Passado Obscuro escrita por LeitoraApaixonada


Capítulo 45
Capítulo 44 - A Mentira Tem Perna Curta


Notas iniciais do capítulo

Heeeeey Cupcaaaaaaakes!!

Podem me colocar na cruz e tacarem quantas pedras quiserem! Eu mereço, sei disso! Mas miiiiiil perdoes pela demora! Sério, eu estava prevendo postar esse cap o mais rápido que eu conseguisse, mas a minha vida está corrida demais, então, desculpem :(
Boooooom, como o titulo fala, a mentira tem perna curta...

Musica do CAP: Malta - Diz Pra Mim (é minha queridinha da vez :)
Beijooooocas!!



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Saio atordoada do hospital.

Harry. Como ele pôde ser tão covarde e desonesto a ponto de procurar Ginna depois daquela briga no hospital? E como ele pode fazer com que ela passasse mal, colocando a vida do próprio filho em risco?

Não posso deixar que isso fique assim. Vou atrás dele, onde quer que ele esteja, e irei tirar satisfação sobre tudo o que Ginna não tem coragem de falar.

– Jane. – chama alguém atrás de mim. Conheço essa voz muito bem, meu pai, Richard. Viro-me em sua direção. – Você... Quer uma carona para algum lugar?

– Eu não... – faço uma pausa e coço a testa em sinal de nervosismo. – Na verdade, eu não faço a menor ideia para onde ir. Estou sem a chave da casa de Julian.

– Se você quiser... Pode passar a noite lá em casa. – ele convida dando um passo a frente. – Sabe, seu quarto ainda está exatamente como estava antes.

Eu penso em um milhão de motivos para não aceitar. 1) Julian ficaria muito decepcionado. 2) Eu ainda não o perdoei. 3) Deveria estar em uma viagem com a minha família... E muitos mais motivos.

Mas eu penso em um que me faz aceitar:

– Prometo que tentarei falar com ele.

– Seria bom. – afirma Ginna.

– Tudo bem. – concordo, depois de alguns segundos. – Se não se incomodar.

– Claro que não. – ele nega com a cabeça e dá mais um passo a frente, ficando o mais próximo de que estávamos há dias. – Você é e sempre será minha filha.

***

Até do cheiro eu tinha saudade. Quando eu pisei pela ultima vez aqui, naquela noite fria, chuvosa e extremamente triste da minha vida, não tive tempo de olhar tudo o que eu queria.

Há uma nova rachadura no teto da sala. Na cozinha, o radio velho que estava quebrado foi substituído por um novo. Os banheiros pareciam mais limpos, talvez a antiga empregada fora demitida.

– Espero que não esteja tão ruim. – declara Richard voltando da cozinha com duas xícaras de chá. – Desde que nos mudamos para São Francisco que não faço um bom chá.

– Disse que não precisava. – reclamo me levantando do sofá. – Estou cansada, quero apenas subir para o quarto e cair na cama.

– Jane, você vai recusar um dos meus chás? – Richard pergunta sorrindo. Ele sabe que eu não posso fazer isso, sabe que eu sempre amei seus chás.

Eu suspiro.

– Tudo bem. Apenas um chá. – eu pego a xícara de suas mãos e me sento novamente no sofá. Richard se senta ao meu lado. – Obrigada, quer dizer, por me deixar ficar aqui.

– Já disse que não foi nada. – ele retruca. Toma um gole do chá antes de continuar. – "Quem faz um favor a quem o merece, ao mesmo tempo o recebe".

– Aurélio Teodósio. – respondo por automático. Um sorriso enorme surge no rosto de Richard.

– Você ainda é boa nesse jogo. – ele coloca sua xícara na mesinha de centro e depois se vira para mim. – Acho que ainda temos muito o que conversar.

– Richard, eu não sei se... – ele me corta.

– Jane, eu só quis o seu bem, querida. Tudo o que eu fiz, as mentiras que contei, tudo foi apenas para você não sofrer.

– Mas você não pensou que eu iria sofrer depois? Quando soubesse a verdade? – pergunto sentindo meus olhos se enchendo de lagrimas.

– Minha filha... A coisa mais difícil que fiz na minha vida inteira foi mentir para você. – ele confessa derramando uma lagrima sobre a bochecha direita. – Eu queria que tivesse sido diferente.

– Eu também. – completo limpando o meu rosto. Eu me levanto. – Se me permite eu vou...

– Jane, não me deixe aqui falando sozinho. – Richard pede também ficando de pé. – Agora que chegamos até aqui, que estamos falando sobre tudo o que passamos, vamos até o final.

– Quer mesmo ir até o final? – pergunto cruzando os braços. – Então me deixe viver em paz. Pare de aparecer na minha vida e insistir em um assunto que morreu junto com a minha mãe.

– É isso mesmo que quer? – ele pergunta, ligeiramente abalado com que eu acabara de falar. – Porque, se for, vou fazê-lo. Deixarei você em paz. Quero apenas ver você feliz.

– Richard. – suspiro o seu nome e coloco a mão na testa, em sinal de nervosismo. Eu quero perdoar meu pai, quero voltar a falar com ele, a jogar os jogos de adivinhações e comer macarrão em família todos os domingos.

– Tudo bem. – meu pai pega a xícara que havia deixado na mesa de centro e toma um gole do chá. – Se precisar de qualquer coisa, estou no meu quarto.

Ele se vira de costas e ruma para a escada. Sobe os degraus em passos longos e rápidos, as vezes pulando dois degraus por vez. Quando ouço a porta do quarto no andar de cima se fechar, sento-me novamente no sofá.

Droga. Fiz mais uma pessoa que eu amo sofrer. Primeiro foi Andrew, que praticamente caiu de um prédio de milhões de andares quando soube que éramos irmãos. Depois, meu pai, Gin, Sara e até mesmo Ian entraram nessa brincadeira.

Solto lagrimas dos meus olhos por extinto. Não sei se estou chorando necessariamente pelo o que acabou de acontecer, mas quanto mais lagrimas eu derrubo, mas percebo o quanto estou errada. No quanto minha vida está errada.

A campainha toca. Eu pulo de susto no sofá.

Quem seria uma hora dessas? Já devem se passar das 2:00 da manha e, pelo o que eu sei, Sara ficaria no Hospital. Mesmo com medo de ser o Assassino da Cerra Elétrica, caminho em direção a porta e a abro.

– Andrew? – indago arregalando os olhos. – O que está fazendo...

Não consigo terminar a pergunta. Ele simplesmente puxa meus braços em sua direção e ataca os meus lábios ferozmente, em um beijo o qual eu nunca esperaria.

Andy apoia nossos corpos na parede ao lado da porta e a fecha com o pé. Em passos atrapalhados tenta me levar até o sofá da sala, guiando minha cintura e não deixando que eu me separe dele.

Finalmente o ar nos faltou e eu me separei dele ofegante.

– Porque fez isso? – perguntei espatifando as mãos em seu peito, impedindo que ele me dê mais um beijo inesperado.

– Eu precisava te beijar sem ter um peso na consciência. – declara com o maior sorriso que eu já vi passar pelos seus lábios.

– O que quer dizer com isso? – pergunto, ainda sem entender nada.

– Jane, eu e você... – um riso sai de seu nariz e eu vejo que seus olhos estão começando a marejar. – Nós... – Ele agarra a minha mãe e entrelaça nossos dedos. Olha bem fundo em meus olhos. – Nós não somos irmãos.


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Notas finais do capítulo

WEEEEEEEEE ARE THE CHAMPIONS MY FRIEEENDS!!

Finaaaaalmente! Quem diria hein? Hahaha! Falem o que acharam dessa revelação bombástica nos comentários, estou sentindo falta de algumas leitoras! Hahaha
Beijooocas!!