Passado Obscuro escrita por LeitoraApaixonada


Capítulo 1
Prólogo


Notas iniciais do capítulo

Sim, sim, sim! Você não está sonhando nem nada! A Leitora Apaixonada voltou e com toda a força para deixar você ainda mais emocionada! E não me venha com essa de não ler essas notas porque eu as escrevo com muito amor (muuuiiito amor mesmo, estou colocando o meu coração aqui).
Começamos com um Prólogo cheio de emoção e que me fez chorar escrevendo. Gente, não querendo me gabar nem nada, mas essa fic está massa! Peço, desde agora que, se você gostar meeesmo dessa história, para que comente! Eu quero muito ver a reação das minhas leitoras, pois eu faço tudo isso para vocês!
Bom, é isso. Nada de mais ou de menos que eu não tenha falado ainda, então você está liberada para ler essa historia! Se emocione, grite com o computador, chore, ria, se alegre e principalmente se divirta!

Musica do CAP: Pompeii - Bastille
Beijocaass!!!



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São Francisco, Califórnia; Onze anos atrás.

A menina loira acorda assustada, com os olhos castanhos arregalados e as mãos suando frio. Um estrondo vindo do andar de baixo ecoa pela casa, fazendo a pequena garota de cinco anos se levantar. Uma voz feminina grita, não alto o suficiente para chamar a atenção das outras pessoas da vizinhança, mas a menina consegue ouvir.

Hesitante, caminha em direção à porta do seu quarto que leva ao corredor, tendo a ideia de chamar os seus pais. Será que isso não seria só mais um de seus pesadelos? Talvez. Se fosse isso, acordaria gritando e logo estaria no conforto da cama de seu pai e de sua mãe, agarrada nos dois como papel em bala.

Quando chega ao corredor, ela para. A porta do ultimo quarto está escancarada e a cama onde deveriam estar seus pais, vazia. A respiração da pequena começa a falhar e ela tem a impressão de que acaba de começar mais um de seus ataques de asma.

Mesmo assim, Jane continua a sua busca. O silencio a assusta mais do que qualquer coisa. Ela pensa no pior. Será que o bicho-papão realmente existe? E será que ele pegaria adultos também?

Ela não quer descobrir. Mas precisa.

– Mamãe? – pergunta em um sussurro desesperado e com a voz falhando.

Seus pequenos pezinhos descem os primeiros degraus da escada quando vê que não tem resposta. Antes de conseguir enxergar a porta de entrada, a qual fica em frente à escada, há mais um estrondo. Dessa fez, mais forte. É como se estivessem forçando uma porta ou batendo algo duro na parede.

Jane se abaixa, colocando os joelhos perto do peito e começando a balançar, como uma criança faria. Ela não chora.

– Deixe-me ir! – uma voz feminina, talvez a mesma que emitiu o grito, fala como se tivesse sobre pressão. Jane agora reconhece a voz. Sua mãe.

– Porque? – agora é um homem que fala. Sua voz é rouca e fria, tão fria que Jane até pode sentir seus pelos se arrepiarem. Ele não fala alto e com certeza não é a voz de seu pai.

– Preciso cuidar dela. – sua mãe responde com um soluço preso na garganta. Jane imagina sua mãe, uma mulher tão fina e elegante, chorando. Na verdade, isso é quase impossível de se pensar para a pequena menina.

– Essa é a sua desculpa? – o homem com a voz fria parece debochar da cara de sua mãe. Ele gargalha alto e Jane pensa em como a sua voz é levemente parecida com as dos vilões, nos desenhos que assiste na TV. – Eu não me importo, se quer saber.

– Você deveria se importar. Ela é...

– Ela não é nada! – o homem grita e finalmente Jane decide fazer alguma coisa. Se aquilo fosse um sonho, pensa ela, já teria acordado.

Suas pernas acabam de descer os degraus e a primeira coisa que vê é um vulto vindo da sala de estar, que fica do seu lado esquerdo. Encostada na parede, espia.

Sua mãe está em um canto da sala, entre a televisão e a estante que guarda a coleção de livros da família. Jane costumava brincar de esconde-esconde com seu pai e sempre se escondia lá. Pena que ele sempre a achava.

O homem estranho está encurralando sua mãe e pressiona uma de suas mãos no pescoço dela, enforcando-a. Ele está vestido todo de preto e a única coisa que chama a atenção é uma arma prateada presa em sua cintura, que faz reflexo na luz da Lua a qual entra pela janela.

– O-O que você quer que eu faça? – sua mãe pergunta. Ela ainda está de pijama, uma camiseta de mangas compridas e uma calça de flanela. Parece indefesa comparada com o homem.

– Me diga onde ele está. – o homem sorri sínico para a mulher loira em sua frente, mas não afrouxa as mãos em seu pescoço. – Se disser, você e sua filha podem sair bem dessa.

– Eu nunca vou falar onde ele está! – a mãe de Jane força a voz e ela sai como um grito. Só agora a pequena percebeu que corre um fio de sangue pela boca da mãe. – Vai ter que me matar antes.

– E se eu matar a sua filha? Hein? – o sorriso do homem se arregala com a ideia. – Você vai ter que me falar. Ou prefere presenciar o sangue dela sendo derramado?

– Você não mataria uma criança. Não uma criança como ela.

Jane não quer mais ouvir aquilo. Ela precisa salvar a sua mãe. Com todo o cuidado, entra na sala de estar, sem fazer barulho. O telefone está no gancho, na mesa mais próxima do sofá de três lugares. Quando o agarra entre suas pequenas mãos, sua mãe a vê.

Corra! Corra e não volte mais! É o que o seu olhar diz. Mas Jane não faz isso. Ela não pode deixar sua própria mãe aqui, sozinha.

– Vou repetir mais uma vez. Onde ele está? – o homem fala pausadamente agora, como se estivesse conversando com uma criança da idade de Jane.

A menina vai para o outro lado do hall de entrada, o lado direito, saindo na sala de jantar e deixando sua mãe e o homem para trás. Jane se abaixa no canto mais distante e disca como sua mãe lhe ensinou. 9-1-1.

– 9-1-1 Qual é a sua emergência? – a mulher do outro lado da linha tem uma voz profissional e Jane se sente aliviada por ouvir alguém que não quer machuca-la.

– Eu estou aqui na minha casa. Um homem está ameaçando a minha mãe. – Jane fala com a voz baixa, como um sussurro, e deixa a sua boca encostada no telefone.

– Quantos anos você tem? – a mulher parece digitar algo e Jane se pergunta qual a importância da sua idade nesse momento.

– Tenho cinco anos. Podem mandar alguém para salvar a minha mãe? – Jane ouve um estalo e logo depois um protesto de dor sai da boca de sua mãe.

– Estou mandando alguém para a sua casa agora. Fique na linha comigo até lá, tudo bem? – a voz da mulher é calma. Jane murmura um som em sinal de assentimento.

– Eu vou mata-la Windy! – o homem na sala grita em plenos pulmões. Jane volta até a borda da escada e espia mais uma vez. Os olhos de sua mãe encontram os seus.

– N-Não faça nada com ela. – Windy implora com os olhos cheios de lagrimas. Seu olhar vacila entre sua filha e o homem.

– Tudo bem, mas eu avisei. Se eu não posso ficar com você, ninguém mais ficará. – o homem se inclina e sussurra no ouvido de Windy, mas Jane consegue ouvir mesmo assim. – Eu te amo, meu amor.

Então um som avassaladoramente alto acontece. Jane percebe que o homem não está mais com a arma na barra da calça, como estava antes. Agora ela está em sua mão. E ela está apontada para a mulher em sua frente.

Jane coloca a mão na boca quando vê sua mãe desabar no chão. Seus olhos estão abertos e Windy olha diretamente para a filha. Antes de seu corpo parar de mexer totalmente algumas palavras se formam em sua boca, mas ela não emite som algum.

“Eu te amo”

Logo depois disso se ouve sirenes altas e a luz dos carros da policia atravessam a janela que dá para a rua. Mas Jane não consegue desviar o olhar de sua mãe. Do corpo dela, caído no chão com uma poça de liquido vermelho em volta. Os olhos mortos, a pele começando a ficar gelada e os órgãos parados.

Nem quando a mulher ao telefone grita em seu ouvido, perguntando o que ouve. Nem quando um policial entra e fala com a menina. Nem quando ela sai da casa. Nem quando seu pai chega. Nem quando ela dá o seu depoimento.

Nem nunca.


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Notas finais do capítulo

Triste, eu sei... Essa foi mais uma introdução, (um Prólogo, dahh!) mas prometo que à partir do próximo cap vamos ter o presente dessa historia.
Primeiramente eu queria lançar um desafio para vocês! Respondam a minha pergunta: O que vocês acham que vai acontecer no futuro da pequena Jane? E o seu pai?
Respondam e, se você não leu as Notas da História e nem as Notas Iniciais desse capitulo, leiaa!! Eu as fiz com muito carinho e lá eu explico tudo em relação a fic direitinho.Se gostou deixe um comentário me incentivando a escrever mais, um favorito ou até uma recomendação (se achar que a minha fic merece). Acompanhe e mostre para os seus amigos, a sua família, o seu papagaio, seu cachorro e etc.
Booomm, é isso! Nos vemos no próximo cap!
Beijocaaas!!



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