Doces problemas escrita por Rayh Bennett


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Fanfic para minha Amiga Coculta Bamon: Nathalia Cunha. Espero que goste.


Desculpe qualquer erro ortogrfico. Li, reli e revisei, mas sempre passa algum errinho sem ser notado.


Boa leitura.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/518163/chapter/1

I knew you were trouble


Once upon a time, a few mistakes ago

I was in your sights, you got me alone

You found me, you found me, you found me

Era uma vez, alguns erros atrás

Eu estava na sua mira, você me pegou sozinha

Você me encontrou, você me encontrou, você me encontrou




Estavam ofegantes.

As respirações entrecortadas.

As mãos dela encontravam-se entre os cabelos negros e sedosos, enquanto uma das pernas dele estava entre as dela, pressionando seus quadris, beijando-a furiosamente.
Bonnie mordiscou o lábio inferior dele, que desceu a mão até uma das coxas femininas, em uma suave carícia.
Apesar de seu corpo está formigando, queimando, Bonnie tomou forças e finalizou o beijo. Encostaram as testas e ficaram encarando-se.
Os olhos azuis, sempre faziam-na, sentir-se perdida. Eram sempre profundos, tempestivos, misteriosos e insondáveis. Pareciam imãs. Sempre puxando-a para eles.
A camisa negra que ele usava tinha os três primeiros botões abertos, realçando o peitoral másculo e seu porte físico perfeito. Ele era mais do que perfeito, mais do que lindo.
Bonnie não poderia negar que o amava. O amava como jamais pensou ser possível amar alguém, muito menos um vampiro arrogante e orgulhoso como Damon Salvatore.

O amava e isso machucava.

Machucava não poder dizer que ele era seu.

Doía vê-lo sempre com outras mulheres.

Mesmo ele dizendo que ela era especial e insubstituível, isso não era mais suficiente.

Não para ela. Não para seu coração que não suportava mais vê-lo indo embora com outra.
Por isso, já havia tomado sua decisão. E cabia somente ao Salvatore fazer sua escolha. Porque mesmo se doesse e sangrasse, ela não queria mais ser uma.

Ela gostaria de ser a Única.

— Eu gosto tanto de você... – Murmurou suavemente, tocando o rosto masculino com as pontas dos dedos. — Eu queria que nós...

— Shiii... – Tocou os lábios dela com os seus. — É melhor voltarmos antes que alguém apareça por aqui. – Depositou beijos no delicado pescoço da morena.

— Outra vez tentando mudar de assunto, não é Damon? – Tentou empurrá-lo para longe. O que foi em vão. Respirou fundo. — Você sabe que eu te amo, por que não me dá... nos dá uma chance?

— Não está tudo bem do jeito que está? Não estamos juntos? – Ele a encarava com uma sobrancelha erguida.

— Você sabe perfeitamente que não está nada bem. – Passou as mãos nos cabelos, enquanto mordia o lábio inferior. — Você está aqui, mas eu posso dizer que nós temos algum tipo de relacionamento sério? Eu posso dizer para alguém que você é meu?

Ele afastou-se dela e desviou o olhar, passando a encarar o piso. Ambos ficaram em silêncio por um tempo, até que Damon falou friamente, fazendo com que o aperto no coração da bruxinha, intensificasse furiosamente.

— Você sabia onde estava se metendo quando aceitou envolver-se comigo, Bonnie. – Passou as mãos nos cabelos. — Você sabia perfeitamente que eu jamais poderia corresponder aos seus sentimentos.



I guess you didn't care and I guess I liked that

And when I fell hard you took a step back

Without me, without me, without me And he's long gone when he's next to me

And I realize the blame is on me

Acho que você não se importou e acho que gostei disso

E, quando eu me apaixonei intensamente, deu um passo atrás

Sem mim, sem mim, sem mim

E ele há tempos está longe quando está ao meu lado

E percebo que a culpa é minha



— Claro. Você sempre amou e amará a santa Elena. – Disse sarcasticamente. Suspirou e fechou os olhos com força para evitar que alguma lágrima caísse. — Só que eu cansei Damon. Cansei disso. Somente ficar com você não é mais suficiente. Não para mim. Tem noção do que eu sinto quando vejo-te com alguma mulher? Tem noção do quanto é frustrante saber que não sou a única em sua vida?

— E o que você quer que eu faça, Bonnie? – Aproximou-se colocando um braço de cada lado da cabeça dela. Encurralando-a. — Diga-me. – Sussurrou com a voz rouca.

— Eu não quero mais ficar com você clandestinamente. – Olhou-o determinada. — Eu quero poder te chamar de meu na frente de qualquer pessoa. Eu quero que todos saibam que temos um relacionamento... Sem medos, ou receios. – Respirou fundo.

— O problema, Bonnie é que não sou seu. Assim como você não é minha. – Encarou-a duramente. Estava cansado dessas conversas que ela vinha tendo ultimamente. Tudo seria mais simples se ela aceitasse as coisas como estão. Assim, como seria, se ele resolvesse acabar logo com algo que nem deveria ter começado. Mas ele simplesmente não conseguia. — É melhor pararmos com essa conversa por aqui.

— Não Damon. Eu cansei. Cansei disso. – Ergueu o queixo e agradeceu por sua voz sair firme. — Você escolhe: ou assume um relacionamento sério comigo, ou acaba tudo entre a gente.

Encararam-se silenciosamente. Não saberia dizer se foi segundos, minutos ou horas. Porém, mais do que nunca gostaria de saber o que ele estava pensando. Quando o viu afastar-se dela, um frio terrível tomou conta de seu corpo. Pelo visto, ele já havia tomado uma decisão. E com certeza ela não estaria no futuro dele.

— Então isso acaba aqui. – Murmurou friamente. Enquanto ela sentia milhares de lâminas afiadas transpassarem seu coração.

— Como você quiser.

Cause I knew you were trouble when you walked in

So shame on me now

Flew me to places I'd never been

'Til you put me down

Porque eu soube que você era problema quando você apareceu

Vergonha para mim agora

Voou comigo a lugares a que eu nunca tinha ido

Até me pôr no chão



Saiu do quarto apressadamente, enquanto engolia o choro. Não deixaria que ninguém a visse chorar. Estava perto da porta da sala quando sentiu uma mão tocar o se ombro. Suas costas retesaram.

— Bonnie, você está bem? - Quase desmaiou de alívio ao ouvir a voz do amigo.

— Estou bem, Stefan. – Sussurrou, forçando um sorriso. — Só um pouco de dor de cabeça e cólicas. Nada que um analgésico não resolva. Agora eu preciso ir.

— Certo. – Observou-a preocupado. — Eu te levo em casa.

— Não preci...

— Vamos, Bonnie. – Puxou-a gentilmente para fora de casa.



Oh, I knew you were trouble when you walked in

So shame on me now

Flew me to places I'd never been

Now I'm lying on the cold hard ground

Oh, eu soube que você era problema quando você apareceu

Vergonha para mim agora

Voou comigo a lugares a que eu nunca tinha ido

Agora estou deitada no chão duro e frio



Ao chegar em casa, correu rapidamente para seu quarto. Jogou-se na cama e lutou para respirar apesar do bolo em sua garganta. A dor escaldante em seu peito a sufocava.
Cada vez que lembrava-se dos momentos compartilhados com Damon, Bonnie sentia como se uma faca cega estivesse arrancando seu coração.
Por que tudo não poderia ser mais fácil? Por que tinha que ter apaixonado-se perdidamente por um vampiro idiota e sem coração?
Seu corpo começou a tremer a medida que os soluços sôfregos rompiam de seu peito.
Lembranças dos momentos que passaram assolaram sua mente.

O primeiro beijo iniciado em um momento de raiva, entre ambos. O que desencadeou o desejo desenfreado que sentiam um pelo outro.

A primeira vez dela. Inesquecível e especial. Na qual Damon, foi mais do que perfeito.

Às centenas de vezes em que foi obrigada a vê-lo com alguma mulher, que não era ela. Essas eram situações que maltratavam seu coração.
Ela ingenuamente pensou que com o tempo, Damon veria que ela era perfeita para ele... Mas depois de oito meses tudo continuava igual.
Ele continuava com sua estranha obsessão por Elena, mesmo ela deixando claro tanto em palavras quanto em ações, o quanto amava Stefan.



Oh, oh, trouble, trouble, trouble Oh, oh, trouble, trouble, trouble

No apologies, he'll never see you cry

Pretends he doesn't know that he's the reason why

You're drowning, you're drowning, you're drowning

Oh, oh, problema, problema, problema

Oh, oh, problema, problema, problema

Nada de desculpas, ele nunca verá você chorar

Finge que não sabe que ele é o motivo por que

Você está se afogando, você está se afogando, está se afogando



[...]



Já havia passado três meses desde que terminou seu relacionamento com Damon. Não poderia negar que esses foram os piores noventa dias de sua existência. Os dias eram terrivelmente frios e escuros. Mesmo que por fora mostrasse um lindo sorriso, somente ela sabia o quanto estava destroçada por dentro.
Mystic Falls nunca mostrou-se tão chata e sem cor como nos últimos tempos. Ou talvez fosse só ela que estivesse em uma fase tão emotivamente emo.
Começava a acreditar que era uma maldita masoquista, ou simplesmente, vítima de alguma maldição, pois o amor que sente por Damon só aumentava com o passar dos dias.
Não voltou a vê-lo depois daquela noite. Soube que ele havia viajado sem dizer para onde. E era terrível não saber se voltaria a vê-lo.
Despertou de seus pensamentos ao ouvir um barulho do lado de fora. Viu um vulto através da janela e assustou-se ao perceber que olhos a fitavam intensamente. Cuidadosamente, ligou o abajur e respirou aliviada ao reconhecer a figura que ali encontrava-se.

— Damon... – Sussurrou sem acreditar. Suas mãos suaram e seu coração bateu em um ritmo alucinante ao ver o seu sorriso torto favorito. Apesar de desejar do fundo do seu coração abraça-lo, Bonnie obrigou seu corpo a não mover-se. — O... o que está fazendo aqui?

— Estava com... saudades. – Deu de ombros, enquanto sentava-se ao lado dela na cama.

Ela o viu pensativo, enquanto a olhava indecifrável. Fechou os olhos ao sentir as pontas dos dedos dele, tocarem sua bochecha. Descargas elétricas percorreram seu corpo. Suspirou ao sentir a respiração dele tão próxima de seu rosto.

— Quando... quando estou com você eu fico atordoado... – Ele sussurrou como se o segredo valesse sua existência. — Fico atordoado com seu cheiro, com seu calor, com sua voz, com o seu sangue.

Bonnie abriu os olhos e perdeu-se na imensidão azul que tanto amava. Pela primeira vez ela percebeu que ele não estava mantendo aquela barreira intransponível que ele cismava em manter erguida para que ninguém visse suas fraquezas. Ela não sabia o que dizer, nem como agir.
As respirações se mesclaram. Seu coração disparou ainda mais. Sua barriga gelou como sempre acontecia ao estar perto dele.
Os lábios encaixaram-se com perfeição. Como se tivessem sido feitos um para o outro. Uma felicidade gigante apoderou-se de seu ser e corroeu sua alma.
Sabia que não poderia ceder tão facilmente. E foi ao pensar nisso que finalizou o beijo e encostou sua testa na dele.

— Isso... não está certo. – Murmurou ofegante. Afastando-se dele em seguida.

Sentia-se uma idiota por deixar levar-se por seus sentimentos.

— Droga, Bonnie. – Murmurou frustrado levantando-se da cama. — Você me deixa louco! Você me faz sentir coisas que jamais senti em toda a minha existência. – Olhou intensamente para ela. — Sabe o que é ficar me controlando para não sugar até a última gota do seu sangue?

— Andou lendo Crepúsculo? – Tentou descontrair, mas calou-se ao ver o olhar irritado dele.

— Dá para me deixar falar? – Ralhou entre dentes, recebendo um aceno positivo de Bonnie. — Eu quero tentar...

— Tentar o quê? – Indagou confusa. Cada vez menos entendia as atitudes daquele vampiro lindo, delicioso, sexy e... Balançou a cabeça tentando afastar esses pensamentos nada descentes.

— Estou falando de nós Bonnie. – Era palpável o desconforto dele. Abriu a boca para falar, mas foi interrompido pelo toque de um celular. Bonnie, pegou o celular e atendeu.


“Oi, Jeremy” “Oi Bonnie.” Ficou alguns segundos em silêncio.

“Bem... Eu queria saber se gostou do nosso jantar...”

“Claro...” Olhou para Damon que tinha as mãos fechadas em punho e a mandíbula contraída. “Eu adorei, Jer.”

“Então... eu queria saber se...” Bonnie soltou um grito ao ouvir seu celular espatifar-se contra a parede. Mal piscou os olhos e sentiu um peso sobre seu corpo.

— Você é minha... – Murmurou irritado. Olhando-a com os olhos mais escuros do que nunca. — Só minha.

— Eu não sou um objeto para ser de ninguém. Lembra-se que me disse que não eu não era sua? – Murmurou também irritada, tentando afastá-lo de perto de si. — Droga, Damon! Por que você não me deixa em paz? – Sua voz era baixa e cansada, assim como seu estado de espírito.

— Porque eu te amo. – Sussurrou contra o pescoço dela, fazendo-a paralisar sem acreditar no que escutara. — Eu te amo, Bonnie. Você é perfeita... boa demais para alguém como eu e no fundo sei que não te mereço. – Levantou o rosto e seus olhos encontraram-se. — De todos os corpos que já senti, de todas as peles que já toquei, de todos os lábios que já beijei... nenhum deles, nenhum se compara a você.

Ela estava nervosa, incrédula. Conseguia enxergar a verdade através dos olhos angustiados dele. Ela conhecia-o melhor do que qualquer pessoa.

Damon tocou sua boca, sugando um dos lábios antes de exigir passagem com sua língua. Bonnie gemeu quando as línguas encontraram-se, iniciando assim, uma batalha sem vencedor.
Ela abriu um pouco mais as pernas, fazendo com que Damon se encaixa-se entre elas. Mordeu o lábio inferior dele com certa força quando se separaram.
As mãos ávidas dele livraram-nos de suas camisetas, fazendo com que as peles se encontrassem. Fria contra quente.
Arranhou a costas dele e suspirou ao senti-lo tocar seus seios com carinho.
Damon passou a beijar e a sugar os seios pequenos e perfeitos com vontade, fazendo-a arfar, enquanto sentia seu interior ferver. Fechou os olhos com força e arqueou o tronco, buscando mais contato.

— Da... Damon. – Sussurrou ofegante.

Logo a boca dele encontrou a dela novamente, em um beijo desesperado. E suas mãos adentraram o short, tocando-a por cima da calcinha.
Gemeu contra sua boca, enquanto um dedo dele massageava sua intimidade, sem adentrá-la.

Torturando-a deliciosamente. Lentamente.

Ela desceu sua mão pelo abdome masculino, perfeitamente trabalhado e abriu o botão da calça. Não importava mais nada. Ela só o queria dentro dela.

Damon afastou-se dela, dando um sorriso malicioso. Tirou o short de pijamas e a calcinha que ela usava, sem jamais desviar o olhares, tirando as dele em seguida.
Bonnie sentiu seu rosto pegar fogo quando Damon afastou os joelhos dela, deixando-a completamente exposta. Tentou fechar as pernas, mas ele não deixou.
Começou a dar pequenos beijos estalados na virilha dela. Bonnie sufocou um gemido assim, que ele lambeu sua intimidade, dando leves mordidas. Fechou os olhos e segurou o cabelo dele com força, enquanto o puxava para ela.
O calor em seu corpo intensificou-se quando ele começou a massagear sua intimidade com uma mão enquanto a sugava num ritmo alucinante, causando as maiores ondas de prazer que já sentiu em toda sua vida.
Quando ele a invadiu com sua língua, Bonnie contorceu-se de prazer e explodiu em um orgasmo alucinante.

— Você é deliciosa... – Murmurou Damon com a voz rouca, antes de beija-la com fervor, enquanto posicionava seu membro ereto na entrada da intimidade dela, e sem desviar os olhos, adentrou-a em uma só estocada.

— Eu te amo. – Ela sussurrou ofegante.

— Não mais do que eu... - Começou a movimentar-se vagarosamente, fazendo-a suspirar e arranhar as costas dele com força, enquanto ele sugava os seios dela com vontade, fazendo-a enlaçar as pernas ao redor da cintura dele.

Ele deslizava para dentro dela com maestria, arrancando-lhes gemidos desconexos. Por vezes abriam os olhos e se encaravam silenciosamente.

Palavras não era necessárias.

Naquele momento, ambos entenderam o que realmente significava fazer amor.

Um ato que vai além do prazer carnal, pois é uma fusão de corpo, alma e coração.

Damon começou a mover-se com mais velocidade e força ao sentir seu membro ser esmagado pela feminilidade da morena, que sentia uma forte pressão em seu ponto mais íntimo.

— Olhe nos meus olhos Bonnie! – Murmurou entredentes.

Com muito custo ela abriu os olhos, perdendo-se naquelas duas esferas azuis que a miravam com tanto desejo e paixão.
A medida que ele investia nela, Bonnie podia senti-lo invadindo sua alma, seu ser, sua mente, seu coração ainda mais se fosse possível.

Ele a tocava por todas as partes, a sentia, a queria mais e mais.

Isso era fazer amor. O melhor e mais saboroso que já haviam partilhado.

Saber que milhares de mulheres já o haviam tocado não doía mais como antes, pois sabia que era a única que havia penetrado, o local que nenhuma das outras jamais conseguiu: o coração e a alma de Damon.

E na escuridão daquele quarto, os dois chegaram ao local único, no qual somente eles tinham acesso.

E o amor mudou o coração de dois seres machucados pela vida.

Ele tentou lutar contra seus sentimentos, mas no coração ninguém manda.

Ela o salvou da escuridão e da solidão em que ele encontrava-se. Fazendo-o conhecer o verdadeiro amor.

Ele passou a enxerga-la com os olhos do coração. Encontrando nela, o que sempre procurou ferozmente em outras mulheres.

Ela apaixonou-se sem saber quando e como. Mas quem disse que para o amor tem explicação?

Dois seres de naturezas antagônicas, mas que se completam de tal forma, que são perfeitos um para o outro.
Porque mesmo os mais difícil dos problemas tem uma solução.




Fim!


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!