faço isso."


Notas iniciais do capítulo

Hey leitoras!
Tenho novidades! Faltam poucos capítulos para a fic acabar, mas eu decidi tomar uma decisão muito importante: Após um mês de ter sido marcada como terminada, publicarei o primeiro capítulo da segunda temporada :3

Boa leitura :)



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Federico:

O que aconteceu? Aconteceu que eu mostrei que não sou orgulhoso. Aconteceu que demonstrei que o meu ponto fraco era ela. Eu não devia ter me apaixonado por ela, isso se eu estivesse. Isso é só paixão. Só deve ser mais algum tipo de sentimento passageiro. Logo, isso vai passar, por isso não deve ser comparado ao amor.

Fui bobo! Sou bobo!

Como eu pude me deixar levar por uma simples paixão? Porque no meu momento de decidir o meu orgulho não agiu?

Agora? Agora vou ter que estragar a felicidade deles. A felicidade que eles sempre quiseram. Por causa de quê? Por causa daquilo que eu achava ser amor! Se eu realmente amasse a Ludmila, não faria isso! Mas eu não podia. Não podia simplesmente ir embora por causa dela. Não podia esquecê-la!

Isso estava acabando com a minha consciência, pesava tanto em minhas costas e estava tomando conta de mim.

(...)

Semanas depois...

León:

Acredito que esse foi o meu último final de semana longe de tudo. Longe de casa, longe do Studio, longe da Violetta... Só que dessa vez não foi só o final da semana. Foi durante semana inteira! Eu mais do que nunca estou sentindo falta da minha princesa. Só de pensar que eu vou poder olhá-la, abraçá-la, tê-la comigo outra vez, já me dar uma sensação de alívio.

– Você vai aceitar a proposta, filho? – Meu pai perguntou concentrado no volante do carro e no caminho que ainda tínhamos para seguir.

– Não sei pai. – respondi hesitante.

Ainda tinha isso. Ainda tinha essa proposta.

Um sim á ela, seria o mesmo que abandonar tudo. Um não a ela significaria uma chance única perdida.

E ainda tinha a Violetta.

Que parece que perde minha confiança a cada viagem que eu faço. Queria muito que voltássemos a ser como antes, mas não dá. Queria poder contar tudo a ela, mas não dá. Ficará brava comigo se souber que neguei a proposta, mas ficaria magoada por saber que aceitei. E o pior é que ela já está. Da última vez que tive um momento a sós com ela, recebi uma ligação e por ela tive que ir, depois daí, ela nem falou comigo. Não duvido que termine comigo, mas seria melhor para ela.

Era isso que me machucava, mas também me confortava.

– León? – Chamou meu pai.

– O quê?

– Ela ficaria feliz se você aceitasse.

– Mas eu não quero fazer isso com ela, pai. Eu não quero magoá-la mais do que já magoei.

– Não vai magoá-la! – Assegurou.

– Como não vou? Por mais que ela fique feliz, nunca vai aceitar que eu tenha que abandonar ela.

– Então não abandona!

– Se não tenho tempo para ela agora, imagine se eu aceitar a proposta? – Resmunguei.

Ele ficou calado. Não falou mais nada.

– Seria melhor para ela. – Minha voz soou triste.

– Melhor?

– Sim. Ela merece alguém que a ame de verdade e que a faça feliz, não eu.

Dizer aquilo doía muito em mim. Doía mais saber que é a verdade. Eu amo muito ela, de verdade, mas é que não consigo mais fazê-la feliz.

– Ela merece alguém que cuide dela, alguém que tenha tempo para ela. – Prossegui.

– E esse alguém é você!

– Não, não. Eu já tive a minha chance e eu mesmo deixei-a fugir.

– Mas ela te ama, León! – Falou ao estacionar o carro em frente a nossa casa.

Desci do carro.

– Eu sei disso. Também amo ela, e muito! Só que eu quero vê-la feliz, mesmo que para isso eu tenha que desistir dela. – Falei ao fechar a porta com força.

– Você sabe que se isso acontecer, nenhum dos dois vai conseguir ser feliz. – Ele disse descendo do carro e fechando a porta logo em seguida.

– Preciso conversar com ela. – Tirei o celular do bolso e fui caminhando em direção à entrada de casa.

– Não vá fazer besteira, por favor!

– Não se preocupa pai! – Falei dando de ombros. – Não vou machucá-la!

Finalmente entrei em casa. Subi para o meu quarto e me joguei na minha cama.

Pensava nas palavras que eu diria à Violetta. Ela me chamaria de idiota, de covarde, se eu telefonasse para ela. Não responderia se eu mandasse uma mensagem. E se eu fosse vê-la?

Levantei, olhei a hora e deduzi que ela estava no Studio. Corri até lá. Procurei-a em todas as salas, e quando encontrei, não vi uma das melhores cenas. Federico já estava a ponto de beijá-la. Não quis saber se ela esquivaria ou se aceitaria. Não tenho nada haver com isso. Ela me viu e então, eu saio.

Andei rápido para ela não me alcançar. Não queria satisfações. Era isso o que ela fazia quando eu não estava? Corria atrás dele? Senti-me um tolo. Eu quis concertar as coisas, mas pelo visto, ela não quer mais. Então, não vai se incomodar nenhum pouco se eu aceitar a proposta.

Sentei-me em um banco próximo e comecei a pensar em tudo que havia acontecido, então, ela se aproximou. Tentei sair, mas ela pegou minha mão.

Violetta:

– Por favor, não vai! – Implorei segurando algumas lágrimas.

Sentei ao seu lado e apertava a sua mão, como se ela fosse meu único fio de esperança.

Ele permaneceu calado.

– Eu... Eu posso explicar! – Gaguejou.

– Perdão. Não tenho tempo para isso!

– Desculpa. Eu não quero te incomodar. – Balbuciei e me levantei.

– Eu voltei por você! – Falou rapidamente.

Aquelas palavras soaram estranhas. Na verdade, fui eu que não fiz valer a pena.

– Eu poderia ter ficado lá por mais tempo e ter aceitado a proposta – continuou –, mas eu voltei. Voltei porque eu achava que valeria a pena. Voltei porque estava sentindo a sua falta. E quando eu chego, vejo a cena mais humilhante do mundo. – falou com ar sarcástico.

Deixei algumas lágrimas escaparem.

Era óbvio a sua mágoa. O que o deixava com raiva não era só o que aconteceu, mas também com quem aconteceu.

Proposta?

– Que proposta?

– Eu vou seguir a minha carreira na Europa.

E mais lágrimas escorreram meu rosto.

– Então já estava tudo planejado né?

– Tudo o quê?

– Não se faça de bobo, León. Voltou só para terminar comigo.

– No inicio sim, mas eu pensei e repensei muito e percebi que não era o correto a se fazer. Mas depois disso, não tenho dúvidas que é o certo.

– Vai mesmo terminar comigo?

Ele hesitou. Percebia-se que ele não queria soltar aquelas palavras, mas para ele não havia outra escolha.

– Sim. – murmurou, como se não quisesse que eu escutasse.

Machucou. Machucou muito!

– Depois de tudo o que passamos juntos? Depois de termos enfrentado tudo aquilo para finalmente ficarmos juntos você vem e simplesmente termina comigo? – Falei entre soluços.

– É justamente pelo que passamos e o que enfrentamos que eu faço isso. Entenda Violetta. Foi maravilhoso o que tivemos, de verdade. – Ele sorria em quanto enxugava as lágrimas que caíam sobre meu rosto. Como ele podia sorrir em meio à situação? – Mas, eu não poderia te deixar sofrendo por um cara que está distante demais de você. Você não merece isso. Merece alguém que esteja lado a lado com você, te fazendo sorrir, te amando.

– E esse alguém é você!

Abracei-o de forma mais inesperada possível, não demorou muito para ele retribuir.

– Esse alguém não sou eu.

– Como não?

– Porque eu não sou capaz de cumprir as promessas que te faço ou te fiz.

Senti uma gota se espalhar pelo meu cabelo. Logo mais outras molharam e se espalharam. Sim, eram lágrimas dele.

– Te disse que em nenhum momento te deixaria e é o que eu estou fazendo. – Prosseguiu.

– Porque você quer...

– Porque eu quero te ver feliz, mesmo que para isso eu tenha que me afastar o máximo de você.

– Se quisesse me ver feliz não estava fazendo isso comigo.

– E se você me amasse como sempre disse que me amou, não teria feito isso comigo. – Retrucou.

Ele se afastou de mim, virou às costas para mim e deu passos acelerados, como se tivesse pressa em ir. Como se tivesse presa em me esquecer.

– Estou feliz por você! – Sorri entre as lágrimas.

Ele parou de caminhar e olhou para trás.

– Também desejo que seja feliz!

“Com alguém mil vezes melhor que eu”, conclui no pensamento.

Logo ele voltou, e me deu o mais apertado dos abraços.

– Quando nos veremos outra vez? – Perguntei ainda em seus braços.

– Não sei minha princesa!

Sua princesa. Sempre adorei essa forma de tratamento dele. Como conseguia ser tão carinhoso nesses momentos? Não importa. Eu ainda era a sua princesa.


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Notas finais do capítulo

E aí? Gostaram da notícia? E o capítulo? Será que eu fiz vocês chorarem demais?
Imaginem um "suposto" final para a fic :3

Bye leitoras, até a próxima!